Esse seria mais um final de semana que Diego ficaria em casa e com as brigas dos pais não seria nada fácil ficar em casa. Depois de fazer as tarefas do colégio ele atendeu o celular. Era Bruno, ligando há quase uma semana desde o seu ultimo encontro que teve com o primo.
― Eu já pedi para ele me deixar em paz, mas não sei o que fazer ele não me deixa ― disse Diego, explicando tudo que passou durante a semana para se esconder de Heitor que o perseguiu em todos os lugares.
― Se quiser eu converso com ele ― disse Bruno. ― E se ele continuar eu dou outro jeito. Tenho que te falar uma coisa ― Bruno disse para o primo do garoto que Yuri estava ajudando, depois de encontra-lo em um beco escuro Yuri o levou para casa e depois pediu ajuda para o pai de Bruno que aceitou ajudar o rapaz.
― Ele vez o que? ― Diego perguntou novamente não acreditando no que ouvira.
― Ele levou um estranho para ir morar com ele. Depois de tudo ainda me pediu para ajudar esse tal de Thiago ― Bruno disse mais uma vez, bem de vagar para ser o mais claro possível.
― Aposto que você esta morrendo de ciúmes desse Thiago. Não está?
― Claro! Eu não queria, mas o Y me pediu e eu não consigo dizer não pra ele. Ele até me convenceu a sair com ele e o novo amigo.
― Ah! você esta morrendo de ciúmes ― Diego começou a rir, depois de voltar a se sentar na cama ele tentou se controlar mordendo os lábios. ― Eu avisei.
― Mas se o Yuri gosta de mim ele não vai fazer nada com esse tal de Thiago... Bom eu acho ― Bruno estava se trocando para sair com os dois amigos. Ele não ficou nada contente quando soube que Yuri esta começando uma nova amizade com um cara totalmente desconhecido, mas esse é o preço que se pago por amar em segredo.
― Não se afasta dos dois porque se não... ― Diego deixou o celular cair, quando Paulo entrou no seu quarto sem bater. Caminhando para a cama lentamente ele se sentou e fitou Diego com uma cara de preocupação, seus olhos estavam agitados e assustados. ― Paulo que aconteceu?
Diego esperou a resposta por alguns segundos, mas Paulo nada disse apenas olhava para frente sem se focar em nada. Seu olhar estava perdido. Ele tentou dizer alguma coisa que não conseguiu nem começar. Seu peito acelerou e ele engoliu o que ia dizer junto com uma bola de fogo que se formou em sua garganta.
― Di... Primo... Você esta ai? ― com o silencio que reinou no quarto Diego ouviu a voz de Bruno o chamar pelo celular. Ele pegou o aparelho ainda fixo em Paulo.
― Oi ― ele respondeu no automático. ― Bruno... Aconteceu uma coisa aqui... ― os olhos de Diego estudaram Paulo por alguns segundos, ele estava comendo as unhas das mãos e balançando a cabeça. ― Depois eu te ligo ta.
― Tudo bem, já esta dando a hora deu ir. Cuide-se primo.
― Boa noite ― Diego se despediu deixando o celular cair sobre o colchão. Paulo ainda estava imóvel.Diego esperou até que ele dissesse alguma coisa, mas ele não disse nada. Diego foi para a cozina pegar um copo com água para Paulo. Quando chegou à sala ele se deparou com sua mãe sentada no sofá vendo o jornal. Ele tentou não chamar a atenção quando passou por ela.
― Como Paulo passou por ela sem dizer nada. Ele se perguntou, abrindo a geladeira. Ao retornar á sala ele se aproximou de sua mãe. Vendo que ela dormia ele voltou para o quarto.
David saiu do hospital para ir se arrumar para o baile, já que, era para os ex-alunos e por esse motivo haveria bebida alcoólica então os alunos não poderiam entrar na quadra, então os professores que iriam cuidar de tudo. Ele até estava empolgado por ter alguma diversão. Depois de se vestir ele parou na janela esperando Ismael aparecer. David estava ligado a Ismael por uma grande amizade que cresceu muito durante apenas uma semana, agora ele já podia olhar Ismael sem sentir uma vontade louca de beijá-lo, mas isso não tirou o desejo de sentir os lábios de Ismael juntos aos seus enquanto...
― Oi ― disse Ismael abrindo sua janela e olhando para David com um sorriso estampado no rosto. ― Já vai ao baile?
― Sim ― David pensou em convidar Ismael mais uma vez. Pensando melhor não era uma boa ideia. Ele já havia convidado duas vezes e nas duas vezes escutou a mesma coisa ― infelizmente já fiz planos.
― Gostaria de ir, mas...
― Eu sei ― David o interrompeu dando um sorriso maior do que já estava. ― Bom tenho que ir me colocaram na recepção tenho que chegar cedo.
Depois de fechar a janela Ismael começou a tirar as roubas, peça por peça, deixando David de boquiaberta. Ele queria abrir a janela e gritar tudo que seu peito estava reprimendo, gritar tudo o que sentia por Ismael. Porém, ele nada disse apenas fechou as portas e seguiu para a quadra do colégio.
Chegando ao baile ele encontrou Victoria na entrada. Ela estava usando mais um de seus vestidos longos que cobriam todo o seu pequeno corpo moreno, seu cabelo longo e negro estava solto e balançava conforme ela se movimenta euforia. Ele se aproximou dela e lhe deu um beijo no rosto.
― Você esta linda amiga ― ele a elogio pegando em sua mão lhe dando uma volta.
― Você também esta um gato ― ela sorrio depois olhou em volta procurando alguma coisa. ― Cadê a Eduarda?
― Ela não chegou? Que estranho ― ele também olhou em volta procurando pela amiga.
― Bom vamos entrar daqui a pouco o pessoal chega ― ela segurou no vestido com as duas mãos e caminho junto ao restante dos professores. Quase todos estavam ali à única que faltava era Eliane. Que disse que nunca iria sair de sua casa no sábado para ajudar em uma atividade que não seria remunerada.
― Ei valeu por me esperarem lá fora ― comentou Eduarda em um tom baixo, quando entrou na quadra chamou a atenção de todos por estar atrasada, com o rosto queimando ela se aproximou dos amigos.
Eduarda foi escalada a ficar na mesa de bebidas, com o professor de matemática, o que acabara de entrar para a Jaqueline Carla. Victoria foi escalada e ir à mesa do DJ, com a professora de religião, a Srta. Luana. O restante dos outros três professores, que puderam ajudar, ficaram espalhados pelo recinto para cuidar de qualquer problema que aparecesse e, eu fiquei na recepção dando boas vindas aos ex-alunos.
Os casais formaram uma fila esperando Victoria dizer que estava tudo bem. Depois que ela me disse que eles poderiam entrar eu abri um grande sorriso e tirei a faixa que se estendia entre a porta ampla da quadra. Dez minutos depois, a multidão que se espremia na porta estava dentro do recinto se balançando no ritmo da música. Quando já não tinha mais ninguém na porta um rapaz chegou desacompanhado, ele colou a mão na calça jeans, de uma cor casta que de longe parecia que sua calça estava rasgada. Ele me deu o convide que provavelmente comprara durante a semana.
― Boa noite! ― David o cumprimentou com um sorriso estendendo a mão para pegar o convite, quando o rapaz retribuiu o sorriso ele o reconheceu. Era o rapaz que pegou Débora na segunda-feira. ― Você esta sozinho?
― Ah sim ― disse o rapaz pegando na blusa a puxando para baixo. ― Eu não tenho namorada ― ele deu uma pausa e riu sem muita alegria. ― Estranho isso, ano passado eu me imaginei acompanhado nesse baile.
― Eu me imagino assim a mais de um ano ― brincou David depois de guardar o convite em um baú ao lado da porta.
― Bom já vou entrar.
Quando ele passou do lado de David seus olhos se encontraram e Scott sentiu uma química crescer entre os dois e, ele deu mais um sorriso meio envergonhado e entrou. David o perdeu no meio das pessoas que dançavam ao lado da porta. Mais ou menos quinze minutos depois Victoria se aproximou de David sustentando o vestido com as mãos.
―Já vou embora esta ficando tarde e amanhã minha vem me ver eu já me despedi da Eduarda, que parece estar e divertindo muito ― ela sorriso e se inclinou para dar dois beijos em David, depois se afastou e disse: ― Boa noite.
― Até segunda amiga.
Depois que Victoria sumiu nos corredores ele se virou para o salão e procurou Eduarda entre as pessoas, olhando para a esquerda e para a direita ele a encontrou dançando com o novo professor de matemática. Eduarda estava em um ritmo totalmente diferente do professor que tímido dançava ao lado dela. No momento em que David estava olhando à amiga uma pessoa entrou em sua frente e começou a caminhar em sua direção. De principio ele não reconheceu quem era por causa da má iluminação, mas depois que o estanho deu alguns passos em direção à saída David o reconheceu ― o rapaz de segunda. Ele pensou.
― Vai ficar aqui fora? Esta perdendo toda a festa ― ele comentou, oferecendo um coquetel de champanhe e morangos para David.
― Não gosto de dançar ― explicou David pegando o coquetel. ― Qual o seu nome? ― o interesse de David aumentava a cada olhar que ele lançava para David e sua curiosidade estava ficando perigosa.
― Scott Frasson ― respondeu Scott. ― E você é o professor de história da minha irmã.
― Andou perguntando de mim foi?
Ambos deram risada, depois de tomar um pouco da sua bebida Scott continuou.
― Eu fiz uma pequena pesquisa ― ele olhou para David com intensidade, por um segundo David achou que Scott estava olhando através dele. Scott o fitou por um longo tempo sem dizer nada apenas o olhava como quem olhava para seu amado pela ultima vez, isso vez com que David sentisse o mesmo que sentiu quando Ismael se aproximou dele na manhã que sua mãe fora para o hospital. Com o coração martelando acelerado David deu um sorriso tímido e pequeno. ― Eu também sei o que você esconde do diretor e de todos, porque eu também escondo isso.
Como ele sabe que sou gay? Talvez esteja mentindo, tem que estar mentindo. Pensou David, esperando Scott começar a gargalhar e falar que estava mentindo, mas isso não aconteceu.
Scott colou a taça de champanhe em cima da mesa que estava o baú dos convites. Ele se aproximou de Davi em um piscar de olhos. David fechou os olhos quando viu que ele não estava brincado, quando os abriu de novo se deparou com Scott perto dele, tão perto que seu halito de champanhe se fundiu com o perfume que ele usava.
Scott tinha certeza de que se beijasse David agora ninguém nem iria perceber nem notar o que aconteceu. Porém dando mais um passou em direção de David, ele se afastou quando viu um medo tomar os olhos de David.
― Seus olhos são lindos... Tão azuis como o vidro e, eu não me canso de olhar para eles ― Scott o elogio e deslizou seus dedos sobre a face de David. A respiração de Scott se intensificou quando percebeu que David não o afastou ou disse nada. ― Eu quero fazer uma coisa que quero fazer desde a primeira vez que meus olhos te viram ― continuou Scott deixando os dedos caírem com cuidado para baixo.
David arfou e não se movimentou. Agora ele tentava ter controle da situação e não resistir ao desejo que o estremecia.
Eu não tenho nada a perder eu mal o conheço e também mereço ficar com alguém ainda mais um gato como ele.
― Aqui não! ― sussurrou David quando se esquivou do beijo que Scott tentou lhe dar.
― Ok vamos nos afastar ― disse ele pegando na mão de David. Quando os dedos de David se alinharam aos de Scott ele sentiu que não iria resistir mais ao desejo que o consumiu ferozmente.
Os dois saíram pelos corredores buscando um lugar mais afastado, só pararam de correr quando já não era mais possível ouvir qualquer som sair da quadra. Scott alinhou David ao seu corpo e se aproximou dele com desejo nos olhos que brilhavam como o sol. Batendo na parede David não tinha mais para onde correr e seu medo sumiu quando os lábios de Scott começaram a roçar os seus. Delicadamente Scott rompeu os lábios de David os perfurando com sua língua. As mãos de David mergulharam dentro do cabelo de Scott que o abraçava e o alinhava entre suas pernas.
Scott pegou na cintura de David o deitando para trás, depois de feito isso, ele roçou o corpo de David com sua língua. Especialmente o pescoço onde nele os beijos de Scott se intensificaram. Fazendo um fogo queimar dentro do seu parceiro. Depois de ouvir um suspiro de rendição Scott voltou a levantar David, para ficarem juntos na mesma posição. Depois de abrir o zíper ele beijou David e o desceu entre seus peitos, ele foi descendo e descendo até que sentiu uma mão entrar em sua calça jeans o fazendo dar um pulo. David massageava o pau de Scott com desejo e prazer sua mão se movimentava em círculos pegando desde o pau as bolas e ouvindo seu parceiro suspirar ele sabia que estava na hora de começar o serviço. David não precisou dizer nada para ter um pau (médio, lisinho e branco) pendurado em sua frente. Ele piscou admirando as curvas que o pau de Scott tinha, admirando a cor e para admirar a textura ele teria de mamar.
― Quando quiser ― disse Scott segurando os lábios entre os dentes deslizando a mão sobre o próprio abdômen nu. Ele tinha prazer em apesar ter um cara em sua frente olhando admirado para seu pau. ― Você começa ― ele terminou afundando os dedos nos cabelos de David.
Por fim, David finalmente segurou no pênis de Scott e levantou a cabeça para cima seus olhos viram o mesmo fogo que queimava em seu corpo brilhar nos olhos de Scott. Ele passou a língua molhada nos lábios ainda fitando Scott, que curvou os lábios fazendo um bico. David se aproximou um pouco mais de Scott e segurou no bumbum para colocar o pau todo em sua boca. Quando suas grandes mãos tocaram o bumbum liso de Scott ele se contorceu e começou a gemer sentindo o pau entrar e sair da boca de David. Ele mal podia acreditar que ele estava sendo chupado por um professor, nesse momento suas fantasias estavam se realizando de uma forma quase impossível de segurar o gozo. Os dentes de David roçavam seu pau em um roçar ardente e cheio de desejo. Ele afundou a mão mais uma vez no cabelo de David e fechou os dedos assim que obteve o controle do movimento da cabeça de David. Ele a jogou contra seu corpo sentindo seu pau entrar o mais fundo que conseguiu dentro da boca de David ele voltou a fazer um bico prolongado. As mãos de David estavam cada vez mais ágeis no movimento que faziam na barriga de Scott.
De repente uma imagem surgiu para David, por alguns segundos ele pensou em Ismael. Ele parou de movimentar a cabeça e tirou as mãos do abdômen de Scott.
O que deu em mim? Porque eu parei de chupar aquele caralho tão gostoso? Porque estou me afastado? Eu nem sinto algo tão grande assim por Ismael, ou eu sinto?
― Ei tudo bem? ― perguntou Scott quando David se levantou e passou as costas das mãos sobre os lábios. ― Eu fiz algo de errado?
― Não é que eu tenho que ir para casa minha mãe esta doente ― de certa forma isso não era totalmente mentira, mas a mãe de David não estava em sua casa .
― Tudo bem eu te levo ― disse Scott. ― Só preciso pegar meu carro e...
― Não tudo bem. Você tem que ficar e curtir a noite eu vou de ônibus ― disse David se virando para Scott e lhe dando um beijo nos lábios sem usar a língua.
― Boa noite ― desejou Scott quando David estava algumas salas a sua frente.
Diego ainda não tinha conseguido tirar nenhum palavra de Paulo, que continuava sentado sem dizer nada. Ele se levantou e foi ver se sua mãe ainda dormia. Sim! Dormia como uma criança. Ele voltou para o quarto e se sentou ao lado do primo.
― Ela ainda esta dormindo, não quer mesmo falar sobr... ― enquanto Diego tentava convencer o primo mais um vez, ele colocou a mão sobre o ombro de Paulo, que repuxou o corpo quando sentiu uma mão tocar o seu ferimento. ― O que aconteceu? ― perguntou Diego tirando a mão com cuidado e puxando a camisa de Paulo com todo o cuido do mundo.
Após tirar a peça ele se espantou ao ver marcas roxas espalhadas por todo o corpo do primo que não se controlou e começou a soluçar olhando para o chão. Se esquecendo das marcas ele abraçou o primo em questão de segundos.
― Fala comigo. Quem vez isso com você? ― ele perguntou pela milésima vez puxando o rosto de Paulo para encará-lo.
― Foi meu... ― ele soluçou mais alto e deixou a frase incompleta.
David desceu do ônibus pensando porque não conseguiu terminar o que começara com Scott. E porque foi penar justo em Ismael? Ele tentou achar essas respostas enquanto caminhava na rua de sua casa. Ele andou o mais depressa que conseguiu quando chegou a uma conclusão. ― estou apaixonado por ele. E ele tinha que contar isso para Ismael, ele tinha que se abrir.
Fechando a porta da sala ele voou para o quarto se deparando com uma cena que o deixou de boca aberta. Do outro lado da cortina, ele viu dois vultos se beijando e se pegando. Um era Ismael e uma outra pessoa que ele não conseguia saber se era homem ou mulher. Depois de um tempo ele viu cabelos cumpridos escorrerem entre os dedos de Ismael e peitos sendo tateados pelos mesmos. Ismael estava com uma mulher em seu quarto.
E agora o que vou fazer. Pensou David, se sentando na cama.
Continua...
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