Como é ser gêmeo - Parte 6

Um conto erótico de Lucas
Categoria:
Contém 1999 palavras
Data: 14/11/2013 00:17:32

Já ia fazer um mês de férias e não via ninguém do colégio, inclusive Lúcio e Amanda. Então passar um tempo longe daquele lugar era bom, não estava afim de enfrentar mais nenhum problema, passava algumas semanas muito bem com Rafael. Ele estava na sua cama, ao meu lado dormindo, é engraçado vê-lo dormir, ainda me imagino se durmo do mesmo jeito, espero que sim.

Fazia muito sol e não tínhamos nada para fazer o dia inteiro, mas ainda estava muito cedo e eu estava com pena de acorda-lo depois de passarmos a noite quase toda acordados jogando videogame. Aproveitei que o ar-condicionado estava deixando o quarto frio e fui deitar ao lado dele, mesmo dormindo ele teve a reação imediata de me abraçar, o que eu também fiz, dando um beijo em seu braço.

Rafael tem me ajudado tanto esses dias, desde a festa de Renan, procurando me animar, como sempre me protegendo de qualquer coisa que me fizesse mal. Dormi assim e acordei só na cama, não sabia para onde ele teria ido, mas resolvi esperar um pouco e acabei cochilando. "Não vai acordar nunca é?", senti uma coisa fazer pressão em cima da minha barriga, o que estava em cima de mim era morno e cheirava muito bem. Rafael tinha acabado de fazer bolo de chocolate e suco de laranja para mim. "Sem açúcar para você, seu azedo", ele me disse sorrindo enquanto bebia o seu, que devia estar cheio de açúcar.

Tomei meu café da manhã conversando com meu irmão sobre jogos, filmes, banalidades, depois que eu terminei ele pegou nossas coisas e foi deixar na cozinha, mas eu o acompanhei. "Deixa que hoje eu lavo as coisas, vai ficar mais lá no vício" e ele saiu correndo da cozinha para a sala jogar mais. Estava terminando de lavar o último prato quando meu celular começou a tocar, como sempre ando com ele consegui ver o nome de quem me ligava.

Não era possível isso, pensei pela manhã como era bom estar afastado do colégio, estar distante de todos que, querendo ou não, me levaram a um péssimo momento e agora isso. Com o susto, ou decepção, não sei ao certo o que senti, acabei soltando um pouco o prato, que quebrou em minha mão. Não senti nenhuma dor, então achei que não havia me machucado, peguei o celular pensando se atendia ou não, mas acabei molhando o celular e ele começava a escorregar demais.

"Lucas? Está tudo bem aí?", Rafael vinha caminhando em minha direção enquanto meu celular caia no chão e um cheiro de ferro tomava conta das minhas narinas, me dei conta de que havia vidro espalhado pelo chão quando dei um passo em sua direção e senti um pedaço entrar no meu pé. "Rafa, fica onde você está, você está descalço e aqui está cheio de vidro, deixa comigo", mas ele não parecia entender muito o que eu estava falando e continuava vindo na minha direção, tentei falar de novo, porém minha voz não saia da minha garganta, então gesticulei pedindo para ele se afastar, mas aí vi o real estado da minha mão.

Enquanto a agitei pedaços de vidro caiam dela, deixando um rastro de brilho no chão, que se misturavam com o sangue do meu pé. Mas pior do que isso, havia um pedaço enorme daquele prato enterrado na minha mão, ao ver aquilo senti uma dor imensa, provavelmente psicológica. Tentei me recompor do susto para não preocupar Rafa, mas ver aquilo na minha mão fez crescer um pânico que começava a me tirar do controle do meu corpo.

Meu irmão já estava na minha frente, segurando minha mão e com um braço ao redor do meu corpo, que estava tão fraco que começava a despencar. "Rafa, seus pés...", "Não se preocupe com isso, vem comigo, consegue andar?", confirmei que ainda era capaz de tomar conta dos meus pés, então dei alguns passos até que ele me tomou em seus braços, para que os pedaços de vidro não entrassem mais fundo. Como ele conseguia fazer isso? Ter toda essa força para me carregar mesmo machucado? Eu lembro que vi sangue sair dos seus pés também. Ele me botou deitado no sofá com a mão em cima de minha barriga e começou a examinar o estrago nos meus pés, 'Vai ficar tudo bem Lu, não se preocupa", mas só de ver seu rosto,sabia que algo estava complicado, há pouco tinha tirado o gesso e ainda precisava fazer fisioterapia para recuperar o tempo que meus músculos passaram praticamente parados. Não tinha como fazer isso se meus pés estivessem muito feridos, e era nisso que ele pensava.

"Rafa, tira logo o vidro do seu pé, senão você logo não vai poder fazer nada também", precisei dar essa desculpa para que ele cuidasse um pouco de si mesmo também, depois de tirar os cacos do seus pés ele tirou dos meus, a dor foi pouca, ele o fazia com tanto cuidado que mal senti. "Fica aqui só um instante, vou lavar meus cortes e venho limpar os seus", em menos de cinco minutos ele já estava ao meu lado com uma bacia cheia de água e sabão, seus pés enfaixados. O mesmo que ele fez nos cortes dele, fez nos meus, depois pegou minha mão e observou, "Lu, eu não sei o que fazer com isso, vou chamar uma ambulância, logo logo vai estar bem", eu diria que não precisava, se não fosse o rosto de medo que ele me mostrou.

Meu irmão não saia do meu lado, sempre olhando se houve alguma piora nos meus machucados, até que a ambulância chegou e nos levou para o hospital. No hospital fui encaminhado para a ala de emergência e meu irmão foi para outra ala, já que seus cortes eram menores. Estar longe dele nesse momento foi tenso, fiquei com medo, sabia que tudo ia dar certo, mas me sentia inseguro. Eles começaram a tirar as ataduras que Rafael tinha feito nos meus pés, notaram que não tinha mais nenhum pedaço de vidro, enquanto outros examinavam minha mão, tirando a faixa que meu irmão colocou para imobilizar e conter o sangue.

Logo chegou uma mulher, ruiva, cabelos lisos, olhos castanhos bem claro, um sorriso lindo, aquela mulher me lembrava muito alguém, mas eu não estava com cabeça para pensar nisso. "Lucas, sou a Roberta, o vidro entrou muito na sua mão e não podemos tirar de maneira simples sem danificar alguns vasos e nervos, portanto optamos por uma cirurgia pequena e rápida. Seu irmão já resolveu tudo que precisava quanto à burocracia, ele já está bem, gostaria de saber se você aceita fazer a cirurgia.", concordei com a cirurgia e ela me explicou o básico, meu irmão veio falar comigo rápido, estava na cadeira de rodas para evitar alguma piora. Eu preferi tomar uma anestesia que me fizesse dormir, não queria ver nada daquilo, mas fazer isso foi pior.

Comecei a ficar sonolento com aquela máscara no meu rosto, logo tudo foi escurecendo e eu apaguei. Mas ainda ouvia o que se passava na sala, falando de instrumentos de cirurgia, até que eu reconheço uma voz, impossível, era Marcela, ela falava que iria cuidar de mim, que em pouco tempo eu ficaria bem e então senti um beijo nos meus lábios. Seus lábios eram macios, conferindo um beijo suave, o qual eu retribuí, abri os olhos e lá estava ela, seus cabelos em chamas enquanto o beijo ficava mais intenso. Ela parou, olhando para mim, sorridente, aproveitei para olhar a sala de cirurgia, vazia, ela me disse que já tinha acabado fazia duas horas e que eu estava muito bem. Notei minha mão enfaixada, mas sem sinal de dor, puxei Marcela de volta para mim, beijando-a, acariciando seu rosto, ela se deitou ao meu lado na cama.

"Quando você sair daqui eu vou te levar para tomar sorvete! Qual seu sabor favorito?", "Chocolate com calda de morango", "Engraçado Lucas, o meu é justamente ao contrário", a gente passou um tempo rindo e logo fechei meus olhos para retornar aos seus beijos. Marcela subiu em mim, e tirou seu vestido, como seu corpo era bonito, cada parte dele parecia ter sido desenhado, esculpido à perfeição, ela era o modelo ideal de mulher para mim, completamente gostosa. A abracei, beijando seu pescoço e logo retirei seu sutiã, revelando grandes seios, aos quais me entreguei aos beijos, arrancando suspiros dela. Marcela tirou minha roupa de hospital e eu estava nu, com ela apenas de calcinha em cima de mim, mas aquilo parecia fácil demais, ela não seria do tipo de garota que se entregaria assim para alguém. Isso me lembrou de Rafael com a menina na festa, me fazendo passar vergonha, mas Marcela logo retornou a me beijar, mas seu corpo estava mais pesado, como se ela tivesse crescido muito em segundos.

Abri os olhos e vi seus cabelos literalmente incendiando, se tornando loiros assim que as chamas se extinguiram, senti uma barba raspando meu rosto, era ele, o professor de matemática, aquele que eu evitei por muito tempo, que estava feliz por não encontrar, por não confundir mais minha mente. Ele se ergueu, sorrindo maliciosamente para mim, pressionando meus ombros, minha vontade era de expulsá-lo do quarto, mas meu corpo se movia só, minhas mãos deslizaram por seu peitoral, abdome, parando na sua bunda perfeita, a qual eu apertava forte e ele gemia.

Uma das minhas mãos foram para seu pau, o masturbando, enquanto a outra encontrou seu cu, o qual eu penetrei dois dedos de uma vez, "Você vai ser meu Lúcio, hoje vou fazer aquilo que ninguém nunca te proporcionou", e ele mordia o lábio inferior. Tudo o que eu mais queria era retomar poder sobre meu corpo, mas nada conseguia fazer e falava justamente o contrário do que pretendia, meu professor se contorcia de prazer em cima de mim, enquanto eu voltava a falar o que não queria, "Pega uma camisinha e coloca no meu pau".

Quando ele estava prestes a colocar eu finalmente o impedi, mas me enganei pensando que eu já podia fazer as minhas vontades, "Não, quero que você coloque no meu pau com a boca", o que ele obedeceu, desenrolando a camisinha no meu pau, passando a língua depois nele todo e desenvolvendo um sexo oral incrível. "Vem, agora quero que você sente nele, quero que sinta tanto prazer que nunca se esqueça disso", não fazia ideia de como estava falando aquilo, mas estava desesperado, ele estava chegando perto do meu pau, sentando em cima dele. Sua pele entrando em contato com a minha, meu pau encostando no seu cu, eu pressionando seu corpo para baixo enquanto levantava minha cintura para penetrá-lo logo, "Mete Lucas, vai, sou todo seu", ele dizia entre gemidos e se apoiando com um mão em meu ombro e com a outra segurava meu rosto.

Não queria fazer isso, não queria mesmo, sentiria mais dor do que prazer, mais culpa, arrependimento, não queria passar por tudo de novo. "Lu, cadê você?", era Rafael passando no corredor, finalmente criei forças para comandar a minha voz, e gritei tão alto que arranhou minha garganta, "Rafa!! Aqui, me ajuda!!", chorava ao mesmo tempo e vi quando Lúcio olhou para mim triste, depois olhando para a porta enquanto ela se abria. Seu corpo começou a sumir, como que se desfazendo no ar, mas senti uma gota de lágrima cair em mim quando a porta se abriu completamente. Meu irmão veio correndo em minha direção, sem entender o meu pânico, já que o quarto estava todo em ordem, e me cobriu com um lençol. "Vai ficar tudo bem Lu, eu prometo, logo vamos para casa e tudo isso vai acabar", ele disse beijando minha testa, em seguida minha bochecha, e se aproximou da minha boca, mas logo se afastou. Fiquei em choque quando isso aconteceu, não havia motivo para isso, ele nem me beijou, não iria beijar e eu não esperava isso mesmo, mas como cheguei a pensar nisso?

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Comentários

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Adoro esse conto mas tem umas pó partes confusas

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Muito obrigado! Garanto que vou continuar em breve, já estou escrevendo a sétima parte!!

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