Só sei dançar com você - 2

Um conto erótico de FredMoraes
Categoria: Homossexual
Contém 1335 palavras
Data: 15/11/2013 20:54:36
Assuntos: Gay, Homossexual

Já fazia alguns meses que eu terminara com o Arthuro e ele já não mais me procurava, porém eu o amei muito e ainda não o tinha esquecido por completo. Volta e meia eu me pegava pensando nele e diversas vezes eu lutava para não chorar. Ele havia ido embora do Estado para morar junto a seus pais e sua esposa. Eu sentia sua falta, tinha vontade de saber como ele estava o que estava fazendo... Sentia falta de seu toque, de seus beijos, de seu corpo... Esses pensamentos eram ainda piores quando eu estava em um período de carência, era tipo uma “TPM” masculina que me ocorria mensalmente kkkk estranho, mas é a verdade.

Era uma quarta-feira de fevereiro. Naquela semana eu não tinha ido ao ateliê, na verdade havia uma semana e meia que eu não ia. Estive viajando a passeio para buscar inspiração hahaha Estávamos precisando de um estagiário, e na semana em que estive fora o Júlio encarregou-se disso. Naquele dia eu estava incrivelmente entusiasmado e revigorado devido à viagem. Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito. Durante a viagem não pensei no traste um só minuto, saia todas as noites, me acabei comprando roupas e sapatos hahaha e conheci inúmeras construções, antigas e novas, o que muito me agradava.

Eu não iria ao ateliê naquela semana, pois seria a primeira semana em que eu daria aula, mas o Júlio adoecera e precisaria ficar em repouso, então eu teria de ir. Já no fim da manhã eu estava na minha sala quando batem a porta.

- Com licença...

- Pois não?!

Eu estava de cabeça baixa e ao direcionar meu olhar para a porta eis que surge um verdadeiro príncipe... Ele era lindo. Aparentava ter a mesma altura que eu, era rechochudinho, rs, tipo, não era magro, mas não era gordo, digamos que era recheado. Ele era branco e seus cabelos eram castanhos e enrolados, porém bem penteado e curto, com um pequeno topete. Usava óculos de grau e seu peitoral estava marcado pela camisa polo de tecido leve que usava. Um sorriso ridículo surgiu em minha face, e logo que percebi senti minhas bochechas queimarem de vergonha pois certamente o rapaz notou que meus olhos o cobiçaram.

- Eu tomei a liberdade de vir me apresentar. Eu sou Eduardo e fui contratado para a vaga de estagiário.

- Ola Eduardo, prazer, sou Frederico, o Fred. Sou sócio do Júlio.

- Pois é. Me informaram que o senhor estava aqui e como o Júlio não veio, tomei a liberdade de vir me apresentar, peço desculpas se o incomodei. Com licença...

- Não se preocupe, Eduardo... Edu, se me permite?

- Claro, claro... – falou com um largo sorriso que me encantou... “Como alguém pode ser tão lindo?” Eis a pergunta que me faço até hoje...

- Pode me chamar de Fred... DEVES me chamar de Fred! – falei e sorri timidamente ao perceber minha ênfase no DEVE- Sente-se, Edu. Vamos conversar um pouco, pode ser?

- Claro – Ele então se sentou numa cadeira de minha mesa e eu levantei-me, pondo-me de pé de frente para ele, encostado na mesa de braços cruzados... Uma pose bem clichê, mas que eu achava sexy hahaha

- Então, Edu, quantos anos você tem, onde estuda e fazes que período?

- Eu tenho 20 anos, to no sétimo período. Sou da Federal.

- Huuum! Então estudas na Federal e estás no sétimo período?! Interessante! Sabe que eu também estudei na Federal? Pelo visto entramos na faculdade com a mesma idade. Mas então, suponho que o Júlio falou a você sobre a empresa, sobre ele, sobre mim até, certo?

- Ele explicou sim um pouco de tudo, de como surgiu a empresa, o modo de trabalho aqui, comportamento dos funcionários...

- E o que ele falou sobre mim? – perguntei curioso já prevendo que Júlio falou mal de mim somente para assustar o rapaz. Ele costumava fazer essas graças com os nossos novos funcionários, pintava de mim um bruxo.

- Éééé... Falou de como gostas dos trabalhos aqui...

- Ele falou mal de mim, né?! Aposto. Vai, diz ai o que ele disse.

- Na verdade ele disse que você era um pouco chato e exigente demais, que era todo perfeccionista e que eu não levasse em consideração seus estresses e gritos, pois você se irrita fácil e sai gritando com todos, mas que eu relevasse.

- kkkkkkkkk que corno! Ele vai ver só! Não leve em consideração mesmo, mas o que ele disse. Você verá que nossos estresses são normais. Olhe só, às vezes eu grito mesmo, posso vir a gritar com você, devo adverti-lo, mas aqui nós somos todos amigos, ninguém é melhor que ninguém. Já levei muito grito de estagiário. Você provavelmente conheceu o Vicente, ele foi nosso primeiro estagiário e hoje está aqui crescendo com a gente como funcionário fixo. Somos os únicos arquitetos formados aqui, Eu, o Júlio e o Vicente. Já levei muitos gritos de Vicente nas nossas discussões sobre projetos. Eu não me importo, prezo sempre pela amizade nas relações de trabalho. É o que mais exigimos: amizade, compreensão e respeito. Na vida de ateliê os gritos fazem parte de tudo isso, mas depois estamos rindo de nós mesmo. Então se quiser se dar bem aqui, dou-lhe esta dica, que confie em si mesmo e confie em nós. Não tenha medo de dar opiniões, sugestões, de dizer que estamos errados.

-Hum hum. Entendi, Fred. De gritos eu entendo bem, dou muitos na faculdade, rs.

- Sei bem como é, rs. Mas então, Eduardo, tenho certeza que você aprenderá muito com a gente aqui e se for dedicado, também irá acrescentar muito a empresa.

- É o que espero. De minha parte o senhor pode esperar total comprometimento. Farei de tudo para corresponder as suas expectativas... as expectativas da empresa.

- Ótimo. Você trabalha só pela manhã, não é?! Certamente tem aula agora à tarde... Pode ir, Edu. – Ele levantou-se e já estava a abrir a porta quando o chamei de volta – Eduardo?!

- Sim?!

- Seja bem vindo – disse e sorri.

- Muito obrigado – ele respondeu devolvendo o sorriso... Um sorriso apaixonante

Realmente já era o horário de almoço e inclusive eu estava atrasado. Naquele mesmo dia eu iria começar a lecionar na mesma Universidade onde o Eduardo fazia sua graduação. Eu acabara de passar no concurso para ser professor. Pensei em convida-lo a almoçar comigo para em seguida oferecer-lhe uma carona, mas recuei... O Eduardo estava no sétimo período e eu já sabia que seria seu professor, visto que a disciplina que eu daria era justamente na turma do sétimo período. Coincidências demais. Coincidências que mudariam a minha vida e me devolveriam o motivo para sorrir. Sai da minha sala já apressado e encontrei o Eduardo na porta do ateliê e pelo que vi estava caminhando rumo ao ponto de ônibus. Senti dó de deixa-lo naquele horário enfrentar um busão lotado para atravessar a cidade e ainda por cima com fome. Chamei-o e o convidei para almoçar. Ele disse que não precisava, mas eu insisti e ele aceitou. Almoçamos por ali mesmo próximo ao ateliê e em seguida eu disse que o deixaria na faculdade, pois eu também estava indo para lá resolver alguns assuntos. Conversamos um pouco, contei sobre minha vida de estudante, os desafios da faculdade e dei-lhe alguns conselhos... Eu o olhava diferente, o brilho de seus olhos me fitavam, sua boca me encantava, e eu não conseguia parar de olhar para seu rosto, encarando-o descaradamente e inevitavelmente, e ele certamente percebera. Terminado o almoço fomos para a faculdade, ele agradeceu a carona e saiu do carro, eu peguei minhas coisas e fui rumo à secretaria me informar a localização da onde eu daria minha primeira aula.

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Então, pessoal, segue ai mais um capitulo. Agradeço desde já os comentários no anterior, assim como aos que leram, gostaram, mas não comentaram. A estes, peço que comentem, que deem opinião de como posso melhorar meu texto e/ou se estão gostando ou não. Peço desculpas pelos erros de português que eventualmente devem acontecer... A todos uma boa noite e obrigado por acompanharem :D

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