Cap.14
Que mãe sem coração. Como ela pode deixar uma criança assim, na rua. Na mesma hora, peguei o garoto, e o levei para dentro de casa.
- Alberto me ajuda aqui- gritei lá da porta.
- O que foi- falou ele, vindo ver, quando se depara comigo segurando a criança- de quem é esse bebê
- Estava jogado ali na rua, eu não iria deixa-lo lá. Vai lá no mercado e compra um leite, fraldas e mais o que é necessário pra ele
Logo ele saiu e eu fiquei tentando acalmar o bebê, que não parava de chorar
- Que choro é esse pai- falou Leo descendo a escada- e esse bebê
- O achei jogado lá na rua, o Alberto já foi comprar leite e fralda.
- Mas você vai ficar com ele
- Ah, não sei- falei.
Logo o Alberto chegou e eu fui limpar o garoto. Demos comida pra ele, e logo ele tinha adormecido nos braços dele.
- E aí, o que nós vamos fazer com ele- falou Alberto, sorrindo
- Não sei
- Vamos ficar com ele- falou Alberto
- Mais um garoto Alberto
- Porquê não, temos espaço de sobra pra ele, eu vou adorar ter ele aqui, ah vai, por favor- pensei um pouco, e ah, por quê não, ainda tinha muito amor pra dar, e estaria fazendo uma bela ação dando um família a uma criança
- Tá bom, mas como vai se chamar
- Gabriel, o nome do meu avô- falou ele, me beijando
- É, Gabriel é bonito- falei- mas onde ele vai dormir.
- Ah, na nossa cama, amanhã compramos tudo e montamos um quarto pro Gabriel.
Até que o Gabriel não era muito escandaloso, ficou bem caladinho a noite toda. Assim que acordamos, fomos comprar tudo. Papel de parede, um berço novo, armário, um enxoval completo, tudo o que era necessário. Pintamos o quarto dele, e logo o Gabriel estava instalado no novo quarto.
- Alberto, você já arrumou o Gabriel- gritei, enquanto me arrumava para ir trabalhar
- Já
- Ele vai com você
- Vai, mas você precisa pegar ele lá 12h
- Tudo bem.
E assim, conseguimos adaptar nossa vida, agora tínhamos um bebê praticamente recém-nascido para cuidarmos. Demos bastante carinho pra ele.
1 ANO DEPOIS
- Alberto, anda, os pais não podem chegar atrasados- falei, me referindo a festa de aniversário de 1 aninho do Gabriel.
- Calma- falou ele, saindo do banheiro- Judith, vem me ajudar aqui- falou ele dando um grito.
- Que foi pai
- Leva isso pro carro.
Logo estávamos indo pra festa dele que tinha sido num buffet lindo, e ele adorou. Tiramos um monte de fotos. E passamos quase a noite toda lá com o Gabriel.
5 ANOS DEPOIS
- Gabriel, você vai ter que ir pra aula hoje
- Não quero ir, meus amigos me chamam de viado, eu não vou.
- Vamos logo Gabriel, eu vou conversar com seus diretores, não se preocupe meu filho- falei, bastante incomodado com aquela situação
Logo fui a diretoria do colégio, não ia deixar meu filho ficar incomodado por causa daquela situação.
8 ANOS DEPOIS
NARRADO POR GABRIEL
- Gabriel- falava minha melhor amiga Gilda- GABRIEELLLLLLLLL- ela gritou, agora tirando minha atenção- ai ai, você não para de olhar pro Gilberto, tá pior do que as patricinhas dali daquele canto- Gilberto era um garoto lindo, todo malhadinho, branco, e atleta. Tinha olhos verdes, e cabelos pretos. Eu não sei porquê, mas aquele corpo me chamava atenção.
TEMPO DEPOIS
Eu estava no banheiro, e enquanto mijava, percebi que o Gilberto estava no mictório ao lado, e, achava que ele não estava vendo, tentei dar uma olhada no pinto dele, mas ele percebeu, e deu um sorriso, me deixando super sem graça. Logo a aula se passou rapidamente, e eu queria sair mais rapidamente possível. E logo na hora que virei a rua, percebi alguém me puxando.
- Ei espera aí- ouvi uma voz de homem e me virei, era o Gilberto- você esqueceu isso aqui- falou ele, sorrindo e me dando o meu diário, onde eu escrevia absolutamente tudo o que acontecia comigo
- Ah, obrigado- falei, me virando, e indo embora novamente
- Espera aí, você mora por aqui
- Moro. Na outra avenida.
- Você não é filho do Felipe Lima
- Sim, sou eu mesmo.
- Eu também moro naquela avenida. Posso ir com você
- Pode
Andamos um pouco, e já estávamos bem entrosados. Eu estava adorando andar com o Gilberto, e estava torcendo cada vez mais, pra demorar a chegar. Mas infelizmente, logo estávamos numa esquina, de onde ele seguiria outro caminho
- É aqui
- Eu tenho que ir por ali
- Onde você mora
- Ali- falou ele, apontando para uma vila próxima a nossa casa
- Ok. Então amanhã nos vemos na aula
- Tá bom, Tchau.
Então ele começou a andar, e na hora que virei a esquina, um grupo .que viva me incomodando, chegou e atirou uma lata de tinta em mim, e gritou “Viado” na mesma hora. Eu na mesma hora me joguei no chão, e comecei a chorar. E na mesma hora o vi voltando.
- Você tá bem
- Me deixa
- Vamos, eu te levo em casa
- Ai, eu não sei porquê esse pessoal não me larga de mão. Vivem enchendo meu saco
- Eles são uns panacas, vamos.
Assim que cheguei a frente de casa, papai estava entrando
- Gabriel, o que houve com você meu filho- falou papai Alberto
- Um grupo me jogou essa tinta
- Vamos entrar- falou ele- você quer entrar também- falou ele, apontando pro Gilberto
- Não, eu já vou indo
- Vamos logo Gilberto, entra ai, eu te mostro meus jogos
- Tá bom.
Eu entrei, e fui tomar um banho, logo voltei pra sala.
- Gabriel, Judith, a cozinheira vai fazer o jantar. Eu vou sair e depois eu volto. Não quero você dormindo tarde Gabriel.
- Tá bom- logo ele saiu- Gilberto, vamos lá, eu vou te mostrar os jogos.
Logo mostrei, e o tempo passou rápido. Logo ele tinha que voltar pra casa, o motorista foi deixa-lo em casa.
1 MÊS DEPOIS
NARRAÇÃO DE FELIPE LIMA.
- Anda Alberto, nós temos que ir embora- falei o adiantando
- Tchau gente- falou ele se despedindo dos nossos amigos
Logo estávamos voltando pra casa. E no caminho, Alberto quis conversar comigo.
- Felipe. Eu acho que o Gabriel é gay, e está apaixonado por aquele amigo dele
- Você acha. Porquê.
- Eu não sei não. Mas ele olha pra ele de um jeito bem diferente. Eu acho que ele gosta do amigo.
Logo começamos a discutir esse e outros assuntos, mas sem querer, um dos meus tormentos antigos voltou, o carro bateu.
Continua
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