Na volta pra casa eu tava pensando na manha seguinte sobre o filho do Roberto que iria chegar, quando eu entro na sala todos estavam reunidos e Roberto diz que estava me esperando pra apresentar uma pessoa, e quando vejo surgindo da cozinha era o garoto que tinha acabado de discutir sobre a mal no meio da rua, era o apocalipse, ele me olha como se fosse me da um tiro no meio da minha testa. – Eu não acredito que isso seja verdade, então é tu o demente da mala, fala serio e muito azar o meu mesmo.
- Então vocês já se conhecem? – pergunta Roberto.
- Infelizmente sim pai, esse sem noção ai, só por que tocou na mala e quebrou a unha e só falta me bater lá fora.
- Como é que é? Tu que é o débil mental, e diz que eu que faço loucura, Ava.
- Parem já os dois. – diz minha mãe gritando. – vocês mal se conhecem e já querem se matar.
- Foi esse babaca que começou, pelo visto ele não sabe lidar com gente, só pode. – digo
- Eu babaca? Então primeiro vê se enxergar seu cego e depois fala. Pai foi pra isso que eu vim passar minhas férias com o senhor, nossa vou te que aguenta isso? – aponta olhando pra mim.
- Tudo bem, se preferir eu saio daqui, já que e tua casa. Mãe quero ir embora.
- Olha aqui vocês dois, o tempo de ser crianças já passou a muito tempo, só por que um esbarrou no outro não quer dizer que vai ter guerra. Eduardo você não vai a lugar algum, eu sei que vai dizer que não sou nada pra você, mas quero o seu bem assim como quero de meu filho. E deixa eu da um aviso pros dois, se eu vê ou ouvir mas uma palhaçada, eu sei muito bem que vai acontecer, ouviram bem? – disse Roberto num tom bem furioso, que nunca tinha visto ele antes assim, seria primeira vez.
Ambos fazem sinal que sim apenas com a cabeça. Eu tava com uma sensação que minhas férias não seriam boas, depois dessa certeza total, minha vida tava começando a se torna um inferno com a chegada do débil mental, minha vida já tava uma montanha russa, agora parece que eu estou caindo com uma velocidade que a cada piscada eu me encontro mas próximo do chão, ou seja, uma colisão forte.
Vou em direção do meu e quando vejo, a mala do demente em cima da minha cama e digo:
- Quem deu permissão pra entrar no meu quarto? Vaza daqui seu demente, deixa eu ser bem claro, eu não vou com tua cara, não gosto de você e muito menos quero ser seu amigo, entendeu ou tenho que desenhar?
- Seu quarto é, desde quando meu quarto é seu heim muleke? Não gosta de mim, ótimo digo o mesmo pra ti, mas não venha colocar banca numa casa que nem tua é, tais entendendo ou tenho que desenhar também, então a única pessoa que tem que sair não sou eu, então só resto? Cara tu mexeu com uma pessoa que nem conhece direito.
-Eu ate poderia sair, mas não vou da esse gosto de vitoria, agora tira seus trapos de cima da minha cama antes que eu coloque fogo como prometido da ultima vez.
- To pagando pra vê muleke.
- Olha aqui, eu tenho nome Eduardo grava esse nome que vai fazer da tua vida um inferno aparte da agora. EDUARDO, entendeu?
- Tanto faz, agora vaza que quero trocar de roupa, ou prefere que troca na tua frente.
Eu nem respondo, apenas olho pra ele como se eu pudesse tirar o fígado dele com as mãos, mas como não posso, eu me retiro do quarto, mas antes de sair ele já vai logo tirando a camisa e dei uma leve reparada no corpo dele, pelo visto ele malhava pois tinha um corpo ate trabalhado, tinha um peitoral perfeito, um tanquinho que da vontade de lavar roupa, ele era muito branco, tipo aqueles gringos. Vou pra sala bufando de raiva quando encontro Roberto, me chama pra conversa:
- Edu, quero falar com você sobre o que aconteceu agora apouco.
- Claro, mas vou logo avisando, não tente me fazer ser amigo de infância do seu filho, e falando nisso ele não viria só amanhã?
- Vinha, nem eu sabia que iria chegar agora. Se fosse não quiser ser amigo dele tudo bem, eu entendo, só não quero vê ambos com essa cara que um matou a mãe do outro.
- Ta bem. Mas não vou levantar a bandeira da paz tão fácil assim, tava sendo difícil eu me adaptar na sua casa, com a chegada desse demente piora tudo.
- Edu, meu filho tem nome e se chama Neto, ta bem.
- Só era isso que queria falar comigo ou tem mais?
- Era só isso mesmo.
Vou pra varanda refletir um pouco, e começo a lembra de coisas boas quando meus pais viviam juntos, apesar de mim e meu pai sermos meio distante eu era feliz e nem sabia, quando der repente começa a escorrer uma lagrima no meu rosto, eu tava me sentido sozinho no mundo sem ninguém pra conversar, sem ninguém pra pelo menos pode dizer com to me sentindo.
De longe vejo neto e seu pai conversando, pouco me interessava saber o que eles conversavam como na varanda tem uma cadeira que a pessoa pode se deitar eu vou em direção a ela e fico ali deitado totalmente imóvel, é como se eu estivesse perdido no tempo, mas mesmo assim sentia o tempo parado. Começo a ouvir alguns passos se aproximando:
- E ae, ta tranquilo agora?
- O que você ainda quer heim?
- Ta chorando?
CONTINUA