Já em casa tirei meu tênis e fui direto para o banho. A água bem morna me fez muito bem, tirou todo o cansaço do corpo e me deu um animo novo. Comi um sanduíche de presunto e assisti um pouco de televisão ate fazer a digestão, depois cai na cama e acordei só o outro dia na hora de ir pra escola.
O sono aquele dia foi perfeito. Quando dei por mim já estava claro e os pássaros cantavam na copa da arvore do quintal.
Como estávamos no outono era normal variar a temperatura, aquela manha estava um pouco gelada. Finalmente porque nos últimos meses só fazia sol e calor. Como eu era adepto do frio estava adorando a mudança repentina do clima.
A aula não foi nada produtiva. Os professores deram uma baita de uma bronca na sala porque praticamente ela inteira tinha faltado no dia anterior pra ir no show. O resto da semana foi só pra comentar geral sobre o evento. Falamos das coreografias, das roupas, das musicas e principalmente dos integrantes.
As meninas gamaram em um dos rapazes que compunham os integrantes e nós meninos ficamos loucos por a mais popular do grupo... Ela é perfeita, nossa diva!
O resto de maio e o mês de junho não tiveram nenhuma mudança. Quando chegou as férias, em julho, eu e meus irmãos fomos viajar pra cidade antiga, fomos visitar nossos tios e primos e aproveitar pra rever a galera.
Antes de ir eu me despedi dos meus atuais amigos e partimos no dia 10. voltaríamos só no fim de julho, ia ser bom rever todos, mas ia ficar com saudades do Dani...
Ao chegar na cidade fui ver a Fabíola. Precisava ver com meus próprios olhos ela com o outro. A casa dela estava com a janela aberta, eu abri o portão branco e entrei no quintal. Toquei a campainha e quem atendeu foi a mãe dela D. Rosana.
- Léo! – ela ficou surpresa – o que você faz aqui? Nossa que bom ver você querido – ela me deu um abraço – entre, senta filho, fica a vontade!
- Obrigado D Rosana, é bom ver a senhora também. – eu entrei e sentei na sala. – ééééé... A Fabí ta por aí?
- Ta sim querido, ta no quarto estudando com a Pâmela. Vou chamar ela!
- Não D Rosana não precisa... Depois a senhora chama, antes por favor me diga uma coisa...
- Claro Léo, o que você quer saber? – ela sentou no sofá e me olhou direto nos olhos.
- É verdade que ela já ta namorando com outro garoto?
A Dona Rosana riu que quase se engasgou.
- Quem te contou isso meu querido?
- Um amigo pelo MSN. É verdade?
- Claro que não Léo... A Fabí continua te amando e acho que jamais vai ficar com outra pessoa!
- Sério mesmo D. Rosana?
- É sim meu filho. Seu amigo provavelmente mentiu pra você. E mentiu feio ainda. Deve querer provocar ciúmes em você. Você ainda gosta dela?
- Muito Dona Rosana, muito...
- É dava pra notar que vocês se gostavam mesmo...
A casa dela era bem simples, só com a cozinha, a sala e dois quartos. A porta do quarto no fundo do corredor se abriu e Pâmela saiu, ficando totalmente imóvel na sala ao me ver.
- Léo? É você mesmo?
- O que você disse aí Pâmela? – perguntou Fabí saindo do quarto e indo pra sala.
- Olha lá Fabí...
- Oi – disse eu abrindo um sorriso bem grande.
- Léo – disse ela arregalando os olhos e soltando os livros e cadernos no chão – LÉÉÉÉÉÉÉÉÉO! – gritou e saiu correndo ao meu encontro.
Eu levantei e corri ate ela também pegando ela no ar e dando um abraço bem forte.
- Ai amor que saudade. – eu disse.
- Você veio me ver – ela já tava chorando.
- Aham, você foi a primeira que vim visitar... Vou ficar aqui ateSério?
- Uhum.
A gente ficou abraçado por mais ou menos cinco minutos, depois nos beijamos e sentamos no sofá pra conversar.
Quando começou a escurecer eu fui pra casa da minha tia Lourdes. La fiquei com o Lucas de novo, ele é um carma na minha vida, onde a gente vai a gente acaba dividindo o quarto. Mas eu e ele nos damos muito bem.
Por volta da meia noite ele chegou. Tava com um sorriso enorme no rosto. E esse sorriso tinha um nome: Thaisy! A namorada dele.
- Ihhhh mano, viu o passarinho verde foi? – eu zoei ele.
- Ah Léo... Eu tava morrendo de saudade dela cara...
- Eu sei mano, também tava com saudade da Fabí! Mas e aí matou a saudade? – eu dei um sorriso safado.
- Só um pouco mano, o pai dela tava lá, nem rolou de ir para o quarto namorar um pouco. E você e a Fabí? – ele retribuiu o sorriso safado.
- Nem mano. A Rosana tava lá...
A gente riu da situação e ficou conversando ate umas duas da manhã... Ele tava muito feliz. Eu gostava de ver meu irmão assim, ele sempre me deu força, eu só não contava do Daniel pra ele com medo de rejeição por parte dele e com medo dele contar ao meus pais, mesmo achando que ele não faria isso.
Por ser meu irmão mais velho eu adquiri ao longo dos anos um vinculo muito forte com ele. A gente contava tudo um para o outro, mas devido a mudança de casa perdemos um pouco esse elo, talvez porque ele não estivesse feliz na outra casa, talvez por pura distancia de ambas as partes ou etc... Foi bom poder conversar com ele de novo. Se continuássemos assim eu contaria do Dani pra ele. Seria só uma questão de tempo.
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