Pedro: Por que eu cuidarei bem dela e da sua bucet@ gostosa que ela tem.
Quando ele disse isso, só vi o Rodrigo partindo pra cima dele mas eu o seguro e o empurro para trás e ele ja falou nervoso olhando pra mim.
Rodrigo: Porr@ Júlio sei que você é pacifista mas você não vai me impedir de quebrar a cara dele.
Eu só pude rir desse comentário dele, achando que sou pacifista hahahaha, ele não sabe mesmo o ódio que eu carrego. Ele ficou olhando para mim com uma cara do tipo "Ahn? do que esta rindo?"
Eu: Eu não sou pacifista kkkkkkkkkk, mas só observa tá?
Rodrigo estava partindo pra cima de Pedro novamente mas desta vez eu o empurro com força e o faço cair.
Rodrigo: Vai ficar protegendo esse cara ai agora é? Sai da minha frente por favor - ele já fala mais bravo - Eu vou quebrar a cara dele.
Pedro só ficava parando encarando o Rodrigo e deu um sorrisinho.
Pedro: Ele não te deixa vir pra cima porque sabe que você apanhará.
Eu: Hahahahahaha eu não deixei ele ir pra cima porque quem vai sou eu.
Quando terminei minha frase já lancei um soco em sua boca fazendo-o cambalear para trás. Ele veio pra cima de mim tentando me agarrar mas me lembrei de uma tecnica que aprendi vendo filmes quando ele colocou a mão em mim eu ja segurei seu pulso e dei um soco em seu braço fazendo-o me soltar e depois completei com um chute na barriga. "Liga não tá eu já vi muitos filmes então aprendi auto-defesa sozinho kkkkkkkk". Eu olhei para Rodrigo novamente e perguntei - Quem é pacifista mesmo? - e depois que reparei que tinha varias pessoas olhando a briga e alguns gravando. Mas nem dei muita importancia, só falei bem auto que se parar na internet eu irei pegar quem colocou. pelo meu tamanho e agora pela demonstração do que eu posso fazer acho que consegui colocar medo neles "Adoro fazer as pessoas me temerem".
Rodrigo: Porque você fez isso? Eu deveria quebrar a cara dele.
Eu: Tá falando sério?
Rodrigo: Porque não estaria? - ele fala bravo ainda - Eu queria faze-lo sangrar como você fez, manchou até a camisa dele - ele já disse dando um sorriso. Bipolar não? kkkk. - Eu deveria ter quebrado ele. - já diz bravo novamente.
Eu olho pra ele em pé a minha frente eu o ignorei por completo e passei por ele indo em direção ao banheiro. Fiquei uns 2 minutos no banheiro respirando profundamente e me acalmando "sou bastante calmo mas quando fico nervoso (dificil acontecer) sai de perto e reze pra quem quiser, ou só corra. Tenho um ódio gigantesco querendo se libertar" Rodrigo aparece no banheiro ele fica me encarando vendo minha respiração calma.
Rodrigo: Oi.
Eu: Oi? Tá bêbado? - falei irritado, só não entendi o porque.
Rodrigo: Me desculpa, eu não deveria ter falado com você daquela maneira, por favor me perdoa?
Eu apenas encarei ele e esperei uma resposta vir, só que não vinha.
Rodrigo: Por favor diz algo.
Eu: Oque quer que eu diga Rodrigo?
Rodrigo: Oque você esta sentindo agora.
Como assim oque estou sentindo agora? ninguém nunca me falou isso nem sequer importou de como estou me sentindo, eu apenas fiquei encarando ele e pensando em que eu estava sentindo.
Eu: Fome e preguiça.
Ele apenas fica sorri, não entendi o porque do sorriso, ele queria saber oque eu estava sentindo então respondi.
Rodrigo: Por favor me perdoa? Eu já perdi uma das pessoas que eu amo, não quero perder você também, você é meu amigo, meu irmão e eu não quero perde-lo.
Eu: Chega de drama eu to vivo ainda.
Quando eu disse isso ele veio me abraçar e já estava chorando um pouco e ficava dizendo "Obrigado" - "Desculpa".
Depois de algum tempo que eu não sei quanto ele olha pra mim e me pergunta "Como ela pode fazer isso comigo cara? Me deixar pra ficar com aquele canalha"
Eu: Por que ela é burra, uma anta.
Rodrigo: Olha como fala dela.
Eu: tente defende-la de meus insultos e eu esmago esse seu rostinho hahaha.
Rodrigo: Não fale mal dela.
Eu: Vou falar mal dela quando eu quiser, porque ela esta te fazendo sofrer e uma pessoa que faz isso com quem eu me importo merece o dobro do sofrimento e que seja feliz. -"Nos ultimos segundos de vida" pensei em dizer mas só ficou no pensamento.
Rodrigo: Eu vou embora, não estou bem pra ficar aqui hoje.
Eu: Então vamos.
Ele olha pra mim e fica surpreso por ver que eu iria matar aula "eu estudo em casa, então não seria problema perder um dia de aula"
Rodrigo: Tem certeza? Tem prova de inglês hoje.
Eu: Inglês é mais fácil que português - "Eu aprendo muito rápido, então não seria problema pra mim perder uma prova, minhas notas são excelentes, e já representei minha escola em olimpiadas e concursos varias vezes".
Rodrigo: Acho melhor você ficar eu vou sozinho.
Eu: Você acabou de dizer que não esta bem e acha que vou deixar você sozinho assim?
Ele me abraça novamente "Esse garoto é muito carente de abraço nossa. E eu estou gostando de ser abraçado, me faz tão bem, um simples abraço, um contato entre humanos. Tão sem sentido mas tão confortável e viciante". Na escola não tem porteiro, só tem um policial que protege o patrimônio escolar, então ele(a) não ligaria se visse alguém sair, ele está lá fazendo o serviço dele e ganhando pra fazer oque tem que fazer. Porque iria se esforçar pra fazer algo que não estava no contrato ou que não lhe daria nada além de mais trabalho?
Saímos e fomos andando em silêncio até a casa dele, não é muito distante. Chegamos a casa dele e não tinha ninguém, seus pais eram separados e ele vivia com a mãe e a irma. Ela estava na escola e a mãe trabalhando, elas voltavam sempre juntas quando era umas 20:00 por ai. A irma dele estuda longe de casa então fica "zoando" com os amigos(as) na rua até der a hora de ir para o serviço da mãe e ir embora com ela. "A irma dele também sabe que sou gay"
Eu: licença.
Rodrigo: Que mania em, mesmo sem ninguém em casa kkkkk.
Eu: Já é costume ser educado.
Rodrigo: Seus pais te educaram bem.
Eu fiquei encarando ele quando disse aquilo, pensando na educação que meus pais me deram "eu praticamente me eduquei sozinho. Eram do tipo de perguntar como estou por perguntar. Apenas cuidaram de mim. Nunca eles disseram "Eu sei que não esta tudo bem, me diga oque é" ou me abraçaram e me fizeram carinho.
Rodrigo: Você quer falar sobre isso?
Eu: sobre oque?
Rodrigo: Eu não te conheci hoje, eu falei sobre seus pais te educando e você já mudou seu "status" eu vi tristeza nos seu olhos.
Eu: Eu to bem. - Não, nunca estou. Apenas reprimo os meus sentimentos em um buraco escuro e me torno um ser frio.
Rodrigo: Tudo bem, mas você já sabe né?
Eu: Oque?
Rodrigo: Qualquer coisa eu to sempre aqui.
Eu: Eu to bem. - Eu não consigo dizer coisas sentimentais, nunca consegui. Acho extremamente dificil e estranho, se um dia eu conseguir dizer "EU TE AMO" não será em português, eu não consigo dizer nada sentimento em português, em japonês, inglês, espanhol, italiano até consigo, mas em português não. "Nas outras linguas sofro menos mas consigo, apenas de nunca ter dito a ninguém, mas digo a mim mesmo e sei que consigo dizer coisas sentimentais em outras linguas pra outra pessoa e não só pra mim".
Rodrigo: Vamos jogar algum jogo.
Eu: Pode ser, de qualquer maneira eu vencerei mesmo.
Rodrigo: vai se convencendo mesmo - ele pega o jogo que eu mais odeio, futebol. - Quero ver ganhar de mim aqui.
Nunca aprendi a jogar futebol, nem tenho vontade de aprender. Vejo futebol como um invertimento inútil, tantas coisas que precisam de melhorias e pagam milhoes pra uns jogadores chutar uma bola dentro de uma rede. Mas eu venci ele no futebol 2x de 3 partidas, e perdi uma. Depois paramos porque já não aguentava mais jogar futebol. Jogamos outros jogos e eu sempre vencia. "Aprendo muito rápido mesmo então pego os combos rapidinho, então fica facil vencer". Mal vi a hora e já eram quase 20:00, a mãe de Rodrigo e sua irma ainda não chegaram. Comemos algo e eu disse depois
Eu: Rodrigo eu tenho que ir, já esta ficando tarde e se eu for embora mais tarde ainda não garanto minha sobrevivencia kkkk.
Rodrigo: Então dorme aqui ué.
Eu: Aham tá, ai você acordou né. Eu não trouxe nada.
Rodrigo: Eu sei que você traz roupa extra na sua mochila "senhor precavido" ele diz fazendo sinais de aspas.
Eu: Tá vou ligar pra casa antes então pra avisar.
Rodrigo: tá eu vou tomar banho.
Eu ligo pra casa e aviso que irei dormir na casa do Rodrigo e eles ficaram falando coisas do tipo "Não vai incomodar ninguém em" e talz.
Eu fico no quarto do Rodrigo sentado na cama dele, quando ele entra só de bermuda e sem camisa, já tinha visto ele sem camisa mas raramente acontece isso. Então quando vi ele sem camisa vindo sentar na cama tentei agir normalmente. Ele não tem barriga saradona mas tem uma bem sexy e desejável.
Rodrigo: Pega - ele joga uma toalha azul com detalhes amarelos nas 4 pontas - só não faz molhadeira em.
Me levanto e dou um empurrão nele, e vou pro banheiro. ÓH o banheiro, sempre me faz lembrar de minha "maldição", eu penso 24h sobre ela mas quando estou com o Rodrigo eu esqueço dela. Mas sempre que lembro me da um ódio de mim mesmo por não fazer nada contra, por medo da humilhação que sofrerei, eu já me humilho todos os dias não fazendo nada, e tenho medo de fazer algo, é totalmente vergonhoso e humilhante, é uma coisa da qual não desejo nem ao capeta.
Algo do qual eu preciso suprimir minhas emoções e morrer sozinho sem nenhum amor, eu não sei se seria capaz de contar sobre minha "maldição" e se iria me amar mesmo assim. Meu ódio cresce mais e mais, mas eu o prendo no poço escuro.
As pessoas pensam que é uma coisa normal que qualquer um pode ter também, eu digo NÃO, ninguém tem além de mim. Se existir outra pessoa com a mesma "maldição" ela será a unica que entenderá meus sentimentos.
Quando terminei meu banho e sai do banheiro, vejo rodrigo deitado na cama dele chorando baixo. E reparei que não tinha nenhum colchão no chão pra mim dormir e só tinha no quarto da mae dele.
Me sento ao lado dele e digo "Não chora cara, ela não merece suas lágrimas, e eu não gosto de vê-las, mais ainda de tristeza e por alguém que não merece".
Ele levanta da cama e deita no meu colo, e fica chorando mais um pouco. Eu fico passando a mão em seus cabelos lisos mas não grandes. Ele para de chorar aos poucos e depois me abraça pedindo desculpa.
Rodrigo: Eu amo ela cara, porque isso tem que acontecer? As mulheres reclamam que não tem um homem que presta, mas quando tem, pisam e jogam fora.
Eu: Quem diz isso não é mulher, é uma fácil qualquer doida pra sentar em cima de uma rol@. - Eu disse isso e me levantei - Agora cade meu colchão porque estou cansado de mais.
Rodrigo: Quem disse que você vai dormir no colchão?
Eu: Vou dormir onde então inteligência, se for no sofá esquece você vai pra lá e eu fico com a cama hahaha.
Rodrigo: Você vai dormir comigo.
Eu: Eu preciso perguntar - ele fica me encarando enquanto eu travo nas palavras, mas consigo prosseguir - Você não fica desconfortável por abraçar um homem não? por dormir ao lado de um gay.
Rodrigo: Eu não sou como as outras pessoas, você é meu amigo que eu amo, eu não me sinto desconfortável, me sinto seguro e feliz por ter um amigo que me ama também pra dormir comigo. Dá ultima vez que dormir com você na sua casa eu dormir tão bem, então se me faz bem porque não querer mais? - ele diz isso e se levanta pra se arrumar na cama - Você se importa de dormir comigo?
Eu: Coloca uma camisa pelo menos.
Rodrigo: Minha casa, minhas regras hahaha.
Mostrei meu dedo do meio pra ele e fui deitar porque eu estava morrendo de sono.
Eu deito na cama e viro de lado oposto pra ele, mas o lado que eu estava era horrível pra dormir.
Rodrigo: Vira pra cá.
Eu: Porque?
Rodrigo: Quero dormir abraçado contigo ué. Me faz sentir seguro.
Eu apenas virei para o lado que ele estava e ele pegou no meu braço me fazendo-o abraça-lo.
Rodrigo: Boa noite. - ele disse apertando meu braço contra o peito dele.
Eu: Boa noite. - Desta vez eu consigo sentir mais a sua respiração, sentir mais o calor de seu corpo junto ao meu, eu o abraço forte contra mim e aperto sua mão, não querendo solta-la nunca, e assim dormir de conchinha novamente. Eu estou ficando viciado em contado humano, como pude perder isso por tanto tempo?Desculpe a demora, tive que ficar fora da internet por um tempo. Mas pretendo continuar assim que possível.
Sozinho novamente no natal, como será no ano novo e no meu aniversário. Então pude escrever hoje.
Meus pais ficam com os amigos deles e eu sozinho no meu quarto escuro com a solidão como unica companhia.