Nas redondezas, algures por onde vivo, havia um rapaz que toda a gente conhecia na zona. Um rapaz pró-ativo, com muita energia, com postura de líder e muito bem perfumado. Conhecia-o desde pequeno.
Estava quase sempre com esse rapaz! Não por alguma razão especial...mas porque o meio que nos envolvia era o mesmo.
Quando tinha uns 14 anos comecei a sentir umas coisas estranhas, pensava eu! Não sabia bem porque me interessava em ver filmes pornográficos e ficava excitado por ver e ouvir o homem do filme!? Mas que raio?! Seria isso normal?
Dei por mim a deitar-me e a pensar nisso! Masturbava-me pensando em homens! Esquisito, não?
Pois bem... o tempo foi passando e, um ano depois, os momentos que passava com o tal rapaz eram cada vez mais frequentes e mais especiais!
Ai...como me recordo! Que momentos!
Quando estávamos juntos (ou não!) ele sempre tão atencioso comigo! Sempre tão carinhoso!
E eu...já não me deitava a pensar no homem que tinha visto num filme pornográfico ou erótico! Pensava nele! Imaginem vocês!
Bem...os comportamentos carinhosos passaram a ir mais além...! Os toques de telemóvel passaram a tornar-se cada vez mais frequentes até deixarem de ser virtuais. As palavras carinhosas começaram a transformar-se em gestos. O abraço, a carícia, o sentar em cima da perna, o olhar...ai o olhar!
No ano seguinte, quando ele tinha 29, fomos bater a uma festa tradicional da região, onde a população se agrupa à noite. Um passeio com umas pessoas conhecidas e algumas pessoas da minha família - todos numa única carrinha, julgo de 9 lugares, com os três lugares de trás ocupados apenas por mim e por ele. Os do meio parece-me que não estavam ocupados com exceção dos três da frente - o condutor e mais duas pessoas.
Sentados no banco de trás, ele, já com uns copos, começou a tocar-me discretamente. E eu com o coração a bater a 100! Mas estava a adorar! Eu queria tocar-lhe...mas não fui capaz. Ele tocou-me no corpo, na face, no rabo... Mas não chegou às partes mais íntimas!
Chegados à festa, à noite, ele teve uns comportamentos esquisitos. Não comigo em particular. Estava pensativo e dizia barbaridades sem sentido. Até hoje não sei se foi da pouca bebedeira...mas acho que não! Acho que ele estava exatamente a tentar expressar algo que lhe vinha na alma.
Volta pr'a cá, volta pr'lá, lá fomos embora. Ocupados os mesmos lugares, arrancámos para casa.
O meu coração batia ainda mais depressa e deitei-me no banco, apoiando a minha cabeça na perna esquerda dele que, delberadamente, serviu de almofada.
Começaram as mesmas carícias, mas com muito mais intensidade.
Até que ele acariciou os meus lábios e, como se por lapso acontecesse, deixou o dedo indicador acariciar a minha língua. Eu, a gostar da brincadeira, lambi-lhe com delicadeza aquele dedo de rapaz cuidado, sensível e bem apresentado.
Foi então que a carrinha parou. Queriam parar em casa de uns dos que nos acompanhavam. E parámos! Todos saíram da carrinha...! Mas adivinhem! Nós continuámos na carrinha!
"Tenho sono, eu espero aqui!", dizia eu.
"Podem ir que eu espero!", dizia ele a fazer de conta de bocejava.
Sozinhos e às escuras dentro duma carrinha, longe dos olhares dos acompanhantes, o que podia dar? Isso mesmo!
Ele acariciou-me o pénis, que pouco disfarçava o entusiasmo daquelas brincadeiras... e ajeitou-se, abriu o fecho das suas calças e...tirou-o!
Claro que com a pouca - ou nenhuma! - experiência que tinha, limitei-me a introduzir o seu pénis na boca e lambê-lo suavemente. Chupei-o com prazer, evitando movimentar muito a cabeça, para manter possiveis olhares reprovadores afastados. Aquele sexo oral rápido e pouco experiente, naquele instrumento branquinho e cheiroso, fê-lo ter um leve arrepio de prazer. Não atingiu um prazer supremo, claro! Ele teve que guardá-lo ainda molhado de saliva, segundos antes de regressarem ao carro.
Voltámos todos serenamente para casa. Desde então namoramos há 12 anos.
Regressei empolgado para casa sem saber o que tinha acontecido. Deitei-me a pensar nele e naquele pénis saboroso que, no momento, parecia-me pouco grande. Mal sabia eu que, afinal, ele estava menos duro do que o habitual e pouco descoberto. Eu estava feliz, mas confuso.
Não nos vimos no resto dessa semana que, por sinal, foi dedicada à confusão e às recordações daquela noite. Evitei os toques e as mensagens por telemóvel. Nas aulas, evitava estar com alguém...queria pensar!
Uma semana depois, ele mandou-me um sms.