Um amor duplamente proibido (parte 85)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 831 palavras
Data: 29/12/2013 06:19:55

Não disse que acabaria a história antes do ano acabar? Aqui estou para fazer minhas últimas publicações desse ano. Já escrevi todos os capítulos, entretanto estava sem internet em casa e não queria sair de casa para ir ao Cyber (sou preguiçoso). Espero que a história agrade, desculpem se a narrativa está muito fragmentada, mas o destino quis assim.

Parte 85

Lucas retoma a narrativa. O tempo passa a ser contado em algum ponto depois da tarde da segunda feira em que Rafael foi se consultarAbri os olhos aos poucos, minha cabeça estava dolorida, mas acho que o machucado não havia sido tão forte quanto minha dor de cabeça acusava. O lugar era de uma escuridão tremenda de maneira que não enxergava nada. Senti que o chão era frio e pedregoso, como de uma caverna, o cheiro de coisa podre dominava o ar a minha volta, o que me fez rezar para não haver ratos.

Comecei a apalpar até que encontrei a parede, então andei encostando-me nela no intuito de não andar em círculos. Não foi preciso cinco segundos e notei barras a minha frente. Procurei mais alguns minutos, porém era claro que o que quer que tenha me capturado havia não queria fugas.

Sentei escorado na parede e pensei. Será que foi a Estringa que me pegou? Não, não me lembro de ter visto nada sobre esse monstro estocar comida. Talvez tenha sido um sequestrador que quer um resgate... Não, do jeito que a minha vida está deve ter sido o monstro mesmo... Por que esta criatura não me matou lá no mesmo momento...

O problema era que essa criatura medonha fazia apenas sete vítimas. Vejamos... Aqueles dois garotos que me atacaram, os três amigos da Madalena, a Madalena, a diretora... É, o monstro já tem todos os que precisa, por que viria atrás de mim? Talvez vingança, neste caso deve ir atrás do Rafael e do delegado também.

Minha vontade era desabar em lágrimas, mas eu tinha medo de ser ouvido e o monstro aparecer para me atormentar, então come sei a tocar o anel que o Rafael me dera. Parecia até que a palavra gravada nele brilhava na escuridão, eu sabia exatamente o que estava escrito, “incipiens”.

Finalmente uma lagrima escorreu de meus olhos. Eu estava triste por estar preso nesse lugar escuro, estava sentindo dor por nunca mais ver meu amado Rafael, estava com ódio de mi mesmo por não ter pegado a adaga e tomado mais cuidado, estava cansado de enfrentar problemas que pareciam me afastar de meu amor. Pensei neste último, me assumi gey pelo Rafael, algo que me feriu gravemente, pois afastou meus pais (sim afastou mesmo que eles não admitam), mudei-me para a casa dele, enfrentava aquele monstro ao invés de simplesmente fugir, algo certo é a quantidade de coisas bizarras que o Rafael vai atrair.

Não tenho certeza de quanto tempo fiquei delirando, sei apenas que adormeci profundamenteRafael assume a narrativa. O tempo passa a ser contado quando ele sai do consultórioO céu estava escurecendo, anunciando uma possível tempestade. Pensei em mim e meu Lucas brincando na chuva, entre as nuvens de tempestade, rindo e felizes. Na minha vida, sempre tive ausência de amor, mesmo meus pais me dando afeto e depois meus avos, nunca tive um amor do tipo de estar realmente feliz. Era verdade que eu estava satisfeito quando meu pai me ensinava às coisas ou quando minha mãe tocava piano comigo, mas nunca me senti tão completo quanto agora, com o meu Lucas.

Já podia ver a casa do Lucas lá em baixo. Antes de descer olhei ao redor para saber se era seguro pousar. Finalmente desci atrás da casa do meu amado vesti minha camisa e fui até a porta da frente. Toquei a campainha, mas ninguém atendeu, esperei uns dez minutos, o Carro do pai do Lucas entrou na garagem e o Dr. João veio falar comigo.

João – Rafael. Está esperando muito tempo?

Eu – não, apenas uns dez minutos – ele fez uma cara esquisita, como se eu houvesse dito algo bem estranho e que o tenha ofendido profundamente.

João – sei... Onde está o Lucas? – perguntou já abrindo a porta para entrarmos na casa.

Eu – Ele deveria estar aqui.

João – Ele não estava na sua casa?

Eu – não, antes de ir ao seu consultório o deixei aqui – falei já meio preocupado.

João – você está tenso. Acalme-se. O Lucas deve estar na casa de algum amigo, ou mesmo ido passear no parque com sua bicicleta.

Eu – é, pode ser. Vou ligar para ele – disse sentando no sofá e pegando meu celular para ter certeza que ele estava bem.

Tentei inúmeras vezes, mas sempre recaia na caixa de mensagens. “Ele deve estar com a Carol”, pensei. É, eu iria até a casa dos nossos amigos e ele estaria lá, rindo e bem. Levantei e quando abri a porta para sair dei de cara com a Carol e o Alex. Meu coração disparou.

Continua...

Ainda hoje eu continuo.

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Comentários

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Muito bom. Nossa espero que o Rafa consiga salvar o Lucas.

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