A vida..., era como se as ondas do mar..., era como se o mar seguisse ao meu caminho, era como se as ondas seguiam na areia da praia ate a mim, tinha medo das coisas a minha volta, das pessoas ainda, acho que ate a volta de mim era bem mais seguro depois de tudo que tinha passado com Nicolas...
Exatamente depois de 7 meses de namoro eu e ele estávamos mais ligados do que antes, estávamos mais atraídos um pelo outro que acho que não queríamos sair de perto um do outro, era uma manha normal, um dia antes da véspera de natal no caso dia 23 de dezembro, eu e Nicolas ainda tínhamos a prova final a encarar antes de entrar de feriadão de natal...
Eu tinha me mudado para a faculdade de Nicolas para ficar junto dele, para ficar mais próximo dele, e assim mesmo minha rotina diária tinha mudado, estávamos sentados diante de seu pai e de sua mãe naquele radiante e chato café da manha...
Eu e Nicolas nos sentávamo-nos à mesa diante de seu pai e de sua mãe, é claro que ainda seu pai não aceitava que eu e Nicolas estávamos namorando, mas acho que pela felicidade de seu filho aceitava o que estava acontecendo... sento – me de frente para Nicolas, no outro lado da mesa, ele sempre me olhando com aqueles par de olhos azuis, a boquinha sorridente e pegando o leite de cima da mesa, preparando o seu achocolatado que ele sempre gostava. Ninguém falava no café da manha, a não ser se seu pai quisesse, parecia mais um velório, um manicômio para loucos, olha que me deu vontade de largar correndo dali...
Cuidava Nicolas tomando o café de sua mãe..., é claro que eu não seria louco de ir morar com ele na casa de seu pai, também eu não comi porra, mas era sã de querer ficar pertinho do meu filé né..., quem não vai querer... Ainda mais que na noite passada lasquei ele com força...
Tudo por debaixo dos panos, sem seu pai saber, pois aceitando a fundo que eu e ele estávamos namorando, ele pensava que ainda não tinha arrancado o cabaço de Nicolas..
- e ai, e seu carro bruno? – bom ele tinha me pegado desprevenido, eu estava olhando a Nicolas quando viro depressa para fita-lo...
Seu Heitor com um cotovelo em cima da mesa me encarando e bebendo mais um pouco de seu café...
Eu sabia de meu carro, ele estava no concerto, o motor estava todo fodido mesmo, então nem esquentava com isso...
- bom, eu fui la ver ele ontem..., ainda não esta pronto...
- hum..., e como acha que vai ir, você e o Nicolas a faculdade? Como acha que vai levar meu filho? – era uma ordem na verdade, o beiço do cara parecia que tinha ido ao chão...
- pai..., eu vou de ônibus, sempre andei...
- não..., não mesmo, não quero ter o risco de você se deparar com um louco novamente...
Nicolas franze a testa e bebe mais um pouco de seu chocolate, vira para mim, e eu abaixo os olhos...
- olha senhor Heitor, acho que enquanto que eu estiver com Nicolas perto de mim, ninguém vai fazer mau nenhum a ele, acho que não vou aceitar nem do senhor fazer mal a ele perto de mim, não acha?
-ele é meu filho e fim de papo..., e também não seguro nada bruno... por isso, eu tive que tomar uma precaução... – seu pai se levanta da cadeira, indo em direção a estante da sala... ele pega algo prateado, não sabia o que era...
Sua mãe olha para mim e sorri... ficamos eu e Nicolas sem saber o que fazer...
O pai dele atira uma chave ate mim, fazendo eu me surpreender novamente, pegar com as mãos e olhar ela...
- pegue meu carro, eu vou trabalhar com a de sua mãe...
O carro do pai dele, era uma nave meu, eu não sabia nem o que falar...Nicolas levanta da cadeira olhando fixo para a chave...
- pai... eu não preciso disso...
- Nicolas... não quero desculpa. É isso e pronto... se não vou contratar um segurança a você e fim de papo, ai vamos voltar aquele tempo que você via o bruno só nos fins de semana.
Era como se fosse um fim de conversa, seu pai nem sorri...nem com o tchau, saiu da sala resmungando com o ele mesmo... eu ainda pasmo com aquelas chaves em minhas mãos..., Nicolas balança a cabeça, saturado com as regras de seu pai, em cima de nos, de como, quando?
Era chato isso mesmo, Nicolas estava saturado disso... e eu também...
- meu filho não fique assim, seu pai só quer o seu bem... – sua mãe saiu devagar com uma tigela nas mãos em direção a cozinha...
Ficamos eu e ele, Nicolas olhando para as chaves em minhas mãos, enquanto eu me levantava da cadeira...
- você quer que eu pegue a sua mochila?
- não tudo bem, eu vou ter que escovar os dentes mesmo, vou subir e pego eu mesmo.
- Nicolas eu estou tanto como você entende? – eu pego ele na curva da mesa...
- eu sei... e também quem ia esperar que o senhor Heitor estaria dando o seu preciso carrinho...
- e não era...
- não é essa a questão bruno..., é de meu pai sempre em cima de mim, sempre tentando examinar o que nos estamos fazendo, ate uma hora me pegar agarrado na tua pica ai eu quero ver...
- seria engraçado... – eu do um sorriso...
- para bruno..., é serio meu, não me admiro se ele não tenha botado uma câmera no carro...
- bom isso eu não sei, só sei que não vamos pegar o busão, agora te meche, vamos que já são quase oito horas...
Entramos no carro de seu pai, e seria cômico chegando com aquela nave na faculdade, todos nos olhando ate os professores, eu estava grandão, só faltava o som dos racionais... ai tava grandão mesmo.
- ta sabendo né, depois da aula eu vo direto para a academia...
- eu tenho uma palestra, ai eu não sei se vou ir a tempo...
- hum uma palestra é... – pego o branquinho pela cintura, estávamos atrás da cantina ninguém podia nos ver. Nicolas não gostava de nos ver nos beijando... ate mesmo por que ninguém precisava mas todo o colégio sabia... – me da essa boquinha vai...
Agarro ele, colocando contra a parede, Nicolas abafando entre meus lábios, enquanto agarrava com força a sua bunda...
- bruno eu tenho aula...
- eu também... – continuo a destruir o seu lábio, minúsculo e pequeno...
- ta deu chega..., eu sei aonde esta tentando chegar.
- como assim moleque? – olho para ele, Nicolas dando aquele sorrisinho que eu tanto amava. Para o lado agarrado em meus ombros.
- outro dia você me beijou e me beijou... que chegamos a transar no banheiro de uma estação de trem, então não vem...
- hum ta com medo é, de pegar a gente aqui.
- não, ate por que também todos sabem. HÁ..., não te quero perto daquela garota.
Nicolas estava de birra com uma mina que da em cima de mim na minha aula, a garota é legal, fazemos par junto em trabalhos diversos, a garota para mim não esta dando em cima mas, como meu pequeno estava assim eu muitas vezes nem chegava perto...
Ele ainda não entende que ele é o único para mim.
- Nicolas eu já disse..., a Bruna é legal...
- a então o nome dela é Bruna... por que que ate hoje você não me contou...
- não te contei..., qual é..., contei sim... – do um sorriso... ele ficava fulo... Nicolas cruza os braços fazendo uma cara de emburrado enquanto eu o agarrava...
- me solta, vai para a tua aula, e já sabe, não te quero perto da Bruna... como tu diz... – ele fazia um tom irônico, me deixava louco. – eu vo para aula, ai de você.
- como assim ai de mim, olha que eu agarro ela... pelo que vi ela tem um popo... e tu sabe que sou fraco com essas coisas.
Nicolas vai ate o meio do caminho, lindo andando, alias tudo que ele faz me faz gamar mais ainda. Ele para com aquela bundinha bem impinadinha e vira para mim sorrindo.
- bruno... – ele da dois passos para mim. – eu já te contei que entrou na minha aula um garoto muito bonito.
- a é... – estufo o peito...
- ele é loiro, e muito chamativo sabe, pelo o que eu reparei ele gostou também de fazer par comigo.
Franzo o cenho.
- aonde esta tentando chegar branquinho?
- que se você não se afastar dessa garota, eu vou aceitar o pedido dele de fazer par na feira de livros.
- tu não é nem louco em...
- eu te falei que ele te olhos azuis, tao bonitos que parece diamantes azuis, e há tem um tremendo de uma massa muscular que olha, e um volume que deixou todos babando na minha aula...
- para porra, vem ca... – pego ele e grudo a boca dele na minha, estava estufado, não gostava disso, Nicolas sabia que para ciúmes eu era muito mas muito fraco mesmo.
- ta dado o recado... – ele se solta de mim e vira andando para a saída...
Vou para a minha aula, e o ruim que era do outro lado do prédio, Nicolas estava junto com não sei quem, então como o ciúmes falou mais do que eu, não tinha como deixar isso barato, tinha que saber quem era o novo loiro que estava domando a todos.
Cara que filha da puta, ele que nem se atreva a chegar perto dele, eu acho que esfolo ele.
Os dois últimos períodos não assisti, fui direto para o setor de veterinária, Nicolas estava ainda com o avental, lindinho, e ao seu lado umas duas garotas como sempre dando em cima dele...
Uma hora passou e o turno passou, Nicolas sai da aula, se agarrando em mim e beijando minha bochecha... olho enquanto abraçava ele, quem era o cara...
- ta e ai cade o manezão...
- a o garoto que te falei..., ele não veio hoje...
- que pena. – pego Nicolas e levo para a academia, estava muito a fim de malhar, puxar uns pesos.
Nicolas tinha ido para a sua palestra logo depois que cheguei la, então não tinha como ficar vigiando ele por tudo, eu sabia que ele estava bem, pois em questão de aula ele é bem dedicado. E também no meu branquinho não tem o que desconfiar, confio nele a cima de tudo.
- e ai brunão, e a vida e casal?
Viro de costas para o espelho, enquanto um amigo meu se aproxima.
- ta de boa.
- ta mas e ai, não sente falta não... – continuo a puxar o peso, enquanto meu braço doía um pouco, mas isso era normal.
- do que?
Viro para ele, fazendo um movimento com a mão, fazendo um gesto que eu mesmo fazia.
- a ta..., a sim, sinto sim, mas ai passa... – continuo a trabalhar na musculatura...
- ta mas vem ca cara eu sempre quis te perguntar...
- pergunta ai vai?
- como é transar com um homem meu, não é nojento..., sei la poço estar me precipitando, mas pode ser que esteja me equivocando...
- olha cara é normal, ate eu achava que seria nojento mais não é não...
- então vocês dois transam? – o guri cruzava os braços...
- se somos um casal ne veio, ou tu acha que estaria namorando com homem por diversão...
- bom isso é verdade, vai rolar meu um baile funk, ali na parada 18 topa?
- não..., eu estou evitando...
- a sim, o gayzinho não deixa né...
Viro para ele serio, o cara rindo do Nicolas...
- o meu..., te liga cara... vai te fude.
- o Brunão desculpa ai... – pego as faixas em cima da bancada e enrolo nos meus punhos... sinto minha respiração aumentar, ficar mais forte. – mas é o que a galera diz meu, o que você teve na cabeça para ficar com um cara meu...
- e dai, tu acha que me importo, com o que um bando de punheteiros vem falar a mim, ou a você, basta minha mãe e meu pai aceitar veio que ta tudo santa paz...
- não te importa meu...
- olha veio o papo ta bom, mas me lembrei que tenho que ir, falou...
Deixo para outra hora, eu queria era socar a cara do cara com esse papo, para mim ele queria foder um garotinho, vo direto para a minha casa, aquele dia eu não trabalhava, a empresa estava de feriadão, então era a vez de Nicolas posar na minha casa, já pensava na noite o que ia rolar.
Desço as escadas da academia puto da cara, passando a mao na cabeça e indo direto para a minha casa, nick ainda não tinha voltado, mas acho que já estava surtando com as minhas ligações repentinas que fazia a cada minuto.
Então como não tinha nada para fazer, peguei uns filmes pornográficos e fiquei olhando as minas gemerem nos cassetes dos caras... imaginando o Nicolas em mim.
Logo mais tarde eu e Rafa tínhamos uma partida de futebol, e justo naquele dia eu ia completar oito meses de namoro e a droga que não tinha comprado nada para o Nicolas. Fui direto para a quadra, dei um role atrás do outro nos meus colegas, é claro que muitos de meus amigos ficaram de cara comigo e nem falava mais comigo, mas eu não tava nem ai, os caras nunca falavam comigo mesmo, só quando eu pagava acervejada e mulherada.
Depois que cheguei em casa tomei um banho e sai direto para a casa do bundinha, cheguei la estava o seu pai, entreguei as chaves do carro que tinha me emprestado em suas mãos...
- fez bom uso?
- sim senhor..., quero dizer..., para o Nicolas foi bem..., hã eu levar ele ao colégio...
- eu sei... – diz ele para mim. – bom o Nicolas esta lá em cima e acho que vocês tem muito o que conversar...
- como assim senhor? – digo um pouco baixo.
- vai la eu que não vou te falar né, suba lá.
Vou direto para seu quarto, virando a escada e entrando em seu quarto, Nicolas estava sentado na cama conversando com sua mae, ele vira para mim e da um sorriso lindo cara, e sua mãe também, e assim ela me cumprimenta e sai.
- feliz aniversario de namoro. – ele diz a mim. Eu paço a mao na cabeça olhando para ele sorrindo e me aproximo devagar...
- amor..., desculpa mas eu não comprei nada, se você quiser podemos ir ao shopping agora.
- tudo bem. Alias ultimamente você esta me dando umas das coisas que mais gosto.
Ele se levanta e pega uma caixa enorme e vem ate mim com ela nas mãos.
- e o que eu estou te dando tanto para você gostar e não me cobrar um presente?
- tesão. – ele diz com um enorme sorriso e entregando a caixa em minhas mãos.
- comprei para você, se não for o seu numero pode trocar, peguei o numero maior. – ele diz olhando para mim. Eu balanço a caixa em meu ouvido e saindo devagar e me sentando na cama.
- o que é isso?
- abre. – foi isso que fiz, abri devagar o papel prateado, e me deparo com umas das coisas que mais queria nos últimos tempos...
- não... – eu digo.
- eu acho que sim.
- não pode ser. – senti meu coração disparar, puta merda meu...
Olhei aquele nome, a marca que tanto gosto, na verdade a marca dos comedores de bunda.
Abro a caixa. O tênis do momento, o tenis da NIKE que namorava a meses...
- puta merda meu, cara..., eu não... – olho para Nicolas que me olhava com uma cara alegre, pulo nele como um tigre, Nicolas fica abaixo de mim enquanto eu continuava a beijar a sua boca, bochecha e seu rosto.
- não acredito meu.
- que bom que gostou amor, eu passei hoje e vi e comprei é seu. A e espero que seja o seu numero, peguei se não me engano o 45.
- cara, eu te amo meu, eu te amo, amo..., amo muito mesmo, eu amo você Nicolas. É claro que é o meu numero.
- tudo bem para com isso, é seu já disse que se você não pisar na bola comigo pode ter tudo de mim.
- te arruma agora... – eu digo a ele levantando e pegando a caixa. – vamos sair e comprar um presente a você, agora e sem reclamar.
- amor não precisa, você já me da varias...
- ta tudo bem bundinha eu te dou o meu brinquedo e você quase gama, mas assim eu sei quanto que você pagou nisso, vale mais do que o meu rim, então te arruma sem reclamar se não te como na frente dos seus pais.
- hum delicia...
- vai la vai... – vou saindo, e paro no meio do caminho. – Nicolas seu pai disse que a gente tem muito que conversar, aconteceu algo?
Nicolas da um sorriso e vem ate mim, me abraçando pelos ombros, eu fico encarando seu rosto assim que vejo ele. Parado a minha frente sorrindo.
- o que foi anjinho?
- bruno senta aqui vem. – ele me pega pelo meu punho e sentamos junto no sofá.
- qual é cara o que aconteceu veio? – largo a caixa com o tênis em cima da mesa.
- bruno..., lembra que uma vez a muito tempo logo que revelamos a meu pai que estávamos junto que ele disse que a empresa poderia transferir ele de cidade?
- lembro amor por que? – Nicolas passa a mão no rosto, mas ainda continuou muito calmo, não gostava disso.
- foi o que aconteceu. A empresa pode ir embora, e falta pouco para meu pai se aposentar, se você não sabe eu tenho um irmão na verdade é de criação, ele mora em são Paulo seria onde eu ia ficar...
- porra..., o que você esta tentando falar.
- bruno dessa vez não tem escapatória..., se é como estou pensando e acho que vai ser..., eu infelizmente vou embora para são Paulo vou ficar 3 meses lá, a empresa não vai se mudar, mas vou ser obrigados a eu ir com meu pai e minha mãe...
Nicolas larga aquela coisa na minha cara, eu fiquei sem reação, sentindo meu braço inchar pelo sangue que percorria, queria sair quebrando tudo, socando tudo, queria foder tudo a minha volta e pegar Nicolas e trazer ele comigo.
Nicolas é meu...
Continua...
AI GALERA VOLTAMOS... MAS POSTAREMOS OS CONTOS QUANDO TIVERMOS TEMPO..., ESTAMOS NA FACULDADE E ESTA SENDO MUITO PUXANDO..., A VIDA TA DIFICIL, MAS AO LADO DELE DA PARA RELEVAR TUDO...
ESPERO QUE GOSTEM... POIS NÃO SERA UMA SERIE COMO FOI A OUTRA E SIM ALGUNS CONTOS DE COMO ESTAVAMOS APÓS OS ACONTECIMENTOS...
ATE A PROXIMA!!!
ABRAÇOS...