Amigos, desculpe a demora por postar esse conto, mas eu estava no fim de período e quem estuda sabe o que isso significa! Espero que gostem! Beijo e abraço!
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As vezes nós fazemos algo que julgamos ser bom, mas o tempo mostra o contrário.
Após eu pedir desculpas para Fer e Gabi descobrir, por um deslize meu que eu sou gay, minha vida melhorou um pouco. Agora Fer me dava mais atenção e eu tinha alguém para compartilhar todos os meus segredos.
Os fatos narrados por mim no capitulo anterior aconteceram perto das férias do meio do ano. Darei um salto para o começo do meu terceiro ano.
Não que o que aconteceu nesse período não seja importante, é que é repetitivo. Basicamente eu ia para a escola nos dias de semana, em alguns finais de semana eu ia para a casa do Fer ou ele ia para minha casa. Nas férias ele viajou e eu fiquei aqui sozinho. Mas sempre que ele estava na cidade nós saiamos juntos. Foi basicamente isso.
Bom, estava eu em minha residência estudando para uma prova quando Fer me liga. Ele estava me convidando para passar o feriado prolongado no seu sitio para comemorar seu aniversário.
A festa de fato seria no sábado, mas eu fui na quarta a tarde, junto com sua família. É claro, eu não fui o único que foi antes. Mais dois amigos foram antes também. Mas me senti importante por ir antes e essa é a melhor sensação do mundo.
Esse sítio fica na beira da represa de Furnas. É um lugar lindo. Árvores que rodeiam a casa, uma piscina, uma casa meio rustica, do jeito que eu gosto. Além da represa é claro, que é um lugar espetacular.
Os pais de Fer tinha dinheiro, um era Fiscal da receita e o outro era Juiz (precisa de mais explicações?). Eles tinha uma lancha e 3 Jet-Skis nesse sítio, um Baja e quadriciclo. Traduzindo, seria o melhor feriado da minha vida. Não por causa dessas coisas legais, mas por causa que eu faria tudo do ladinho do Fer.
Enfim, chegamos lá na quarta a tarde para arrumar tudo. Arrumamos o quarto que ficaríamos, ligamos o vídeo-game em um DataShow para dar mais emoção as nossas jogatinas, ligamos um notebook nas caixas de som para tocar musica na casa inteira.
Depois de arrumar tudo e jantar, pulamos na piscina. A mãe de Fer quase deu ataque cardíaco quando viu a gente lá nadando naquela hora. Mas ela viu que estávamos nos divertindo, e deixou para lá.
Não lembro nem que horas saímos da piscina e começamos a jogar e muito menos que horas fomos dormir. O que eu sei é que estava sendo perfeito. Ver Fer só de sunga, aquele corpo perfeito e aquele volume na sunga já era suficiente para me alegrar.
Na quinta acordamos com o almoço sendo servido. A lancha já estava na água bem como os Jet-Skis. Almoçamos uma deliciosa muqueca feita pela mãe de Fer, que é uma deusa na cozinha. Esperamos uma hora jogando vídeo-game, para não dar congestão na água. Passado o tempo, fomos aproveitar o melhor que a represa pode nos oferecer.
A mãe do Fer, dona Carla, não gosta de Jet-Ski, portanto foi na lancha com o pai dele, seu Micael. Haviam 3 Jet-Skis. Como eu nunca havia andado antes, eu fui com o Fer e os outros dois amigos dele foram nos outros 2 Jet-Skis.
Nunca fiquei tão feliz por ter que dividir algo. Eu teria que ir abraçado com Fer. Na hora que me falaram isso, dei um risinho bobo. Fer percebeu e me perguntou, com uma cara sacana:
- Gostou da idéia de ir abraçado comigo? – As pessoas riram, mas eu respondi:
- Não. É a coisa mais gay que eu já fiz – Novamente eles riram. Colocamos o colete e saímos.
Momentos como esse eu queria que durassem para sempre. Eu sentei na atrás do Fer, e ele me disse: “Segura firme em mim”. Abracei ele por traz e ele deu partida. Senti o cheiro perfeito emanando do seu tronco nu, sentia seus músculos contraindo a cada curva que ele fazia. A sensação de segurança que ele me dava só serviu para aumentar ainda mais o meu amor.
Paramos em um bar beira de represa. Atracamos os Jet-Skis e a lancha. Quando eu vi Fer de frente, tive que me segurar para não ficar olhando. Ele estava molhado, seus cabelos bagunçados devido ao vento e seus olhos verdes cheio de emoção e alegria. Aquela imagem linda. Fiquei feliz em vê-la, mas triste por imaginar que ele nunca seria meu.
No bar, Micael nos pagou uma cervejinha. Eu não gostava muito de cerveja, mas naquele momento caiu bem. Ficamos conversando a tarde, tirando sarro um do outro, até que chegou a hora de voltarmos.
Já estava animado para voltar abraçado com Fer quando ele me disse:
- Lipe, você volta pilotando – Antes de eu processar, ele já havia me colocado na cadeira do piloto e sentado atrás de mim. Ele me passou instruções básicas, deu partida e saímos.
E eu que imaginei que abraça-lo fosse melhor que ser abraçado. Suas mãos firmes segurando minha cintura, sua voz sussurrando algumas instruções no meu ouvido e seu cheiro entrando pelas minhas narinas me deixavam louco. Juro que eu não sei como não capotei o Jet-Ski.
Chegamos em casa exaustos do passeio. Tomamos um banho, jantamos e fomos jogar vídeo-game. Jogamos pouco e já estávamos dormindo. Esse dia foi excepcional.
Não consegui dormir direito, Fer invadiu meus sonhos e não me deixou dormir. Era o tipo de sonho que se acorda todo melado. A sorte é que eu acordei mais cedo que eles e limpei tudo. Apreciei por alguns instantes Fer dormindo. Como era perfeito.
Logo cedo uma linda mesa de café já estava montada. O sol recém-nascido iluminava a varanda ande ela estava montada, proporcionando uma belíssima manhã. Tomei café com dona Carla e conversamos bastante. Ela era muito inteligente e mente aberta. Era o tipo de mulher que eu queria ter como sogra (heheheh).
Nessa sexta a tarde, colocamos uma roupa mais pesada e fomos andar de baja. Foi muito bom. Sujamos tudo de barro. Eu perdi um pé do meu tênis (sorte que era velho), várias roupas rasgadas, mas a diversão foi infinita.
Uma vez em casa, começamos a fazer os preparativos. A festa seria só no outro dia, mas era muita coisa para arrumar e precisávamos deixar tudo nos trinques. Fiquei encarregado e montar som e iluminação.
Como eu disse, eu estudava em uma escola de tecnologia, portanto sabia fazer muitas coisas legais. Uma delas era fazer uma comunicação do meu celular com o computador para obter um certo controle sobre ele. Então, liguei o som ao meu notebook, o sistema de iluminação era controlado pelo meu notebook também. Conectando-os, eu controlava a musica, iluminação e efeitos especiais da festa pelo meu celular. Ficou muito foda, senti orgulho de mim mesmo.
Após montar tudo, coloquei umas musicas eletrônicas para tocar. Depois coloquei uma musica mais calma e depois desliguei. Fui dormir somente depois de me certificar que tudo estava em perfeitas condições.
No outro dia, a função da festa começou cedo. Acordamos com batidas de panela da dona Carla. Lavamos o local da festa, preparamos as comidas, colocamos as bebidas para gelar, preparamos a coqueteleira para um uso continuo. Decoramos e por fim, observamos nosso trabalho. Ficou show de bola.
Antes de começarmos a nos aprontar, levamos Fer para fora da casa e demos ovada nele. Cantamos parabéns e demos nossos presentes. Afinal sábado era o aniversário dele. Eu dei uma coleção de vinil do Pink Floyd que ele ficou louco. Os amigos dele deram um jogo e uma camiseta.
Nos aprontamos e a festa finalmente começou. Nesse momento eu posso falar com menos propriedade, por que eu não lembro. Mas a música foi muito elogiada, a boate, a comida e a decoração ficaram excepcionais. As bebidas foram preparadas por um Barman profissional. Sem comentários. O que é certo, é que a festa foi um sucesso. Eu bebi demais, Fer encheu a cara e todos na festa fizeram o mesmo. Com certeza essa ficaria marcada na história.
Os dois amigos de Fer foram embora logo após a festa, mas eu fiquei para ajudar. No domingo cedo eu e sua mãe lavamos todo o chão. Lavamos os banheiros vomitados, limpamos a cozinha e todo o resto da casa. Fer ajudou só no final, pois estava com muita ressaca.
Desmontei o equipamento de luz, mas não o som. Deixei-o montado para tocar musica enquanto limpávamos a casa. Depois de tudo limpo, almoçamos.
Eu e Fer resolvemos abrir seus presentes. Em suma foram muitas camisetas, muitos jogos e um violão. Eu não sabia tocar violão, mas Fer sabia. Ele ficou tocando e eu só assistindo. Eu não ligava de ficar vendo ele tocar.
Mas eu fiz uma merda muito grande. Estávamos na varanda, seus pais estava tomando um banho juntos. Era em torno de cinco e meia da tarde, onde o por do sol atinge o ápice de sua beleza. Aqueles últimos raios dourados de sol atingiam Fer no rosto, que refletia em seus cabelos negros e olhos verdes, deixando-o ainda mais belo. Fora a paisagem que se estendia atrás de nós.
Ele estava tocando uma musica qualquer, enquanto eu o observava, mas eu o olhava de uma forma diferente. De uma forma amorosa, sonhadora. Quando ele percebeu minha feição ele perguntou:
- Por que ta me olhando? – Nessa hora eu soube que existiam duas respostas. A certa e a errada. Infelizmente, eu dei a errada. Eu respondi:
- Por que eu não consigo parar – Ele deu uma risadinha e perguntou:
- Como assim?
- É ué. Eu não consigo mais parar de te olhar. É simples – Nessa hora ele percebeu que eu não estava brincando. Fechou a cara e perguntou nervoso:
- Você é gay Lipe? – Por um segundo hesitei, mas cansei de guardar isso para mim e disse:
- Sim. E eu te amo. E nada do que você disser vai mudar isso!