Ola quem voltou cheio de novidades e promoções, na compra de um cobertor elétrico, você ganha 7 dias grátis pra ficar em casa! Ta enfim, voltei pessoal! Sei que estão com raiva pela demora, e vou ignorar seus rosnados e ameaças de morte, eu estive meio ocupado resolvendo coisas pessoais por meseeeessss. Que envolviam vcs sabem quem (não é o senhor das trevas).
Bom eu parei no casamento da kamila que foi começo de 2012 eu acho, não tenho certeza, enfim, como vocês sabem o mundo não é um mar de rosas, brigas acontecem, palavras são ditas e rompimentos as vezes são necessários. Mas relaxem, segurem as pontas, explicarei tudo bonitinho e etc.
Depois do casamento da kamila, passaram-se alguns meses eu acho, enfim. Nada de mais aconteceu nesses meses, eu arranjei um trabalho e estava afim de começar uma faculdade na qual eu me encaixasse, comecei a estudar, a prova era em cima da hora, mas consegui fazer e passei graças a ajuda do Carlos, lógico, sempre me apoiando.
As aulas começaram em julho. o curso que eu escolhi era GDL (se matem para adivinhar), eu estudaria numa baita faculdade, publica, mas uma baita faculdade.
- voce esta vermelho. – disse Carlos no banco do motorista no estacionamento da facu no primeiro dia de aula. Com um sorrisinho.
- eu to super nervoso. Eu nunca freqüentei faculdade e to morrendo de medo.
- não precisa ter medo é a mesma coisa que o ensino médio, só que pior, eles te sugam até o ultimo, arrancam seu coro com teses chatas, matérias insuportáveis, professores carecas e barrigudos! Corre pras colinas! Corra!
- hahaha palhaço. Isso não esta me ajudando. – eu estava totalmente perdido, não sabia o que esperar.
- ainda da tempo de vc trocar para uma faculdade particular. – disse Carlos.
- vc já me disse isso umas 90 vezes, mas eu quero fazer publica mesmo, e alias eu não tenho verba pra me bancar nessas facus de gente de elite.
-quem disse que vc ia bancar? – disse ele batendo no peito.
- fico agradecido pela ajuda mas eu não quero ficar com imagem de interesseiro.
- olha Allan, vc não precisa negar todas as coisas que eu te dou de coração por causa do que os outros vão achar, vc pode achar que é o certo, mas as vezes isso me magoa. Eu quero te ajudar e vc nega tudo que eu lhe dou. – disse ele meio triste.
- desculpa, não sabia que se sentia assim. Vou tentar ser mais maleável. – disse para ele enquanto o abraçava.
- hahaha maleável? Hahaha quem usa esse tipo de expressão?
- haha coisa de escritor, desculpa ta?
- ta bom. Acho melhor vc ir. Ou vai se atrasar.
- já que vc ta me expulsando eu vou – disse abrindo a porta do carro. Ele me segurou e me puxou e me deu um beijão.
- nunca te expulsei, e nunca farei. – disse ele me encarando com seus olhos negros. Me arrepiei todo, ele sabia como me deixar sem jeito. – eu só acho que vc já esta atrasado. Não era 19:00 horas que começava sua aula?
Olhei no relógio do celular e já era 19:03, e eu nem sabia onde era a minha sala!
- beijo tchau – peguei minha mochila e sai como um raio do carro, só ouvi ele dando risada e corri até a entrada da facu, era bem bonita, branca e limpinha. Com ajuda de veteranos achei minha sala com 15 minutos de atraso. Todos já estavam na sala e uma moça estava na frente da turma falando alguma coisa, as carteiras estavam em fileiras uma do lado da outra nos dois cantos da sala. Ou seja duas fileiras na porta viradas pra janela e duas fileiras na janela viradas pra porta, cheguei atrasado e sentei na fileira da janela com todos me olhando, ninguém se conhecia La, então não tive tanta vergonha. Logo vi que a professora era muito bacana e extrovertida. Ela fez uma brincadeira com os novatos antes dos veteranos entrarem na sala para fazer nossa prenda. Ela disse para cada um de nós levantar dizer nossos nomes, o que gostamos de fazer e pq escolhemos esse curso, e depois passar a vez para alguém da sala apontando. A brincadeira começou bem legal e todos ainda meio tímidos, e eu já tava bolando o que dizer. Chegou a vez de um rapaz no qual eu não tinha reparado antes, um rapaz bem estiloso e bonito, olhos e cabelos bem negros, estava com uma calça bege que mostrava bem suas pernas mas não muito coladinha, usava aparelho e um boné tipo vida loka e bem branquinho, quase albino.
- me chamo Louis. Sou do Paraná e gosto muito de dançar. Estou fazendo esse curso pq creio que vai me ajudar nos meus projetos de dança.
Até ai tudo bem, nada de anormal, exceto pelo fato dele falar olhando diretamente pra mim. Eu não sabia onde enfiar a cara. Ele tinha me secado de um jeito que eu fiquei vermelho. Eu tentei disfarçar, mas adivinha pra quem ele apontou pra passar a vez?
Ele apontou diretamente pra mim, eu esqueci tudo o que eu tinha planejado falar. Eu gaguejei feio.
- haam, a... meu nome é Allan, bom... eu.. eu gosto de escrever e... e... escolhei esse curso pq sei La...
Todos riram da minha resposta meio nada vê. E ele ainda me encarava. Dei uma disfaraçada e apontei para uma menina bem alta e robusta (gorda) do outro lado da sala e a brincadeira continuou até o ultimo se identificar, foi legal, tinha muita gente legal e pouca gente chata. E no fim a prof falou mais alguns patatis e patatas e deixou os veteranos entrarem na sala hahaha. Foi legal, eles fizeram a gente tirar um par de cada sapato, depois deram nós em todos eles, e levaram pro bar perto da facu, e fizeram a gente andar de elefantinho até o bar passando por todos os corredores da facu haahaha, rio até hj dessa cena, foi muito engraçado, e ainda gritando “nós não somos veterano, é bonde Bob Esponja que ta passano!” kkkkkkkk tem video disso no youtube.
No fim fomos pro bar beber, mas eu nem bebi e nada, sentei numa mesa e estava trocando sms com o Carlos contando o que eu tinha passado na recepção dos calouros. Quando alguem senta na cadeira ao lado da minha e se apresenta:
- vai fazer esse curso e nem sabe o pq? Não foi uma boa resposta.
Olhei para ver quem era e vi o garoto que estava me encarando na sala. O Louis, ele estava sorrindo e meio vermelho...
- haam, oi – disse eu meio com vergonha. Não sabia pq mas ele me deixava com vergonha quando me olhava.
- sou Louis, calouro tbm haha
- É, eu sei, o dançarino né? – disse olhando o celular.
- é haha, vc prestou atenção? – ele também parecia estar envergonhado e isso me deixou mais calmo. – voce é daqui mesmo?
- sim, e vc? – ele tinha dito que era do Paraná, mas eu perguntei por educação.
- moro aqui faz pouco tempo, sou do Paraná.
- dança o que? – perguntei meio que distraido
- de tudo um pouco. Break, Hip Hop, Jazz... etc.
- serio? Poxa que bacana, mostre qualquer dia, eu nunca aprendi a dançar, parece legal – disse meio feliz já, eu sempre admirei quem sabe dançar ou cantar muito bem. Ainda mais essas danças de rua, onde o cara parece que não tem ossos, é muito show. Fiquei todo bobo. Mas no bom sentido.
- eu posso te ensinar se quiser. – disse ele abrindo aquele sorriso bonito aparelhado. Eu avermelhei de novo. E desviei o olhar. Não foi bem uma cantada, mas o jeito que ele me olhava com desejo, já demonstrava que ele tava querendo fornicar, danadenhooo. Então eu desviei o olhar – eai? Topa?
- topo, gostaria de aprender a dançar, mas não tenho muito tempo. A gente marca qualquer dia. – disse já me levantando, vi a decepção em seus olhos.
- ok, ok. É nóis. – disse ele sorrindo e apertando minha mão em despedida.
Sai do bar e fui indo em direção ao ponto de ônibus, estava escolhendo uma musica no celular quando um carro para ao meu lado e abaixa o vidro, era o Carlos, e estava com uma cara nada agradávelMais uma vez desculpa a demora, tive problemas e eu também tenho vida social kkkkkk bjss na bunda. Comentem.
