Esse a ideia me veio quando escrevia Novidade. Espero que gostem.
Cap. 1
- Olha como ele é lindo Leandro- dizia minha mãe logo quando nasci
- Lindo. Vai ser o rei mais lindo que já existiu.
- E qual será o nome
- Davi. Adoro esse nome
18 ANOS DEPOIS
- Você é o mais velho, logo vai ter que assumir o trono.
- Tá mãe. Eu sei.
- E sabe que vai ter que se casar
- Mãe, eu só tenho 18 anos.
- Isso não o impede de arranjar uma esposa.
- Tá mãe, agora dá pra você sair, porquê eu estou estudando
- Tudo bem meu filho.
Eu sempre detestei essa pressão da minha mãe. Acho que ela só era assim porquê nunca me via com garotas, mas, eu não gosto de garotas. Quero ver o que ela vai fazer quando descobrir, é capaz de me matar. Mas simplesmente é assim, eu não sinto a mínima atração por garotas. E até hoje, não ouvi um único gay na família real, ao menos, nenhum nunca assumiu. Minha mãe é uma rainha ótima, mas que governa bem mais para os ricos. Aqui em Dinherist, de vez em quando temos alguns protestos contra ela. Meu pai, é mais durão, mas também é bem mais liberal, não me pressiona, e sinceramente, gosto muito mais dele do que da minha mãe. Passava a maior parte do meu tempo, no meu quarto, trancado, pensando e escrevendo, e em bibliotecas. Mas detestava esse poder que eu tinha por causa do reino. Por mim, preferia não ter nascido príncipe. Mas a gente nem sempre pode ter o que quer. Vivia seguido por seguranças chatos, não podia fazer nada sozinho, e sempre tinha minha mãe pegando no meu pé. Bem, fisicamente, sou médio, 1,70, peso 68 kg, não sou sarado, só definido, olhos castanhos claros, cabelos pretos lisos, uso franja. Tenho uma cara de rockeiro, não de príncipe de um família real. Mamãe também enche o saco por causa desse meu visual extravagante. Mas eu gosto de mim assim. Sempre que saio na rua, milhões de pessoas vem atrás de mim. Garotas, garotos, crianças, idosos. Como eu queria ter nascido numa família normal. Decidi ir para a praia, ao menos dar uma espairecida. Liguei para o meu melhor amigo, Fernando.
- Fala garoto- disse eu
- Quem é vivo sempre aparece ein. Davi, mas faz tempo que eu não falo contigo cara.
- Você quer ir comigo lá na praia
- Tá bom. Você passa aqui
- Passo.
Peguei algumas coisas, me arrumei, e fui sair.
- Vou sair
- Aonde você vai
- A praia. Eu vou com o Fernando, e não quero seguranças atrás de mim.
Falei, antes de sair. Peguei minhas coisas, joguei no carro, e sai. Sabia que ela mandaria ao menos 1 pra ficar vigiando, mas eu fingia que não via. Logo passei na casa dele, e o peguei. Começamos a conversar.
- E a sua mãe, ainda está muito enjoada
- Bastante. Você já sabe né, ela quer que eu arranje uma namorada, se case.
- Mas você nunca vai poder fazer isso- ele sabia da minha sexualidade. Pô, o cara era meu amigo de infância, ele já tinha que saber.
- Eu sei. E é isso que me dá mais medo. Eu tenho quase certeza que minha mãe nunca vai me aceitar, sempre vai ser assim, enjoada- falei, fazendo um semblante triste.
- É pra isso que você tem amigos como eu, bonitão- ele sempre me chamava assim. Logo estava na praia. Graças a Deus tinha pouca gente, se não, logo seria uma fila de gente pra me ver.
Passei o dia feliz na praia, adorava ficar com meus amigos, me tirava daquele clima horrível. Adorava pensar em outras coisas que não fossem o meu reinado. Mas o que eu mais queria mesmo era alguém pra amar. Daí vocês me perguntam, você nunca amou ninguém. Já. Mas sempre fui medroso demais, e quando não fui, ou levei um fora, ou então minha família me atrapalhava. Então, eu nunca namorei. Nunca ouvi um “ eu te amo”, ou um “amor vem cá”. E estava louco pra conhecer alguém que gostasse de mim de verdade, que fosse capaz de dar tanto amor quanto eu daria. Voltei pra casa a noite. Mas não queria ficar em casa. Decidi me arrumar e sai novamente. Dessa vez fui para uma praça que tinha próximo. Comprei um sorvete, e fiquei lá, pensando na vida. Como jovem pensa ein. Eu pensava em tudo, tudo mesmo. O que eu faria dali pra frente. Todos os acontecimentos da minha vida. Logo, voltei pro Palácio.
- Meu filho, você não pode ficar saindo a qualquer hora- falou minha mãe
- Porquê não
- É perigoso
- Deixa ele sair Andressa, ele é jovem, tem que se divertir- falei que meu pai era liberal
- Também acho, eu já vou dormir- falei
- Não vai comer
- Não, estou sem fome.
Fui dormir, no outro dia, primeiro dia de faculdade eeeeeee. Estava doido pra voltar a estudar e conhecer novas pessoas. Acordei cedo, me arrumei, tomei um café, e sai. Logo cheguei na faculdade, tinha decidido fazer Arquitetura, adorava isso. A aula passou bem rápido, fiquei amigo rápido de uma garota linda de lá. Ela me conhecia( quem não me conhece aqui).
- Pois é Flávia, então eu já estou indo, tchau
- Tchau
Logo entrei no meu carro, e sai em direção ao Palácio. Dirigia tranquilamente, quando um pneu fura. Que merda!!!!!!. Parei o carro no acostamento, e fui olhar o que havia ocorrido. O carro teria que ser rebocado. Comecei a ligar pra um guincho, quando escuto barulhos de choros. Comecei a procurar, olhei ao redor, e não vi nada. Até que de repente, apareceu um garoto. Eu olhei pra ele, e já iria consola-lo, mas quando ele olhou pra mim, ele parou. Vidrou os olhos em mim.
- É, o-o-o-o, p-r-r-i-i-i-n-n-n-c-c-c-i-i-i-p-p-p-p-e-e-e
- KKKKKKKKK, sim sou eu mesmo. Mesmo não querendo ser.
- Nossa, príncipe Davi, é uma honra- falou ele, apertando minha mão.
- E você, como se chama.
- Ricardo.
Continua
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