Boa noite pessoal? Como vão?
Agora sim estou de férias, por isso dei uma sumida aqui do site. Pretendia terminar o conto antes do Natal, mas vou ter que correr pra manter esse prazo.
Como já falei algumas vezes, eu estava escrevendo uma outra história até der a idéia dessa atual, e dois dias depois estava postando aqui no site.
Na verdade a idéia dessa história começou com esse capítulo que esta sendo postado hoje e também como uma espécie de continuação do conto anterior, embora as história sem bem diferentes.
Vou deixar pra responder as perguntas de vocês mais abaixo e também vou explicar o motivo do título desse conto.
Bom, não esperava um retorno tão positivo de vocês em relação a história, pelos comentários vejo que vocês abraçaram mesmo a história, torcem pelos personagens, ficam tentando adivinhar o que será revelado. Isso só me incentiva a escrever ainda mais e também me da um pouco de preocupação. Li sugestões sensacionais, mas vou manter a idéia original e tomara que não tenha criado uma expectativa muito grande em vocês, tipo depois que ler dizer “então era só isso”? rs.
Bom, chega de bla bla e vamos ao conto, comentem mesmo que não tenham gostado, mas já aviso 2 pessoas acertaram o grande “segredo”.
Há, já aviso, o conto ficou gigantesco, tenham paciência, rs.
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Daniel – O que esta acontecendo Malu, o que vocês descobriram? Tem a ver com o Thiago? Com o Alexandre?
Malu – Daniel, você, o Thiago e o Alexandre vão estar ligados para sempre.
Malu – Eu vou te contar toda a verdade.
Daniel – Como assim? O que descobriu?
Daniel – Me conte o que esta acontecendo. Afinal que mistério é esse?
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Capítulo 43
Há 10 anos atrás....
O dia ainda estava nascendo e os primeiros raios de sol começavam a brilhar. Seguindo aquela rotina a dias, Inês descia de um ônibus na esquina de sua casa, carregando uma mochila, bolsas, com sua aparência cansada.
Foi caminhando de cabeça baixa pela rua, ainda vazia, até ser vista por uma vizinha que logo correu até ela.
Maria – Inês, Inês...
Inês olhou para a conhecida, dando um sorriso discreto.
Maria – Esta chegando agora?
Inês – Sim, tenho que resolver umas coisas aqui em casa, fazer uma faxina e depois volto pra lá.
Maria – Deixe que eu te ajudo com essas bolsas.
Maria ajudou a vizinha até chegar a porta de sua casa, falando assuntos amenos.
Inês – Obrigado.
Maria – E seu filho? Como ele esta?
Inês olhou para Maria, franzindo a testa, comprimindo os lábios, enchendo os olhos de lágrimas.
Maria – Poxa minha amiga não fique assim.
Inês passou a mão nos olhos, impedindo que a lágrima descesse pelo seu rosto.
Maria – Eu te ajudo com essas coisas, tente descansar, vou fazer um café pra você.
Maria entrou na casa da amiga, indo direto para a cozinha, preparando algo pra comer.
Maria – Você não pode se abater, se você ficar doente, o que será?
Maria – Como ele esta?
Inês – Muito mal, a cada dia ele piora um pouco.
Inês – Falei com o médico essa semana, as esperanças são mínimas.
Inês já não conseguia segurar as lágrimas, enquanto falava do filho, ficando muito emocionada.
Maria – Não fique assim minha querida, ponha nas mãos de Deus.
Inês – O meu menino, o meu filho querido, estou perdendo ele.
Maria – Não fale assim, cadê a sua fé?
Inês – Ela esta sempre comigo, mas é cruel demais ver um filho sofrer.
Maria sentou-se ao lado da amiga, a amparando.
Maria – O pessoal do grupo de oração que participo passou essa noite numa vigília, rezando por ele.
Maria – O pessoal da sua igreja também, soube que estão todos rezando.
Inês ficou emocionada com aquele gesto, sentindo o carinho de todos seus conhecidos e até mesmo de estranhos.
Maria – Deixa que eu dou um jeito aqui, e aproveite e durma, você precisa estar sempre forte.
Inês aceitou o convite da amiga e dormiu como a muito tempo não fazia, descansando de verdade.
Acordou já a tarde, a casa estava toda arrumada, o almoço estava no fogão e sobre a mesa um bilhete de Maria, se despedindo e desejando melhoras.
Inês comeu muito pouco e tomou um banho, planejava ir mais tarde para o hospital mas uma ligação a deixou aflita.
A secretária de um médico ligou pedindo sua presença o quanto antes no Hospital, pois seu filho teve uma recaída a tarde, ficando muito mal.
Desesperada, achando que o pior tivesse acontecido, pegou suas coisas e entrou no primeiro táxi que encontrou na rua. Em sua cabeça achava que tinha perdido seu filho e que estavam escondendo isso dela.
Aqueles minutos foram os mais cruéis de sua vida, quanto mais aquele carro andava, mais longe parecia estar.
Entrou com um furacão no Hospital, e já na recepção foi abordada pelo médico que a chamou.
Dr. Francisco – Dona Inês, que bom que esta aqui.
Inês – O que aconteceu com meu filho doutor? Ele esta bem, não esta?
Inês – Por favor doutor, não me diga que...
Dr. Francisco – Vamos até minha sala.
Inês não parava de fazer perguntas, queria ver o filho o quanto antes, mas o médico insistia em conversar com ela antes.
Inês – Cadê ele doutor? O que esta acontecendo?
Dr. Francisco – Pedi pra chamar a senhora pois o quadro dele se agravou bastante.
Inês já caia em lágrimas, segurando para não desabar naquele chão.
Dr. Francisco – Nessa tarde ele teve uma convulsão e por sorte ele não estava sozinho no quarto.
Dr. Francisco – Conseguimos controlar e optamos não seda-lo, pois os remédios poderiam fragilizá-lo ainda mais.
Inês – Ele esta vivo?
O médico fez uma pausa mas nem era difícil de entender o que acontecia.
Dr. Francisco – Já tínhamos conversado essa semana sobre o quadro dele, mas como não tivemos nenhuma evolução, infelizmente agora só podemos esperar pelo pior.
Inês – Por favor, doutor, salve o meu menino, salve o meu filho.
Dr. Francisco – Tentamos tudo, mas agora esta fora de nossas mãos, somente um milagre pode salva-lo.
Dr. Francisco – Ele ainda esta resistindo, acredito pela força dele mesmo.
Inês sentou-se no sofá, chorando descontrolavelmente, sendo amparada pela secretária do médico, que lhe deu um copo com água com açúcar.
Ela queria ver o filho o quanto antes, mas o médico pediu que se aclamasse antes.
Dr. Francisco – Eu sei que é uma situação horrível, mas tente manter um certo controle diante dele. Deixa-lo agitado, nervoso, só poderá agravar a situação dele.
Inês – Tudo bem, o senhor tem razão.
Inês ficou ainda algum tempo sentada, em silencio, antes de ir para o quarto ver o filho.
Totalmente abatida foi caminhando pelos corredores daquele Hospital, até que deu de frente com a capela.
Mesmo sendo evangélica, não pensou duas vezes antes de entrar e pedir ao seu Deus para interceder junto ao seu filho. Naquela atual situação, o lugar nem importava, mas sim sua fé e sua força para pedir a cura do filho.
Inês entrou, procurou um banco para se sentar, a capela estava praticamente vazia e antes mesmo de se ajoelhar notou a presença de um rapaz da idade do seu filho, próximo ao pequeno altar, de joelhos, rezando em voz alta, orando desesperado, enquanto chorava.
Daniel – Porque meu Deus?
Daniel – Por que está me castigando?
Daniel – Por favor, salve meu amor.
Daniel estava chorando muito, nunca foi religioso, mas estava buscando toda fé que tinha dentro de si, em nome do amor que sentia por Thiago.
Daniel – Porque esta fazendo o meu amor passar por isso? Seu eu pudesse trocaria de lugar com ele.
Daniel – Meu Deus, eu nunca fui um bom filho, nunca tive fé, não me castigue desse jeito.
Daniel – Por favor, salve ele.
Daniel suplicava de joelhos, pela melhora de Thiago e nem percebeu que Inês o observava.
Quando notou que estava sendo observado, se recompôs, mas aquela estranha se aproximou.
Inês – Esta tudo bem com você meu filho?
Daniel nada respondeu, apenas abaixou a cabeça, deixando as lágrimas caírem.
Inês sentou-se ao seu lado, segurando suas mãos.
Inês – Não sei o que se passa com você, mas tenha fé, creia, acredite.
Daniel – Acho que é um castigo pra mim.
Inês – Meu filho, Deus não castiga ninguém.
Daniel – Então porque esta fazendo isso com meu amor?
Daniel – Porque não o salva?
Inês – Deus tem um plano para cada um de nós, nenhum sofrimento é em vão.
Inês – Você precisar ter fé.
Daniel – A Senhora fala isso porque não está passando pelo que estou passando, não consegue imaginar a dor que estou sentindo.
Inês – Pelo seu estado eu consigo sim.
Inês – Eu estava em minha casa e o médico me ligou.
Inês – Meu filho esta internado aqui a meses, seu estado é muito critico e hoje seu médico me disse que dificilmente ele passara dessa semana.
Inês – Ele é apenas um rapaz assim como você, com a vida toda pela frente.
Daniel olhou para o rosto daquela estranha e sentiu-se envergonhado. Aquela mulher estava em uma situação até pior que a sua, mas mantinha-se forte, esperançosa.
Daniel – A senhora não se revolta?
Inês – Me revoltar? Amo muito meu filho, mas coloquei nas mãos de Deus.
Inês – Estou rezando com toda minha fé, mas se esse for o destino do meu filho, que Deus esteja com ele.
Daniel – Eu queria ter essa fé da senhora.
Inês – Vamos fazer o seguinte, vamos rezar juntos.
Daniel – Eu não tenho fé.
Inês – Mas tem amor, vamos? Aquela senhora estendeu a mão para Daniel e juntos os dois se ajoelharam, começando a rezar.
Daniel permaneceu de joelhos, com os olhos fechados, rezando e só sentiu um beijo em sua cabeça e a presença daquela mulher sumindo.
Apesar da gravidade do estado do filho, Inês conseguiu se acalmar. Na verdade amparar aquele rapaz a fez se sentir bem.
Carmem – Olha só quem chegou.
Inês – Boa noite.
Inês se aproximou da cama do filho, passando a mão em seus cabelos.
Carmem – Ele andou aprontando essa tarde.
Inês – Estou sabendo, não posso deixá-lo sozinho mesmo. Isso é manha Dona Carmem.
Inês tentava agir de maneira descontraída, não queria passar preocupação ao filho.
Inês – Como você esta filho?
- Não foi dessa vez mãe.
Inês - Não fale assim filho.
- Mãe, esta tudo bem.
- Não precisa fingir pra mim, eu sei que eu vou morrer.
Carmem – Ele fica falado essas bobagens. Foi só o irmão dele sair, que começou a ficar com essas idéias.
Inês beijou a testa do filho, acariciando seu rosto.
Inês – Você não vai morrer, eu tenho fé em Deus.
Inês – Eu vou lutar por você até o fim, eu te prometo, Alexandre.
Daniel perdeu a noção do tempo naquela capela e antes de ir embora a enfermeira o abordou.
Carmem - Ainda esta aqui?
Daniel – Estava na capela.
Daniel – Obrigado mais uma vez por ter me deixado vê-lo.
Carmem – Vem comigo.
Daniel – O que?
Carmem foi andando, sendo seguida por Daniel.
Carmem – Agora você não pode entrar, mas pode vê-lo daqui.
Carmem e Daniel estavam numa ante sala, protegida por um vidro, permitindo ver o interior da UTI.
Daniel viu no lado direto a cama que Thiago estava, dormindo, com aqueles aparelhos a sua volta.
Novamente voltou a se emocionar, tocando no vidro, como se tivesse tocando em seu amor.
Daniel – Durma bem meu amor, sonhe comigo.
Daniel – Vou sonhar com você, sonhar em como será nossa vida, quando você sair daqui.
Daniel – Eu te amo.
Daniel puxou sua correntinha com a metade de um coração que Thiago havia colocado nela, e deu um beijo neles, enquanto via seu amor de longe, naquela cama.
Carmem ficou atrás dele, de longe, vendo se despedir mais uma vez de Thiago, contemplando aquele amor.
André entrou em silêncio no quarto indo até Inês, que estava distraída, olhando para Alexandre.
Inês – Meu filho...
Inês abraçou o filho, beijando seu rosto, também sendo abraçada por André.
André – Como ele esta?
Inês – Voltou a dormir.
André – Mãe, foi horrível, achei que ele ia nos deixar.
André falava, chorando, sendo consolado por Inês.
Inês – Não fique assim André, eu estou rezando muito.
André – Não esta adiantando, não é isso que ele precisa.
Inês – Nunca mais repita isso, não podemos perder nossa fé.
André – Vai pra casa descansar, eu fico com ele essa noite.
Inês – Não quero sair daqui.
Alexandre – Ei, estou acordado viu.
Alexandre começou a se mover, falando com voz de sono.
André – O que foi mano? Acordei você?
Alexandre – Não preciso de babá não, quero que os dois vão embora pra casa.
André – Então tenta me mandar, vai, levanta dessa cama e me manda embora, seu bundão.
André começou a brincar com o irmão, enquanto Inês sorria, em ver seus filhos num momento descontraído.
Alexandre – Quem esta doente sou eu, não precisam ficar aqui.
Inês – Eu vou ficar naquela casa sozinha sem meus dois homens?
André – Você quer ficar ai nessa cama, vou dormir no colinho da mamãe essa noite.
Os três ficaram conversando de maneira descontraída, apesar da fraqueza, Alexandre parecia muito feliz por estar ao lado do irmão e da mãe.
Daniel estava dormindo na casa de Malu e naquela amanhã acordou cedo, ansioso demais, querendo ir ao hospital.
Pablo – Vamos?
Malu – Liguei na casa dele, a empregada disse que o Seu Roberto e a Dona Suzana foram pra la, o médico ligou os chamando.
Daniel – Mas então ele acordou, despertou. Daniel abriu um sorriso diante da notícia.
Daniel – Agora mesmo que vou pra lá, e ele virá embora comigo. Não vou deixar o pai dele leva-lo.
Malu – Daniel, melhor irmos com calma, nem sabemos o que aconteceu.
Daniel – Calma nada, ele voltou, despertou.
Daniel – Estou levando umas roupas, ele não deve ter nada pra vestir lá.
Pablo – Você não acha que esta se precipitando?
Daniel - Eu tenho certeza, eu sinto que ele voltou pra nós.
Pablo mal estacionou o carro e Daniel correu para dentro do Hospital, indo para a sala do Dr. Marcos.
Roberto – O que aconteceu com meu filho doutor.
Suzana – Ele acordou? Saiu do coma?
Dr. Marcos – Veja bem, já tinha conversado com vocês sobre a gravidade do caso dele.
Dr. Marcos – Esperamos por todos esses dias, sem sucesso, uma reação do quadro dele.
Suzana – Por favor doutor.
Dr. Marcos fez uma pausa antes de prosseguir.
Dr. Marcos – Eu lamento dar essa notícia pra vocês, mas nessa manhã confirmamos a morte do paciente Thiago.
Daniel – O que!!!!
Daniel sentiu a pior dor de sua vida. No mesmo instante ajoelhou-se no chão, chorando inconsolavelmente, sendo amparado por Malu e Pablo.
Roberto – Eu não aceito isso, eu quero ver meu filho.
Roberto – Seus incompetentes, eu quero meu filho de volta.
Daniel ainda chorava muito, encolhido no chão, enquanto uma enfermeira insistia em dar um calmante para Suzana.
Suzana – O nosso filho Roberto, isso não é verdade, o nosso filho não.
Suzana – Eu quero meu menino de volta.
Roberto – Meu filho morreu sozinho nesse hospital, longe da família dele.
Julio – O que houve doutor? Como tudo aconteceu?
Dr. Marcos – Ontem a noite o quadro dele se agravou, tentamos alguns procedimentos sem sucesso e hoje de manhã ele teve morte cerebral.
Dr. Marcos – Fizemos alguns exames, mas só confirmaram o que já sabíamos.
Roberto – Morte cerebral?
Roberto – Tem que ter uma chance.
Dr. Marcos – Sr. Roberto, nesse momento ele esta sendo analisado por outro médico, é apenas um procedimento padrão em caso de morte de cerebral.
Daniel saiu correndo daquela sala, indo para fora do hospital. Seu coração parecia que ia explodir de tanta tristeza. Sentiu como se um pedaço seu tivesse sido arrancado ao ouvir aquela notícia.
Malu – Calma meu amor.
Daniel – Malu, ele sempre apertava minha mão, eu sempre dizia que ele ia sair dali e iríamos embora, que iríamos ser felizes.
Daniel – Porque ele me abandonou?
Daniel – Porque isso está acontecendo? Porque com ele?
Daniel – Ele nunca fez mal a ninguém, porque com ele?
Daniel chorava sem parar, soluçando, sentindo uma forte dor de cabeça, tremendo muito.
Malu também estava muito emocionada, abraçou o amigo dividindo sua dor com ele.
Carmem – Bom dia.
Alexandre – Cadê minha mãe?
Carmem – Ela foi na cantina, tomar café com seu irmão.
Alexandre – A senhora parece triste.
Carmem – Eu? Imagina, é impressão sua.
Carmem estava triste com toda cena que viu a minutos atrás ao chegar à sala de Dr. Marcos, a família de Thiago inconsolável e Daniel correndo desesperado.
Alexandre – Eu vou morrer não é Dona Carmem?
Carmem – Não fale assim.
Alexandre – A cada dia eu me sinto mais fraco, com mais dores.
Alexandre – Eu seguro na frente do meu irmão, da minha mãe, mas eu sei que não tem mais nada a ser feito.
Carmem – Na medicina tudo é possível, você esta aqui agora porque você quer viver, por mais que os médicos possam dizer o contrário.
Alexandre – Eu lamento por meu pai ter nos abandonado.
Alexandre – Lamento morrer e nunca ter amado ninguém e nunca ninguém ter me amado.
Carmem – Ah meu garoto, a vida ainda vai lhe dar todos esses presentes.
Alexandre – Eu sempre sonhei em ter alguém, namorar, criar algo junto.
Alexandre – Nunca vou experimentar esse sentimento, tenho tanto amor dentro de mim, mas ninguém pra poder dar.
Alexandre – Só gostaria de sentir nem que fosse por um minuto a sensação de ser amado por alguém.
Carmem – Você vai enfrentar tudo isso e terá todos seus sonhos realizados.
Alexandre – Obrigado por tudo, obrigado pela maneira carinhosa que sempre me tratou.
Carmem sorriu para seu paciente e saiu do quarto.
Alexandre apenas esperou ela bater a porta e caiu no choro, sentindo as poucas forças que ainda tinha, indo embora.
Chorou lembrando no sofrimento que enfrentava, no sofrimento que causaria as pessoas que amava quando morresse, pela ausência do seu pai que abandonou a família e também pelos seus sonhos que jamais seriam realizados.
Enquanto isso, Malu e Pablo conseguiram levar Daniel embora, que ficou o tempo todo segurando aquela correntinha em seu pescoço, sentindo aquelas duas metades de um coração.
André – Voltei Xande.
André – Que cara é essa?
Alexandre – Meu irmão, cuida da mamãe, da nossa casa, de você. Se puder, perdoe o papai.
André – Pare de falar assim Alexandre.
André já estava com os olhos cheios de lágrimas, Alexandre falava como se prevesse o pior.
Alexandre – Você foi o melhor irmão do mundo.
André abraçou o irmão, deixando suas lágrimas molhar seu rosto, que estava parcialmente coberto na boca, com a mascara que usava.
Alexandre – Eu estou cansado.
André – Eu vou cuidar de você. Eu tranquei minha faculdade, eu não me importo, eu fico o dia todo aqui se for preciso.
André – Por favor Alexandre, não nos deixe.
André – Não faça isso com a gente.
André sempre foi do tipo durão, mas depois de meses presenciando o drama do irmão, não conseguiu mais se manter em pé e desabou diante do irmão.
André colocou sua cabeça no peito do irmão, chorando como uma criança, sendo consolador por Alexandre.
Inês estava na porta, vendo seus dois filhos naquela cena e em silêncio caiu em lágrimas.
Resolveu deixar os filhos sozinhos, já não sabia mais o que fazer, todas as chances de salvar o filho já tinham sido esgotadas.
Dr. Francisco – Inês, ainda bem que te encontrei. Podemos conversar?
Inês seguiu o médico, indo até sua sala, onde Dr. Marcos também estava. Ficou uns trinta minutos naquela sala e saiu correndo, indo direto para o quarto do filho.
André ainda estava deitado com a cabeça ao lado da do irmão, agora os dois em silêncio, até levar um susto com a chegada repentina da mãe, que parecia muito afobada.
André – O que foi mãe?
Inês – É um milagre, um milagre.
Inês falava sorrindo, com os olhos cheio de lágrimas, mas de felicidade.
Alexandre – O que aconteceu mãe.
Inês – Meu filho, conseguimos um doador.
André – O que?
Inês – Conseguiram um coração, você vai poder fazer o seu transplante.
Inês – Você vai receber um coração novo.
Já muito debilitado, Alexandre começou a sorrir, sentindo uma ponta de esperança.
Roberto e Suzana foram para o quarto onde Thiago estava, seu coração ainda pulsava e sua respiração parecia serena.
Suzana ficou abraçada o tempo todo ao corpo do filho, acariciando seu rosto, enquanto Roberto permanecia sentado numa cadeira, lembrando do filho, de todos os momentos felizes que tiveram, desde quando o pegou no colo no dia em que nasceu, até o dia que contou ao pai que passou no vestibular e que tinha decidido ser médico.
Os dois passaram a noite em claro e antes de voltarem para a casa, Dr. Marcos e Dr. Francisco o chamaram para conversar.
Roberto – O que? Não vou aceitar isso nunca.
Dr. Marcos – Fizemos alguns exames e é compatível com outro paciente que esta aqui no hospital.
Roberto – Não vou aceitar que abram meu filho, não vou deixar retalharem o corpo do meu filho.
Roberto – Será que vocês não entendem minha dor.
Dr. Francisco – O Senhor tem todo direito de recusar, mas veja bem, esse garoto já teve que recusar dois transplantes nos últimos meses pela não compatibilidade com os doadores.
Dr. Francisco – Ele esta desenganado, pode morrer a qualquer momento e o coração do seu filho é compatível.
Roberto – Não, já disse que não e por favor não me incomodem mais com isso.
Dr. Marcos – Os aparelhos do Thiago serão desligados, por favor pense bem.
Roberto foi enfático, não via a menor chance de aceitar o pedido dos médicos.
Nos testes, o coração de Thiago tinha sido confirmado como compatível com Alexandre e ele e o irmão estavam eufóricos.
André não parava de falar de coisas que iriam fazer juntos quando saíssem daquele hospital, deixando Alexandre feliz, ao ver aquela alegria.
André – Cadê minha mãe?
Carmem – O Dr. Francisco a chamou.
Carmem – Devem estar falando sobre a sua cirurgia e enquanto trate de se acalmar, você esta muito agitado.
Inês – O que?
Dr. Francisco – Infelizmente o pai do rapaz não aceitou a doação.
Inês – O que? Não aceitou? Chegamos até aqui pra nada?
Inês – Tem que ter algum jeito.
Dr. Francisco – Infelizmente não tem nada que possamos fazer
Inês – E meu filho vai morrer? Eu quero falar com essa família.
Dr. Marcos – Isso não é o procedimento padrão.
Inês estava desesperada, não conseguia acreditar que seu filho não seria salvo. Tentou argumentar de todas as maneiras, mas foi tudo em vão, até porque essa decisão não dependia dos médicos.
Inês voltou arrasada para o quarto, não sabia como dar uma notícia dessas ao filho. Isso seria o golpe final em sua saúde.
Alexandre – Mãe, da um jeito no seu filho aqui? Ele não para de falar besteira.
André – Vem aqui Dona Inês, depois do transplante vamos aproveitar mais a vida e a senhora vai entrar nessa também.
Inês sentia seu coração cortar, vendo a felicidade dos filhos e sabendo que tudo estava como antes. Não teve coragem de contar toda a verdade para Alexandre, seria crueldade demais com ele.
Antes de se auto trair, Inês saiu do quarto, deixando os irmãos acreditarem que teriam um final feliz.
Roberto voltou ao Hospital, os aparelhos de Thiago seriam desligados mas ele insistia em manter o filho “vivo”.
Daniel também havia voltado e ficou sentado num canto, muito abatido. Vendo seu protegido ali, Carmem não pensou duas vezes.
Carmem – O pai dele esta conversando com o medico, vem comigo, vem se despedir dele. Daniel acompanhou Carmem até o local onde Thiago estava.
Daniel já chorando muito foi se aproximando da cama, tocando em suas mãos, puxando até sua boca e a beijando em seguida.
Daniel – Meu amor, porque você fez isso comigo?
Daniel – O que vai ser de mim sem você?
Daniel – O que eu vou fazer com todo esse amor que está dentro do meu peito?
Daniel abraçou seu amor, despejando suas lágrimas, enquanto pronunciava algumas palavras desconexas.
Daniel levantou-se, olhando para o corpo de Thiago, passando os dedos carinhosamente em seu rosto e em seguida voltando a abraçá-lo, agora deitando a cabeça em seu peito.
Daniel ouvia o coração de Thiago bater, sentia seu corpo quente e sua esperança era que ele se levantaria, mas sabia que isso jamais iria acontecer.
Daniel – Seu coração ainda bate meu amor.
Daniel – Consigo sentir você.
Daniel – Meu amor, saiba que sempre vou te amar, até meu ultimo dia de vida.
Daniel – Venha me buscar, eu sou um fraco, não vou conseguir continuar sem você.
Daniel voltou a acariciar o rosto de Thiago e antes de deixar aquele quarto, se declarou pela ultima.
Daniel – Thiago, eu vou te amar para sempre, nessa e em todas as vidas que existirem.
Daniel – Vou agradecer a Deus por ter me dado a honra de ter o seu amor.
Aquela declaração foi selada com um beijo na testa do seu amor.
Inês – Seu Roberto?
Roberto olhou para trás, tentando reconhecer aquela estranha.
Inês – Não nos conhecemos, mas fiquei sabendo da perda do seu filho.
Inês – Meus sentimentos.
Inês – Meu filho esta internado nesse hospital, ele precisa de um coração para viver...
Roberto sacou no mesmo instante onde ele iria chegar e não deixou o papo continuar.
Roberto – Por favor, eu acabei de perder meu filho...
Inês – E eu vou perder o meu se o senhor não autorizar essa doação.
Roberto – Por favor, respeite a minha dor.
Inês – Eu respeito, e em nome dessa dor que eu já estou sentindo é que eu lhe peço, suplico. Permita essa doação.
Inês – Eu não tenho dinheiro, não tenho nada pra lhe dar em troca, mas faço o que for preciso para salvar o meu filho.
Roberto – Tirem essa mulher daqui.
Inês se jogou nos pés de Roberto, segurando em suas pernas, chorando, suplicando a ele, mas foi em vão.
Inês – Meu filho é um rapaz cheio de sonhos, tem uma vida toda pela frente, ajude a salva-lo.
Alguns médicos a tiraram do chão, enquanto Roberto tentava se esquivar.
André – Mãe, o que houve.
André também apareceu, consolando a mãe.
Inês – Perdemos meu filho, não conseguimos, eu fracassei, não tem mais nada que eu possa fazer pelo seu irmão.
André abraçou mãe, que chorava sem parar, enquanto Roberto se afastava, olhando os dois de longe.
Inês foi para o quarto do filho, que estava dormindo. Alexandre ainda não cultivava sua barba com cavanhaque, tinha um rosto liso e pela sua doença estava muito magro.
Inês estava abatida, seu filho iria acordar a qualquer momento e não teria como esconder dele que não teria mais a doação.
Suzana ficou ao lado da cama de Thiago, eles ainda relutavam em desligar os aparelhos, mesmo não tendo a menor chance de mudar aquele quadro.
Roberto e Julio estavam num canto, resolvendo questões burocráticas.
Julio – Como o Senhor vai fazer?
Roberto – Eu mesmo vou cuidar de tudo, eu vou cuidar do velório dele sozinho.
Suzana – Se eu tivesse uma chance que fosse de te salvar meu filho, eu daria minha vida em troca. Roberto olhava para a esposa, e ao mesmo tempo lembrava de Inês.
Alexandre – OI mãe, ainda acordada?
Inês – Estava esperando você acordar.
Inês – Filho, confia na sua mãe, mas preciso conversar com você.
Alexandre – Esta tudo bem mãe, vai dar tudo certo na cirurgia.
André virou o rosto, tentando esconder o choro.
Alexandre – O que esta acontecendo?
Inês ficou séria e antes mesmo de dizer alguma coisa, Alexandre começou a tossir e revirar os olhos, tremendo as mãos.
André saiu como um louco chamando um médico e rapidamente o quarto foi invadido por alguns enfermeiros que começaram a medicá-lo.
Dr. Marcos conversa com Roberto até que Carmem entrou aflita pedindo sua ajuda.
Carmem – Por Dr, precisamos de ajuda, o paciente do Dr. Francisco esta passando muito mal, estão levando ele pra UTI, acho que ele não vai resistir.
Dr. Marcos saiu correndo da sala, sendo seguido por Roberto, que de longe viu os médicos levando Alexandre, com Inês e André ao seu lado desesperados.
Roberto entrou no banheiro e chorou muito, lembrando-se de Thiago, do quanto amava o filho, se culpando das inúmeras vezes que brigou com ele.
Algumas horas depois, Alexandre já estava na UTI, enquanto a mãe rezava de joelhos.
Não agüentando mais aquela situação, Roberto invadiu a sala dos médicos, desesperado.
Roberto – Por favor doutor, eu aceito, eu permito que doem o coração do meu filho.
Roberto – Por favor, não deixe que aquele garoto morra diante dos nossos olhos.
Dr. Marcos – Seu Roberto, o senhor tem certeza.
Roberto – Toda certeza desse mundo, salve a vida daquele rapaz.
Roberto – Faça o coração do meu filho bater no peito daquele garoto.
Roberto estava muito emocionado, sentou-se em silencio enquanto os médicos corriam contra o tempo.
Dr. Francisco imediatamente contatou outros médicos, enquanto a sala de cirurgia era preparada. O Hospital era muito moderno e no estado que Alexandre estava, decidiram não perder mais nenhum minuto.
Inês e André ficaram eufóricos com a notícia. Ainda consciente, mas muito debilitado, Alexandre foi levado até a sala de cirurgia, sendo seguido pela mãe e pelo irmão.
Inês segurava sua mão e foi surpreendida quando deu de cara com Roberto e Suzana, passando pelo corredor, indo embora.
No mesmo instante parou, fazendo com que os médicos também parasse com a maca.
Inês – Obrigado, obrigado por tudo.
Roberto nada respondeu, apenas olhou com compaixão para aquela mãe.
Alexandre estava muito fraco mas levantou o braço, estendendo até Roberto.
Alexandre – Obrigado.
Roberto – Tente ficar calmo, seja forte, vai tudo certo.
Vendo que o rapaz ainda estava com o braço estendido, Roberto segurou sua mão, enquanto Alexandre falava através da mascara que usava na boca.
Alexandre – Obrigado por salvar minha vida.
Continua...
Bom pessoal, a idéia era o Daniel perder o seu amor, mas encontrar outro, carregando um pedaço dentro dele. E acho que agora não restam mais duvidas né? O Thiago realmente morreu naquele acidente. A idéia era até deixar um pouco disso no ar, mas daí vocês extrapolaram e criaram teorias maravilhosas, complôs, armações, que quase mudei a história original.
Bom, quando pensei na história, precisa de um título, no começo pensaram que seria algo tipo ghost, e coloquei “Alem da vida” pois de alguma maneira o Thiago sempre vai fazer parte da vida do Daniel, o correto até seria “Alem da Morte”, mas preferi manter vida no título, acho que soaria melhor.
Bom espero realmente que tenham gostado, e como disse, deixe várias pistas desde o começo e conforme chegavam perto eu dava um jeito de despista-los.
Ainda espero vê-los por aqui, rsrs.
fabi26, hehehe, obrigado, adorei ser o cara, hehe. Espero que não mude de idéia depois de ler esse capítulo. Beijos.
*LINDA*, calma minha linda, hoje vou matar sua curiosidade, espero que te surpreenda.
Thiago Silva, ola meu querido, já encerrou as apostas né, rsrs. Bom, eu acredito que você não acertou em nenhum dos seus palpites, mas foi muito bom seus comentários. Espero que se surpreenda com o final, acho que todos estão esperando algo do outro mundo, mas é apenas uma coisa comum. Abraço.
Dalia_florzinha, calma minha querida, pode deixar elas crescerem novamente, hoje vou matar sua curiosidade e da próxima vez passe pimenta na ponta dos dedos, rs. Depois me diga o que achou da história, espero ter lhe surpreendido.
diiegoh', obrigado pela visita meu querido.
Ru/Ruanito, opa, você é o primeiro a dar essa idéia, mas não é esse o segredo. Espero que tenha gostado.
Tay Cris, obrigado, e ai gostou da história deles? Da relação entre o Thiago e o Alexandre? Espero ter causado alguma surpresa.
Amygah22, Boa pergunta, são dois mistérios, com quem ela conversava e que a observava. Mas isso será discutido mais pra frente, agora só vamos ver a relação entre o Thiago e o Alexandre, que na verdade nunca se viram na vida. O drama que o Ale passou foi justamente estar a beira da morte e ser salvo pelo Thiago. Espero ter te surpreendido. Beijos.
Eck, Eu também estava com saudades. Obrigado pelo carinho, mas não fique agoniado, no final foi uam história bonita, o Thiago morreu, mas salvou a vida do Alexandre. Pelo que me lembro você não acertou em seus palpites, certo? Bom eu achava que o capítulo de hoje seria o capítulo 25, por ai, mas a história tomou forma própria e ainda tenho muita coisa pra contar mas esse conto já faz mais de 4 meses que esta aqui e já tem 43 capítulos, acho que tem que acabar rápido né? Espero que tenha curtido.
Oliveira Dan, Chorar porque minha coisinha mais gui guti, rsrs. Eu tive que dar uma pausa pois estava sobrecarregado demais com a faculdade, mas agora sim estou de férias, feliz pelos resultados alcançados e triste tb porque tenho que estar com milhões de ocupações, não gosto de ficar parado atoa. Eu acho que você não acertou mesmo, mas embora já saiba o grande segredo, afinal o intrometido do EDU fez o favor de descobrir e voe leu o comentário dele, rsrs. Mas você deu idéias fantásticas, confesso que algumas ate horripilantes de tão absurdas, hahahaha, mas foi muito criativo. Mas e ai? Gostou ou achou que foi muito barulho por nada? Eu também adoro escrever colocando risada em tudo qualquer coisa. Bom, grande abraço e espero vê-lo no próximo post, rrsrs.
stahn, Poxa Matheus, que pena, adorava seus comentários, mas entendo perfeitamente, e espero que esteja tudo bem com o irmão dele e também com o Rômulo. Quando puder mande noticias e tomara que tudo volte ao normal o quanto antes. Obrigado pelo carinho que sempre demonstrou em seus comentários. Abraço a vocês.
sonhadora19, obrigado pelo carinho mas minha idéia é essa mesmo, confundir todos vocês. Bom, agora não da mais tempo de você dizer qual era sua idéia, afinal tudo foi revelado, o Thiago não esta vivo, rs. Respondendo sua pergunta, o Thiago e o Alexandre nunca se viram na vida, mas o Thiago salvou a vida do Ale. Eles não possuem nenhum tipo de parentesco, ele apenas adotou o Roberto como tio. E o que você acha que o Roberto fez? Me conte. O quarto com as fotos, é uma espécie de homenagem que a mãe deu ao Thiago, para poder relembrar dele, só isso. Bom, a declaração na foto foi conclusão precipitada do Daniel que quando fica nervoso não raciocina direito, na verdade é um agradecimento ao Thiago, escrito pelo Alexandre. Espero que tenha gostado.
Ainda não criei um face, mas meu skype é doutor.romântico
DanielJB, hahahaha, que exagero, não fiz nada, nem torturei ninguém. Mas eu poderia muito bem encerrar a história igual nas séries de TV e daqui 6 meses voltar, hahahaha, brincadeira. Bom, adorei suas teorias, mas pelo que lembro, você não acertou nada, mas espero que tenha gostado da surpresa e que tenha se surpreendido. Grande abraço meu querido.
luy95, obrigado minha querida, graças a vocês que escrevo assim pois sei que são exigentes, espero que tenha curtido a revelação da história e se surpreendido.
Perley, entendo, você já contribuiu demais, mas que me lembro acho que você não acertou em seus palpites, mas adorei seus comentários. Bom, espero ter lhe surpreendido e que você tenha gostado da história. Grande abraço.
Otilia Sabrina Mas que dramática você, rsrs, se você se jogar da ponte, nunca saberá o final da história, rsrs. Calma você vai ler tudo, mas só espero que goste e não me amaldiçoe se não curtir. Fica tranqüila, esse mistério será resolvido mas já vou criar um outro para os próximos capítulos. Beijos.
lipe31 calma garoto, nesse tudo será revelado, e esclarecido, só espero que goste. Beijos.
nah_16. Obrigado minha querida. Fico feliz que esteja curtindo a história.E deve ter demorado a ler né? Afinal já são muitos capítulos e tenho exagerado no tamanho dos post, mas obrigado mesmo pelos elogios. Também achei super triste a parte da morte do Thiago, mas ela foi fundamental para contar essa história e agora vocês entendem o porque né? Seja bem vinda, é bom saber que a essa atura ainda recebo novos leitores.
A&M, muito bem, espero que curta esse post e que tenha lhe surpreendido. Grande beijo.
Bom, quero dar um agradecimento especial aos leitores abaixo, e peço desculpas se deixei alguém de fora, e que tenha certado em seus palpites.
OliveiraDan, nem foi surpresa pra você né? Afinal você já sabia, rsrs.
richzach, nem sei se ainda lê minha história, mas no capítulo 11 você falou de transmigração, daí fiz a besteira de perguntar o que é isso e você disse que a alma do Thiago estaria sendo passada para o corpo do filho daquela mulher que rezou com o Daniel. Bom, não foi exatamente isso que aconteceu, mas foi algo semelhante, você quase acertou a história. Mas tratei logo de mudar de assunto antes que você chegasse lá, rsrs.
ametista,
Você hein, não desiste mesmo hein, adorei seu comentário gigantesco, ainda tentando desvendar esse mistério, o que você não sabe é que acertou ele faz tempo, rsrs.
Antes de lhe dar os parabéns, só quero fazer alguns comentários do seu post.
Você estava certa, a foto só tinha o Thiago, até porque o Ale e o Thiago nunca se viram na vida. Sim, o que tem atrás da foto é um agradecimento ao Thiago e não uma declaração de amor, mas como o Daniel já é estourado, imaginou o pior. Só não entendi uma questão, o Alexandre e o André sempre estiveram juntos sim, não sie qual ponto você leu o contrário, se pude me mostrar, fiquei curioso. Sobre sua nova teoria nem precisamos comentar mas foi muito criativo, como todas que você comentou, mas a única coisa que bate é o apego e o vinculo que o Roberto colocou no Alexandre e de certo modo será uma surpresa e tanto quando ele descobrir que o rapaz que ele olha e vê como um filho, esta apaixonado pelo mesmo cara que ele julga ter destruído a vida do seu filho.
Agora vamos ao que interessa,quero lhe dar os parabéns, no capítulo 38 você postou um palpite certeiro. Você estava certíssima, o pai do Thiago doou o coração do filho para o Alexandre, por isso ele teve morte cerebral, para que fosse possível uma doação de órgão. A cicatriz no peito dele, mencionada a uns capítulos atrás era justamente a marca da operação que ele sofreu, para receber em seu peito o coração do Thiago.
Você foi fantástica, rsrs, apesar da raivinha que tive, de você ter acertado, rsrs. Grande beijo.
£DU, Edu Edu, se eu pudesse te estrangular, rsrs. No capítulo 29 você acertou em cheio o grande segredo da história. Se você soubesse a raiva que tive de você, hahahaha, daí tive que abafar com meus comentários, tirar sua atenção dessa teoria, mas você foi brilhante, seu chato, rs. A mulher que rezou com o Daniel realmente era a mãe do Alexandre, e a cicatriz é por causa da cirurgia que ele sofreu, para poder receber o coração do Thiago, por isso ele disse uam vez ao Daniel que quando tivesse um filho, colocaria o nome de Thiago, em homenagem a pessoa que ele nunca conheceu, mas que salvou sua vida. Viu? Quantas pistas eu deu ao longo da história? Meus parabéns, você mandou muito bem e o intrometido do OliveiraDan leu seu comentário e quase acabou descobrindo também, rsrs.
Espero que tenha curtido a revelação.
