Capitulo 10
Fiquei rígido enquanto seus lábios tentavam fazer com que os meus se mexessem. Que merda é essa? Isso estava tudo errado, Li não deveria estar me beijando, não! De jeito nenhum. Vasculhei meu cérebro atrás de alguma pista de que Li fosse gay e encontrei, varias, e todas eu estava com ele. Li me pegando no colo, Li me beijando, Li e seus intermináveis elogios a mim. Li era igual a mim. E foi por essa razão que eu correspondi o beijo segundos antes de ele desistir. Levei minhas mãos até o cabelo macio dele e segurei forte, eu intensifiquei o beijo - um beijo inexperiente de minha parte - e ele retribuiu com o dobro do ardor que eu estava tentando transmitir através daquele beijo. Ele rolou até eu estar debaixo dele, sentido cada musculo bem feito do seu corpo, sua língua avida se encontrava com a minha e suas mãos exploravam todo o meu corpo. Meu membro já estava rígido e o dele também. Li tirou sua boca da minha e atacou o meu pescoço, tirei esse tempo para respirar, sua boca faminta chupava, lambia e mordia a pele fina do meu pescoço. Não tinha como segurar, gemidos altos e totalmente vergonhosos, mas propicio para o momento.
- Chris, Chris, Chris - Cantarolou Li. A voz dele estava diferente, mais rouca, mas primitiva. Cheia de tesão - Você não sabe o quanto é gostoso.
Essas palavras fizeram meu estomago revirar, minhas mão tremerem e minhas pernas - já bambas - adquirirem consistência de gelatina. Le se apoiou nos joelhos e eu fiquei na cama arfando e quase pegando fogo. Tirou a camisa e revelou aquele corpo que eu vi tantas vezes e nunca fiz nada. Jogou a camisa do outro lado do quarto e se inclinou novamente. Nem tive tempo de registrar como os seus olhos estavam brilhando, sua boca esmagou a minha novamente, cruzei os braços em seu pescoço e trouxe ele mais perto de mim, pressionou sua virilha na minha e grunhiu, eu gemi em resposta.
- Eu vou pegar fogo aqui, Chris - Seus lábios dançaram a centímetros dos meus, eu estava debaixo dele, seu hálito quente batia em minha pele em chamas.
- Então somos dois - Minha voz saiu fraca e fina, mas ainda assim continha um toque da minha rouquidão habitual.
Ele me beijou mais uma vez, urgente e feroz. Minhas mãos estavam no seu pescoço e senti as dele descerem pela a minha barriga e pegar na barra da minha camisa. Ele descolou sua boca da minha e puxou a minha camisa, me contorci para ajudar na retirada. Minha peça de roupa foi parar junto com a dele no outro lado do quarto. Ele ficou equilibrado de joelhos entre as minhas pernas e me encarava de uma forma febril e cheia de promessas. Ele levou a mão esquerda até a minha barriga extremamente branca e começou a traçar círculos intricados pela minha barriga. Me contorci tentando não rir, ele tinha um sorriso brincalhão no rosto, seu dedo pressionou um pouco mais forte e eu ri alto e ele me acompanhou. Li se inclinou ao poucos, sempre olhando para mim. Olhei para os olhos dele enquanto ia se abaixando até minha barriga, parou a centímetros da minha pele.
- Posso? - O hálito quente fez contato naquela área e eu gemi, sua voz estava cada vez mais abafada, mais sensual. E eu estava adorando isso. Concordei com um gesto de cabeça, mas Li não se mexeu, continuou a olhar para mim com aqueles olhos que queimavam de tesão, mas não se mexeu. Ele ia esperar eu falar? Como eu poderia falar se cada vez que eu abria minha boca apenas gemia e arfava? Mas mesmo assim fiz um esforço e consegui disser.
- Claro.
Antes mesmo de eu terminar de falar sua boca já estava na minha pele, chupando, mordendo e lambendo. Meus gemidos ficavam mais e mais altos, seus grunhidos mais frequentes. Sua boca quente e habilidosa fazia milagre com aquela região. Minhas mãos estavam cheias de tecido da cama dele, meus dedos dos pés estavam todos encolhidos. Eu estava todo dominado por aquele cara dos olhos repuxados. Meu cérebro tentava desesperadamente me convencer que aquele cara que estava me fazendo geme e arfar era o mesmo cara que me consolou quando eu estava triste e me alegrou quando eu estava querendo ficar alegre. Mas o meu eu pratico e racional foi substituído pelo que vivia apenas o momento, agora o que eu via era apenas um deus asiático do sexo me desejando desesperadamente, assim como eu queria ele. Li levantou a cabeça e me olhou, seus olhos negros estavam em chamas, carvão em brasas, quente com o fogo do desejo e da luxuria, e eu podia jurar que aquilo estava apenas espelhando o meu olhar só que intensificado ao extremo.
Li saiu de cima da cama e foi para o chão, seus polegares foram para o cós da calça e eu me vi fascinado e hipnotizado pelos movimentos cadenciados e precisos de Li. A calça foi descendo lentamente revelando uma cueca preta com listras brancas verticais por toda a extensão. A calça caiu no chão e ele chutou ela para o mesmo amontoado onde nossas camisas estavam, Li caminhou lentamente na minha direção, apoiou as mãos no colchão e veio engatinhando até estar sobre mim novamente. Minha respiração estava acelerada e rasa, diferente de momentos atrás quando ela estava arfante e descompassada.
- Você quer que eu tire sua calça ou você mesmo tira? - Nunca pensei que algum dia fosse escutar essas palavras e nunca pensei que o meu melhor amigo era quem diria. Deus! Eu tinha que parar de pensar e apenas curtir o momento, Li não se mexeu, como minutos atrás, ele estava esperando uma resposta minha.
- Você tira - O sorriso que ele me deu era diferente do dos outros, esse era apenas um levantar de lábios, olhos franzidos e ainda queimando de desejo. Eu ia queimar e ele também.
Li desceu as mãos até a minha calça e desbotoou o botão, abriu o zíper - em uma lentidão alucinante - e desceu ela lentamente pela minhas pernas, minha cueca estava estufada assim como a dele. Imediatamente fiquei com vergonha, forte e avassaladora, Li já tinha me visto de cueca antes, mas nunca como agora. Não com aqueles olhos que estavam prestes a me queimar, enquanto ele descia o tecido pela minha pele seus dedos tocavam fazendo arrepios subirem pela a minha espinha. Nunca vi alguém transformar um simples tirar de calça em um espetáculo sexual. Escutei quando minha calça foi parar no montinho no canto do quarto.
Li desceu novamente a cabeça e mordeu o elástico da minha cueca, prendi a respiração enquanto ele descia minha cueca com a boca, meu membro pulou livre e duro, permaneci parado até não sentir mais o tecido na minha pele, Li olhou para mim e piscou antes de abocanhar meu membro, o som que eu fiz não foi nem um gemido nem um arfar, mas sim um urro de puro prazer, joguei a minha cabeça para trás e continuei emitindo esses sons de puro prazer. Sentia a boca dele subir e descer por toda a extensão do meu membro, sua língua brincava com a minha glande fazendo arrepios subirem por todo o meu corpo. Ai Jesus! Meu melhor amigo estar me dando a melhor - e única - chupada na minha vida, depois dos arrepios espasmos se alastraram pelo o meu corpo e meu urro se transformou em um grito enquanto me derramava na boca de Li.
Tinha arqueado minha costa quando gozei, cai cansado na cama, respirando rasamente. Esse foi o orgasmo mais potente que eu já tinha dado na minha vida. Li levantou a cabeça e me olhou, ele também respirava forte e pesadamente. Meu liquido descia pelo canto direito da sua boca, Li sorriu e atacou a minha boca, senti o meu gosto na boca dele, quente e salgado.
- Chris, eu acho que eu vou explodir - Sua voz agora estava quase dolorida, ele olhou para baixo e eu segui o seu olhar, seu membro estava pulsando dentro da cueca. Engoli em seco, eu ainda era virgem de tudo, não sei se o meu primeiro beijo, que foi com Li, foi bom ou não. Nem na época pré-morte eu beijei alguém, muito menos transei com alguém. E aqui estava eu agora, deitado em uma cama imensa, apenas de cueca prestes a fazer besteirinhas com o meu melhor amigo e eu era totalmente inexperiente. Respirei fundo e tomei coragem para falar.
- Você quer que eu...hum...eu.... chupe você? - Eu me contorcia, virava o rosto e falei baixinho. Era a minha primeira vez que eu transava e era muito difícil falar sacanagem. Li olhou para e mim e riu. O meu sorriso, cheio de dentes brancos e alinhados.
- Não é preciso - Ele disse, depois se inclinou até estar com o nariz colado no meu - Mas se você quiser eu não vou me impor.
- E se eu te contar que eu nunca chupei ninguém?
- Eu acreditaria.
- Sem nem me perguntar? - Estava tão na cara assim? Será que tinha escrito "virgem de 21 anos" na minha testa, me contorci desconfortavelmente. - Eu sou tão transparente?
- Como agua.
- Eu nunca fiz isso Li - Minha voz saiu baixinha, eu estava morrendo de vergonha.
- Eu sei - Ele foi para a minha orelha e sussurrou essas palavras lá, depois mordeu o meu lóbulo - E é por isso que eu vou devagar e....
- Não - A palavra saiu da minha boca antes mesmo de eu poder pensar sobre ela. Mas nessa pequena palavra estava toda a verdade. Podia ser a minha primeira vez, mas eu não queria nada fraco e gentil. Eu sempre sonhei com uma primeira vez forte e quente, com um cara de que eu gostasse e Li se encaixava nessas duas características, também podia contar o fato de estar quase entrando em combustão espontânea - Nada de gentilezas, depois. Mas agora eu quero apenas você Li.
Ele me olhou surpreso e eu também estava surpreso, eu nunca tinha falado tanta sacanagem na minha vida. Li em um movimento rápido tirou a cueca, ouvi o fraco farfalhar do tecido quando tocou no chão. Li se deitou novamente sobre mim e sussurrou em meu ouvido novamente.
- Você estar certo sobre isso - Sua voz grossa era um martírio para o estado - Se eu começar não vou querer parar.
- E eu não vou querer que você pare - Disse baixinho e depois sorri. Li olhou para mim com aqueles olhos em brasas e disse:
- Eu vou tirar esse sorriso do seu rosto, Chris.
A ameaça era mais sensual do que maldosa. Li se colou entre as minhas pernas e se inclinou sobre mim, senti a cabeça do seu membro na minha entrada. Ele me beijo furiosamente, ardentemente, alucinadamente. E eu estava completamente e absolutamente dominado por aquele japonês. Não sei como foi que eu me deixei me envolver com o meu melhor amigo e deixar com que ele me levasse para cama, mas não se pode voltar no tempo. Quem estar na chuva é para se molhar. Minha carne se alargou quando ele me penetrou, mordi seu lábio inferior com força e ele grunhiu, mas não sei se de dor ou de tesão. Seu membro foi entrando cada vez mais fundo em mim e eu começei a gemer alto, Li parou quando seu membro estava totalmente dentro de mim, olhou para o meu rosto tentando ver algum sinal de hesitação e arrependimento. Mas ele não encontrou isso, eu estava com dor, mas estava queimando de tesão e isso era um forte anestesiante para mim. Li começou a mover o quadril e empurrar seu membro cada vez mais fundo dentro de mim.
- Chris, você é perfeito para mim - Falou.
Eu apenas gemi em resposta.
Os sons de sua virilha ecoava por todo o imenso quarto, eu estava com os braços ao redor do pescoço dele e ele estava fazendo sua maravilha oral em meu pescoço, gemidos, arfares e grunhidos tinham se tornado a nossa língua naquele quarto. Li parecia movido a energia nuclear, do meu pescoço ele foi para o meus mamilos, sua boca cabia perfeitamente na área sensível, sua língua fazia maravilha enquanto lambia o bico. Arqueei a minha costa quando Li mordeu o bico do meu mamilo.
- Maravilhoso - Disse ainda com a boca no meu mamilo.
Ele continuou a me preencher e eu era todo gemidos e arfares. Era apenas uma massa confusa de sensações, Li foi mais fundo quando inclinou a cabeça para trás e grunhiu, segundos depois eu senti Li se derramando dentro de mim. Li caiu desfalecido em cima de mim, respirando pesadamente. Seu membro apenas saiu de dentro de mim quando amoleceu.
- Você não sabe o tanto que eu esperava por isso - Ele falou em meio a sua respiração pesada.
- Eu tenho uma vaga ideia - Eu disse e ele sorriu, depois deu um beijo no meu peito.
- Você estar com dor, Chris? - Senti a preocupação na voz dele, sorri.
- A dor que eu estou sentindo é perfeitamente suportável - Respondi.
- Não estar incomodando?
- Não.
Ele soltou um suspiro aliviado e saiu de cima de mim, deitou-se ao meu lado e me puxou para perto de si. Apoiei a minha cabeça no ombro dele e ele me abraçou forte, nós dois estávamos pelados e extremamente satisfeitos. Ficamos assim por um tempo até eu senti o peito de Li se movendo cadenciadamente, ele já estava dormindo. Olhei para ele e abri um sorriso, dei um beijo na testa dele e fechei os olhos.
Hoje derrubei por terra o maior mito acerca dos caras ocidentais.
Vocês devem saber do que eu estou falando.
Segundos depois mergulhei na inconsciência, com um sorriso no rosto.