A Shigellosis, preço da felação anal.
Ora, quem já experimentou sabe que um beijo e uma lambida no “subilatório” é uma das sensações mais gostosas nas preliminares do coito anal. Dia desses o meu amigo Mauro mandou-me uma reportagem preocupante, felicitando-se por não ter feito sexo oral no ânus e a mim por não ter incentivado essa prática em nossos encontros. A bem da verdade, nunca insisti na felação oral com meus parceiros, embora já tenha sentido, como passivo, esse prazer com alguns. Todavia sempre tive escrúpulos com esse tipo de felação por aversão aos odores que uma correta higiene nem sempre consegue eliminar em certas pessoas. Nas relações ativo-passivo sempre me limitei à penetração do pênis devidamente higienizado e protegido por preservativos.
A referida reportagem nos dá conta de que a bactéria chamada Shigella, responsável pela infecção conhecida como Shigellosis, que já infectou e levou a óbito milhões de pessoas, tem também sua origem na felação anal que é a responsável por 40% desses óbitos, sendo sua maioria na América do Norte.
Shigelosis, também conhecida como disenteria bacilar ou Síndrome de Marlow, é causada por alimentos contaminados, água poluída com fezes humanas e é transmitida através da via fecal-oral. A forma comum de transmissão é de pessoa para pessoa, corpo e boca e na falta de higiene de crianças e adultos. O ânus humano torna-se o vetor da Shigella através da felação, assim como a vagina pode tornar-se o vetor de várias bactérias através da mesma prática. Tudo depende do grau de higiene e de promiscuidade. A felação anal, já pelo fato de ter produzido vítimas fatais de Shigellosis, é hoje chamada de “O beijo negro”. Essa bactéria, além de causar diarreia infecciosa, febre, vômitos e dores, produz também ulceração na língua, nos lábios, causando deformação no entorno da boca. Há no youtube um vídeo denominado “O beijo negro” que mostra vários pacientes portadores dessas ulcerações e deformações. É um quadro realmente assustador.
Segundo o doutor Norman Veiró, médico infectologista catalão, a higiene da região em torno do orifício anal, em pessoas descuidadas, pode se constituir num veículo de contaminação da bactéria Shigella aos praticantes do tal “beijo negro”. Será que os cuidados e as precauções com a higiene ou mesmo a abstenção desse tipo de preliminar, tirariam o prazer do sexo anal? Acho que não. Nada é mais excitante do que ver e sentir o membro protegido e lubrificado penetrando gostosamente as profundezas do ânus.
Sei que vou receber críticas, dirão até que é exagero, mas minha intenção aqui é alertar contra os perigos que correm os adeptos da felação anal, ou do “Beijo negro”, se preferirem.
INCESTO, EROTISMO E GROSSERIA
Há muitos contistas aqui na Casa, confundindo erotismo com grosseria, com baixaria, pornografia e depravação, especialmente a maioria dos que escrevem sobre o incesto. Detesto quando leio um conto de incesto entre mãe e filho em que ele, no auge do tesão chama-a de puta, vagabunda, vadia, em quanto ela pede: “me fode, mete no meu cu, me arromba seu filho da puta!” Por mais que mãe e filho, parceiros de uma transa incestuosa, cheguem ao clímax do gozo, ordinariamente não perdem o respeito mútuo, mesmo convivendo como amantes carnais. Acredito que estas expressões chulas colocadas na boca dos amantes pelos autores, não aumentam o poder de excitação da narrativa e tornam-se uma apelação grosseira, insultuosa, deselegante; uma forma de baixaria e depravação que não deve existir numa relação sexual entre mãe e filho, irmão e irmã, pai e filha, etc.
Gosto e me excito muito com os contos de incesto, mas não suporto vulgaridade. Não consigo imaginar a mãe, na hora do gozo, cheia de amor pelo filho, pedindo a ele que a chame de puta, de prostituta, de vadia, uma vez que nem todas as mães ou irmãs que praticam o incesto são putas no sentido vulgar da palavra. Nem todos os parceiros, por mais sedentos de sexo que estejam, perdem a postura, dando a impressão de que ao praticar o coito transformam-se num animal.
Erotismo não é pornografia, é a expressão máxima da sensualidade aflorada, que excita, que ativa a libido, cuja magia e prazer devem ser expressados com sutileza, com riqueza de detalhes, mesmo usando os nomes populares dos órgãos sexuais, sem falsos pudores durante o sexo, mas sem baixaria.
Tenho uma amiga dos tempos da faculdade que mantém, há onze anos, relação sexual com o filho que hoje é tenente do exército, tem vinte e seis anos e ela tem quarenta e oito. No início deste ano minha amiga organizou uma festa íntima para comemorar a volta do filho que estava servindo em Brasília. Ela me convidou e no final da noite pernoitei em sua casa. No quarto onde fiquei a janela dava para uma varanda florida. Fazia muito calor. A noite era de luar e como o sono não chegava deixei a luz apagada, debrucei-me no parapeito e me pus a contemplar a lua enorme e a multidão de estrelas que a cercavam. De repente ouvi vozes abafadas e uns sussurros. Estiquei-me sobre o parapeito e vi minha amiga e o filho que transavam nuzinhos, ao luar, no chão da varanda. Era uma cena linda, excitante. Ela de pernas erguidas apoiadas nos ombros dele, e ele penetrando-a com vigor, enquanto dizia ao seu ouvido palavras amorosas, elogiando-lhe o os seios, a boca, a buceta quentinha, afirmando que ela continuava cada vez mais gostosa. Ela por sua vez lhe dizia que estava morrendo de saudade dele, de seu carinho, de sua rola que a preenchia. Excitado ao extremo, saí para me masturbar escutando os gemidos do gozo de ambos e o ploc, ploc dos testículos dele batendo no períneo dela. Em nenhum momento apelaram para a baixaria que avilta o sexo, que degrada a sua beleza.
Para se levar uma narrativa erótica ao limite máximo da excitação, não é preciso apelar para a pornografia, para a vulgaridade, basta ter criatividade e ser original; o que nem todos conseguem.
Spártacus