Por que você foi embora?

Um conto erótico de LucasBH
Categoria: Homossexual
Contém 1013 palavras
Data: 09/12/2013 14:00:29

POR QUE VOCÊ FOI EMBORA?

Esse é meu novo conto... Espero que gostem e comentem muito! Valeu

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- Eu te amo demais.

- Também.

- Também o quê?

- Também te amo, meu carente.

Rimos juntos, como sempre. Aquelas férias foram as melhores da minha vida, sem dúvida. Duas semanas ao lado do meu amor, numa praia perfeita do Recife. Nesses dois anos de namoro era difícil a gente ter um tempo só nosso assim. Sua família, apesar de saber sobre nós, sempre foi contra e nunca fizeram questão de esconder. Minha família, no caso meu irmão, já que meu pai nos abandonou quando meu irmão nasceu e simplesmente não deu mais notícias, já consegue entender minha sexualidade, apesar de não gostarem do assunto.

Eu, Nuno, e meu amor, Gustavo, estávamos vivendo uma vida de casal já fazia uma semana. Ainda tínhamos sete dias de convivência naquele hotel e eu só pensando em curtir o momento. Ele, ás vezes ainda ocupado com algumas questões do trabalho, tentava ao máximo me fazer companhia e eu sabia valorizar isso.

Lembro como se fosse hoje o dia que nos conhecemos. Numa boate caríssima de São Paulo, o vi cercado de pessoas bem vestidas, assim como ele. Eu, mero estudante bolsista de medicina, bancado pela mãe, gastei quase toda minha mesada naquela noite. Ele, claramente rico, sempre bajulado, ficava sempre do lado de uma garota, tão linda quanto.

Meu susto se deu quando fui ao banheiro, incrivelmente vazio, e ele veio atrás.

- Ei, garoto.

- Eu?

- É, você. Tá sozinho?

- Tô com uns amigos. Por quê?

- Você é gay?

- Sou. Qual o problema?

- Nenhum.

E veio me beijando. Me arrastou pra uma das cabines e os beijos foram ficando mais fortes. Não tive tempo de raciocinar nada. Imaginem vocês com um moreno, forte de 1.84m te empurrando pra uma cabine, em meio aos beijos fortes, já passando a mão em todo o corpo. Tava muito bom. Não demorou muito e eu já estava de pau duro e ele se aproveitava disso.

Na mesma noite fomos pro seu apartamento. Enorme, luxuoso, com uma decoração incrível. Tentei não me deslumbrar, mas acho que não consegui. Enfim, foi uma noite muito gostosa, apesar de eu não ter conseguido ser penetrado, afinal era minha primeira vez e seu pau, grosso que só, não entrou de jeito nenhum. Apesar de ter sido um pouco frustrante pra ele, pra mim foi incrível. Nos beijamos muito e acabamos pegando no sono.

Acordei no outro dia com ele ao telefone, fazendo juras de amor pra uma garota. Fingi estar dormindo ainda até ouvir o nome dela: Marcela. Nesse momento comecei a me sentir mal, achando que eu estava ajudando a sacanear uma mulher que achava que tinha um namorado fiel.

Enfim, fiquei mais alguns minutos fingindo até que ouvi ele entrar pro chuveiro. Me vesti, juntei minhas coisas que estavam espalhadas e saí daquele apartamento.

Me sentia a pior pessoa do mundo. Cheguei em casa e fui direto pro quarto, pensando em como me submeti a isso. Era a primeira vez que eu ficava com um cara, aos 19 anos. Eu sei que aparentemente passava da hora, mas eu precisei contar tudo pra minha família antes disso. Com um pai ausente, eu era o homem da casa, o filho mais velho. Minha mãe, ainda viva, chorou muito ao saber da minha sexualidade, ainda que já desconfiasse há tempos.

Depois de algumas semanas de muito estudo, em plena época de provas, vejo um carrão parado na minha porta ao chegar em casa. Achei estranho, mas tratei de entrar logo. Minha mãe doente e meu irmão de 12 anos estavam fragilizados, eu precisava ficar de olho. Entrei rápido e encontrei ele lá. Gustavo Lamberi. Jamais esqueceria esse nome que vi no seu quarto, quando estive lá. Meu irmão, Daniel, estava jogando vídeo game com o cara que havia traído a namorada comigo.

- O que você tá fazendo aqui?

- Oi. Tudo bem? Tava precisando falar com você.

- Falar comigo? Você é um idiota.

Ele se assustou com meu grito e meu irmão entrou na discussão:

- Calma, Nuno. Seu amigo me deu esse vídeo game, olha.

- Ele não é meu amigo. Cadê a mãe?

- Foi na casa da tia Selma e já chega.

- Vai pro quarto Daniel. Vou conversar com esse cara.

Daniel obedeceu, como sempre. Meu irmão sempre foi bem educado e não tinha costume de bater de frente. Gustavo ficou me olhando até eu autorizar que ele falasse:

- Fala logo o que você quer.

- Eu queria te conhecer melhor. Aquele dia você fugiu e...

- Me conhecer melhor? Como descobriu onde eu morava?

- Você deixou cair essa conta na minha casa. Por que essa raiva toda?

- Ainda pergunta? Eu sei que você tem namorada e você só queria putaria. Eu não sou desses caras que você deve sair. Achei melhor cair fora e você deveria ter me deixado quieto.

- Ah, foi por isso que você fugiu?

- Foi um grande motivo. Vai embora.

- Calma. Vamos dar uma volta e eu te explico tudo. Você entendeu tudo errado.

- Não. Preciso cuidar do meu irmão.

- Ele mesmo disse que sua mãe tá chegando. É sério. Se depois disso você não quiser mais olhar na minha cara, eu não te procuro mais.

Pensei por alguns minutos até que decidi topar. Era tudo ou nada. Seria bom entender a situação pra tirar uma conclusão, já que ele não saía do meu pensamento.

Avisei o Daniel que iria sair e entrei no carro, até então estacionado no meu portão.

No caminho em silêncio, fiquei pensando na minha mãe, precisando de remédios e nós vivendo apenas da aposentadoria dela. Tá certo que eu fazia uns bicos, mas não garantia a renda da casa. Por sorte ou competência, eu havia conseguido bolsa numa boa universidade de Sampa e estava estudando medicina. Isso me dava certa credibilidade e minha família passou a nos ajudar, principalmente com o aluguel.

Chegamos a uma sorveteria bem chique nos Jardins. O lugar tinha um espaço enorme e estava vazio. Ficamos numa mesa bem distante, e ele começou:

- Agora você vai entender tudo. Vou contar.

CONTINUA...

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Comentários

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kkkk o cara levou uma conta com o endereço dele pra uma boate de alto nivel? e deixou ela cair na casa do cara? Essa foi uma explicação bem ridícula, mas criativa.

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Seu outro conto você não vai continuar??

Nossa, não conhecia esse conto, mas gostei bastante, bem escrito e envolvente. De cara já curti o Nuno, gostei do jeito dele. Você escreve de um jeito tão familiar, parece até que li várias histórias sua. Por favor, não faça o Nuno sofrer hein!!!! Grande abraço.

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Cara muito bom. Esperando a próxima parte.

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