Caminhava para casa, eram 06:48, enquanto caminhava observava as pessoas, o que elas faziam, a forma como estavam agindo, pessoas arrogantes, falsas, magoadas, com sentimentos feridos, porém uma vez lembro-me de ter ouvido alguém falar pra mim: “Todos temos os mesmos problemas, porém cada um tem formas diferentes de resolver...”
Eu passava por jovens, eu realmente imaginava como todos aqueles jovens saindo de casa logo de manha cedo, com sorrisos sobrepostos no rosto, celulares enormes nas mãos, contentes com algo tão banal, quantas coisa o celular não resolve? Quantas brigas são geradas por um celular? Quantas relações são iniciadas por celular? Quantas pessoas não se envolvem com coisas erradas por celular?
Aquelas pessoas que tanto te olham e te julgam, apenas com um simples olhar, isso me dói, me dói não poder ajudar cada uma delas, simplesmente por não me entenderem!
Assim que cheguei em casa, me deparei com uma sena que era frequente em minha casa, uma menina que eu nunca tinha visto em minha vida, saindo de nossa casa, meu irmão ‘Lucas’, estava apenas com uma toalha, seu corpo másculo estava no auge, ele tinha prazer de ir pra academia e pra baladas, o peitoral malhado, em sua barriga se formava aqueles gominhos típicos de quem malha, tinha pernas e panturrilhas delineadas, sem pelos, era algo que ainda hoje invejo em vários rapazes, os pelos, nos nunca tivemos.
-Ai Guilherme estava onde?
-Só fui andar um pouco. O que não deixava de ser verdade!
-Maninho você esta com algum problema?
-Não, não!
-Hum, se precisar conversar!
-Tudo bem!
Ele me abraçou, meu irmão sempre teve uma ligação comigo, uma hora ou outra ele teria que saber, eu tinha medo, pois não sabia como ele iria reagir, até eu mesmo ainda não estava reagindo bem, estava confuso admito.
-Lucas?
-O que foi maninho?
-Você esta cheirando á sexo é suor, vai banhar!
-‘risos’, tudo bem, estou indo!
Fui pro meu quarto eu estava com a cabeça á mil, resolvi que não iria pra escola, aquela manha estava muito perturbado, confuso com tudo, acho que não conseguiria ver o rosto de ninguém, e responder que estava bem, quando me perguntassem como eu estava, engraçado quando me fazem essa pergunta, nunca avia parado pra pensar apenas respondia, sem pensar.
Tirei toda minha roupa e me deitei na cama, ou melhor, me joguei em minha cama, muitas coisas se passavam em minha cabeça, pensei em suicídio, será que isso resolveria minha vida?
Pensei nas meninas, percebi que nada com elas foi tão intenso, eu precisava sentir aquela sensação de novo, um desejo novo percorreu todo o meu corpo, a sena se repassava em minha cabeça, eu estava ficando excitado quanto mais pensava no Henrique, mais meu desejo aumentava. Depois de algum tempo, eu acabei dormindo, acho que por ter acordado muito cedo. Acordei com batidas em minha porta, olhei no celular eram 11:48.
-Entra!
-Guilherme, tem um amigo seu, ai na porta!
-Amigo? Deixa entrar!
-Ok!
