Coração Indeciso - Capítulo IV

Um conto erótico de Arantes, Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 1398 palavras
Data: 11/12/2013 01:48:18
Última revisão: 24/12/2013 01:59:30

Bom para quem não entendeu a terceira parte, ela demonstra que Henrique estava tentando fugir daquelas coisas que estavam lhe acontecendo. Ele encontra um personagem passageiro e decide fazer o bem para alguém. Bom é basicamente isso.

Espero ter esclarecido Tay Cris :) Obrigado por opinar ;DBoa Leitura!!!Jogo-me na cama e, penso “Que saco!”.

Troquei de roupa, olhei para a varanda de Ricardo. Fiquei imaginando nós dois juntinhos agarrados, de repente saio do transe. Decido descer.

Desço e vejo uma figura. Imediatamente reconheço esta. “Merda! Sobe, sobe!”, penso. Esta está no sofá, de frente ao sofá que meus pais estão. Ricardo era ele! Tento dar meia volta tropeço, aloprado, rolo escada abaixo. Chego abaixo todo quebrado.

— Tás bem? — Ouço, imediatamente, uma voz doce máscula, logo está me ajudando a levantar-me, sinto um terrível arrepio. Ele percebe. Ele dá uma risada tímida.

— Ah, obrigado! — Me agarro em seu braço forte, me sinto tão seguro. — Sim, estou bem, obrigado.

Pensei “É, de qualquer forma, um dia ele ainda ia me deixar manco mesmo¨¨”. Droga! Soltei um risinho. Estava abobalhado. Sua pele, seu cheiro, sua voz, tudo nele me deixava em êxtase, num limbo, só nosso ou só meu? Eu estava tão excitado!

Meus pais, de modo menos ligeiro que Ricardo, chegaram.

— Henrique! — exclamaram, num coro.

— Bebê está bem? — disse mamãe.

Eu estava caminhando apoiado em Ricardo. Quanta vontade de acaricia-lo.

— Filho, por que saístes do quarto? — indagou-me papai.

Ele sentou-se, sentou-me a seu lado. Nossa tive que soltá-lo, dava tudo para continuar a lhe tocar, senti-lo.

— Porque ia ver Deco, mas derrapei! — Explique.

— Depois nos falamos — Papai disse.

“Nosso sério? ‘Tô’ morrendo de medo!”, pensei num tom acima do irônico.

— Meu Deus, o que foi isso? — Apareceu Cida, exaltada, vinda da cozinha.

— Nada, não — falei —, não foi nada , Cida. — enfatizei.

— Ele caiu da escada! — disse minha mãe — Sempre digo “Não desce correndo, não desce correndo!” — Completou.

“Que droga! Eu não estava correndo, que porcaria!”, pensei.

— Bom foi isso que eu vim dizer. Tchau, seu Tadeu. Tchau, dona Amélia.

Meu pai ia estender a mão para Ricardo. Eu já estava envergonhado e tento me levantar, vacilo. Ele me segura e diz “Opa!”. Eu já estava mais que extasiado.

— Temos que ir ao hospital depois ver isso, filho! — falou papai.

— Desculpa — falo, movendo minha sobrancelha.

— Por nada — responde.

— Cida, me ajuda! — suplico.

— Vem, vem aqui bebezão. — falou ela em tom de carinho. Cida me levou até meu quarto.

Pensei “Caralho, ele deve tá pensando que eu sou débil mental, #socorro.

“Isso ‘tá acontecendo só por que ele tá aqui!! Por que senhor? Por quê?”

— Cida me enganastes!!

— Claro, tudo pelo teu bem, bebezão! — Fiz um bico.

— Ah, mas então— falei com falso desinteresse — pega meu notebook, sabe assim tipo pelo meu bem ? Pois é ‘pro’ meu bem, sabes??

— Ah, não sei, não Henrique! — falou desconfiada.

— Vai “please”!!! Meu pé vai começar a doer e vais ser a culpada — falei com em tom de falsa arrogância, olhando para minhas unhas da mão.

— ‘Tá’, ‘tá’, mas qualquer coisa fala ‘pra’ tua mãe que ela esqueceu aqui! — Cedeu

Hahaha, ela cedera. Demorou um minuto ¨¨ ela volta. Com meu velho PC em seu colo.

—Pronto! ‘Tá’ aqui, vê se não choraminga mais, viu? — falou e acariciou minha cabeça.

— ‘Tá’, ‘tá’, já está ótimo assim!! Obrigado sua linda! — falei empolgado. — Já tens teu lugar no céu, anja de Deus. — ironizei. Peguei meu notebook.

Eu já sabia que uma coisa tinha acontecido no decorrer do tempo que Ricardo ficou perto de mim. Fui ao banheiro de minha suíte. Molhado! Eu estava todo molhado! Meu ânus estava muito estimulado. Enfiei o primeiro dedo, indicador, iniciando minha masturbação anal, logo senti com meu dedo, muito estreito, que eu estava muito lubrificado e quente. Enfiei o segundo, dedo médio; enfiei o terceiro e último, anular.

Ah!, comecei a imaginá-lo me fodendo, sim, era muito bom. Ele me carregava e eu, encostado de costas na parede, tocava o seu peito musculoso e forte, ele beijava-me, beijava meu pescoço e chupava meus mamilos. Seus testículos a bater nas faces de minhas nádegas. Sentia-o até o fundo. Ele me preenchia. Isso era bom, não, era ótimo!

“Sim, oh!, mais um pouco”, em minha visão abracei-o, ele me penetrou ainda mais fundo e senti um tremor, era o êxtase daquilo tudo, abraçamo-nos e gozamos juntos. Tudo exalava ele! Ah!, gozei somente movimentando meus dedos em meu ânus e meus mamilos. Eu ainda podia sentir sua presença, ali comigo. Meu coração reconhecia-o, estava disparado. Me limpei.

Voltei para o quarto, exausto. Peguei meu notebook, sentei-me na poltrona, em meio à lerdeza do carregar do sistema operativo, virei minha cabeça para o lado. Meu Deus, obrigado! Ricardo estava de toalha, branca, todo molhado, seu cabelo bagunçado, mais perfeito? Só se for para me matar! Mas daí quando ele ia se virar, virei meu rosto para meu computador, pelo canto do olho vi que ele me olhou e fechou a cortina.

Pensei “Por que tão malvado Senhor? Por quê??”

O símbolo do Windows terminando de piscar. Prosseguiu à tela de logon. Loguei. Entrei no MSN, Skype, Twitter, Facebook, MySpace, meu Deus são tantos! Quando Vejo:

A janelinha com a foto da Ana nem me dando tempo de atualizar nada:

— Seu vadiooooooo!!!!!!!! — Ana

— Quié gata? Hashuushauhuashasuhau. — Eu.

— Por que tu faltaste hoje? — Ana.

— Por que ‘tava’ com vontade! — Eu.

— Hmmmm. ‘Tá’ rebelde é praga? — Ana.

— Ah, eu ‘tô’ demônia! Essa droga de vida! #MomentRevolts — Eu.

— ‘Tô’ vendo, ‘tás’ muito revoltado! E as gatas ? Foi pegar alguma hoje? — Ana.

— Para de taradice garota! hsausuahuhasuas — Eu.

— Menino, agora é sério, estou acabada. — Ana.

— Que foi Pitt? (ela me chamava de bulldog, eu a chamava de Pitt Bull, pois era cheinha e brava) — Eu.

— O Fábio, terminei com ele. Ele tava tão frio sei lá, não me agradava nem fazia nada! — Ana.

— Vish, amiga ele é um babaca estava te desperdiçando! Fica assim não, ele não te merece! — Eu envio. Batem na porta do quarto. Tomo um susto, daí lembro que a porta está trancada.

— Que foi? — pergunto.

— Filho, temos que ir ao médico para ver seu pé. Vá se arrumar! — Explica meu pai.

— ‘Tá’bom. Já ‘tou’ indo!

A campainha com seu som de cigarra, o de sempre. Chamam-me. Eu lutando com a calça, meu pé começa a doer, estava inchando. Visto minha camisa gola V, verde. Calço meu sapato com maior cuidado. Odeio chinelas e “entre tantos”, olha como uma tinha me deixado!!!

Começo a descer com o maior cuidado possível, olho para a sala e vejo uma terrível visão!! Toda do Bruno estava lá! Que raiva de todos !! Estes olham para meu pé e Bruno exclama:

— Estão vendo o que eu fiz com ele? — falou numa retórica. Todos riem.

— Que foi? Isso? Eu cai da escada, seu tapado! Por que viestes aqui? — falo, sentando no braço da poltrona de couro de papai.

— Nada, não, só bateu uma vontade de vim ver como estava nossa bichinha favorita ¨¨ — Falou, mastigando um dos *Monteiros Lopes.

—Uhuuuuuuuuuuuuuuuuu — falaram os bajuladores, em um coro bem definido.

— Um legal! — Soltei na ironia — Mas a única bicha que eu estou vendo aqui, está com uma camiseta branca (ele era o único de camiseta branca) e está comendo Monteiro Lopes.

Ele estava tomando suco de acerola e quase se engasgou. Levantou-se, tentou me intimidar com seu olhar. Fiquei olhando-o com ironia.

— Vamos! — falou — Foi legal te visitar bichinha — Bagunçou meu cabelo. E foi.

— Tchau, Rick — falou Cacau, aquela que ontem estava a gozar da minha cara com Bruno.

— Tchau, Claudia — falei e fechei a porta.

Cida entrou com outra bandeja com quitutes.

— Ah, eles já foram? — falou angustiada — Pareciam tão legais ¨¨ — Então se retirou.

— Uh, super ! — falei com ironia.

— Vamos logo, filho! Vamos ver como está esse pé. Sua consulta com o ortopedista está marcada para daqui a pouco às 16:30! — Falou papai, olhando em seu relógio.

— ‘Tá’, ‘tá’ vamos!

Fui pensando até o carro: Como ele teve coragem? Audacioso! Ele teria coragem de me bater na minha própria casa? Meu Deus!, eu 'tô' muito corajoso.Bom isso já passa com o soco no nariz (pensei em um tom irônico), soltei um risinho. Coitado de mim se não houvesse ironia (Ri internamente).

Papai passou pela primeira rua e lá estava ele com sua turminha. Ignorei-os e fechei meus olhosBom, ainda temos muitas surpresas para enfrentar! Beijão!

*Monteiro Lopes http://pt.wikipedia.org/wiki/Monteiro_Lopes

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Letras a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível