Conto repostado em:
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Ola, sou a Sara. No meu primeiro conto, contei como conheci o Gabriel, um deficiente visual que me tirou de uma fria, e que se apaixonou por mim a primeira vista. Olha a ironia na frase.
Pois bem, estava escrevendo esta segunda parte, mas meu Ruindows reiniciou sem me aviser, e perdi tudo o que já tinha digitado. O iCloud é meio instável, mas teria me salvado.
Bom, vocês não estão interessados nas minhas opiniões tecnológicas, pois bem, vamos então.
No domingo, Gabriel e eu ficamos conversando a manha tora, e nos despedimos no almoço, novamente eu me despedi dele com um selinho.
No resto do dia e durante a semana seguinte Gabriel estabeleceu um padrão de horários para mandar mensagens. A primeira vinha as 7, a segunda as 10, as 12 trocava-mos mais mensagens, alguma outra as 15, outra as 18, e entre 19 e 23, ficávamos nos aproveitando das mensagens por internet.
No sábado que se seguiu, o padrão mudou, a mensagem de bom dia, veio as 9. A mansagen também me chamava para ir no cinema. Como realmente estava pretendendo ir ver um filme aceitei.
A tarde, ele apareceu no portão de casa, armado com sua benga, e perguntou se eu não me importava em ir de ônibus, pois ele achava constrangedor pedir para o pai levar ele e a namorada, para saírem. No momento nem dei bola para o namorada, o que eu senti foi dó.
Durante o filme, ele não manifestou nenhuma mão boba, apenas pegou minha mão e ficou fazendo carinho nela durante o filme. Vez ou outra, ele me pedia para explicar uma sena que ele não tinha enchergado.
Depois do filme, tomamos um lanche, andamos por algumas lojas, eu comprei um material de desenho que estava um pouco abaixo do valor, já ele comprou um fone de ouvido novo.
Já no meu portão, novamente me despedi dele com um selinho.
Quando fui deitar e parei para pensar no dia, lembrei do “namorada”. Meu coração acelerou na hora e eu tive que sentar na cama. (foi nesse ponto que o Ruindow me ferrou... )
Eu não sabia exatamente o que eu estava sentindo, e depois de dias horas pensando, cheguei a quatro sentimentos que eu tinha sobre aquilo.
O primeiro, que mais me incomodava era se eu era capaz de retribuir, o segundo que se amarrava a esse era sentir dó daquele rapaz. O terceiro, era algo que me agradava, afinal eu estava sendo colocada num pedestal, como se fosse a mulher mais importante do mundo. O quarto se amarrava ao terceiro, se eu por ventura não estava me aproveitando.
No domingo de manha falei com minha mãe. Sim, temos um dialogo aberto sobre essas coisas, apesar de não ser comum.
Minha mãe me deu um conselho obvio, mas que eu não tinha conseguido colocar na cabeça. Ela falou para eu com calma pensar em tudo, se era o que eu queria, se eu queria um namorado, se eu não me importaria com as dificuldades dele, e assima de duto, para não me deixar levar pela empolgação dele.
Isso me deu uma enorme tranquilidade, no domingo, quando veio um torpedo me chamando para sair, eu disse que estava com dor de cabeça. A resposta dele foi a mais engraçada, “Poxa, seu ginecologista não te deu nenhum remédio pra isso?”, fiquei sem saber o que responder, e resolvi me aproveitar da brecha que ele tinha dado, e disse que aquilo acontecia as vezes. Bem, ele so me mandou mais duas mensagens no dia, uma a tarde e outra de noite.
Tirei o domingo para pensar, e deu certo. Entendi extamente o que sentia. Pode ter parecido meio rapodo, mas eu não fiz outra coisa no dia, fiquei imaginando possibilidades, criando situações na minha cabeça, imaginando momentos bons e ruins. E os sentimentos foram clariando, eu entendi que se eu estava preocupada em não corresponder, eu me importava com ele, poderia até ter um pouco de dó, mas com o pouco que ele tinha feito ele me mostrava que eu não devia sentir isso. Quanto a questão de estar em um pedestal, quem não gosta de se sentir importante para alguém? E eu percebi que ele estava se sentindo bem com aquilo, então eu provavelmente não estava me aproveitando.
Por volta das dez da noite, depois da mensagem de boa noite, fui até o portão dele, toquei a campainha, a mãe aparecei e disse que ia chama-lo. Ele veio todo sorridente, a primeira coisa que ele fez quando abriu o portão, foi segurar minhas mãos e perguntar se eu tinha melhorado. Minha resposta foi abraça-lo e dar meu primeiro beijo de língua nele. No inicio ele ficou me deixando controlar, mas depois, passou a dominar minha língua e suga-la para dentro da boca dele. Me subiu um calor que me deixou arrepiada. Como estávamos bem grudados, senti seu pinto endurecer. Quando nos desgrudamos, eu quase sem ar perguntei:
- Caramba! Quem te ensinou isso?
A resposta dele foi surpreendente:
- Programas de TV que falavam de beijo e alguns contos eróticos.
Eu não esperava essa resposta, imaginei uma prima, ou alguém assim, mas TV e contos eróticos... Foi inesperado.
Daquele dia em diante começamos a ficar mais íntimos.
Vou parar este pedaço por aqui, pois acho um bom momento para isso. Nos próximos vou contar mais de como nosso relacionamento foi se desenvolvendo. Calma que a sacanagem vai chegar.
Beijos.