Meus queridos, fico feliz que vocês estejam gostando do conto! =D ta ai a nova parte! Espero que gostem! Bjo no fundo do coração de todos vocês!
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O segundo semestre desse ano foi marcado por duas grandes festas. A primeira delas foi no ultimo final de semana das férias do meio do ano. Quem deu a festa foi o Dhiego, aquele que foi meu amigo no primeiro ano. A segunda, bem, a segunda festa eu contarei em um momento mais oportuno. O que conta agora é a festa do Dhiego.
Como eu disse, eu aprendi a conviver com a dor e a tristeza, não só não ter mais amigos, mas a tristeza de um amor não correspondido. Bem, quando meu telefone tocou naquela tarde de quinta, levei um susto. Era Dhiego. Desde que ele mudou de cidade eu não tive mais noticias dele.
Mas enfim, ele estava me convidando para seu aniversário de 18 anos. Seria em minha cidade mesmo. Passou data, horário, traje e tudo mais. Dhiego era popular em nossa cidade, e essa festa logo logo virou assunto dos jovens estudantes da cidade. Eu fiquei contente por ser convidado da festa.
Essa festa prometia. Eu senti até uma pontada de alegria quando o dia chegou. Coloquei minha roupa, passei meu perfume de situações especiais (geralmente quando eu ia encontrar o Fer) e fui para a festa.
Na hora que eu cheguei um carro parou logo atrás e desceu Gabi. Não sabia que ela conhecia Dhiego, mas fui descobrir posteriormente que eram primos. Mas enfim, olhei nos olhos dela e entrei como se não a conhecesse.
Mas enquanto o segurança verificava meu nome, um carro parou. Olhei para ver se reconhecia quem era. Feliz ou infelizmente, era o Fer, mais lindo do que nunca. O traje da festa era esporte fino.
Fer estava com uma calça jeans preta, uma camisa branca um paletó preto. Uma gravata pendia frouxa em seu colarinho. Além do seu cabelo preto perfeito e seus olhos verdes reluzentes. Nossos olhares se cruzaram, minhas pernas bambearam, senti um frio na barriga. Por fim, o segurança autorizou minha entrada. Dei uma olhadela para Fer e um suspiro involuntário.
Achei que Gabi fosse correr para os braços do Fer, mas ele agiu com ela da mesma forma que agiu comigo, como se nem conhecesse. Percebi que Gabi também deu um suspiro como o meu, do jeito que só Fer conseguia tirar de alguém.
Fiquei curioso para saber o que ocorreu entre eles. Tive vontade de perguntar, mas lembrei que não estava falando com nenhum dos dois então ficaria com minha curiosidade só para mim.
A festa estava linda. Uma decoração toda em preto e branco enfeitava o salão. Barmans profissionais faziam shows com as coqueteleiras em um canto. Colocavam alguma coisa nas bebidas que elas ficavam fosforescentes. Ficou show a festa.
Encontrei Dhiego, dei os parabéns e ele logo me serviu um copo de vodka fosforescente. Resolvi que naquela noite, beberia até cair. Mas com moderação, não queria passar vexame.
Bebi vodka, conversei com amigos, bebi uma vodka, dancei um pouco, bebi vodka, fui ao banheiro, bebi vodka, fiquei locão e bebi tequila.
O melhor da festa aconteceu quando eu estava sentado, descansando a cabeça, que rodava. Observei Fer falando com a Gabi, deixei os dois de lado e fui ver meu celular. Era 3:30 da manhã e havia milhões de chamadas da minha mãe e uma única sms dela, dizendo “Quando acabar, se souber usar celular, me liga”. Eu avisei minha mãe que beberia nessa festa.
Continuando. Após fuçar um pouquinho no celular e tentar jogar agry birds, Gabi sentou-se ao meu lado. Ela me olhou e disse simplesmente:
- Eu escolho você – Colocou a cabeça no meu ombro e chorou. Não perguntei o por que, nem o que Fer havia feito. Não por que eu não conseguia, mas porque ela era minha amiga, e precisava de ajuda assim como eu precisei. Fiz um carinho na sua cabeça e ela chorou mais ainda.
Uma musica lenta começou a tocar enquanto Gabi chorava. Percebi que alguns casais começaram a dançar algo que deveria ser valsa. Então, resolvi entrar na brincadeira. Ajoelhei na frente de Gabi e ela me olhou confusa, e então eu disse:
- Concede-me a honra dessa dança? – Gabi riu, pegou e estendeu a mão. Peguei-a e dei um leve beijinho. Fomos para a pista, onde agora quase todos os presentes estavam dançando. O Dj, muito animado e vendo que todos estavam dançando, propôs uma brincadeira. Todas as vezes que ele falasse “troca”, nós trocaríamos nossos pares. Todos concordaram e começaram a dançar.
O Dj falou troca algumas vezes antes de acontecer. Eu estava com uma menina, muito gostosa por sinal, quando o Dj falou “troca”. Muito antes de ver quem era meu par, senti o melhor perfume do mundo. Fer. Ele pegou na minha cintura, me forçando contra seu corpo. Olhou no fundo dos meus olhos com aqueles olhos verdes marcantes.
“Às vezes na vida, nos deparamos com algum momento. E ele paira e dura muito mais que um momento.… E o som para; o movimento para por muito, muito mais que um momento…. E então esse momento passa.” – One Tree Hill.
No momento em que Fer olhou no fundo dos meus olhos. Tudo parou. O som, o movimento... Eu tenho a consciência de que durou apenas alguns segundos, mas pareceram horas. Ou melhor, algo que o tempo não pode contar. Algo atemporal.
Ele me soltou, procurando uma mulher para dançar. Seu perfume emanava e ainda entrava pelas minhas narinas. E então a brincadeira de dançar valsa perdeu a graça. Fui sentar em um banco qualquer, fazendo força para não chorar.
Gabi veio logo em seguida me consolar, em vão. Falei que iria para casa, mas ela não deixou. Disse que eu iria para sua casa, que não estava em condições de ficar sozinho. Sendo assim, mandei a seguinte mensagem para minha mãe:
“Querrida mãmai, etou imdo para a cassa da gabi. Eu aimdaasei uzar o celuar e nao to bêbedo. Bjos. Te ano” ele só respondeu “Aham. Te amo também”, mas isso eu só vi no outro dia.
Fui descobrir mais tarde que Gabi estava sozinha em casa. Menos pior, ela não teria que explicar nada para seus pais. Mas nesse dia, algo de muito ruim, e bom, ao mesmo tempo aconteceu.
Arrumamos tudo. Tomei um banho refrescante. Quando sai, meu colchão no chão já estava pronto. Deitei para dormir, mas algo não deixou. Vi Gabi apenas de calcinha e sutiã entrando no quarto. Percebi no seu corpo, o quão ele bonito e sexy. Ela me olhou com um olhar sexy. Num instinto, levantei e a beijei.
É claro que não parou por ai. Fomos para a cama em seguida, e o clima entre nós dois só esquentava. Ela era sexy e gostosa. Beijamos-nos ardentemente na cama. Ela tirou sua roupa e eu tirei a minha. Antes de fazermos sexo, ela exigiu camisinha. Sorte que eu tinha uma na carteira.
Após tudo acontecer e após os momentos mais prazerosos da minha vida, deitados sobre sua cama, ela sobre o meu peito. E então eu disse:
- De gay para bissexual creio que é um grande avanço – ela deu uma risadinha e se manteve em silencio. Dormimos daquele jeito. Acordamos no outro dia assustados. Ela perguntou assustadíssimas:
- OMG’ o que fizemos? – Percebi a camisinha usada em um canto do quarto.
- A julgar pela camisinha, no mínimo sexo... – Ela levou a mão a boca e começou a chorar. Ela me abraçou e eu não soube o que fazer. Estávamos bêbados na ultima noite, mas pelo menos estávamos protegidos. Olhei para ela e disse:
- Calma Gabi. Isso não vai estragar nossa amizade. A gente não pode ser namorado, você sabe que eu amo incondicionalmente o Fer...
- Eu sei – Ela disse entre lagrimas.
- Mas também não podemos negar que foi bom... – Dei um risinho sacana para ela.
- É verdade, foi perfeito! – Ele deu um risinho também.
- Se as coisas ficarem estranhas, a gente dá um jeito! Se a nossa amizade sobreviveu ao Fer, sobreviverá a isso...
Concordamos e ficamos conversando. Apesar da ressaca do inferno, fui apé para casa. Só então eu percebi a gravidade do que havíamos feito. Mas decidi que isso não afetaria minha amizade, novamente, com Gabi.