Então pessoal, os erros na verdade vem da minha preguiça de revisar o texto, mas enfim ficarei mais atento a isso, não estou prometendo que irei revisar, só que irei prestar mais atenção ao escrever, aproveitando essa aspas ontem estávamos assistindo a novela das nove em casa que eu nunca lembro o nome, sei que é a novela do Felix, e tem um personagem gay que resolveu adotar um menino, e eu reparando aquele personagem já tinha notado uma semelhança com o Frederico mais fiquei calado, ontem ele levou uns brinquedos para o orfanato, quando ganhou a guarda provisória do filho dele, e o Fred do meu lado fez o seguinte comentário...
– Nossa, esse personagem é muito parecido comigo Marcelo, eu no lugar dele faria a mesma coisa, e sem contar que pra ele todo mundo é bom, inclusive o Felix, acho que ele sou eu...
– Acho que não amor, pois eu jamais te trocaria por uma mulher, se bem que eu acho que seria bem mais barato, mas mesmo assim to satisfeito aqui.
Demos umas risadas e voltamos a ver a novela mas admito que se parece mesmo com o Frederico e muito por sinal, o jeito é o mesmo, voltando agora a minha história, os dias que antecederam a viagem foram bem tranquilos, ficamos com a casa cheia todos os dias, pois os familiares queriam aproveitar a presença do Rodolfo antes de irmos a nossa viagem, um dia antes de irmos, o Fred me chamou pra jantar, para comemorarmos as notas do Rodolfo ele tinha sido o primeiro da classe dele, fomos a noitinha comemos juntos, e enrolamos na rua, o Rodolfo estava elétrico com a viagem ansioso como toda criança fica, diante de algo novo e que a empolga, saímos de Goiânia no outro dia de manhã, o Rodolfo encantado com tudo, com a aeronave, o fato de estarmos voando, mas medo mesmo ele não esboçava, era novo porém tranquilo, na nossa escala em São Paulo, o Frederico foi com ele ao Dufry e comprou um avião de brinquedo e esse é ainda hoje o brinquedo preferido dele, foi uma escolha muito acertada. E o mais intrigante foi sem sombra de duvida ele entrar no Dufry Shop e sair sem comprar nada pra ele.
Em NY o primeiro dia foi de folga e de adaptação com o fuso de lá, então ficamos mais quietos, estávamos hospedados no Hilton Aeroporto, um ótimo lugar, no outro dia de manhã tinha desfile de um dos estilista que ele iria, e lá fomos nós, nos arrumamos todos de terno, o Rodolfo era um mini eu, pode parecer exagero mas ele é muito parecido comigo, enfim... Os flashes doem minha cabeça até hoje quando me lembro foi a primeira vez afinal de contas, um pouco antes de passamos pelo tapete uma assistente pergunta nossos nomes e nos autoriza a passar, paramos para as fotos, o Fred parece ter nascido para aquilo, muito tranquilo, e o Rodolfo também todo sorridente, quando entramos eu estava temporariamente cego não via quase nada, tamanha claridade tinha encarado pouco tempo atrás, fomos indicamos a nossos lugares, e ficamos na fila A, achei muito chic.
Esse tipo de coisa envaidece muito as pessoas, sou agradecido de o Fred ter os pés no chão, pois quem vive nesse mundo fica muito mimado, tudo é muito fácil, muito comodo, assistimos ao desfile do rapaz, depois fomos ao backstage, onde o conhecemos, e também seu namorado, um pessoal muito simpático, ficamos encantados com eles, e eles conosco ainda mais por termos filho, o Fred fez algumas parcerias naquela manhã quem vieram a render bons frutos agora, depois voltamos para o hotel, mal tivemos tempo de comer e já fomos mais uma vez para o outro desfile, que teria na parte da tarde, outro tapete, outra entrada, sentados mais uma vez assistindo a tudo, e depois backstage com champagne e muita frescura do jeito que o Môrr gosta, tudo no perfil dele, quando finalmente saímos de lá já era noite, fomos andar pela cidade com o Rodolfo andamos pela Timesquare ele ficou encantado com tanta iluminação e tirava foto de tudo, coisa de turista mesmo....
No hotel quando me deitei meus pés doíam muito, mas muito mesmo, andar no Frio de New York não era pra mim, fomos dormir, sem nem trocar selinhos ele assim como eu estava moído e ficamos só dormindo pertinho um do outro, na manhã seguinte o Fred nos desperta para irmos fazer turismo, fomos a 5ª avenida, já viram quando seguram cães raivosos e do outro lado alguém balança um pedaço de filé bem suculento? Assim era o Frederico vendo as lojas, não foi fácil domar ele não quando eu piscava ele já tinha entrado em uma loja com o Rodolfo a tira colo, foi tenso, ele ainda saiu com algumas sacolas nas mãos, ele foi embora para o hotel e eu fui com o Rodolfo buscar o carro que tínhamos locado, ficamos a tarde toda sozinhos, fomos a zoológicos, estação de metro, e andamos muito, e ele foi visitar a confecção de uns estilistas que não conheço.
Foram uns dois dias ele ocupado com as coisas dele, e pela empolgação eu sentia que ele estava adorando tudo que estava vivendo, então o Rodolfo e eu fazíamos coisas de meninos enquanto ele fazia as coisas dele, quando ele teve tempo pra gente, fomos ao central park, andamos de lancha na ilha de Manhattan, e fizemos coisas tipicas de família, nada de muito intenso não, foi uma semana ótima, e que passou com um rapidez enorme, voltamos mais ricos culturalmente sempre é bom conhecer outros lugares, na volta para o Brasil, eu comi um lanche em Congonhas que me fez um mal, passei mal todo o voo de volta a Goiânia, queria vomitar acho que me intoxiquei, foi horrível nunca havia me sentido mal durante algum voo, aquela havia sido a primeira vez.
Quando voltamos, fomos finalmente decidir sobre o aniversário do Rodolfo, tinham algumas coisas que ainda não tínhamos conversado, e aproveitamos o fato de ele estar de férias para colocarmos tudo em ordem, ele ficava uns dias na minha mãe, outros na mãe do Fred depois voltava, a mudança de uma casa pra outra demorou mais ou menos uma semana, durante nossa viagem a reforma da minha casa no flamboyant finalmente tinha ficado pronta, e poderíamos finalmente morar na casa nova, e reformada, eu havia compro uma mesa de sinuca, alem de eu adorar jogar sinuca, era o que me restava de masculinidade dentro da nova casa, ela toda tinha a cara do Frederico, e ele como eu já imaginava implicou com a mesa de sinuca, não gostou dela, porque segundo ele ficou muito perto do lounge, que nada mais é que um bangalô, com um monte de sofá, puff, almofadas e carpetes caros, ele fez aquilo pra descansar, é todo aberto, mas posso contar nos dedos as vezes que ele deitou ali naquele lugar, quem mais dorme ali sou eu depois de um almoço caprichado, e meus amigos também, quando estão aqui em casa num churrasco.
A festa do Rodolfo seria como o Frederico queria, com 350 convidados, e todas as outras frescuras que ele tanto queria e também as lembrancinhas, afinal de contas eu tinha que ceder em alguma coisa, ele já tinha concordado em manter minha mesa de sinuca, ele tem o controle sobre tudo, mesmo eu brigando acaba sendo do jeito que ele quer, mas eu tinha a preocupação com tudo o que ele fazia e acabei por perguntar a ele...
– Frederico e se um dia eu ficar pobre e não pudermos manter mais esse nível em que vivemos?
– Uma coisa que nunca tive medo foi de trabalhar Marcelo, e se ficar desempregado e pobre, eu te sustento o tempo que for preciso, não me envergonho de ter marido pobre, voltamos pro meu apartamento, vendemos essa casa e a vida continua.
– Tem certeza que isso não mudaria em nada nosso relacionamento Môrr? Eu sei que você não é do tipo interesseiro mais eu fico preocupado, pois sei que merece viver uma vida boa.
– Vida boa eu viveria em qualquer lugar, se ao meu lado estivessem as pessoas que eu gosto, se acontecer alguma coisa você aprende a costurar e me ajuda na confecção, eu iria adorar ter um marido entendido de moda.
– Não mesmo amor, estou muito bem no meu ramo, e tudo graças a Deus esta indo muito bem.
Já pensou eu costurando e falando de moda o dia todo? Acho que não conseguiria mesmo, o que me resta é trabalhar muito e muito. Para manter o padrão desse marido caro que eu tenho e nem reclamo, dei muita sorte, muitos relacionamentos gays não tem metade do afeto que o nosso tem, enfim... No dia do aniversário do Rodolfo a casa estava cheia de gente e isso desde as sete e meia de manhã eu demorei um tempo pra descer, fiquei ouvindo toda a movimentação do quarto, quando desci estava o Frederico carregando mesa, e ajudando a montar tudo, fui para cozinha, dei um abraço na Delicia outro na mãe do Rodolfo, e fiquei por ali comendo alguma coisa e olhando o Fred organizar tudo com o pessoal do cerimonial, foi um tumulto do caramba.
As 18:00 ele me mandou pro quarto para me arrumar, e tinha um pessoal arrumando a Delicia e a mãe do Rodolfo, e maquiando elas, eu fui me arrumar o Rodolfo chegou da fazenda e só ai viu que ele teria uma festa de aniversário ele não sabia de nada na cabeça dele nós nem tínhamos lembrado tadinho ele ficou muito surpreso, fui pro quarto e ao invés de tomar banho fui jogar um videogame, ainda tínhamos tempo, começaria apenas as oito da noite, e eu nem demoro muito pra me arrumar, as 19:00 o Môrr entra e me olha com cara de bravo sem falar nada foi direto ao banheiro e eu junto, tomamos banho junto, ele todo cansado, por ter feito muito trabalho braçal, depois nos arrumamos e descemos para receber os convidados quando eu vi a decoração ai eu fiquei de fato orgulhoso tudo tinha ficado muito melhor do que eu havia pensado eu sabia que ficaria bom, mas não imaginei que era tanto, quando fui elogiar o Fred ele me disse...
– Obrigado Amor, ainda bem que gostou eu tinha que fazer a festa, pois as mães dos amigos do Rodolfo vão reparar em tudo para fazer melhor na festa delas, por isso queria uma festa impecável, pra ninguém sair falando mal depois...
Continua...