01º CAPÍTULO
Lá estava eu no meu quarto ouvindo os gritos e discussões do meus pais, já até me acostumava com isso e já era rotina na minha vida, eles não sabiam o quanto isso me machucava, eu tentava desfaçar o meu sofrimento ou melhor fingia e isso era o pior de tudo...
Querido diário é a primeira vez que eu escrevo, me chamo Samuel mais todos me chamam apenas de SAM e tenho 16 anos. Sou gay mais ninguém sabe disso a não ser você que está lendo, viver na cidade grande apesar da violência e dos conflitos era bom, eu tinha meus amigos, minha escola e me divertia muito e isso me fazia esquecer os problemas pessoais. Eu não sei como isso foi acontecer mais depois da última discussão meu pai foi embora de casa e os dois iriam jogar no lixo 17 anos de casamento, eu coloco a culpa de tudo isso na minha mãe, ela se dedicava mais ao trabalho do que a família e mesmo meu pai sendo advogado ele me dava mais atenção do que minha mãe e cobrava isso dela sempre.
Em uma tarde sentada na sala pensativa minha mãe chorava baixinho eu desci as escadas e a visualizei com um olhar pálido de que não dormira a noite inteira, eu me aproximei dela e perguntei...
-Está tudo bem mãe???
-Sam eu preciso de uma conversa muito séria como você agora filho??? Respondeu ela aflita...
-Tudo bem, pode falar, eu fiquei de sair com o Drick mais eu vou avisa-lo que vou me atrasar... Me sentei no velho sofá de couro que minha mãe adorava...
-Eu sei que não está sendo fácil pra você a minha separação com seu pai e...
-Não, está sendo muito difícil, mas foi você que se separou e não eu... Eu me dirigir num tom de voz sério.
-Você precisa apenas me escutar agora, o que eu tenho pra falar é muito importante...
Eu fiz um sinal com a cabeça pra que ela continuasse a falar e ela prosseguiu firme nas palavras...
-Eu recebi uma proposta de trabalho em Miami nos Estados Unidos e eu aceitei...
Antes que ela pudesse terminar de pular eu sair pulando de alegria...
-Ai mãe eu não acredito nisso, Miami é o máximo, vai ser incrível eu vou adorar... Super empolgado.
-Sam??????
-E eu vou comprar muitas roupas, conhecer muitas pessoas e tudo vai ser perfeito e...
-Sam???? já gritando já...
-E quando vamos partir???
-Você não vai... Curta e voz bem séria...
Eu parei com meu ataque de Alegria que eu chamava de ATG...E fiquei em silêncio, a minha voz quase não saiu...
-Como???
-Eu sei que você queria ir, mais é uma viagem a trabalho por 1 ano eu não poderei cuidar de você...
Responder sarcasticamente...
-Se já não cuida aqui vai cuidar no exterior???
-Não fala assim eu trabalho muito, é que o Rui o meu chefe não quer que me preocupe com filho e casa...
-E você está saindo com ele é isso???
-Me respeite eu sou sua mãe mocinho... Eu demorei muito pra aceitar e conversei com sua vó, você vai morar no interior por 1 ano até eu voltar...
Aquilo entrou no meu ouvido como uma navalha os cortando...
-Interior???? Eu???? Só pode ser brincadeira não é isso???
-Não é brincadeira, você vai morar no interior de São Paulo na cidade de Preciosa (fictícia). Com seus avós eles adoraram ter você na fazenda, não será demais filho???
-A Senhora não pode fazer isso comigo, eu odeio interior e ainda mais fazenda, Mesmo amando os meus avós isso não é lugar pra mim é um fim de mundo, não pode fazer isso comigo eu tenho meus amigos, minha escola, minha vida é aqui em São Paulo, e o meu pai como fica nessa história?
-Ele não pode ficar com você, ele viajara para se especializar em Direito Tributário na UFMG em Minas e não pode ficar com você... Eu Lamento que seja assim querido.
Eu me dirigir a ela com os olhos cheios de lágrimas, não acreditando no que acabara de ouvir...
-Lamenta??? Vocês que se separam e eu que tomo no cu???? (gritando pra valer).
Marina não se contentou e eu deu uma bofetada bem forte, eu chorei mais ainda....
-Eu te odeio Marina, eu te odeio!!!!
-Não me chama assim eu sou sua mãe me respeite Sam, você é menor de idade e não ouse em me contraria eu vou leva-lo amanhã mesmo para o interior pois trate logo de arrumar suas coisas...
-isso não é justo, não é justo...
Sair deixando ela falando sozinha dando uma batida forte na porta e liguei para o Andrick meu melhor amigo que eu chamava carinhosamente de Drick eu fui pra casa dele que ficava na outra rua e lhe contei tudo ele apenas me deu um abraço apertado e eu chorava nos seus braços, apesar de achar ele lindo eu só o considerava como irmão...
-Você não pode ir embora de São Paulo Sam não pode??? Ele parecia que iria chorar...
-Eu não tenho escolha amanhã mesmo ela vai me levar... Eu não quero ir, não quero (O abraçando).
Ele me apertava muito e eu ele, paramos e ele enxugou minhas lágrimas e ficamos apenas nos olhando...
-Não chora mais não... Alisando meu rosto eu estranhei...
-O que está fazendo???
-Isso...
E dizendo isso o Drick me deu um beijo eu fiquei com os olhos abertos e as mãos no ar sem folego e surpreso com atitude dele, nunca imaginei que ele fosse gay...
-Por que você fez isso??? Por que me beijou???? Meio alteradinho.
-Por que eu te amo Sam, eu sempre te amei...
-Para Drick... Para (me levantando). Você está me assustando (lágrimas caindo de novo).
-Não eu não vou parar você vai ouvir tudo de uma vez...
Eu comecei a gritar desesperado e chorando.
-Você acabou com nossa amizade fazendo isso, acabou!!!!
Eu sair correndo e ele veio atrás de mim me segurando e eu estava em choque e atravessei a rua sem olhar e um carro quase me atropela...
Ele me ligou e eu não quis atende-lo, e minha mãe arrumou todas as minhas malas enquanto eu fingia dormi, chorei baixinho a noite toda e acabei adormecendo de madrugada.
NO OUTRO DIA...
Eu me arrumei cedo e já estava descendo as escadas com malas arrasado, estava mal pelo Drick e pela mudança e mais zangado com minha mãe. E acabei ficando em silêncio com ela e sem trocar uma palavra colocávamos as minhas malas no carro...
-Eu quero ver até quando você vai ficar sem falar comigo??? Essa situação já passou dos limites Samuel!!!
-Até eu quiser Marina...
-Não torne as coisas mais difíceis me chamando de Marina eu sou sua mãe.
-Deixou de ser ontem... (seco sem um pingo de água na boca)
-Você não pode me tratar assim...
Colocando as malas e bolsas, e vídeo games no porta malas...
-E você acha que eu me sinto como em Marina??? Você e o papai estão praticamente me tratando como se eu fosse um peso nas suas vidas, eu sou um obstaculo na vida de vocês, eu me sinto uma bolinha de pingue pongue no meio de uma competição sem direção...
Marina ficou em silêncio e não disse mais nada, eu entrei no banco de trás e ela entrou pra dirigir e seguimos viagem, coloquei meus fones de ouvidos ela me deixaria na rodoviária... Estava escutando a música:
C. S. LEWIS SONG - BROOKE FRASER
O ritmo lento da música me fez chorar e minha mãe chorava também, Preciosa ficava a 400 km de São Paulo.
Na rodoviária ela chorou ao se despedir eu fui seco ela me entregou as passagens e eu entrei no ônibus que chegou no mesmo instante que a gente.
-Vai com Deus meu filho... A sua vó vai está esperando você lá eu disse o horário que você vai chegar...
-Até mais...
Sem Ânimo entrei no bûs e ele seguiu viagem, seguir a viagem inteira chorando acabei adormecendo, acomodado no fundo que estava vazio eu sentia o cheiro forte do banheiro, mas não mudei de lugar e seguir a viagem inteira sozinho, nem me aproximei de ninguém e levou horas pra chegar no tal interior e quando eu cheguei já era noite...Desci do ônibus e o cara me ajudou com as malas...
-Ah obrigado, pode colocar ali naquele banco... E fiquei sentado esperando...
-Tudo o que queria era vim parar nesse lugar que mais parece uma vila... Credo..
-Samuel?????
Eu escuto uma voz conhecida e doce, eu me viro e era minha avó de braços abertos, eu amava minha vó era melhor pessoa do mundo e corri ao seu encontro a abraçando apertado...
-Olha só pra você está um lindo rapaz, vem vamos o Benardo está nos esperando na caminhonete...
-Benardo??
Pensei deve ser um caipira qualquer, banguelo e feio como todos os caipiras do interior...
-É o filho do Bento que trabalha conosco, onde terá se metido em???
-Vai ver deve está tratando de arrumar os dentes...
-Ali está ele vamos...
-Onde vó??
-Bem ali... Benardo nos ajude com as malas...
-Pode deixar Dona Gema eu levo tudo... VOZ grossa que me fez ficar arrepiado
e quando se aproximou eu caio pra trás era o garoto mais lindo que eu já tinha visto na minha vida inteira, ele ficou sem entender a forma que eu olhava...
-Por que tá me olhando assim cara????E ai gostaram gente???? Comentem e votem...
ATÉ AMANHA E TEM MAIS LOGO, LOGO...
