Sim, nós podemos 28

Um conto erótico de Patrick
Categoria: Homossexual
Contém 1139 palavras
Data: 17/01/2014 17:57:22

...

Meu pensamento era só ficar com ele, ele me fazia bem, mas não me sentia completo, eu o amava de fato com todas as minhas forças, mas estava cansado, tinha prazer em lhe esperar, mas a vida me mostrou que eu nunca o teria, ele sempre partiria. Mas eu o amava. “Mas, mas, mas”, eu sem perceber estava fazendo pós e contras, e eu odeio isso, amor não é algo que se pense, planeje, ou que use a razão. Amor acontece, isso que significa “seguir o coração”.

Saí do banho e ele continuava deitado, nu, coberto com um lençol fino, tão frágil, tão sofrido pelo preconceito familiar. Eu não decidiria agora, mas já estava com um pé atrás, se você pensa em terminar com alguém já quer dizer que não há tanto amor quanto antes, não que o amor tenha acabado. Amor é relativo demais, essa é a verdade. Eu estava só completamente perdido e confuso. Só.

O acordei passando a mão no seu rosto e cabelo, ele foi acordando lentamente com aqueles olhos castanhos avermelhados que tanto me hipnotizava, às vezes é difícil imaginar sua vida de outra forma, mas acontece, tudo tem seu proposito.

- Oi, príncipe – falou com a voz rouca ainda.

- Oi, marquinho. Tu tá com fome?

- Muita!

- Vai tomar banho que eu vou ver se cozinho algo bom.

- Tu? Cozinhar? Iiih, passou a fome, olha...

- Engraçado você não é? – falei fazendo cócegas nele, e só parei quando ele se engasgou haha.

- TÁ BOM! Tô indo, espero que fique bom mesmo.

- Vai logo, playboy marrento!

Ele foi rumo ao banheiro e eu à cozinha. Fiz um macarrão a bolonhesa super rápido e bom. Logo depois que eu terminei ele veio de bermuda caindo e sem camisa.

- Trick, peguei uma cueca tua, se importa?

- Que nada marquinho, fica à vontade...

- O que foi? – falou tentando achar meus olhos, já que estava servindo os pratos de cabeça abaixada.

- O que foi o quê?

- Tu tá estranho, me chamando de marquinho direto, como no começo de tudo, todo esquisito aí.

- Tô normal, amor. Olha aí a comida, me fala como que tá – Ele pegou o garfo enrolou tanto que parece que nunca tinha comido macarrão, depois colocou na boca mastigou e fez careta – Tá ruim?

- Muito... – e sorriu - Bom! Haha sério ficou bom, eu gostei.

- Tá bom, vamos almoçar depois vemos por onde sair.

Almoçamos conversando, contando as novidades, ele da escola, dos amigos, dos pais, primos, da namorada... Eu do fim da escola, dos novos colegas, da família, e outras coisas. Foi um momento bom, e eu percebi que estava o vendo como um amigo, e pensava que se o deixasse nós ainda seriamos amigos, mas não acharia justo depois de todo o sofrimento que ele passou. E eu finalmente encontrei o que me fazia ficar junto dele além do amor que ainda sentia por ele, era o sofrimento que ele tinha passado, que nós tínhamos passado. Nós ficamos mal por quase um ano, e eu não queria que aquilo fosse em vão, minha cabeça estava um turbilhão e eu decidir não pensar mais naquilo enquanto tivesse ele ao meu lado.

- Patrick? PATRICK! – estalou os dedos pra chamar minha atenção.

- Oi oi!

- Tu viajou agora.

- É... Mas e ae, vamos aonde?

- Sei lá, fica por sua conta, vai ser meu guia.

- Ok, vamos no shopping que marcamos na primeira vez, depois vou deixar você na sua casa, tudo bem?

- Tudo bem por mim, mas tenho que passar lá primeiro, minhas roupas estão lá.

Concordei e fui me arruma, ele ficava me observando e dando palpites. Terminei de me arrumar e fomos até a sua casa pra ele se arrumar. Chegamos lá e enquanto ele se arrumava eu fiquei conversando com o Marcelo na sala.

- Diz aí, e aquele negócio com o Pedro? – perguntei.

- Iiiih, lá vem tu de novo com isso, já te falei que não sou gay, Patrick.

- Sim, eu já entendi isso, quero saber se vocês se resolveram.

- Ele veio aqui um dia desses aí, foi tudo normal... – ele não me olhava nos olhos e foi corando.

- Marcelo, vocês... – Marcus desceu a escada me chamando – Eu vou querer saber disso – sussurrei pra ele.

- Vai lá Patrick, depois tu te mete na minha vida.

- Vou me meter mesmo, já tô por dentro desse assunto, ingrato.

O Marcus já estava perto da moto me esperando, subimos e partimos para o shopping. Escolhemos o filme que era “Os penetras”, lembro porque adorei esse filme, achei ótimo. Compramos pipocas, refrigerantes, essas besteiras e fomos assistir o filme. Como disse achei ótimo, rimos muito e ficamos abraçados o filme todo. Quando saímos ainda comemos no Mac, e depois fui deixa-lo na casa dele. Entreguei na porta e enquanto nos beijávamos me lembrei de um local que não tínhamos ido. Sai o puxando pelo condomínio até o laguinho que estava do mesmo jeito.

Estava abraçado com ele na minha frente, falei baixo na sua orelha:

- Como esqueceria?

- Tá perfeito aqui hoje...

- Nós fazemos o nosso perfeito, Marcus.

- É, e meu perfeito é estar com você. Vem, vamos sentar mais perto.

Sentei de pernas abertas e ele se sentou na minha frente. Ficamos abraçados e cantando. Eu não pensava no depois, estava com ele e estava perfeito. Nunca entendi como posso ser tão confuso quanto fui. Não que eu já tivesse sido decidido alguma vez, mas estava confuso ao extremo sobre nós dois. Então deixei rolar enquanto não estava com a opinião formada sobre nosso relacionamento.

E o que eu pensava era “Ah foda-se”, sempre foi assim, tudo se resolve com o tempo, não que ficar parado ajude, mas a vida mostra os caminhos, e eu tava seguindo o que meu coração pediu, ou seja, por impulso.

- Ei baixinho, vou ter que ir, tenho que resolver umas coisas na escola amanhã, depois venho direto pra cá, tá bom?

- Poxa, não dá pra dormir aqui, comigo?

- Mas é pegar pesado fazer essa carinha... Tá, tudo bem, mas vou ter que acordar cedo então não pode reclamar se eu te acordar também.

- Sim, senhor!

- Vem, vamos...

Voltamos para a sua casa, entramos e fomos direto para o seu antigo quarto. Ficamos de cueca e adormecemos nos beijando, dormindo abraçadinhos. E de todas as coisas isso que eu sentia falta, de dormir abraçado, é bom demaisGeo Mateus; Tack; dani3l; Ru/Ruanito; Thiago Silva; fabi26; Adoro o comentário de vocês, sempre presentes.

Tay Cris: espero no próximo responder sua pergunta haha.

.

Bom, valeu pelo apoio de todos quanto a minha “situação”, tô escrevendo de madrugada pra postar sempre mais ou menos esse horário, tentando me organizar. Tentando pelo menos haha.

Uma pergunta: vocês preferem os capítulos sejam desse tamanho e postado diariamente (ou quase), ou que eles sejam mais longos e postados dia sim e dia não?

Obrigado por lerem, desculpem-me os erros.

Abraços a todos!

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Comentários

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Eu preferia, que ficaria melhor para você que, os contos sejam mais longos e postados dia sim é dia não, assim você ficar com a cabeça más fresca, é não ficar essa corria é menor Preocupação pela gente ..

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Bom...ta perfeito...espero pelo proximo...e sempre lhe desejando tudo de bom...bjs

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Pra mim tanto faz o tamanho e os dias que postar, o importante é você terminar seu conto que é perfeito demais. Espero que vocês estejam juntos até hoje.

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Tá muito bom o conto, eu prefiro o conto sendo postado diariamente , com um intervalo grande de tempo eu esqueço da onde parou a história enfim. Muito bom continua logo

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bom demais....e para mim assim como vc ta postando ta bom

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