Marcelo continua de olhos fechados, mas dá para ver que está acordando lentamente.
Aninha corre porta fora, antes que seja surpreendida.
Padre Marcelo acorda sobressaltado. Era capaz de jurar que a musa dos seus sonhos mais quentes estava ali, mas o quarto está vazio. Pela janela aberta, vê ela sair com um cesto de roupa para secar. Como uma criança com medo de ser repreendida, fica atrás das cortinas olhando como o vestido sobe cada vez que ela se baixa para pegar uma peça de roupa. Ahhh....se ele pudesse chegar agora por detrás dela e apertá-la contra o seu corpo...mostrar-lhe como fica cada vez que a vê...
A culpa bate repentinamente e relembra-se da sua condição de padre e do juramento que fez.
Mal fala com ela esse dia e nos dias seguintes... atormentado pela culpa, passa a maior parte do dia na igreja, saindo antes dela chegar e só regressando quando sabe que ela já não está. Longe da vista, longe da tentação. Sente-se culpado por ser tão fraco.
Uma semana depois, sente-se completamente integrado e feliz... resolve sair para fazer uma caminhada e um pic-nic. É o dia de folga de Aninha e ele mesmo prepara a mochila que vai levar. O dia está bem quente e decide seguir o curso do rio que passa perto da sua casa e ir até um pequeno lago de que lhe falaram.
Caminha sem pressas durante um bom tempo até chegar na beira do tal lago. Senta-se à sombra de uma árvore a ler a bíblia que sempre carrega consigo, numa pose descontraída, acabando por adormecer. Algo o acorda, talvez um pássaro assustado. Já passou da hora de almoço e depressa devora toda a comida que leva consigo.
Marcelo encosta-se a uma árvore, tentando ler a bíblia, mas não consegue se concentrar, os seus pensamentos voam longe, teimando em ir para um lugar distante que ele não conhece ainda, um país de sonhos e imagens sonhadas, onde apenas existe um corpo de mulher, mas essa mulher tem rosto e nome, um nome que sai sem querer dos seus lábios, como numa prece, num chamado:
-Ai, Aninha, Aninha...porque não consigo tirar-te do meu pensamento?
Como se atendesse ao seu chamado, ele ouve um restolhar de folhas e quando olha um pouco mais para cima, ela surge no seu campo de visão, maravilhosa, como sempre. Depois de olhar em toda a volta, e julgando-se sozinha, ela descalça as sandálias e tira lentamente o vestido pela cabeça. Desaperta o soutien, de costas para ele e desce as calcinhas, empinando a bundinha branca e redonda, sem perceber que está a ser observada. Toda nua, esplendidamente nua, adianta-se e entra lentamente na água. Ele abre a boca para avisá-la que se encontra ali, mas não sai nenhum som. De onde ele se encontra, na sombra da árvore, sabe que ela não o vê, mas mesmo assim procura esconder-se mais um pouco atrás do tronco. Está completamente fascinado, olhando os seios fartos e duros apontando para ele, como o chamassem.
A água um pouco acima dos joelhos nada oculta... a sua mão apanha um pouco dela e deixa-a escorrer pela barriguinha plana, até ao triângulo escuro dos seus pêlos sedosos e aparados bem baixinhos, como se apenas quisessem lhe mostrar o que eles tentam esconder mais abaixo.... Ele fecha os olhos e leva a mão até ao seu membro excitado e pulsante, louco para se libertar da prisão das suas calças -«vou arder no fogo do inferno, não posso ceder à tentação...foge, Marcelo, enquanto podes....»
Ele sabe que devia sair dali correndo, voltar para casa, mas continua lá, como se os seus pés estivessem colados ao chão e não pudesse sair dali, enquanto a observa... luta com a sua consciência, mas o desejo é mais forte, não consegue se mover.
Ao contacto com a água os seios eriçam e os bicos ficam mais proeminentes, saltando na sua direção. Ele dá um gemido baixo...bem que sua boca quente poderia envolvê-los e esquentá-los...se pudesse...mas não pode, não pode!
O suor escorre pelo seu corpo, a sua carne treme de excitação e o controle se esvaí... sente-se a arder de tanto desejo, agora entende do que falam as pessoas quando se confessam e falam que não conseguiram resistir às tentações da carne, como ele as entende agora...
O homem adormecido dentro dele desperta com toda a força e o furor e o instinto de macho fala mais alto que o sacerdócio. Ali fica, espiando aquela menina-mulher, fêmea lascíva, os seus olhos nem piscam, querendo absorver cada detalhe. Ela baixa-se lentamente e deixa que a água a abrace, tal como ele queria abraçá-la, por inteiro, tomando-a toda para si...aii...se pudesse!
Ela mergulha e dirige-se na direção de onde ele se encontra. Ele treme e quer sair correndo para ela não o pegar ali, sem ter uma desculpa aparente, o coração acelerado no peito...fora descoberto!
Para seu alívio, ela dirige-se para uma pedra plana perto da margem, a uns 6 ou 8 metros de onde ele se encontra. Respira fundo e esconde-se ainda mais atrás da árvore, observando-a sair da água e sentar-se sobre a pedra aquecida pelo sol, tal como uma sereia das águas doces, cantando baixinho e espremendo a água dos cabelos, sacudindo depois a cabeça, deixando alguns fios colados nos seios perfeitos...Deita-se sobre a pedra e deixa uma mão preguiçosa apalpar um e depois o outro, testando a sua rigidez...com a frieza das águas estão tão duros quanto a pedra onde ela está deitada. Aperta os bicos e lambe os lábios num gesto característico de tesão. A mão do jovem padre desce e aperta a seu membro por cima da calça.
Ela desliza uma mão pela barriga em direção à vulva, que está virada para ele. As suas pernas abrem-se, dando-lhe uma visão perfeita do seu explendor. É ainda mais perfeita do que ele imaginava.... ela afasta os lábios rosados para os lados e deixa-o ver a sua grutinha... um dedo roda em volta do clítoris inchado e um gemido sai da sua boca Ela continua se tocando, os gemidinhos suaves são como música para os ouvidos dele. Os quadris perfeitos começam a contraír-se e a contorcer-se aos poucos, enquanto as dedos manipulam a sua xaninha, que parece uma flor orvalhada abrindo as pétalas ao sol. As pernas abertas e os calcanhares firmados na pedra, permitem que os seus quadris se elevem, como que buscando um contacto maior, como procurando um amante invisivel...«como queria ser ele esse amante...como queria estar ali, segurando-a e enterrando o seu pau ate ao fundo dela...até fazê-la gritar de prazer...». Os dedos alisam, apertam e até penetram um pouco na sua abertura vaginal. Ele fica ali parado, estático, apreciando tudo aquilo, duro como a pedra onde ela está deitada, mas sem ousar se tocar, com medo de emitir um gemido que denuncie a sua presença e a faça parar o que está fazendo... os gemidos dela aumentam de volume, ao mesmo tempo que estremece e dá um gritinho que acaba completamente com o pouco controle que ainda lhe resta...
-Marcelo...aiiii, Marcelo...
Ele não suporta mais aquele tormento, ouvir o seu nome da boca dela naquele momento tão íntimo, saber que é nele que pensa quando se toca, é a gota de água... o seu corpo grita por libertação imediata... liberta o seu pénis com frenesi, o tesão é tanto que quase ouve o sangue latejar nas suas veias... mordendo os lábios para não urrar de tesão, aperta o seu membro com força e isso basta para se sentir a derreter em mil pedaços, no orgasmo mais intenso que tem memória. O seu esperma sai em jatos tão fortes, que parecem estar pondo para fora tudo o que ele tinha dentro. O seu corpo estremece e deixa-o sem forças. Os gemidos dela diminuem de volume enquanto que daquela flor rubra escorre um néctar que chega até as suas nádegas, enquanto ela ainda aperta o bico do seio, sem dó. Ele deixa cair o corpo até ficar sentado, sem forças, mas com um sorriso radiante. Por mais que tenha se esforçado, um gemido sai da sua boca e no silêncio do local, é impossível ela não o escutar.
Ela levanta-se, assustada.
-Quem está aí?? Está aí alguém?
CONTINUA...