Coração Indeciso - Capítulo XXXI

Um conto erótico de Arantes, Henrique.
Categoria: Homossexual
Contém 3163 palavras
Data: 23/01/2014 11:41:32

Nem precisei abrir os olhos para acordar, ao me espreguiçar sentir uma puta dor. Eu tava hum... ardido? É, e muito! Enfiei a cara no travesseiro e gritei e comecei a rir, me lembrei de tudo aqui. Nossa, foi empolgante e como! Como foi um máximo! Acho que por todo prazer, nós sempre vamos ter que pagar. Para mim... repito foi “O AUGE” .

Depois de rir milhões com a cara enfiada no travesseiro, estava tranquilo e sereno. Ainda era noite, na verdade, madrugada. Virei meu rosto para a porta, Augusto apareceu pela fresta.

— Ih, te acordei ? — falou ele arqueando-se porta adentro. Estava sem camisa e de cueca samba-canção. Fala sério, ele estava dormindo aqui em casa? Ah, eu tenho que deixar escapar que a noiva dele está grávida. — Posso usar teu banheiro?

—Não! — pulei correndo até a porta do banheiro, dei uma mancada na soleira. Fechei a porta.

Espera aí! — Me puxou. — Que porras são essas? — falou ele me levando até o banheiro.

— O quê? — me virei para ele.

— Isso aqui. — falou ele abrindo a porta do banheiro. Ele olhou para uma camisinha cheia. — Puta merda mão a gente termina e tu já transa com o primeiro que te aparece?

— O que eu faço ou deixo de fazer não te importa! E o que tavas fazendo com a “Teresa”? — falei.

— Me importa sim, porque namoramos. — falou ele.

— Demos um tempo. — Eu disse abrindo a porta do banheiro e saindo.

— Vai à merda esse tempo. Tu não pode fazer isso! — falou ele me balançando pelos ombros.

— Não posso, não, já fiz! Tu já és papai, tá com a minha irmã. Agora faz o favor de me soltar que eu vou dormir. — falei. Eu não ligar para a Vanessa estar grávida, mas me importava por tá “disputando” um cara com a minha irmã; ela sempre me chamava de egoísta, pelo simples fato de’u conseguir mais coisas que ela... Bah, que brega, preferia ela na França e “je” aqui no Brasil.

— O filho pode não ser meu! Tá satisfeito? — falou. — A tua irmã foi um caso.

— Tá, mas ai vem a minha irmã. Tenho certeza que ela tu quer no oficial e eu no interior. Não tô certo? Tô certo, eu sei, por que senão tu não tavas dormindo com ela, meu bem, não tente nem me enganar. — Coloquei todo meu sarcasmo nestas frases. Tirei ele da frente da porta e as do banheiro.

— Ah, mas nós demos um tempo. — falou ele atrás de mim. — Tu mesmo disse. — Me deitei.

— Rá, agora quer dizer que o termino vale não é mesmo? Quer dizer que só o machão pode fazer as “COISAS” — falei. Olhando-o sério. — Aff, melhor tu voltar lá com a Teresa e deixar-me dormir em paz.

— Tu me ama? — perguntou ele.

— Não enche com sentimentalismo Augusto. Comigo não mais funciona. — falei.

— Tu quer ficar com outro não é? — falou ele se sentando na poltrona.

— Eu quero dormir!! — falei.

— Tu gostou desses chupões? — perguntou ele. Ignorei-o. — Anda, me responde! Tu gostou? — perguntou de novo.

— Odiei, Augusto, odiei. Satisfeito? — falei entediado.

— Quem é? — perguntou ele.

— Augusto, te lembra de que tu falaste para mamãe que eu precisava de um psicólogo?? Pois, então vai fundo nisso só que ao invés de para mim é para ti, tudo bem? — falei me virando para dormir. O lado do janelão.

Ele se levantou, pensei que ele já iria sair do quarto, mas, ele caminhou até a cama levantou a coberta e se deitou ao meu lado, colando seu corpo no meu. Eu sentia seu coração cada batida mais ritmada.

— Isso a tua irmã não faz comigo. — falou ele respirando ofegante em meu ouvido. Seus pelos arrastavam-se em mim no ritmar da respiração. Ele estava ficando excitado. —Tu gosta de brincar comigo, né? — Começou a beijar minhas costas. Pulei em cima dele, lhe dei inúmeros selinhos. Acariciando seu peito. Brinquei com seus mínimos alargadores pretos. Sua cueca já formara uma barraca.

— Talvez. — Passando o dedo indicador sobre seus lábios até o seu peito, me levantei. Sai do quarto. Ele saiu também, fui para baixo e tinha alguém lá. Ele foi para o quarto da minha irmã.

« Covarde » sussurrei.

Ele fez menção de descer para me agarrar, mas, eu corri escada abaixo. Quase entrando na cozinha me lembrei dos chupões. Subi correndo. Ele me agarrou no corredor e começou a me dar um monte de beijos no pescoço. “Ele que jogar? Então vamos jogar.”, pensei. Fingi me render aos seus carinhos. Fomos andando como pinguins. Passei a mão na “sua barraca”.

« HM. » Ele fechou os olhos e gemeu um cadinho forte.

— Ficas por aqui. — disse entrando no quarto, me trancando e rindo.

“Droga.” resmungou ele do outro lado.

Fiquei lendo Harry Potter até umas cinco da manhã quando tomei um banho e o sono me arrebatou novamente. Não sei explicar mais minha carne pareciam mais macias quando enfiei meu dedo; mais polpudas.

Foi um sono bem pesado, só acordei-me com pancadas na porta.

— Mano, mano, acorda! — falou Teresa. — Bora lá no Lago Norte?

— Não! — gritei. — Quero dormir.

“Augusto fala com ele?” falou ela. Às vezes eu tinha um ouvido meio biônico.

— Nem adianta! — falei. — Nem conheço o Augusto direito. — Putz, se eu não conheço o Augusto... — Não enche Teresa!

— Tá, tchau não insisto mais. — falou ela.

Augusto deveria estar agoniado para querer me encher. Putz, mas, ontem ele tava um puto tesão sinceramente. Tirei a camiseta de Ricardo e coloquei uma camisa de algodão, azul marinha, com a manga muito longa. Desci e na sala estavam os pais de Ricardo e ele.

—Olá — falei. Eles ia sair?

— Boa Tarde. — responderam e voltaram ao assunto em que se encontravam: a crise na Europa. Fui para a cozinha, e atrás de mim: <Com licença, posso beber água?>perguntou Ricardo; <Claro, o Henrique está lá. Vá lá com ele.> respondeu mamãe. Ele não perdeu tempo.

— E ai, gostosinho tá pronto para mais uma? — perguntou ele sussurrando em meus ouvidos. — Por que cobriu as marquinhas? — falou ele chupando meu pescoço.

Me fez ficar arrepiado. Ele tava imprensando minha cintura contra a pia. Minha mão foi até em cima do jeans grosso e apertou-o. Abri a braguilha e passei a mão no tecido fino da cueca. Ele enfiou a sua mãozorra na minha bunda. Apertei e percorri-o, o pau dele tava em pleno vigor.

— Bora subir? — falou ele.

— Por mim eu podia fazer aqui mesmo. — falei para ele impulsivo me empinando mais.

— Cara tu é louco. — falou ele, se ajeitou e começamos a ir para sala.

— Pai, mãe, o Ricardo vai ficar jogando aqui, tudo bem? — falei para meus pais?

— Claro. — falaram meus pais sorrindo. Eu amava colocá-los numa saia justa. — Nós vamos sair você fica com a companhia, não é mesmo?

— Vô ficar jogando aqui tá beleza? — falou ele para os pais dele.

— Você não ia encontrar a Thaís? — perguntou a mãe dele.

— Não, agente terminou. — A mãe dele tomou um susto. — É, ela tá com outro. — mentiu.

Quando chegamos no corredor ele me encostou na parede e desafivelei o cinto dele. Augusto saiu do quarto da Teresa. Eles não tinham saído? Meu Deus aquele homem era pura intensidade, superlatividade eu me soltei dele e ele me segurou ainda em seu colo.

— Para, para Ricardo. — falei. Pelo jeito ele estava muito distraído comigo.

— Ah, droga... — Ele olhou para o lado e me soltou.

— Não era para vocês terem saído? — perguntei.

— Graças a ti tua irmã ficou chateada e não quis ir mais. — falou.

— Ah, tanto faz. — Dei de ombros. Entrei no quarto com Ricardo. Tranquei a porta. — Olá, nenenzão. Ele tava sentado na cama, pulei em seu colo. Comecei a beijar seu pescoço, ele me deitou e se levantou tirou os sapatos e começou a fazer um strip tease para mim. Eu bati palmas e fui até ele.

— Você é um garoto muito malvado. — falou ele segurando meu queixo.

— Vou ser castigado? —Beijei sua barriga — Hm? — Levei meu nariz até sua cueca — Hm? Quando eu estava abaixando alguém bate na porta.

— Henrique, o que vocês estão jogando? — pergunta Teresa. Ela devia ter falado com mamãe.

— Ping pong. — respondo suspirando e rindo para Ricardo que tava se vestindo.

<Rápido, rápido, liga o videogame!! No mudo!> falei para Ricardo.

— Eu e Augusto também queremos, a gente pode jogar? — perguntou.

<A blusa.> Jogou Ricardo para mim enquanto eu ia abrir a porta.

— Tá, sem ‘porblemas’. — me engasguei.

— Tá, então abre a porta. — retruncou ela. Vesti a camisa.

— Pronto. — falei abrindo a porta com um sorriso falso na boca.

— Teu cabelo tá todo bagunçado. — disse ela.

— E ai. — falou Ricardo querendo ser badboy. Cai em cima da cama e pisquei para ele.

— Oi. — falou Teresa.

— Joguem aí falei. — Quando Ricardo entregou um joystick para Teresa. — Depois eu e Ricardo jogamos mais.

— Não. Joga ai Augusto com — ela olhou r sorriu para Ricardo. — o vizinho, não é?

— Ricardo! — falei.

— Tá. — disse Augusto pegando o joystick, o principal, que tava na escrivaninha. Escolheu o jogo de boxe.

— Ah, ah, desafiou — falei rindo para Ricardo.

— Ninguém derruba o papai aqui nem no videogame e nem no tatame. — falou ele batendo no peito de forma cômica.

— Já lutou? — perguntou Augusto com arrogância, era natural dele.

— Se acalmem garotos. — falou Teresa da beira da cama.

— Crianças se comportem, vamos a uma festa, mas logo. Logo mesmo vamos estar aqui! — falou mamãe.

— Qualquer coisa, não liguem. — falou papai. — Mesmo assim tás sem celular, né bocudo? — falou papai para mim.

— Tadeu! — mamãe bateu nele.

— Que engraçado pai. — falei. — Muito engraçadinho. Tchau!

— E ai, maninha, tudo bem? — falei olhando mamãe e papai saírem. E vendo Augusto e Ricardo lutarem.

— Tudo. Mas parece que não gostastes da minha volta. — falou.

— Não, impressão tua. — falei.

— Sério? — falou ela se aproximando.

— Sério. — falei.

— Own, que bom! — ela me abraçou.

— Sabias que o Ricardo já lutou judô e muay thai, o Auguto não teria chance contra ele. Ele foi campeão em 2009. — falei rindo. Augusto me olhou pelo canto do olho. — Ah, mas só é um jogo. — falei. Já vencíamos pela segunda ou terceira vez.

— Ah, o Guto pode não entender de luta, mas ele entende muito melhor outras coisas. — retruncou.

— Medicina? — falei rindo.

— Mais do que isso: negócios, cálculos, raciocínio.

— Ah, mas o Ricardo também. Ele é administrador da empresa do pai dele.

— Hm. — Ela ficou calada.

Augusto tinha dado uns três socos, mas em compensação Ricardo tinha dado dez. Tava quase vendo Ricardo dar uma rasteira em Augusto. Ria sem para.

— O que aconteceu enquanto eu fiquei fora? — perguntou minha irmã.

— Nada. Tudo que tu sabe foi o que aconteceu. — falei ainda mais satisfeito quando vi que Ricardo ganhou.

— Vou beber água — falou Augusto.

— Vou contigo. — falou Teresa.

— Não fiquem assim na próxima, talvez, vocês ganhem. — falei rindo e me levantando. Bom se eles tinham vindo só para me fazer rir estava tudo ótimo.

— Nós vamos ganhar. — falou Augusto. — Ricardo riu.

— Vou ali no banheiro “falows” ?

— Tudo bem. — disse sorrindo.

— Nós? — perguntei para ele.

— É, eu e minha namorada. — falou ele.

— Namorada? — falei para Teresa.

— Sim, ele me pediu hoje mesmo. Um fofo não é? — falou ela.

— Muito. — falei.

— Tás namorando mano? — perguntou Teresa.

— Não sei, mas acho que sim, sabe? Alguém muitoooooooooooo magnífico. Tipo UAU. Muito melhor que um bocado de ossos. — falei rindo. Pisquei para ela.

— Para de ser malvado! — ela entendeu o que eu quis dizer.

— Vou beber água. — eu disse e Ricardo saiu do banheiro.

— Eu também. — disse Augusto.

— Tragam para mim! — disse Teresa.

— Trazer o que? — perguntou Ricardo. Augusto deu de ombros e saiu.

— Água. — falei calmo, me segurando na porta.

— Tem cerveja? — perguntou ele.

— Não, eu já te... — pausei. — Não, não tem. — envergonhado fui para a escada e desci.

— Que dizer que ele é melhor do que o osso aqui? — falou ele. Parecia triste. — Pô, valeu.

— Aff, Augusto, ninguém mandou tu me atrapalhar. — Sentei na pia.

— Ninguém tá falando no que tu ia fazer. — falou.

— Tu sabes que não és só osso! — falei pegando o copo. — E por que a minha irmã? — falei segurando a mão dele.

— Tá foi um erro. — falou ele.

— Mas nem tenta ser Ricardo. Tu nunca vai ser ele. — falei. — Mas tu é ... do teu jeito e, me interessei por ti te esqueceu disso? — falei.

— Ah, é né? Tu já se interessou por esse babacão aqui. — falou ele beijando meu pescoço.

— QUE PORRA É ESSA? — gritou minha irmã.

— O que foi? — falou Ricardo.

— Nada. — falei indo com ele para a sala.

— Como assim? Ele tava te beijando! — falou ela.

— Nós já namoramos! Pronto. — falou Augusto.

— Tu beijou ele? — perguntou Ricardo.

— Como assim? Tu também namoras com ele? — falou ela apontando para mim. Isso não era óbvio?

— Ai, que droga! Tá vendo o que tu faz? — falei para ela. — Foi um beijo no ombro.

Sério, por que ela tinha chegado?!! Eu não os queria aos meus pés, mas ela só fez atrapalhar mais a minha chance de tentar com Ricardo e me afastar do Augusto. Através dela Augusto tinha uma chance para ficar atrás de mim.

— Tu sabes que eu sempre te quis. — falei abraçando ele.

— Promete que nunca mais vai deixar ele fazer mais nada? — falou ele. Passou a mão no meu cabelo.

— Juro, prometo o diabo a quatro! — falei.

— Exagerou. Vamos ali para distrair? — perguntou ele.

— Aonde? — perguntei indo a porta. Augusto e Teresa discutiam. < Não, ele não tem culpa pela tua loucura.>

— Vais ver. — disse ele.

— Tudo bem... — falei desconfiado. — Vamos logo!

— Ei, ei, Henrique, Henrique, volta aqui!! — falou minha irmã.

— Volta lá com ela. Depois venho aqui contigo. — falou Ricardo.

— Tá, mas promete que não vai fazer nada por vingança? — falei. — Por uma coisa que eu não fiz!

— Prometo. É rápido. — falou.

— Volta aqui, vou ligar para o papai! Só o que te digo. — Me ameaçou.

— Não! — falei pegando o telefone da mão dela. — Para com isso! Por isso eu não queria me aproximar de ti! — Peguei o telefone da mão dela e o da sala. — Tu não vai ligar para ninguém. Corri para o quarto e me tranquei.

— Henrique, me devolve esse caralho! — falou ela. —Eu vou lá com a Dona Evangelina, mas eu ligo para eles, eu vou ligar.

— Por que tu tinhas que voltar?? Para fazer a minha vida de cabeça para baixo de novo!? — gritei para ela. Ela bateu a porta do quarto dela. Ouvi o carro de Augusto ligar.

Tudo estava uma droga. Já eram nove horas, três horas haviam passado como bobagem. Há dez minutos Ricardo me falara para ficar aqui e que logo ele estaria aqui. Eu queria falar com Ana! Ela era a única que me entendia, necessitava urgentemente mortalmente agora! Liguei meu computador. Ouvi a porta do quarto de Teresa bater de novo.

Ah, não estava nem ai! Ela que fosse lá com aquela velhota que me odiava e com suas amigas de ensino fundamental. Ah, que débil mental! Ela tinha que ver que eu tinha montado a minha vida mais ou menos perfeitinha ou quase isso. É tinha seus defeitinhos.

Há vinte minutos Ricardo me dizia que não ia demorar e que não faria nada que fosse por puro impulso e vingança. E agora eu ficava aqui imaginando as coisas que ele deveria ter me dito. Colocando inúmeras palavras em sua boca.

— Henrique! — ele gritou para mim. Que estava deitado e olhando para a parede. Desci correndo pela escada com meu notebook. Me lembrei de um comercial que falava “Você passa um terço da sua vida em sua cama.” Olha até agora ele tinham acertado.

— Tô aqui. — abri a porta.

— Bora assistir? — falou ele entrando.

— Não aqui. — falei para ele, me abraçou.

— Vai ser um noitão. — falou ele rindo.

— Qual foi o filme? — perguntei.

— O exorcista. — falou. Balançando o saco transparente com: pipoca, sorvete e o filme.

— Eu nunca assisti esse filme adivinha o porquê.

— Tens medo? — falou ele indo para a cozinha.

— Nossa, o wi-fi pega até aqui!— falei rindo. — Não, é por que eu queria ver contigo.

— Não te preocupa, hoje eu realizo teu sonho. — falou ele colocando a pipoca no micro-ondas.

— Hm, tá romântico. — falei mexendo no computador. Lembrei-me das montagens nossas de cada dia no computador. Ri. — Ah, tu não sabe o quanto me massacrava com aquelas garotas entrando e saindo daqui...

— Elas não aguentavam um décimo do que tu aguentou. — falou ele.

— Só aguentei por que foi contigo. — falei para ele.

— Putz e aquela camisinha apertada da porra? — falou ele rindo.

— Desculpa, foi... acho que todas eram do mesmo tamanho. — falei.

— Bora lá. — falou ele. Subi mexendo no computador.

— Fecha isso. — falou ele.

— Por quê? — perguntei.

— Porque sim. — falou ele. — Me dá. — Agarrou fechando a tela.

— Obrigado. — falei irônico.

— Abre ai. — falou. Colocou tudo em cima da cama e ficou só de cueca.

—Uauuuuu, será que o Sr padre tira essa possessão que está em mim. — falei enquanto ele colocava o DVD.

— Depois não reclama. — falou ele rindo.

— Por que reclamar? — falei enquanto ele se deitava. —Oh, oh, oh, vai mais fundo amor. — falei me virando para ele.

— Tá, bora ver o filme. — Ele passou o braço por trás de mim.

— Te amo. — falei para ele e realmente sentia isso.

— Sei. — Falou ele.

— Ai, que coisa chata esse início com ventinho... — falei.

— Amor? — falou Thaís entrando no quarto. — AMOR? Tás me traindo com o ‘viado’ daí da frente?

— Ei, a gente já terminou! Não existe mais saco? Não insiste! — falou ele se levantando.

— Tudo por causa dessa peste. — ela apontou para mim. — Eu te mato! — Pulou para cima de mim.

— Socorro! Ricardo tira ela de cima de mim! — Empurrei-a. Ele tirou ela do quarto e fechou a porta.

«Seu ‘viadinho’, tu vai me pagar queima rosca‼ Tu vai me pagar‼ » — falou ela esmurrando a porta.

— Não te preocupa. Ela já vai sair daí. — voltou a me abraçar e a beijar minha cabeça. Nem estava interessado no filme. Mas consegui rir umas poucas vezes quando, por exemplo, a menina segura no colchão pedindo para a mãe dela ajudar ela e quando ela usa o crucifixo como vibrador, hahahahahahahaha, chorei de rir nessas partes e Ricardo ria de mim. Fui afundando minha cabeça em seu peito a sensação de segurança que tive com Augusto nem se comparava com a que eu sentia. Nem vi o filme e dormi.

— Ah, meu Deus, tenho que ir para casa! — falei. — Eles já chegaram?

— Não, não. Queres que eu vá dormir contigo?

— Não, não precisa. — disse meio tonto. — Desculpa, nem assisti ao filme.

— Outro dia vemos direito. — falou.

— Foi ótimo, melhor do que imaginei. — falei.

— Também fazendo meu peito como travesseiro. — falou ele rindo.

— DE-LI-CI-OUS. — falei rindo e tonto.

— Vou te levar lá na tua casa. — Vestiu uma bermuda.

— Não precisa. — falei.

— Bora logo! — falou ele.

— Bora. — Abri a porta. — AU! — Senti algo no meu ombro.

— SUA LOUCA O QUE TU FEZ? — gritou Ricardo.

— Eu vou matar ele! — falou ela.

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Gente, sofri quase chorando com o Henrique, sério, me liguei muito com ele. Como sempre beijões a vocês. E desculpem-me por não estar dando atenção o suficiente a vós.Estou tentando desenvolver o conto o máximo possível. Até ;)

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Comentários

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MUITO BOM, O QUE SERÁ QUE A EX DO RICARDO FEZ COM O RIQUE?

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