Continuando...
No caminho eu não aguentava tanta dor, chorei até não ter mais lagrimas aumentei o som no máximo, estava fora de mim, como eu pude beijar meu próprio irmão ? Me apaixonar por ele... Estava a ponto de explodir que nem vi quando atravessei o sinal vermelho e bati contra o caminhão me perdendo ali no meio dos pensamentos apaguei...
Depois daquele momento não me lembrava mais de nada, só voltei a realidade quando me deparei num lugar com luzes brancas na minha cara e uma moça trocando algo.
-Aonde eu estou ?
-Finalmente você acordou, vou chamar o doutor.
-Ah quanto tempo estou aqui.
-Tempo suficiente para preocupar sua família, já tem 8 dias que você dormia sem responder ao tratamento.
-Que tratamento, onde eu estou ?
-Não se lembra ?
-Não.
-Seu carro bateu em um caminhão, foi perda total, você veio para cá com traumatismo craniano, achamos que não iria sobreviver depois dessa.
-Cadê minha mãe ?
-Ela foi para casa, precisava dormir já mandei ligarem para ela informando que você acordou.
-E o cara do caminhão ?
-Ele esta bem, estava com alguns arranhões mas foi medicado e está em casa.
-Quando vou sair daqui.
-Calma rapaz você acordou agora de um coma, precisamos fazer alguns exames ver se não sofreu nenhum tipo de sequela.
-Minha boca está seca.
-Vou pegar um copo de água.
Agora tudo estava me voltando a memória, fiz tudo aquilo depois que soube que estava apaixonado pelo meu próprio irmão, como o destino podia ser tão cruel comigo, me deixei levar por sentimentos e acabei levando a pior, mas o pior de tudo é que Christian não sabia disso tudo.
Mais tarde Vera chegou ao hospital as pressas a enfermeira havia dito que ela não desgrudava de mim, sempre a espera de notícias, eu não queria magoa-la e nem falar o verdadeiro motivo de eu ter quase me matado.
-Marcelo meu filho, que bom que acordou, já estava temendo o pior. Dizia Vera em lagrimas.
-Me desculpa por preocupa-la.
-O que você tem na cabeça de atravessar o sinal vermelho, você não estava bêbado ou estava ?
-Não eu não bebi uma gota sequer de álcool, não me lembro de muito coisa, e minha cabeça ainda dói muito.
-Não faça muitos esforços meu filho, quando sair daqui conversaremos melhor, aquele seu amigo que você tanto gosta esta aqui, não saiu daqui um minuto, passou todas as noites em claro, ele quer muito te ver.
-Manda ele entrar, preciso conversar com ele.
-Tudo bem vou chama-lo.
Não consegui formular alguma palavra em certo para falar para Christian que eu era seu irmão mais velho, não conseguia olhar nos seus olhos, me sentia com vergonha de mim mesmo, enojado por tudo que havia cometido.
Christian entrou por aquela porta com o semblante de preocupação, não conseguia encara-lo a única coisa que fiz foi virar para lado.
-Sua mãe disse que você tinha acordado, vim pra cá o mais rápido que pude, o que houve aquele dia para você bater o carro, sei que estava esquisito, foi algo que fiz, estou me sentindo culpado, se morresse eu não iria me perdoar.
-Não foi algo que você fez, foi algo que eu fiz.
-Ainda continuo sem entender nada, estávamos tão bem, o que houve com você.
-Me faz um favor, pega a minha carteira ali do lado.
-Pronto ta aqui.
-Agora você abre e tira uma foto rasgada que tem ali.
Christian quando pegou aquele pedaço de foto não acreditou na gravidade do assunto.
-Eu beijei meu próprio irmão. Dizia ele incrédulo.
-Não, você me fez se apaixonar por você. Dizia chorando. –Porque não me disse a merda do seu nome quando nos esbarramos.
-Eu não sei. Christian gritava. –Para mim só o apelido já bastava afinal, você era um desconhecido para mim, jamais imaginaria que estava frente a frente com meu irmão.
-Quando você mandou eu pegar sua toalha na mochila, vi que você guardava a foto que te dei anos atrás ai vi que era você, pra confirmar bastou eu perguntar pelo seu nome já que estávamos nos tratando por apelido que até me esqueci.
-Eu não sei se abraço você por ter te reencontrado ou se sumo desse planeta pois estava apaixonado pelo meu próprio irmão.
Christian saiu correndo e para fora do hospital, eu não sabia o que fazer afinal estava tão atordoado quanto ele, eu não conseguia pensar em felicidade por o ter encontrado batia uma tristeza por o ter perdido ao mesmo tempo.
-Sua pressão está se alterando, melhor você descansar um pouco. Dizia a enfermeira.
Quando dei por mim já estava sendo medicado e apaguei num sono profundo novamenteGostaria de agradecer a todos que opinam, de inicio eu não podia responder a pergunta que todos queria saber, mas sim ele era meu irmão e o pior eu estava apaixonado por ele, ainda tem muito que desenrolar essa história, peço a paciência de todos a agradeço muito aos comentários duvidas ou criticas estou a disposição.
Marcelocdc2014@hotmail.com