Caminhos Cruzados Parte 9

Um conto erótico de Marcelo
Categoria: Homossexual
Contém 1489 palavras
Data: 24/01/2014 17:37:52
Assuntos: Gay, Homossexual, Incesto

Continuando...

“A verdade é que todo mundo vai te machucar, você só tem que encontrar aquilo pelo que vale a pena sofrer.”

Christian saiu correndo e para fora do hospital, eu não sabia o que fazer afinal estava tão atordoado quanto ele, eu não conseguia pensar em felicidade por o ter encontrado batia uma tristeza por o ter perdido ao mesmo tempo.

-Sua pressão está se alterando, melhor você descansar um pouco. Dizia a enfermeira.

Quando dei por mim já estava sendo medicado e apaguei num sono profundo novamenteAcordei horas depois com uma forte dor de cabeça, estava sendo levado para um quarto de observações, onde Vera já me aguardava sentada numa poltrona ao lado da minha maca.

-Vera a quantas horas estou dormindo.

-Já tem 3 horas que você esta dormindo meu filho, a enfermeira me informou que sua pressão estava aumentando e que estava agitado demais ela teve que lhe aplicar um sedativo. Esta se sentindo melhor ?

-Só minha cabeça que ainda dói muito.

-Logo irá melhorar, esta sob efeito do remédio, vi que aquele rapaz com que você estava se relacionando saiu correndo daqui as pressas, o que houve, porque brigaram pareciam estar tão bem.

-Vera não quero falar sobre isso agora.

-Tudo bem tem o tempo que quiser, sei que está cansado, mais tarde o doutor vai passar aqui com o resultado do seus exames.

-Quero ir embora daqui o mais rápido possível.

-Acalme-se querido, se continuar se agitando sua pressão vai subir e você vai continuar aqui.

-Tem razão.

Me virei e fiquei pensando, como tudo correu tão rápido demais, como fui fraco, como não pude perceber que aquele rosto era o do meu irmão que eu já não via há 9 anos, lagrimas rolaram em meu rosto, eu queria poder pergunta-lo por onde andou durante todo aquele tempo, como foi todos aqueles anos sem mim, se ao menos se lembrava de mim. Era tudo em vão, não era esse o tipo de encontro que queria ter com meu irmão que fazia parte de mim.

Mais tarde o médico chegou com o resultado dos meus exames.

-Bom Marcelo, você está reagindo bem com os medicamento, ao que tudo indica não teve nenhuma sequela do acidente, seus exames estão normais, o único problema é essa sua pressão que sobe repentinamente quando se agita.

-Mas fora isso doutor, algo grave ?

-Não, mais um dia em observação e terá alta. Mas não deixe de tomar o remédio que passarei quando estiver com a pressão em nível muito elevado.

-Doutor fica tranquilo que eu cuido dele em relação a isso. Interveio Vera.

-Bom, me de licença que ainda tenho mais dois pacientes.

-Obrigado doutor.

Só mais um dia e eu já estava livre daquele lugar, nunca gostei de hospitais Vera me olhava aflita, eu não queria ter que contar tudo o que estava acontecendo, aquele não era o momento certo, ela havia me ajudado em todas as horas, mas o que estava acontecendo não tinha ajuda.

Dormi mais um pouco aquela noite ainda sobre efeito do remédio, acordei pela manhã e comecei arrumar minhas coisas, queria estar em casa, precisava do meu espaço, do meu tempo, da minha própria solidão. E assim foi, deixei o hospital pela manhã e fui para casa, peguei um atestado de quinze dias e avisei a construtora que não iria trabalhar.

Nos primeiros dias alguns amigos do trabalho veio me visitar, todos estavam preocupado, sempre a mesma pergunta, o que houve porque bateu com o carro, certas perguntas não tinha como eu dar a resposta correta.

Vera me ajudou com tudo, era uma excelente mãe, apesar de eu chama-la pelo nome ela sabia o quanto ela significava na minha vida. Resolvi me isolar alguns dias, queria esquecer todo aquele sofrimento, tudo que causei ao meu próprio irmão, mas eu precisava vê-lo conversar com ele, tentar me explicar.

-Marcelo, você não esta bem meu filho, mal mexe na comida que faço para você não sai do quarto está sem animo pra nada, não vi mais você falar com aquele menino que gosta tanto. O que está havendo com você?

Olhei para Vera e desabei, deitei em seu colo e só sabia chorar, chorar e chorar, estava sem chão, eu precisava de um apoio mas tinha medo da reação de Vera quando soubesse que eu estava apaixonado por meu próprio irmão.

-Porque tudo da errado na minha vida Vera ?

-Como errado meu filho, você tem um ótimo emprego, vida formada, sei que não sou sua mãe biológica mas te crio como se fosse meu filho, não vejo erro nisso, você até estava se dando bem com aquele garoto, ele te fez sorrir, é por causa dele que você está assim, ? Ele te fez algo de novo ?

-É por causa dele sim Versa, mas não foi ele que fez algo, fui eu.

-Marcelo você está me assustando, o que houve.

-Aquele rapaz em que bati o carro, por quem tenho um laço afetivo muito grande se chama Christian e é meu irmão que não vejo há 9 anos. Disse aos soluços.

Vera ficou espantada quando ouviu tudo aquilo, eu no lugar dela também sentiria o mesmo, me sentia envergonhado de estar falando tudo aquilo.

-Por essa eu não espera meu filho, que mundo pequeno, agora sei porque você bateu com o carro, deve estar sendo muito difícil para você meu filho, não vou te julgar pois nem você sabia dessa gravidade, mas vá lá falar com ele como irmão, você sempre sentiu a sua falta, não vou falar o que vocês devem ou não fazer, mas ele merece explicações assim como você.

-Tenho medo de machuca-lo ainda mais, amanhã vou tentar ir falar com ele.

Fiquei surpreso com a reação de Vera, ela estava ali comigo nos piores momentos, tomei um banho e fui dormi pensando em como falar com Christian.

...

Acordei no dia seguinte e fui para casa de Christian, peguei um ônibus já que estava sem carro, chegando lá deu vontade de ir embora, relutei para apertar aquela campainha, mas era o certo a se fazer.

Toquei a campainha e uma senhora veio me atender, provavelmente era Suzana a mãe adotiva de Christian.

-Oi, em que posso ajudar.

-Oi, o Christian está por aí.

-Está sim, você é quem ?

-Não sei se a senhora se lembra de mim, sou Marcelo o irmão mais velho dele.

-Como você cresceu rapaz, esta um homem lindo, como se reencontraram ?

-Isso é uma longa história, a senhora pode chama-lo ?

-Claro, só um instante.

Christian desceu, ele estava horrível aquela feição de velório, estava tão ruim quanto eu, seus olhos estavam sem brilho e seu rosto não tinha aquele sorriso de antes.

-O que quer ?

-Precisamos conversar não acha ?

-Não temos nada para conversar. Disse Christian querendo fechar a porta. Segurei pelo braço.

-Temos que conversar sim, apesar de tudo somos irmãos e você vai me ouvir queira ou não.

-Pode falar, estou ouvindo.

-Olha em primeiro lugar nunca percebi que era você afinal tem muitos anos não é verdade, segundo se tivesse me dito seu nome no primeiro dia em que nos falamos teria poupado meu sofrimento, pois me apaixonei pelo meu irmão mais novo.

-Eu sou tão inocente quanto você nessa história.

-Porque não visitou quando saiu daquele orfanato ? Disse em lágrimas.

-Porque meus novos pais viajavam constantemente e sempre se mudavam, quando pedia a Suzana para te visitar ela sempre arrumava uma desculpa e quando pedi pela última vez já era tarde demais, ela disse que você tinha ido embora do orfanato. Disse Christian gritando.

-Fui embora do orfanato pois já estava com 18 anos, meu tempo lá havia se esgotada, mas graças a diretora ela arrumou um anjo que pode ficar comigo, que me acolheu, que me ajudou em tudo, não seria nada sem Vera, te procurei em todos os lugares até mesmo no orfanato em que morávamos, tentei pegar um numero de telefone da sua nova família mas não me deram.

-Você não sabe o quanto me fez falta Marcelo, nesse tempo sofri muito, odiava ter que se mudar viajar todos os dias, trocar de escola, ter atenção somente da empregada, cresci com pais distantes, tive do bom e do melhor, mas não tinha você.

Christian correu para um abraço forte, não pude negar, chorei com ele me abraçando, por um momento havia esquecido aquele sentimento de amor, estava sentindo o amor de um irmão que havia sumido na vida...

-Promete não sumir mais ?

-E a gente como fica Marcelo ? Tenho outros sentimentos por você.

-Eu também estou confuso quanto aos meus, mas nesse momento vamos ser apenas irmãos e correr atrás daquilo que o tempo nos levou.

-Não sei se vou conseguir.

-Eu também mas neste momento quero apenas que fiquemos bem um com o outro.

Christian me deu mais um abraço, convidou para entrar mas recusei, disse que tinha que resolver umas coisas e passaria no dia seguinte para conversarmos melhor...

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Comentários

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situacao delicada. nem sei o que dizer. tenso d+.

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Espero que se entendam de verdade

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