CAPÍTULO 6
A terça e a quarta feira passaram de forma arrastada e agoniante. Eu tinha muita coisa prá fazer, o que fez com que não por “estratégia” eu realmente não tive tempo de revisitá-lo à noite. Estava cansado, mas pensando nele direto. Para não deixar cair no esquecimento – aquele instinto de sobrevivência – mandei um torpedo para que ele registrasse meu número e dando uma justificativa. Queria demonstrar que estava “interessado”, mas não ansioso e descontrolado. Pura estratégia. O mesmo jogo de sempre...
Ele me respondeu usando as mesmas armas. Uma mensagem implícita de “estou aqui” mas “estou tranqüilo”... Saco! Essa é a diferença de um relacionamento entre homens – na maioria das vezes – o jogo é mais equilibrado, mais instigante... mais gostoso.
E na Quinta feira de manhã, quando minha tática já estava gasta e eu disposto a liberar um pouco meu telefone tocou. Era ele. Era o convite. Era estranho...
-Fala Bruno...
-E aí rapaz...
-Trabalhando muito?
- Nem imagina cara. Mas faz parte...
- Pode crer. Mas tudo bem?
- Sim, mas beleza.... E você?
- Tudo bem também.
Silêncio...
- Lembra do meu convite ou já esqueceu?
- Ah! Puta cara, na correia tava me esquecendo. Fala ae...
- Quer sair comigo essa noite? É minha folga lembra?
Eu lembrava, claro.
- Não. Mas hoje?
- É cara, minha folga é hoje. Mas se não der tudo bem...
- Bom, depende cara. Amanhã é dia de trabalho. Tenho que estar inteiro,rs
- Bom, vai depender de você...
Aquela voz insinuante...
-Fala aí e eu decido.
- Seguinte. Tenho uma festa prá ir cara... Queria que fosse comigo. Mas tem um detalhe...
- Fala...
- Minha mina veio prá Sampa. Ela iria com a gente...
- Ah...
- Mas olha só. Não se preocupe. Ela trouxe uma amiga. Você vai ter companhia....
- Daniel, não sei... Eu...
- Eu sei cara...
- Sabe o quê...?
- Confia em mim e vem... Você não vai se arrepender.
- Não sei...
- Seguinte. Pensa e me liga. Vamos sair as 10h. Vc passa aqui e pega a gente.
- Vou pensar cara... Te ligo se não for oK?
- Ok... Pensa direitinho...
- Tá
Desliguei o telefone e estava puto.
Caralho, o cara me espera a semana inteira prá me chamar prá uma festa com a mina dele, e ainda me "arranja" uma companhia...
Será que ele achava que eu não tinha competência prá arrumar uma, se quisesse?
Será que queria arranjar uma fachada prá mim também ?
Apesar de minha discrição, era resolvido quanto à minha opção sexual. Não precisava e não queria sair com garotas como fachada. Saia com minhas amigas naturalmente, mas esse jogo de esconde não era mais prá mim...
Valeria a pena alimentar algo assim ?
E será que era isso mesmo? O que mais podia ser ?
Fiquei bravo e curioso ao mesmo tempo. Teria que passar a noite inteira com ele fingindo estar conhecendo uma menina nova, jogando papo fora sem estar nem um pouco a fim, e provavelmente assistindo a beijos entre os namoradinhos, dancinhas provocativas, perguntas e mais perguntas... Ah!
Estava praticamente decidido a ligar e dizer não. Depois eu conversaria com ele esclareceria tudo. Não que eu quisesse exclusividade, ou que ele terminasse seu namoro e ficasse comigo... Só queria um jogo aberto entre nós, uma curtição entre machos e sem envolver terceiros... Peguei o telefone e vi que tinha uma mensagem.
"Pensa direito e com carinho cara! Não é o que você está pensando... Vamos que vc vai gostar. Beijo, Daniel"
Caralho...
Fui tomar um banho e então decidiria com mais calma o que fazer. Algo me dizia, no fundo, que talvez eu precisasse pagar prá ver. E que no máximo, se estivesse muito desconfortável e não curtindo o que quer que fosse, era só ir embora... Podia deixar isso claro com ele e arriscar... Porque não?
E foi assim que às 10h eu passava em frente à sua casa para pegá-los...
Seria uma longa noite... Cheia de surpresasCAPÍTULO 7
A primeira surpresa foi a apresentação de TODOS eles.
Ana era uma morena muito bonita, cabelos cacheados na altura do ombro, olhos marrons, um corpo bonito e sorriso largo. Estava vestida de forma discreta mas sensual. Um decote que revelava seios bem feitos e valorizados... Era a namorada de Daniel.
Lucia era um pouco mais baixa, morena também, também bonita e elegante. Cabelos lisos mais compridos, corpo violão e também vestida de forma discreta sem deixar de ser provocante.
Daniel estava um gato. Tinha aparado a barba, cabelos também feitos, uma calça que caia ainda melhor em suas coxas gostosas, camisa justa com botões abertos revelando seu tórax másculo. E aquele sorriso. Aquele olhar.
Ele me olhou de relance, como que dia mais uma vez "confia em mim" e me apresentou as meninas. Nos beijamos e trocamos palavras batidas enquanto entrávamos no carro. Por educação acho, elas entraram no banco de trás e Daniel ficou na frente comigo. Íamos nos apresentando e falando sobre coisas corriqueiras, a vida delas em Ribeirão, a adaptação de Daniel aqui, expectativas sobre a festa...
- Daniel me disse que vc está dando uma super força prá ele Bruno. Muito obrigado.
- Que isso Ana. Ele é um bom rapaz.
-Eu sei disso... ele que se esquece às vezes...
O que me chamava a atenção - positivamente - é que não era aquele papo meloso de amorzinho prá lá, amorzinho prá cá... Eles se comportavam discretamente sim mas era nítido um carinho e bom relacionamento entre os dois. Se olhavam de forma diferente...
Quase fiquei com ciúmes...
Ao passarmos por um trecho escuro do caminho e enquanto as duas conversavam no banco de trás observando o caminho que era novidade, Daniel pousou sua mão esquerda em minha coxa, apertando e massageando. Com a visão do volume armado em sua calça, que só eu tinha, foi impossível não ficar de pau duro na hora.
Olhei prá ele e ele me deu uma piscadela safada, passando a mão direita pelo contorno de seu pau. Quase bati o carro...
Tirei sua mão assustado e foquei!
Me concentrei no volante e no caminho, e não deixei ele se aproximar mais de mim. Dei um olhar quase de bronca que ele entendeu, e voltamos a conversar sobre amenidades. Em menos de 10 minutos estávamos entrando em uma boite bonita, espaçosa e conhecida de região da Vila Olímpia.
Não precisou de mais de 15 minutos ali prá eu perceber que era uma balada alternativa, com todas as tribos presentes. Gente bonita e descolada. Muitos casais, mas também era nítido a presença de uma galera GLS. Casais quietinhos nos cantos, alguns namorando em mesas, outros dançando...
Opa...
Ana puxou Daniel prá pista, e eu me encostei num canto. Lúcia ficou conversando e prá minha alegria e alívio, logo se engraçou com um rapaz que a convidou para dançar.
- Você se incomoda se eu for Bruno?
- Claro que não Lúcia. Fica à vontade.
- Ok. Já volto.
Fiquei observando o ambiente e o povo ali. E era impossível não notar Daniel e Ana dançando. Ele dançava bem, com um rítmo e pegadas firmes. Segurava na cintura de Ana de forma firme e se enroscavam sensualmente. Era um belo casal...
Logo percebi que ficar vendo aquilo não ia me fazer bem. Estava com um puta tesão vendo-o dançar, e não podia fazer nada. Coloquei a cerveja no balcão e me encaminhei ao banheiro masculino.
Tinha um carinha bonito no mictório. Parei ao seu lado e botei meu pau prá fora. Ele deu aquela esticada e encarou meu cacete. Me olhou de um jeito provocante.
- Aqui não Daniel! pensei...
O carinha continuava me olhando, mas dei uma disfarçada. Decidi sair dali.
Ele veio atrás e me chamou na saída do banheiro.
- Fala rapaz... tudo bem ?
- Tudo... e vc?
- Melhor agora. Prazer, Beto.
- Daniel.
Apertei sua mão e ele me puxou prá mais perto....
- Sozinho?
- Hã... mais ou menos...
- Quer trocar uma ideia?
- Não dá agora, cara... Tem uma galera me esperando.
- Pô, relaxa... vem aqui um pouco.
Ele me puxou prá um canto escuro do bar. Me encostou na parede e começou a passar a mão em meu peito...
Pelo canto do olho,vi Daniel chegando...
- Beto, melhor eu sair...
- Não... vem cá. Ele me puxou mais prá junto de si.
Daniel chegou com uma cara de bravo e sem cerimônias.
- Fala aí rapaz... Ele está acompanhado, sabia?
- Sabia, ele falou. Mas pô velho, você estava dançando com a mina.
- Não te interessa. Vaza.
O carinha saiu assustado e eu boquiaberto...
- Pirou Daniel ? Onde está a Ana? Vai ficar com ela cara...
- Não vim aqui prá ficar com ela cara. Vem cá.
Ele me puxou prá dentro do banheiro. Tinha dois caras lá dentro. Sem nem se preocupar, ele me encostou na parede e começou a me beijar, segurando minha nuca e pescoço... Sua língua explorava cada canto de minha boca. Não resisti e retribuí sem me importar com os caras ali, que na boa não estavam nem aí...
- Você é louco? E sua mina?
- Ela me espera cara. Eu tava louco prá ficar contigo hoje. Mas queria ficar contigo perto dela...
- Ela sabe?
- Claro que não. Talvez desconfie...
- Mas ???
- Bruno, isso me deixa louco cara ! Fico cheio de tesão com a sensação de ter minha mina do lado, mas sabendo que a qualquer hora eu posso chegar em você, te beijar, te chupar, ser chupado... Sei que é loucura, mas queria te mostrar ao vivo como isso rola...
- Cara, não tô entendendo nada!
- Não tem que entender Bruno. Vou dançar com ela, provocá-la, deixá-la molhadinha e louca prá dar prá mim, mas se prepare... É contigo que vou prá cama essa noite, depois de tudo isso. É você que eu quero. É contigo que vou gozar gostoso.
- E ela cara?
- Deixa isso comigo. Vamos voltar prá lá agora. Tenta aproveitar e fica de olho em mim cara... Eu não vou tirar o olho de ti. Se algum carinha chegar perto, eu apareço.
- Ah... então você pode. Eu não?
- Se quiser pegar uma mina, tudo bem. Pode dançar como eu. Beijar se quiser. Vai me dar mais tesão ainda... Mas só com mulheres. Homens não.
E saiu me deixando atônito. Que tipo de fetiche era aquele ?
Já tinha me deparado com muitas coisas, mas isso...
O pior é que, de certa forma, me senti tentado a colaborar... e embarcar nessa loucuraCAPÍTULO 8
Ele continuou dançando com Ana, daquele jeito. Notava seguidamente que enquanto ele a beijava, ela de costas e ele de frente prá mim, ele me observava pelo canto do olho... E lançava aquele olhar...
Olhar de "me espera..."
Nessa altura do campeonato, Lúcia já estava também aos beijos com um outro rapaz. Me sentia sozinho ali, mas ao mesmo tempo parte de um jogo meio sacana de sedução. Cheguei a ficar com pena da Ana, cogitar sair dali, não participar daquilo...
Enquanto eu entrava em devaneio, o tempo passou. Deu quatro da madrugada e eles chegaram onde eu estava.
- Vamos embora Bruno?
- Pode ser. E a Lúcia?
- Ela vem também.
- Então vamos.
Dessa vez, sem comentários Daniel e Ana entraram no banco de trás. Lúcia vinha ao meu lado, quase dormindo. Tinha bebido e dançado muito. Estava cansada.
Atrás, eu notava que Daniel e Ana se beijavam, mas ela era realmente discreta, e controlava o impulso dele. Vergonha ? Estratégia ?
- Bruno, você pode deixar as meninas na casa da minha tia ?
Ops!
- Como ?
- Elas vão ficar na casa da minha tia, pois tenho que sair amanhã cedo prá empresa. Meu turno vira, lembra? E você pode ficar em casa comigo cara. Aí se não for muito trabalho,me dá uma carona amanhã cedo. A gente pode dormir um pouquinho mais...
- Por mim tudo bem, mas...
- Não se preocupe, elas já sabiam. Aí elas dormem direito sem ser incomodadas, e podem sair quando acordarem. Vão prá 25 de Março...
- Ah!
- Pode ser Bruno ? Perguntou Ana.
- Claro. Deixo vocês lá.
- Ok.
Ele já tinha pensado em tudo então...
Deixamos as meninas na casa da tia. Ele saiu do carro para acompanhá-las até a porta, deu um beijo caprichado em Ana e ficou vendo-as entrar...
Voltou pro carro e saímos. Mal tínhamos virado a esquina da rua e ele segurou minha coxa e se curvou sobre mim, beijando meu pescoço e orelha...
- Agora vai começar nossa noite cara!
- Daniel... Vc é louco!
- Encosta o carro cara...
- Aqui não, é perigoso.
- Encosta, vai ser perigoso se você continuar...
E se abaixou no meu colo...
Foi simplesmente impossível não parar o carro assim que senti o contato de sua língua engolindo meu cacete. Ele chupava forte e melado, engolindo até as bolas.
- Deita o banco...
- Cara, aqui não... vamos prá casa...
- Já já. Quero começar aqui cara...
Ele chupava meu pau e com a mão esquerda subia pelo meu peito , apertando meus mamilos.
- Ah... a noite inteiro foi uma preliminar prá isso cara...
- Então vai moleque... Engole esse caralho que é seu.
- Assim meu macho safado. Geme prá mim...
- Ahahahahah...
- Quero vc sem pressa essa noite Bruno.
- Então vamos prá sua casa cara. Quero fazer você todinho...
- Porra ! Vamos lá então. vai dirigindo que eu vou chupando seu pau devagarinho...
- Assim não consigo cara.
- Consegue porra. É perto. Vai indo devagar...
Estava realizando uma das grandes fantasias que tinha... Dirigir com um carinha safado chupando meu pau. Ele gemia e fazia barulho, com os olhos virando e me encarando enquanto explorava meu peito, minha barriga, minhas pernas com a outra mão...
- Goza prá mim, antes de chegar.
- Não cara! Quero gozar na cama, depois de fazer muita coisa contigo...
- Então tá...
Ele parou de chupar, e ficou batendo uma punheta de leve, deitado no meu colo. Eu não sabia o que era mais gostoso... a punheta ou a gulosa.
Finalmente chegamos e entramos correndo. Fomos tirando nossas roupas que iam ficando pelo caminho, nos beijando bem gostoso, sem pressa mas com sede... Ele me jogou na cama de barriga prá cima e deitou com a cabeça na altura da minha cintura. Ergueu as pernas grossas e deixou uma dobrada, seu pau já duro como pedra se oferecendo prá mim.
Eu alternava minha boca entre seu cacete, suas bolas e seu rabo liso e quente. Ele se abria gostosamente e gemia alto sempre que sentia minha barba cerrada em seu cuzinho. Piscava gostoso...
- Me deixa te comer gostoso safado...
- Quer me comer ?
- Quero fazer contigo o que sua mina nunca vai fazer...
- Ah! Porra seu safado, é isso que quero...
- Provocou rapaz...
- Me fode então!
Resolvi fazer com Daniel daquele jeito que eu amo fazer... sem pressa e curtindo cada momento...
Eu o coloquei de lado na cama e abracei forte por trás. Passei meu braço por baixo de sua cabeça e o puxei para junto de mim, meu peito encaixado nas suas costas, meu cacete encaixadinho em sua bunda carnuda e rígida. Ele mexia devagarzinho sentindo meu tesão. Eu segurava forte em sua cintura e alternava minha boca na dele e em seus mamilos...
- Que tesão cara...
- Você é uma delícia Daniel... Olha essas coxas... essa bunda...
Eu passava minha mão por todos seu corpo, seu peito, descia pela barriga, a virilha, as coxas, segurava firme seu pau duro e babão... ele genia e me puxava´para si...
- Cara, quero que você seja meu macho...
- Vai me ter rapaz...
- Quero que me acorde de madrugada procurando meu buraco, me foda gostoso...
- Que mais?
- Quero te acordar com seu pau na minha boca...
- Mais ?
- Quero sair contigo como dois brothers, provocar a murelhada, desfilar contigo como dois parceiros e depois de deixar muita mina louca de tesão por nós dois, voltar contigo prá casa e liberar esse tesão todo...
- Garoto mau!
- Piro nisso cara !
- E eu tô ficando pirado na sua, seu foda!
Ele pegou meu pau por trás e encaixou na entrada de seu cu. Segurei na sua cintura e fiz ele dar aquela empinada. A cabeça deslizou gostosamente prá dentro, lubrificada pela baba que já cobria meu cacete...
- Me fode gostoso vai... sem dó.
- Toma cacete então...
Comecei a bombar gostoso, segurando a perna esquerda dele no alto e beijando seu pescoço, sua nuca, sua boca... ele gemia, se contorcia, se abria, piscava o rabo...
- Porra, não vou aguentar muito tempo assim Daniel...
- Solta tudo velho... goza gostoso.
- Quero mais, tá muito bom...
- Soca! Me faz gostoso vai...
Porra, vou gozar...
Segurei no seu caralho e comecei a bater forte. Ele gemia, arfava e gozou primeiro que eu, jatos de porra que caíram em seu peito. Não aguentei mais...
Tirei meu pau e esporrei como louco em sua barriga...
- Caralho !
Ficamos deitados um tempo, fazendo carinho como dois namorados e trocando beijos. Já era quase 5 da manhã, e ele tinha que estar na empresa as 7h, eu as 8h. Ia ser foda...
Fomos tomar um banho e conseguimos dormir por 40 minutos, colocando nossos celulares prá despertar. Muito engraçado, a gente se vestia ainda de olhos fechados de tanto sono...
- Bruno, pode ficar cara. Vou de busão. Vc pode chegar atrasado, eu não... Tenho que render o Valdir...
- Claro que não cara, te levo. Depois durmo um pouquinho no carro.
- Olha só, não quero me sentir explorador...
- Relaxa.
- Bruno, posso te falar uma coisa?
- Manda...
- Tô pensando em sair da empresa... arranjar outro trabalho.
Gelei
- Já? Porque? Por minha causa cara?
- Sim e nãoAcho que seria uma boa não te compremeter. Não dar na cara, sabe? Sei que você é tranquilo, e não comentei absolutamente com ninguém cara, nada. Eu juro... Primeiro que nem tenho intimidade com eles, e não faria isso...
- Eu sei cara. Se tivesse desconfiado de algo, tinha te questionado.
- E caído fora né?
- Provavelmente.
- Então... Não sei você Bruno, mas eu tô a fim de ficar contigo. Sem pressão, sem cobrança, mas a fim de te curtir e deixar rolar. E fora de lá a gente não tem risco de deixar esse fator influenciar...
- Mas você faria o quê?
- Vou buscar algo na minha área cara. Peguei esse trampo pois foi o primeiro, e minha tia já tinha o contato. Mas posso conseguir algo em banco, tenho experiência... sei lá... vendedor... qualquer coisa.
- Se é pro seu bem cara, dou o maior apoio. Não por mim...
- Vai ser melhor. Não sei se numa semana como essa agora, no turno diurno, eu conseguiria te evitar o dia todo velho... Vai ser foda!
Rimos juntos. Ele chegou perto e me abraçou por trás, beijando minha nuca.
- Vou querer fazer assim...
Beijou minha orelha... buscou minha boca...
- E fazer isso...
Começou a me encoxar, o volume já crescendo alisando meu peito...
- E isso...
Desceu a mão buscando meu tesão...
Pára rapaz! Chega!
Ele riu alto, me apertando em seus braços. Sorriso lindo...
- Tá vendo ?
- Safado...
- E então, o que acha?
- Cara, vai fundo. Te dou uma força, conheço uns contatos também. Eu te garanto que me controlaria ( será ? ) mas acho que seria uma boa sim... Prá nós.
- Vamos saindo então, a gente vai conversando no carro.
Durante o caminho ele foi colocando suas razões, plausíveis, eu tinha que concordar.
Tinha uma coisa com a qual eu estava bolado desde a noite passada. Queria perguntar mas não sabia como. Decidi que não podia ter rodeios...
- Daniel, me explica uma coisa...
- Fala.
- Teu lance com a Ana.
- O que tem ?
- Juro que não entendi cara... Tua mina vem prá cá ficar contigo, você me chama prá sair e conhecê-la com uma amiga. Dança e provoca a garota a noite toda. E vem fechar a noite comigo...? Qual é?
- Cara, sei que parece doideira velho... não sei se é doença... Isso me dá o maior tesão.
- N]ao é doença cara, é maldade seu puto!
- Mas não é por mal ! Eu gosto dela, mas prá curtir... Beijar, bater papo, sair... Trepar mesmo eu tenho tesão assim cara... outra pegada. E fico completamente louco de tesão quando sei que tem uma mina me querendo, louca prá se abrir prá mim, e meu macho tá ali, me vendo, acompanhando...
- Cara...
- Eu sei, é doença!
- Sei lá se é doença - eu ri - mas é maldade poxa.
- Eu sei. Mas vai sobrar prá ela, não se preocupe...
- Seu porra...
- Ciúme?
- Não, mas preciso pensar nisso... Se você não a conhecesse, tudo bem. Mas sendo sua mina... é sacanagem.
- hummmm
- Que foi ?
- Tenho outro convite então.
- Ai, cacete... lá vem.
- Bom, te conto depois, estamos chegando. Mas é uma forma de lidar com isso sem tanta culpa.
- Vai lá. Eu vou tirar uma soneca até as 8h no estacionamento.
- Eu vou te acordar.
- Beleza...
Eu o deixei na esquina para não ter o problema de alguém nos ver chegando juntos. Ia dar uns minutos e chegava depois. Resolvi tomar um café na padaria...
E pensar naquilo tudo.
Que tara louca. Mas tinha que admitir... excitante.
O dia passou tranquilo. Tinha realmente muita coisa prá fazer, então apesar de pensar no tal convite algumas vezes consegui - ou melhor, tive que - me conter. Trabalhei como um camelo. Quando saí, por volta das 17h percebi que já não era mais o Daniel na guarita, claro.
Fui prá casa, tomei um banho delicioso e já estava pronto prá dar uma relaxada e assistir o noticiário quando o telefone tocou. Era ele.
- Bruno?
- E aí rapaz?
- Chegou faz tempo?
- Não... Uns 30, 40 minutos. E tu, saiu que hora?
- Saí às 4h.
- Tá em casa...?
- Tô, de saída na verdade. Vou levar as meninas na rodoviária. Quer ir com a gente?
- Pô cara, desculpa ae mas acho que não... Tenho umas coisas prá terminar.
- Sei... Beleza.
- Dá um beijão nelas beleza?
- Pode deixar. Vem cá, posso te ligar quando voltar? Queria falar contigo.
- Claro Daniel. Se eu demorar a atender, insiste... Pode ser que eu capote velho. Tô podre, não dormimos nada noite passada.
- Blz então. Até.
Eu estava realmente um bagaço. Não tava a fim de criar situação complicada de novo com a Ana, por isso a história de trabalho TAMBÉM. Na verdade precisava dormir. E dormi...
Dormi tanto que acordei com meu celular berrando do lado da cama. Quase morri de susto... Eram 7h40 da manhã!
- Caralho ! Olhei no celular - 08 chamadas não atendidas...
- Porra!
Me arrumei rapidamente, engoli qualquer coisa e saí voando.
Cheguei cansado e ao passar rapidamente pela portaria, ouvi alguém me chamando.
-"Seu" Bruno!!!
Me virei e ali estava ele...
- Daniel...
Olhei em volta e não tinha ninguém observando.
- Poxa, te liguei...
- Cara, eu vi. Mas capotei mesmo e só acordei hoje, assustado. Desculpa aí.
- Foi isso mesmo?
- Claro velho... Olha só, depois a gente conversa tá? Não encana.
- Beleza, bom trabalho então.
Aquele olhar... aquela piscadela...
- Ah - ele voltou - não esquece que tenho um convite...
- Ok ! Tô curioso...
Apesar da vontade de entrar naquela guarita e ali ficar,entrei correndo pro trampo que me chamava...
Mas o olhar dele me deixou a certeza que ele tinha aprontado alguma coisaContinua no outro tópico, próximos capítulos!