Então gente. Fiquei alguns meses offline para arrumar algumas coisas na minha vida. Desculpa se decepcionei alguém, mas realmente precisava. Volto agora para finalizar essa temporada, depois de alguns emails que recebi era inevitável.
Uma grande explosão assustou todos os moradores, mas o pior estava por vir...
- O que aconteceu com a minha esposa? – perguntou Carlos desesperado.
- Ela estava a caminho do hospital quando teve uma parada cardíaca. Mas, conseguimos reverter o quadro. – falou um médico.
- Ela está bem? E os bebês? – questionou ele.
- Por enquanto eles estão em observação. – Falou o médico sendo solicitado para outro caso.
Passei pelo Carlos igual uma bala. Conseguimos chegar a tempo ao hospital com a mulher que estava grávida.
- Aguente firme. – falei segurando sua mão.
- Onde... onde estão as minhas filhas? – perguntou ela.
- Estão na creche. Seu marido já está a caminho daqui. Não se preocupe.
- Por favor... eu... eu....
- Vinicius?! – gritei.
- Calma... gente... abram espaço! – gritou ele tentando passar pelas pessoas.
Mauricio mal chegou ao hospital e já foi para a sala de cirurgia. Ele entrou no leito e analisou o paciente. Ao entrar na sala de operação, meu esposo lavou as mãos e vestiu a roupa de cirurgião. Todos ficaram olhando para ele.
- Algum problema enfermeira? – ele perguntou.
- Sim. – disse ela apontando para a barriga de Mauricio. – Está saindo sangue. Precisamos ver o que é isso.
- Droga! – gritou ele.
Vinicius levou a mulher enferma para outra sala de cirurgia. Tomei um pouco de água e decidi ir para a minha sala. Afinal aquele lugar estava uma loucura e teria certeza que muita gente iria procurar por informações. Coloquei o copo na lixeira e vi o presidiário tentando coçar a barriga. Me aproximei e perguntei se precisava de ajuda. Ele hesitou um pouco, mas foi vencido pela coceira.
- Obrigado. Pensei que ia morrer. – ele disse sorrindo.
- Não seja dramático. Você sobreviveu a coisa pior. – respondi. – Bem preciso ir. Hoje está uma loucura.
- Doutor...
- Eu não sou médico. – respondi parado próximo da porta.
- Estar por aqui esses dias não será bom pro senhor. – ele disse.
- Como assim? – perguntei. – O que não pode ser bom?
- É uma dica. – ele disse fechando os olhos.
Escuto um grito vindo do corredor. E volto minha atenção para o outro lado. Ela uma moça que havia acabado de descobrir o óbito da mãe. Corri para ajuda-la.
Phelip estava acompanhando meus filhos no hospital. Depois de uns curativos, eles foram liberados. Ezequias estava o esperando do lado de fora.
- Oi meninos. – disse Ezequias sorrindo. – Que aventura né?!
- Tio Ezequias... os carros explodiram alto!! – gritou Paulinho.
- Eles fizeram buuum!!! – gritou Pablo.
- Pra eles é uma aventura né?! – perguntou Ezequias olhando para Phelip.
- Ainda bem. – falou meu irmão fechando a porta do carro.
- Aiii – gritou Pablo.
- Xiii... tio Phelip está saindo sangue do dodói do Pablo.
- Céus...
- Vai amor... leva ele. – falou Ezequias. – Vou estacionar o carro.
Do outro lado da cidade na penitenciária. Ryan arquitetava seu plano. Ele mal sabia as consequências dos seus atos. Ódio. Esse era o único sentimento no seu coração.
- E aê! Está tudo certo? – perguntou um homem se aproximando.
- Claro. Só preciso daquela parada! – Ryan disse.
- Pega. E depois nem fala que eu não te ajudei! – exclamou o homem.
- Claro... você vai ter o seu lugar... – disse Ryan se levantando e atacando o homem com uma faca.
- O que... porque?! – disse o homem se ajoelhando e tentando segurar o sangue que saia de seu pescoço.
- Um lugar no inferno. Tú acha que eu ia colocar um gordo ridículo na minha equipe? Preciso de pessoas ágeis. E você está longe de ser assim. Na verdade... você é a única peça que faltava nesse quebra cabeça. – Ryan confessou antes de desferir o golpe fatal.
- Não!!!!
- Consegui!! – disse Ryan no celular. – Preparam-se para fugir.
Osvaldo ajudou a todos de várias maneiras. Mas, ficou impressionado com os casos que viu naquele dia. Ele achou o máximo aquela experiência e aquela sensação era a mesma sentida por Priscila, Mauricio, Carlos e Vinicius. Ele queria ser médico. Enquanto pegava alguns materiais no almoxarifado, o sobrinho da Doutora Alexis viu Fernanda na televisão durante uma entrada ao vivo do local da explosão.
- Minha princesa. – ele disse sorrindo.
Luciana sentia uma dor nos seios. Ela tentou levantar e foi amparada por Carlos. Ele explicou tudo o que havia acontecido.
- E os meus filhos? – perguntou ela.
- Eles estão bem. A parada cardíaca foi devido ao estresse do acidente. Mas, não podemos bobear. – ele disse a abraçando.
- Ainda bem que eu estava aqui. – ela disse se sentindo protegida nos braços de Carlos.
- Pedi pra você passar a noite aqui em observação.
- Pode ser. É até melhor caso aconteça outra coisa.
- Amor... eu preciso ir. Estão me bipando. Se você precisar de qualquer coisa me avisa. – ele disse.
- Claro. Pode ir. – Luciana falou pegando o controle da televisão.
Minha mão se reunia com Eleonora e Loraine. Elas estavam tomando um chá na casa de Phelip quando ouviram os noticiários. Nele, Fernanda anunciava uma nota que deixou todos preocupados.
- Sete presos conseguiram fugir da Penitenciaria da Cidade. A movimentação aconteceu na manhã desta quarta-feira. Até agora não foram liberados os nomes dos presidiários. Mais informações ainda nessa edição.
- Nossa que horror. – disse Eleonora.
- Vou ligar para o Pedro. Melhor vou ligar para Dora. Quero saber se as crianças estão bem.
- Verdade. Vou ver o Ezequias também.
- Ai gente... que medo. – reclamou Loraine.
Engraçado como as coisas acontecem em nossa vida. Fatos do nosso passado chegam sem avisar, algo que está mais presente e latente. Márcio cochilava tranquilamente em sua casa, quando um estrondo o acordou.
- Acorda boneca!!! – gritou Ryan.
- O que!! Como assim?? O que você está fazendo aqui? – falou Márcio se levantando.
- Não gostou da nossa presença amor? – ele perguntou olhando pela janela.
- Claro... mas, o combinado era...
- Esquece o combinado. Vamos agir hoje. Aquela bomba foi perfeita. Eu sabia que o foco da polícia seria lá. – falou Ryan sentando.
- E agora? Vamos embora daqui? – questionou Márcio.
- Calma boneca. Ainda temos algumas coisas para fazer, mas antes precisamos tomar um banho. – falou Ryan apontando para os outros detentos.
Eram 18h. Eu lembro muito bem. O Phelip estava falando comigo ao telefone. Algo sobre o Paulinho ter ido até a sala do Mauricio para ver o pai. Então, escuto um forte barulho. Um não... vários. Eram tiros. Me joguei no chão e rastejei até um quarto. A mulher que estava na minha frente não teve a mesma sorte. Entrei em choque.
- Ei... Pedro!!! Pedro!!!! – gritou o presidiário que estava no hospital.
- O que? – respirando pela boca.
- Sai daqui!!! Entra no banheiro. Se eles te verem aqui vão te matar!!
Minha cabeça havia entendido, mas minhas pernas não queriam cooperar. Desesperado entrei no Box do banheiro e rezei para ninguém me ver ali. Alguém entrou no quarto e liberou o presidiário. Ele entrou no banheiro e fechou a porta. Nas mãos carregava uma muda de roupa.
- Escuta... esses caras são barra pesada. Eu não posso te proteger. Então, não vai fazer merda. Entendeu? Pedro... você entendeu? – ele perguntou olhando nos meus olhos.
- Meus filhos... meus filhos estão no hospital. – falei.
- Não posso fazer nada. – ele disse vestindo a roupa e pedindo para eu voltar para o Box.
- Porra velho... demorou muito! – disse o rapaz que o libertou.
- Estava com vontade de fazer o número dois. – ele disse alta. – Quantas de nós estamos aqui?! – ele questionou mais uma vez para eu ouvir.
- Sete. O Ryan, Teixeira, Berg, Catatau, Hugo, Feliz e eu. Vamos logo. Precisamos dar o fora daqui. Eles mataram os seguranças a polícia deve estar a caminho.
Ezequias abraçou DJ e Patrick tão forte que eles não conseguiam respirar. Eles se esconderam na escada de emergência. Dentro de um lixeiro hospitalar. O namorado do meu irmão viu o momento em que os homens armados chegaram e atiraram nos segurança. Ele agarrou meus filhos e correu.
- Tio Ezequias... o que está acontecendo? – perguntou DJ.
- Eu não sei. Mas, vamos ficar aqui. A policia deve estar a caminho.
- E o tio Phelip, o Paulinho e o Pablo? – perguntou Patrick.
- Eles estão bem. Precisamos ter cuidado agora. Ficar quietos.
- Eu quero fazer xixi. – disse Patrick.
- Meu amor. Você pode aguardar só um pouco. – ele disse olhando para o celular sem bateria.
Do outro lado do hospital, meu irmão batia na porta. Ele não conseguia ligar para Ezequias.
- Acho melhor não tentar fazer contato. – disse a enfermeira.
- Porque?
- E se eles ouvirem o chamado do celular do teu amigo? – ela perguntou.
Um celular começa a tocar do lado de fora da porta. Phelip ouviu passos desesperados e dois tiros. Ele e a enfermeira conseguiram bloquear a porta com dois armários. De repente, o interfone do hospital começa a tocar, era a Doutora Alexis.
- Colaboradores. Estamos passando por uma situação de emergência. Espero que estejam a salvo. Até agora oito homens armados estão vasculhando os corredores do hospital. Por favor... fechem as portas e protejam-se. A Policia está a caminho. – falou.
Priscila ficou presa com algumas amigas no refeitório do hospital. Minha irmã é cabeça dura na queda e logo colocou as meninas para trabalharem.
- Esses filhos da puta não vão me escapar. – gritou minha Irmã.
Um bandido chegou próximo a cozinha e começou a forçar a porta. Deu três empurrões. Quando minha irmã gritou: - Agora Meninas. Quando a porta abriu o bandido pegou um banho de água escaldante. Ele ficou se debatendo de dor no chão até que Priscila bateu na cabeça dele.
- Filho da puta!!!! - gritou minha irmã. – Vamos meninas sair daqui!
- Vaca!!! Vaca!!! – gritou Ryan depois de ouvir o anuncio da Dra. Alexis. – Vai atrás dessa mulher. Mate ela. – ordenou.
- Vamos embora cara. – ele disse.
- Vaiii!!!!! Preciso achar esse Mauricio. – gritou Ryan.
Consegui ouvir o que eles falaram. Precisava chegar na sala do Mauricio, mas eles estavam atrapalhando meu caminho. Peguei uma garrafa e joguei para o lado oposto.
- Tem gente ali. – se espantou um presidiário que correu para o lugar. Depois todos o seguiram.
Consegui subir as escadas e estava próximo a sala do meu marido quando um homem apareceu de surpresa. Ele tentou me enforcar e gritar pelos companheiros, porém alguém bateu na cabeça dele. Era Luciana.
- Deus... – falei recuperando o fôlego.
- Que merda... – Luciana completou.
Pegamos o corpo do homem e levamos para o quarto da Luciana. Tirei o colete que ele estava usando e peguei a arma.
- Você sabe usar isso? – ela perguntou.
- Não faço a mínima ideia. Mas, aprendo. Por algum motivo eles estão procurando o Mauricio. – falei.
- E se eles aparecerem aqui?
Olhei para o teto e pedi para Luciana ficar no assoalho. Assim ela ficaria em segurança. Com muito esforço consegui levantar minha amiga que rapidamente colocou a peça de compensando no lugar. Peguei o corpo do homem e levei para o banheiro. Subi mais um lance de escadas e encontro o Paulinho. Percebo uma movimentação e entramos rápido na sala do Mauricio. Ele não estava lá.
Osvaldo, Dr. Alexis e Vinicius tentavam impedir Carlos de sair da sala.
- Deixa de besteira. Você viu que o Pedro ajudou a tua esposa. – disse Dra. Alexis.
- O Pedro... o que será... – pensou Vinicius quando todos ouviram disparos na porta.
- Então são vocês que estão dando alarme?! – gritou o homem.
- Calma. Você não precisa fazer isso. – tentou negociar Dra. Alexis.
- Calma o cacete. Quem falou no microfone? – perguntou o bandido.
- Eu! – disse Vinicius.
- Mesmo? – perguntou o homem puxando Vinicius que começou a rir.
- Você está louco? Perdeu a noção do perigo?! – gritou o homem.
- Teria... se você não tivesse gastado todas as balas na porta! – gritou Vinicius pulando em cima do homem.
- Deus... onde você está?! – perguntei segurando firme na mão do meu filho.
- Tragam ele pra cá. – falou Ryan.
- Me solta!!! – gritou Mauricio.
- Você é valentão? – perguntou Ryan desferindo um soco no meu esposo.
- O que você quer de mim? – questionou Mauricio limpando a boca cheia de sangue.
- Você não lembra né? – perguntou Ryan dando outro murro no Mauricio.
- Não. – pensei comigo mesmo tampando a boca e os olhos do Paulinho.
- Alguns anos atrás. Eu trouxe minha filha para esse hospital e você disse que não havia vaga. Por sua culpa... ela está morta!!! – gritou o homem dando mais um soco no Mauricio que caiu no chão e em seguida desferindo chutes.
- Vocês fiquem aqui fora. – disse Ryan pegando Mauricio do chão e o levando para uma sala reservada.
- Eita que o chefe tá com tudo!! – gritou um homem.
Eu estava desesperado. Sozinho e havia um homem na sala. Do outro lado. Eu os vi. As caixas de Leoparizan. Aproveitei um momento de distração do presidiário e peguei as caixas. Perto da bancada onde estava havia seringas. Peguei duas cartelas e preenchi com o medicamente.
- Paulinho. – cochichei e me assustei com os gritos do Mauricio. – Papai precisa que você seja forte agora. Eu preciso que você vá por aquela direção. Por baixo da mesa e injete essa injeção na perna do homem. Entendeu.
Meu filho balançou a cabeça e eu sorri (forçado). Entreguei a seringa para ele e torci para que nada de ruim acontecesse. Fiquei parado contra a parede com a arma em punho. Paulinho mirou a perna do bandido que estava sentado em uma cadeira e com dificuldade se aproximou. Ele hesitou antes de aplicar a injeção. O homem se levantou e antes de falar alguma coisa caiu no chão.
- E o papai? – ele perguntou.
Na sala Ryan jogou o Mauricio em cima de uma mesa. Tirou a calça de Mauricio.
- Olha você é viado. Podemos fazer isso da maneira fácil ou difícil.
- Por favor... não...
- Acho que vai ser a difícil. – ele gritou penetrando meu marido com força.
Era meu filho ou esposo. E se o homem estivesse armado? Peguei meu filho e corri para o quarto de Luciana. Quando dou de cara os últimos bandidos. Olhei para o cara que conversava comigo e estava por de outro detento. Apontei a arma, mas tremia bastante. O cara riu, mas logo veio ao chão, pois, levou um tiro nas costas.
- O que... O que você fez? – perguntei.
- Nesses últimos anos. Eu não tive um amigo que se importava comigo. Se cuida Pedro. – ele disse apontando a arma para a própria cabeça.
- Espera... por favor... aquele homem está tentando matar meu marido. Por favor... me ajude. – falei chorando.
Pedro. Eu não posso matar ele. O Ryan é meu filho. Eu não posso, porém não posso te decepcionar – ele disse atirando na própria cabeça.
- Luciana!!! – gritei.
- Pedro?! Pedro!!! - ela disse chorando e tirando um compensando do teto.
- Pega. Pega o Paulinho.
- Pedro... o Mauricio... corre.... ele está.... corre!!! – ela gritou pegando o Paulinho.
Ao ver a expressão da Luciana o meu coração parou. Estava próximo da porta, mas meu coração batia aceleradamente. Quando cheguei perto da porta e empurrei. Vi o homem em cima do meu esposo o violentando. Haviam hematomas por todo o corpo do meu esposo, seu rosto estava irreconhecível.
- Ei!!! – gritei.
- Vem me pegar.!!!
- Mas que diabos!!! – gritou Ryan vestindo a calça e correndo atrás de mim.
Metade da cidade estava esperando por notícias. Todos na frente do hospital. Minha mãe recebeu noticias da Priscila e Philip. Estava acompanhada de Eleonora, Loraine, Luís, meu pai, Isabel, Dora, Bernardo, Judith, Caleb e Jean.
- Se acontecer alguma coisa com os meus netos. – chorava minha mãe sendo consolada pela Isabel.
- Isso não pode estar acontecendo Bernardo. Todos estão lá dentro. – disse Judith.
- Calma amor.
- Eu sei que esses são tempos difíceis e também sei que tivemos nossas desavenças, mas são nossos filhos, amigos e colegas... – gritou Luís. – Vamos fazer uma oração.
Meu pai pegou a mão de Luís e baixou a cabeça. Ele estava desesperado. Todos os filhos dele estavam na linha de tiro.
Ezequias e meus filhos continuavam escondidos na lixeira. Ele estava com medo, mas precisava ser forte.
- Tio... eu... eu não aguento mais. – protestou Pablo.
- Amor... pera aí. – disse Ezequias tirando a calça do meu filho. – Você precisa fazer aqui.
- Mano faz aqui. – disse DJ.
- Olha pra trás. – ordenou meu filho. – Agora... agora....
Me escondi por trás de uma parede e esperei ele correr. Peguei o extintor de incêndio e taquei nele que caiu no chão, mas logo se levantou para continuar a perseguição. Ele conseguiu me derrubar no chão e eu enfiei a seringa nele, mas a agulha quebrou.
- Filho da puta!! – ele disse me dando um tapa.
Nesse momento o Márcio chega. Segurando uma arma.
- Ryan!! Chega!!! O que você fez. Você disse que vinha apenas pegar o Inácio.
- Vim me livrar daquele médico babaca.
- O que você fez com o Mauricio? – perguntou Márcio.
- Ele estuprou meu esposo! – gritei dando um chute em Ryan e correndo para o lado de Márcio.
- Qual é amor?! A gente passou por tanta coisa. O que mais falta acontecer? – Ele disse. – Então você é Pedro Soares. Filho de Rodolfo Soares.
- Vamos deixar o Pedro fora disso amor. Vamos fugir. – disse Márcio.
- Amor. Esse cretino fez você ser preso. Passar anos na penitenciária. Sofrer. Tirou o homem que você amava. – disse ele pegando a arma na mão de Márcio.
- O que? – falei sem acreditar no que via, deixando uma lágrima rolar no meu rosto.
- Desculpa Pedro. – ele disse.
- Vamos levar esse viado daqui! – ele disse me pegando pelo pescoço.
Pude ver algumas pessoas escondidas por de trás do balcão de atendimento.
- O Doutor Mauricio Elias está em estado grave no escritório dele!!! – gritei chorando. – Façam alguma coisa!!!!
Ao me ver meus pais ficaram desesperados. Minha mão caiu no chão chorando e meu pai tentou ultrapassar as barreiras da polícia.
- Eles vão matar meu filho!!! – gritava minha mãe.
- Calma amiga. – pediu Eleonora segurando a mão da minha mãe.
- Amiga... por favor... calma. – disse Loraine levantando minha mãe.
- Meu filho vai morrer. – lamentou meu pai. – Isso se os outros não morreram... meu netos....
- Calma. Confia no Senhor teu Deus. – falou Luiz.
A policia cercou todo o perímetro do hospital. Entramos no carro do Márcio e quebramos três barreiras policiais. Márcio olhou para mim pelo retrovisor e colocou o cinco de segurança Ele bateu três vezes no cinto dele. Eu também coloquei o meu. Em seguida, ele colocou a mão no pescoço de Ryan e bateu três vezes. Fomos seguindo pelas ruas. Parecia uma cidade fantasma.
- Lembra daquele dia? Que teu irmãozinho virou patê? Acho que vai se repetir de novo.
- Para de falar besteira!!! – gritou Ryan.
- Não filho da puta!!! Para você!!!! – ele gritou segurando o braço de Ryan. – Agora Pedro!!!
O pescoço dele e segurei com força, podia sentir a palpitação do coração dele. Eu e Márcio lutávamos contra ele. Até que batemos num meio fio e o carro capotou. Ryan foi cuspido do carro. Estávamos de cabeça para baixo. Não demorei muito para recobrar a consciência. Os policiais pararam o carro longe dali. Levantei e andei por alguns metros até encontrar Ryan, cheio de sangue e pedindo ajuda com uma voz rouca, pois, um caco de vidro havia atravessado sua garganta.
- Me ajuda. – ele disse.
Fiquei encarando o homem que me trouxe tanta dor... ele estava praticamente desfigurado e pedia uma chance. Meu coração batia e eu estendi minha mão...
Dúvidas? Comentários? pelo email: contosaki@hotmail.com