No dia seguinte fui ao apartamento do Pedro para pegar as minhas coisas. Ele recebeu com grande alegria a notícia da nossa reconciliação, principalmente por ter sua privacidade de volta. Agradeci sua hospitalidade e voltei para casa. Como eu estava de atestado e o Luca de folga do trabalho, aproveitamos para nos curtir e matar as saudades do tempo que ficamos afastados. Passamos o dia namorando e fazendo planos, que iam desde comprar uma casa nova até adotar um filho. Na verdade tudo que planejávamos era em função de adotarmos nosso primeiro filho ou filha. Eu sempre quis ter primeiro uma menina enquanto o Luca queria um menino, mas ambos concordávamos que quem viesse primeiro seria igualmente amado. Nossa primeira opção era adotar, mas como o processo de adoção é extremamente lento e desgastante, começamos a pensar na possibilidade de uma barriga solidária.
À noite recebemos a visita do meu pai. Confesso que meu coração ficou um tanto inquieto por vê-lo depois da nossa conversa. Nosso problema não estava resolvido, mas com certeza estava se encaminhando para isso. O Luca foi recebê-lo na porta e logo nos deixou a sós.
Gustavo – Oi!
Eu – Oi!
Gustavo – Você saiu de casa tão atordoado que fiquei preocupado.
Eu – Realmente eu precisava sair, estava ficando sufocado lá.
Gustavo – Fico feliz por saber que vocês voltaram.
Eu – Eu também. Não consigo mais viver sem ele.
Novamente um silêncio insuportável se fez presente.
Gustavo – Vim aqui hoje para te fazer uma pergunta.
Eu – Pode fazer.
Gustavo – Existe uma chance, mesmo que pequena de tentarmos de novo?
Eu via em seu olhar a esperança por uma resposta positiva. Respirei fundo e novamente abri meu coração.
Eu – Vou ser bem sincero com você. Não vou correr para os seus braços e chamá-lo de papai, pois ainda existe muita mágoa em meu coração.
Seu olhar se entristeceu de forma que não pode conter as lágrimas.
Gustavo – Eu entendo. Eu precisava de uma resposta para eu poder tocar minha vida. Adiei minha viagem devido a nossa conversa, mas amanhã pela manhã eu embarco de volta para os Estados Unidos. Só quero que saiba que estou indo embora não por raiva, mas para deixar que viva em paz a sua vida. Meu amor por você não diminui e nem vai diminuir depois do que me disse.
Eu – Eu ainda não terminei de falar.
Ele se aquietou novamente e voltou sua atenção para mim.
Eu – Apesar de tudo...estou disposto a tentar de novo. Uma parte de mim que há muito tempo ficou soterrada pelo ódio que tentar de novo. Você quer tentar?
Gustavo – É o que eu mais quero nessa vida.
Ambos estávamos emocionados com tudo. Para selar o momento demos um aperto de mão que simbolizou o inicio de uma nova fase em nossas vidas.
Eu – Me diz uma coisa?
Gustavo – Sim!
Eu – Como você sabia que eu estava aqui.
Fomos interrompidos pelo Luca entrando na sala.
Luca – Fui eu que avisei. Seu pai sabe todos os seus passou por mim.
Desta vez não vi aquilo como uma traição, mas sim como uma grande prova de amor. Ele estava cuidando de mim.
Luca – Sempre acreditei que um dia vocês iriam fazer as pazes. Vocês não tem noção de como foi lindo ver isso acontecer.
Gustavo – Graças a você. Eu sou eternamente grato por isso.
Tomei o Luca em meus braços e dei-lhe um selinho.
Eu – Obrigado por cuidar de mim.
Vi que meu pai ficou um pouco constrangido com a cena, mas não liguei. Em nenhum momento deixei de expressar meu amor por medo do que os outros iriam pensar.
Gustavo – Acho que já vou, tenho que desfazer as malas.
Eu – Quer jantar conosco?
Gustavo – Eu adoraria.
Luca – Ótimo! Vou pedir comida para nós, pois não estou com a mínima vontade de cozinhar.
Eu – Que isso, Luca! É assim que quer conquistar o seu sogro?
Luca – Te manca, Ricardo. O sogrão aí já está no papo.
E foi assim que o jantar seguiu, num clima agradável e descontraído.
NARRAÇÃO DO LUCA
O alívio que senti quando vi aquele aperto de mão foi enorme. Uma cena que marcou nossas vidas, digo nossas vidas, pois a partir do momento que aceitei o amor do Ricardo seus problemas também se tornaram meus. Depois de tantos problemas superados, tive a plena certeza que estava pronto para seguir em frente ao seu lado.
Nossa rotina voltou ao normal aos poucos. O Gustavo era cada vez mais presente em nossas vidas com frequentes visitas. Ele convidou o Ricardo a retomar ao cargo na empresa, mas ele recusou, pelo menos até estarem mais firme no relacionamento.
Estávamos felizes, mas parecia que ainda faltava algo. Tem momentos em nossas vidas em que temos que dar passos no escuro, pois não podemos prever o futuro. O nosso relacionamento já havia passado por diversas provações e apesar de todo o sofrimento saímos mais fortalecidos e certos dos nossos sentimentos. Quase toda a noite antes de dormir, Ricardo e eu ficávamos discutindo como daríamos esse próximo passo.
Eu – Eu não sei, Ricardo. Não sou muito a favor de uma barriga solidária.
Ricardo – Por que não?
Eu – Sei lá! Vou me sentir num relacionamento a três. Não queria ter que dividir essa alegria com uma estranha.
Ricardo – Podemos tentar a adoção, mas vai ser muito desgastante. A burocracia é enorme, principalmente no nosso caso.
Depois de muito discutir finalmente entramos em um consenso se iriamos adotar ou não um filho. Decidimos pela barriga solidária pelo menos para o nosso primeiro filho, para o segundo iriamos seguir o caminho da adoção. Apesar da decisão já estar tomada, não fazíamos ideia como iriamos encontrar a pessoa certa para gerar nosso filho. Com o passar dos dias isso acabou me desanimando, mas procurava não transmitir isso para o Ricardo, não queria desanimá-lo também. Então mais uma vez procurei meu segundo porto seguro.
Pedro – Quem é o infeliz que bate na porta dos outros a essa hora da manhã?
Eu estava tão angustiado que não conseguia dormir. Levantei às 5:00h da manhã no sábado e corri para a casa do Pedro.
Pedro – Que é!!!!
Eu – Olha lá como você fala comigo.
Pedro – Ah! É você.
Eu – Você costumava me receber melhor.
Pedro – E você não costumava acordar as pessoas de madrugada.
Sentamos nos sofá e ele deitou com a cabeça no meu colo.
Pedro – Desembucha!
Eu – Estou angustiado com esse assunto da barriga solidária.
Pedro – É isso então que te fez vir aqui às 5:40h da manhã.
Eu – Precisava conversar com alguém. Não quero desanimar o Ricardo com isso, mas está difícil. Todas as mulheres com sondamos não me passaram confiança.
Pedro – Fica tranquilo! Eu concordo com você, prefiro a adoção a ter que usar a barriga solidária. Tem tanta criança precisando de um pouco de amor por aí. Sem contar que vocês podem acabar encontrando uma pessoa descompensada da cabeça que pode querer tomar o bebê.
Eu – Para de assistir novela.
Pedro – Essa novela é legal e também já está acabando.
Eu – Um homem desse tamanho vendo novela.
Conversamos boa parte da manhã. O Pedro desistiu de tentar dormir quando percebeu que eu não iria embora tão cedo. Tomamos café juntos e fomos correr no parque. Quando cheguei em casa, encontrei o Ricardo ainda dormindo.
Eu – Acordo homem! Já é quase meio-dia.
Ricardo – Você está todo suado. O que aconteceu?
Eu – Fui caminhar com o Pedro.
Ricardo – Sei! Ontem me esqueci de contar, mas acho que achei a candidata perfeita.
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Oi pessoal!!!
Hoje quase não sai essa parte. Como diria uma amiga de infância... "estou entregue aos paraguaios"...rsssss. Estou exausto hoje, o trabalho, o calor infernal que está fazendo aqui em Curitiba estão acabando comigo. Apesar de tudo estou feliz. Notícia para vocês...não vou cancelar o conto. Vou escrever até onde der ou até quando vocês ainda tiverem interesse, pois escrevo ele para vocês. Obrigado por tudo!
liehzinhaa - Que bom que gostou. Espero te ver sempre por aqui. Obrigado pelo carinho. Bjos
L.P - Você que é um fofo. Obrigado pelo carinho. Bjos
Drica Telles(ametista) - Amiga linda...obrigado pelos elogios. Bjão
Plutão - Amo saber que vocês gostam do meu conto. O Gustavo não volta mais para os EUA, agora ele vai ficar perto do filho e dos futuros netos. Quando me referi aos meus bebês, eu falava dos meus sobrinhos. Ainda não tenho filhos, pelo menos que eu saiba...kkkk. Obrigado pelo carinho. Bjos
Perley - É difícil não guardar mágoa depois de sofrer tanto por uma pessoa que deveria te trazer alegria. Vou tentar seguir seu conselho. Obrigado pelo carinho. Bjos
Jan2 - Já comecei a rascunhar a próxima temporada do SEGUNDA CHANCE. Logo vou começar a postar. Obrigado pelo carinho. Bjos
Ru/Ruanito - Fofinhos!!!!kkkkk Obrigado pelo carinho. Bjos
Agatha1986 - Obrigado pelo carinho. Bjos
Yld - Alegria amigo!!! Coloca essa frieza de lado e deixa seus sentimentos fluírem. Obrigado pelo carinho. Bjos
Jimmy lucas - Obrigado pelo carinho. Bjos
diiegoh' - Obrigado pelo carinho. Bjos
Lizaa! - Bjos pra você linda! Obrigado pelo carinho.
Pyetro_Weyneth - Seus elogios são mais que especiais para mim. Ainda to esperando a resposta dos meus recados...kkkkkkkkk. Abração
Peludodf - Meu leitor mais que ansioso...kkkkk. Mais uma parte para você. A próxima só no final de semana, depois de eu ficar mais velho #tristeza kkkkkkk. Sonho demais em viver um amor assim, na verdade já to cansado de sonhar....quero viver logo...kkk. Obrigado pelo carinho. Bjos
Edu19>Edu15 - Obrigado pelo carinho. Bjos
FabioStatz - Obrigado pelo carinho. Bjos
Augusto3 - kkkkkkkkkk....eu entendi, amigo...só achei muito engraçado...kkkkkkk. Obrigado pelo carinho. Bjos
(Al) - Amigo...anotei seu cel em um papel no trabalho e perdi...me perdoe. Obrigado pelo carinho. Bjos
Gossip Boy - Você me assustou com o seu sumiço...não faça mais isso...kkkk. Obrigado pelo carinho. Bjos
Binho Subtil - Obrigado pelo carinho. Bjos
É isso gente. Na próxima postagem estarei mais velho...ai que tristeza...brincadeira...amo fazer aniversário e esse ano eu vou me acabar na festa \o/\o/\o/
Bjos e abcs