Cap. 2
Corei quando ouvi ele falando comigo.
- Haha, olha só como ele ficou todo bobão, gostou do elogio foi?- Não respondi- é um viadinho mesmo!-aquelas palavras me feriram profundamente. Logo o vi se distanciando. Tive uma crise de choro instantaneamente, quando vi o Gustavo vindo na minha direção.
-Até que enfim achei você...- nessa hora ele percebeu que eu estava chorando- o que foi que houve meu amigo
- Você tinha razão, ele é um idiota
- O Eric, o que ele fez pra você
-Nada- estava envergonhado- vamos logo pra sala-falei o puxando. Durante o resto da aula, eu não conseguia tirar ele da cabeça. Durante a semana, toda a vez que ele passava perto de mim, tirava gracinhas. Pegava na minha mão, podia sentir sua pele quente e macia, mandava beijos. E depois saia rindo. O tempo foi passando e eu ficava mais atraido por ele. Mas teve um dia que eu senti vontade de mata lo. Dia 25 de fevereiro, dia do meu niver. Eu estava feliz, e a turma quase toda havia me felicitado lá na quadra, dado Parabéns, alguns trouxeram ate presentes, me surpreendi. Logo tinhamos que subir pra sala, eu estava muito feliz, mas logo a felicidade ia acabar. Assim que entro na sala, vejo um balde de agua gelada caindo em mim. Um monte de gente começou a rir, e eu olhei pra ele, e percebi seu olhar de dor, mas ao mesmo tempo felicidade. Não entendi. Comecei a chorar, corri pro banheiro. E lá fiquei um tempão, chorando. Até que ouvi passos dentro do banheiro.
- Novato, você está aqui- era a voz dele. Pensei em responder, e acabei respondendo.
- O que você quer Eric, já não me fez passar vergonha demais no dia do meu aniversário-falei
- Me desculpa, eu to morrendo de vergonha de ter feito isso.
Foi a única vez que ele me pediu desculpa. Ele continuou aprontando comigo, e eu me apaixonando cada vez mais por ele. Diariamente chegava em casa e chorava de raiva de mim mesmo, por estar gostando de um panaca feito o Eric. Dias depois, chegava cedo no colégio, e logo de cara, vejo Eric maltratando um garoto acima do peso.
- Quer esse chocolate baleia-dizia ele
- Me deixa em paz- o pobre garoto falava. Senti muita raiva ao ver aquela demonstração de bullying.
- Você não tem coração não? - me manifestei aquela demonstração de ruindade
- Como é que é?
- Porquê você está fazendo isso com ele, ele não fez nada pra você?
- Porquê...- ele não tinha argumentos pra justificar aquela atitude
- Você não tem motivos né. Será que você não se toca que ninguém gosta dessas suas brincadeiras, a não ser esse grupinho que você anda. Eric, se você quer que alguém goste de você de verdade, faz um favor pra todo mundo, se torna uma pessoa legal, ou então você vai ser odiado pra sempre- logo em seguida fui embora, e ele ficou olhando, impressionado com a minha altitude. Fui direto pra sala. Depois vi ele entrando na sala, ele se sentou atrás de mim, coisa que não costumava fazer. Logo, o primeiro professor chega. Era o de Geografia. Ele explicou a matéria, e no final passou um trabalho.
- Eu sei que não tem muito a ver com o que eu estou ensinando, mas eu tenho certeza que vai servir de aprendizado pra todos nós. Quero que formem duplas, e vocês vao ter que escolher entre 20 cidades, que eu defini. Vão fazer pesquisas, slides e vão apresentar aqui na frente. Podem formar as duplas- de repente, fui surpreendido
- Ei, novato, você quer fazer o trabalho comigo?- olhei pra trás, como quem não estava acreditando.
- Porquê eu faria o trabalho com você, você vive fazendo gracinha comigo, você não é cheio de amigos, vai atrás deles e faz os trabalhos
- Mas...- eu olhei pra ele-eu quero fazer com você, não com eles. Você parece ser muito mais legal que eles-me surpreendi com aquela resposta.
- Tá. Mas outra gracinha e eu deixo você fazer o trabalho sozinho.
- Ei, qual é seu nome mesmo?
- Gabriel
Logo a aula acabou, e eu voltei pra casa, mamãe me esperava.
- Mãe, cheguei!
- Oi meu filho, como foi o colégio?
- Foi bom. Tá fazendo o quê?
- Lavando aqueles negócios ali.
Fui pro meu quarto, entrei na internet, coisa que não fazia a muito tempo. Fiquei por um tempinho, até que ouvi minha mãe chamando.
-Gabriel, tem um garoto aqui dizendo que é seu amigo.
- Quem é?-falei pra ela. Me surpreendi quando vi a pessoa.
- Esqueceu de mim foi?-era, pasmem. O Eric.
- Você por aqui? Como descobriu onde eu moro?
- Tenho contatos- ou foi o Gustavo ou ele me seguiu.
- Hum. O que você está fazendo aqui?
- Vim te chamar pra sair, soube que você é novo aqui na cidade também- eu estava com uma cara de "Hãm". Como assim?. Tá , eu assumo que não confiava nele, mas afinal não tinha motivos pra confiar nele- Tá eu sei que você não confia em mim, mas eu juro que não vou fazer nada de mal pra você. Eu deixo o meu número pra sua mãe, pode confiar em mim- ele era tão bonito, e deixei me levar. Dei um voto de confiança nele.
- Tá bom. Mas se você me fizer qualquer coisa hoje, eu nunca mais vou confiar em você Eric.
- Que bom-ele fazia um sorriso de ponta a ponta. Pedi pra minha mãe, que acabou deixando eu sair com ele, desde que tivesse como se comunicar conosco. Me arrumei do melhor jeito possível. Calça jeans, Camisa, tênis. Bem estiloso. Logo terminei e fui pra sala.
- Vamos?- logo fomos saindo da casa. Lá fora ele ficou menos tímido.
- Ei, se me permite dizer, você está muito bonito- ele me deixou vermelho.
- Obrigado. Você também está muito bonito- agora eu vi seu rosto ficar vermelho- aonde vamos hoje?
- Gosta de cinema?
- Claro, ainda não vi alguém que não goste.
- Então vamos no do shopping
Pegamos um táxi, e no decorrer do caminho, eu pensei " Se fosse a primeira vez que eu te visse, não diria que você fez tanta coisa ruim". Ao longo, eu pude ver a cidade de Chapecó, ver algumas coisas bonitas, até chegarmos no shopping. Começamos a andar e eu via um monte de lojas, enquanto não chegávamos no cinema.
- Gostou
- Gostei, mas os de Curitiba são maiores.
- Então você veio de Curitiba...
Fomos andando pelo shopping, enquanto conversávamos sobre a capital paranaense. Até que chegamos no cinema, escolhemos um filme de comédia.
-Quanto dá? - eu perguntava
-Ei, você foi convidado, não precisa pagar- Então ele pagou nossos ingressos, comprou duas pipocas grandes e dois refrigerantes grandes, M & M, e outros bombons. Aquilo estava com uma cara de encontro... E eu estava mais feliz, por estar com o Eric, o garoto que a tanto tempo eu desejava. Assistindo o filme, mas falamos do que vimos o filme. Demos algumas risadas, até o filme terminar. Fomos, então, de volta pra casa. Eu olhava pro seu rosto e pensava, como ele é lindo. Mas tinha que me contentar, achei que ele fez aquele programa apenas pra se sentir melhor depois de ter feito tanta coisa ruim. Voltamos pra casa, quando chegamos na frente, me despedi dele.
- Não vou poder entrar, já é tarde, tenho que ir pra casa.
- Tudo bem, gostei do cinema. Boa Noite.
- Boa noite- ele já ia embora, mas logo ele voltou e me deu um selinho, me deixando com uma cara de burro desmamado. Sai sem entender nada, vi ele ir embora sorrindo. Antes de eu entrar em casa, vejo o Gustavo vindo em minha direção.
-Gabriel, você é doido?
Continua
O que acharam???