O amor, quem sabe o que é? Todos tem sua própria forma de demonstrar, de dar, de ve-lo. O amor é na sua essência um sentimento puro, um dar sem querer nada em troca, é fazer de si mesmo o melhor que pode-se ser, é querer do amado apenas um sorriso, um gesto que seja, e momentos que os unifiquem. E quando se econtra o amor, nada abala, nada supera, mesmo que seja desgastado, ele sempre esta ali, pronto pra recomeçar.
Ao ver aqueles olhinhos azuis brilhando, na duvida, pensando no porque de eu estar ali, me senti feliz, senti uma paz interior que a muito tempo nao sentia, aquele olhar doce e sincero, esperando uma simples resposta.
-Voce?!
Eu estava surpreso em ver Caio ali, mas feliz de saber que nada de ruim aconteceria a ele.
-Entao quer dizer que voce tambem foi poupado do trote? Pergunta Caio.
-Sim! Voce tambem foi?
-Sim! Eu conheço uma galera veterana, mas nao imaginava que voce tambem seria poupado. Sabe eu tava com medo do que eles podiam fazer com voce e a Lia. Disse ele com um semblante triste.
-Eu pedi pro Be proteger ela, acho que nao vai acontecer nada demais. Disse eu com esperança.
-Tomara! Eu nao pude avisar voces, o pessoal me pediu sigilo total, me desculpa. Ele disse sentando no chao de cabeça baixa.
-Ei calma! O Be tambem pediu pra eu nao falar nada. Eu queria que ele tivesse poupado voces tambem, mas ele me disse que nao podia, a galera ia ficar de cara.
-Eu entendo, espero que nao façam nada de mal com ela. Disse ele olhando pra mim.
-Eu tambem espero... sr. Uzumaki rsrs.
Caio apesar de ter seus 21 anos, era super fã de animes, e um dos seus favoritos era Naruto, que tem os cabelos loiros e espetados como ele (hihi). Eu tambem adorava, entao sempre conversavamos sobre os novos episodios lançados, da guerra contra a aldeia da folha, se Sasuke mataria Naruto ou vice-versa (rsrs) coisa bem geek mesmo. Na verdade o Caio era um criançao, e eu amava isso nele, com ele simplesmente podia ser eu mesmo.
-Ah vem pra ca baixinho. Diz ele me dando um leve puxao, e me fazendo sentar.- ja conversamos sobre esse apelido bobo nao? Pergunta ele fazendo uma carinha super fofa me repreendendo.
-Ah Caio eu sei, mas voces sao parecidos, ate no jeito meio "to nem ai, que se foda todo mundo" haha.
-Haha para com isso, nem sou. Diz ele rindo.
Eu começo a rir tambem, e derepente ele para de rir e me encara, de um jeito meio bobo, aquele famoso sorriso de canto de boca, com aqueles olhinhos brilhando, como um cachorrinho que pede colo. Eu me perco naquela imensidao, olhar pra aqueles olhos é como ver sua alma, seus segredos, seus medos, tudo se revela so em olhar os olhos daquele garoto que fazia meu coraçao bater lento, calmo. É como se tudo ali estivesse escuro, e uma luz focasse em nos.
-Que foi Caio? Pergunto envergonhado.
-Sei la, tava pensando, como nos tornamos amigos tao rapido. Responde ele desviando o olhar.
-Tambem nao sei leke. E a gente se aproximou que nem viu hehe.
-Pois é. Sabe aquele dia no estacionamento?! Eu ja queria me aproximar de voce, so nao sabia como. E fugi. Ele fala envergonhado.
Como um homem daquele tamanho, podia demonstrar tanta doçura?
-Eu tambem queria essa proximidade, mas tava com medo de ser rejeitado, ou que voce ja nao gostasse de mim, sei la. Eu disse o olhando.
-Pois é mano, mas aqui estamos nos, presos numa dispensa rsrs. Mas sabe que to gostando disso! Conversar com voce é sempre bom, me tranquiliza. Diz ele sorrindo pra mim.
-Sabe, voce tambem me passa isso. E aqui dentro, parece que temos nosso próprio mundo. Digo sorrindo de volta.
-É leo.. voce ta vendo animes demais. Ele diz isso e dá uma gargalhada.
-Ah sem graça!! Acabou com o momento "amizade" rsrs. Digo rindo tambem.
-Seu sorriso é bonito. Diz ele me olhando serenamente.
-Obrigado. Digo corando.
-Leo, voce confia em mim?
-Por que a pergunta, Caio?
-So diz se confia ou nao. Diz ele com expectativa.
Apesar de conhece-lo a apenas uma semana, sentia que poderia confiar naquele garoto com cara de sapeca.
-Confio. Digo sorrindo de canto de boca e olhando pra ele.
-Entao vem aqui, deita no meu colo. Diz ele se aproximando de mim.
-Mas pra que Caio? Pergunto meio confuso.
-So deita carinha!
Fiquei ainda olhando-o com expressao de duvida, mas eu queria tanto aquilo, nao sei porque, mas sentia necessidade de um contato com ele, sentir o seu cheiro, seu calor. Fui me deitando devagar em seu colo, pus minha cabeça nas suas coxas, ele pos a mao sobre mim, e começou a fazer carinho no meu braço.
-Eu nao sei porque, mas gosto tanto de voce. Diz ele fitando a parede branca.
-Eu tambem gosto de voce cara, e engraçado que foi assim, derepente. Digo o olhando.
-Voce sabe como gosto de voce leo, nao sabe? Ele pergunta agora olhando nos meus olhos.
Eu nao imaginava que isso ia acontecer assim, tao rapido, nem imaginava isso do Caio, que veio se aproximar de mim a dois dias. Mas nos tinhamos uma ligaçao, era como se fossemos amigos de longa data. Nutriamos um carinho especial um pelo outro. Mas naquele momento, diante daquela pergunta, eu nao soube o que dizer, so o olhei da mesma forma e sorri.
Caio aproxima o rosto do meu, cada vez mais, toco o seu rosto, fito seus olhos, em seguida pros seus labios, e depois fecho meus olhos, num instante sinto aqueles labios tocarem os meus, e em seguida começar um beijo suave, calmo, sinto o gosto de menta entrando pela minha boca e o expiro, abro devagar e sua lingua toma espaço nela. Ele coloca a mao no meu pescoço, e o traz com firmeza ao encontro de sua boca, sinto cada musculo do meu corpo contrair e depois relaxar. Passo a mao nos seus cabelos, beijando-o de forma mais intensa, colo minha boca na sua como se quisesse o devorar. Era como uma injeçao de adrenalina, estava em frenesi, meu coraçao acelerava e eu o beijava naquele ritmo, ate sentir ele desacelerar, quase parando. Entao ele solta meu pescoço, e aos poucos vai parando o beijo.
Paro e olho pra ele, encaro de forma inexpressiva, ainda tentando entender o motivo de te-lo levado a fazer tal coisa. Mas foi tao bom, o beijo mais doce que havia recebido até entao.
-Agora voce sabe como gosto de voce, nao é? Ele pergunta com aquele sorrisinho sapeca.
-Nossa Caio, isso foi... uau. Digo levantando.
-Eu quis isso desde que te vi la na sala, todo fofo me olhando, e depois corando rsrs. Eu tinha que sentir o sabor do teu beijo. Diz ele em seguida levantando tambem.
-Eu nao esperava isso de voce, Caio. Digo envergonhado.- Como voce sabia de mim?
-O jeito que voce me olhava, era fofo demais rsrs. Ele diz chegando perto e me agarrando pela cintura e dando um selinho.
-Hahaha isso e muito louco cara. Digo abismado.
-Eu gosto de voce uai, o que tem de louco nisso? Ele pergunta me soltando.
-Eu tambem gosto de voce leke. Digo o olhando com ternura.
Derepente a porta abre, e a Lia entra desesperada, e toda melada de trigo.
-Nossa gente!! O que ta acontecendo la fora nao é de deus. Diz ela sentando no chao.- Pera, o Bernardo nao disse que tinha salvado o Caio tambem.
-Lia!!! Ainda bem que o Bernardo te salvou daquele trote, tava preocupado. Digo rindo do estado em que ela se econtrava.
-Nao tem graça Leo, voce sabia que isso ia rolar e nao me avisou. Disse Lia fazendo uma cara de choro.
-Ohh Lia, me desculpa vai. Eu nao podia entregar o Be, ele ia se encrencar com os amigos dele. Disse eu sentando ao seu lado.
-Nao foi o Bernardo que me salvou Lia, foram meus amigos do setimo período. Me desculpa ta? Diz ele sentando do outro lado, fazendo ela ficar no meio.
-Tudo bem, ja ta feito. Diz ela emburrada.
-Ah nao faz essa cara! Caio...cossegas na Liaaa!! Digo eu indo pra cima dela.
-Naaooo!!! Diz ela ja gargalhando.
Ficamos ali por aproximadamente duas horas, nao queria nem pensar no que estariam fazendo com os calouros, tadinhos. Mas foi tao divertido estar ali com os meus amigos, a Lia disse que eles trancaram toda a casa, e sairam jogando ovos e untando com farinha de trigo, e que depois disso o Bernardo pegou ela e explicou que eu estava aqui. Rimos muito, brincamos de alguns joguinhos, e de vez em quando Caio olhava pra mim, e mandava um beijinho, ou piscava, ou so lançava aquele sorriso safado dele, e eu apenas ria daquela loucura toda.
O Bernardo chega, e explica que o trote ja havia acabado, e os veteranos sao quase linchados ali, mas que conseguiram contornar a situaçao. Saímos da salinha e fomos rumo a saída, ja que a festa havia acabado.
Bernardo me faz andar um pouco mais devagar que os demais, fazendo Lia e Caio irem na frente.
-Que bom que voce nao tava la Lekinho, aquilo nao era pra voce, me sentiria tao mal se tivesse caido naquilo. Diz ele olhando pro chao.
Era tao fofo o jeito que ele cuidava de mim, eu sentia um carinho imenso pelo Bernardo, me sentia protegido.
-Mas nao aconteceu nada comigo Be, pode se despreocupar. Digo sorrindo.
-Eu sempre vou me preocupar com voce. Diz ele passando o braço pelo meu ombro e sorrindo.
O contato com a sua pele provocava como se fossem pequenas descargas elétricas dentro de mim. Era como se eu ligasse a cada toque daquele homem. Seus cabelos eram compridos, mas nao tanto, mechas caiam em seu rosto, e aqueles olhos castanhos simplesmente me hipnotizavam, e aquele sorriso, simplesmente ilumina tudo ao redor.
Sorri pra ele, e chegamos onde estavam os carros. Me despedi dele, e logo em seguida fui me despedir dos meus amigos. Caio me lança um olhar meio estranho, eu nao entendia, mas tambem nao podia perguntar o porque.
Fui pra casa, dirigindo como se estivesse em outro mundo. Nao prestava muita atençao, mas consegui chegar em casa. Deitei na minha cama, e senti como se estivesse deitado em nuvens de algodao. Toco meus lábios, nao acreditando no ocorrido, adormeci, com um sorriso no rosto.
Pessoal, devido o tamanho do texto hj nao vou poder dar os recados por aqui :( mas respondo a todos nos coments dessa parte, adoro voces. Pode deixar que no proximo respondo a todos. Vlw gente, vcs sao os melhores do mundo!!!
