O beijo fez Nico perder as forças. Seu corpo mudou de frequência. Era doce e gentil. Como uma borracha apagava o grafite, o beijo de Rafael fazia todos seus problemas sumirem. A única coisa que importava ali era a conexão existente entre os dois.
As mãos de Nico percorriam pelas costas de Rafael, eles estavam beijando apenas com os lábios. Mordidas leves foram implantadas na boca de Nico. Os dois arfavam, respiravam pela boca com pequenos gemidos sendo cortados por mais beijos. Rafael esfregava seu corpo fazendo o pênis dos dois entrarem em uma sensual luta de espadas. O fato deles estarem ainda vestidos transformava a cena mais erótica e provocativa. O desejo era palpável no ar.
Rafael beijou a bochecha direita de Nico, fazendo uma trilha com a boca até chegar ao seu pescoço. Ele retira seu corpo do centro das pernas de Nico, encaixando a perna esquerda do menor entre as suas.
Ele começou a lamber o pescoço enquanto esfregava seu nariz por detrás da orelha de Nico. O hálito quente, sua respiração cortada, seus gemidos fizeram o outro ficar muito excitado. Rafael começou a balançar sua cintura, esfregando seu pênis sobre a coxa de Nico, a fodendo.
Nico nunca havia sentido tanto prazer na vida. Seu corpo implorava por mais endorfina que era produzida pelo ato. Ele então começou a passar a mão direita nos cabelos de fogo do seu companheiro. A mão esquerda vagava pelas costas e ia de encontro à bunda, apertando-a.
A química dos dois era intensa, a sensualidade e a sexualidade eram balanceadas com o nítido carinho e respeito de um com o outro. Quem poderia falar que isso era pecado?
Rafael começou a chupar o pescoço dele. Ao sentir a pressão da boca, Nico deu um gemido luxurioso que fez Rafael dar um sorriso cheio de tesão. Ele deu selinhos em Nico enquanto fitava os seus olhos. Seus olhos estavam negros de prazer. Duas ônix pretas. Já os de Rafael estavam tão claros, tão acesos que dependendo do reflexo da luz pareciam cristais.
Rafael puxou Nico fazendo um ficar sentado de frente para o outro.
- Você é tão gostoso. – Rafael gemeu.
Nico deu outra gemida em resposta. Lentamente um começou a tirar a camisa do outro.
O ruivo começou a passar a mãos pelo peitoral do ruivo. Deslizou suas mãos pelo abdômen circundando o dedo pelo umbigo e voltando aos peitos. Apertou levemente os mamilos entre seus polegares e indicadores. Nico o puxou pelo cabelo e grudou sua boca nele.
A língua deslizava por dentro da boca. A conexão dos corpos estava estabelecida. Nenhum dos dois eram virgens, mas também nenhum deles havia sentido o real prazer. Sexo para Nico sempre foi obrigação e sexo para Rafael sempre foi por fazer.
Nico empurrou Rafael na cama e retirou sua meia e sua calça lentamente. O pau dos dois já doíam de tanto ficarem presos e imploravam por liberdade.
Nico pegou o pé de Rafael e fez uma massagem. Descobriu que adorava preliminares e queria ver seu homem em ebulição. Ele pegou o pé do ruivo e colocou o dedão em sua boca.
- Ahh! Você quer me torturar mesmo não é? – Rafael estava nos Elíseos.
Nico deu um sorriso safado e começou a fazer um caminho de beijos e chupões na extensão da perna. Ao chegar no joelho, ele deu uma mordida enquanto olhava profundamente para os olhos azuis. Com a língua percorreu toda a coxa até chegar por entre as pernas.
Começou a massagear o pacote eriçado à medida que lambia e chupava a virilha.
Certamente, amanhã ali teria um hematoma.
Nico puxou o elástico do lado da cueca de Rafael e tirou seu pau. Com a boca começa brincando com as bolas, sem pressa.
Rafael chupava o dedo indicador de Nico quando foi abocanhado. A intensidade do prazer foi tamanha que ele quase caiu da cama. Não querendo ficar para trás tratou logo de tirar a bermuda de Nico.
- Diz pra eu ficar mudo faz cara de mistério. Tira essa bermuda que eu quero você sério.
Rafael cantava bem baixinho, só para o outro ouvir.
- Uh! Eu quero você como eu quero - Nico completou.
A noite estava estrelada. A lua estava em uma perfeita esfera emitindo sua luz por entre as janelas com cortinas brancas.
Um sugava o pau do outro com força, desejo e vontade. O desejo reprimido por doze anos se manifestava de forma intensa, mas ao mesmo tempo com muito carinho de ambas as partes.
Nico virou de bruços para finalmente ter Rafael.
- O que você está fazendo? – Ele perguntou curioso.
- Ãh, é nessa parte que a gente faz... – Nico estava vermelho.
- Nico, eu nunca faria com você de costas. Com você eu quero sempre de frente comigo, um com o outro, um olhando para o outro. Isso é mais que sexo para mim.
O rubor dele aumentou fazendo Rafael lhe dar um selinho.
- Vem cá. – ele disse a Nico antes de penetrar.
O pau de Rafael entrou todo e se encaixou perfeitamente na bunda de Nico como um quebra-cabeça. Um corpo feito para o outro.
Os dois gemiam alto, urravam e as vezes até gritavam. Rafael fodia a bunda macia e quente de Nico ao passo que este beijava sua boca.
O som do ploc-ploc das estocadas fez o dele babar. O ruivo passava o dedo e limpava com a língua.
O corpo deles já estavam suados, o ritmo se manteve por algum tempo.
- Eu quero ser seu agora. – Rafael falou entre suspiros.
- Tem certeza?
- Sim, eu quero ser seu de todas as formas.
Nico não escondia que estava morrendo de vontade de invadir seu amado. Seria uma conexão perfeita para um momento perfeito.
E assim o fez, ele lubrificou o seu pau com saliva e forçou na entrada.
Eles queriam que aquilo nunca acabasse.
Nico comia e beijava Rafael quando o gozo anunciou. Ele acelerou os movimentos. O pênis de Rafael era masturbado pela fricção da barriga dos dois. Ele uniu suas mãos com as mãos do ruivo e estendeu os braços para cima da cabeça. Não aguentou muito mais e se esvaziou dentro do homem que estava apaixonado.
- Eu te amo – disse Rafael.
- Eu também te amo – Nico falou antes de pegar no sono.
Nova Orleans – 18 de Dezembro de 1994
“Sexo é escolha. Amor é sorte”
(Rita Lee)
Rafael acordou naquela manhã muito disposto. Sua felicidade era tamanha que o sorriso estampado no seu rosto fez ele rir de si mesmo.
Ele se levantou da cama, mas antes viu Nico dormindo e cobre seu peitoral desnudo com o edredom dando um beijo em seus cabelos.
Aquela Casa estava muito silenciosa. Quando se tocou que hoje seria o “despacho” do corpo de George teve um calafrio na espinha. Por isso resolveu pegar alimentos logo na cozinha e subir para namorar mais.
Pezão estava na pia lavando as mãos.
- Onde está minha mãe? – perguntou indiferente.
Pezão não teve tempo de responder quando uma mulher atrás de Rafael falou:
- Agora!
Essa frase foi a última que Rafael ouviu, antes de receber uma pancada na cabeça.