“Cocozinho amado!! Bora no shopping!!!!!!!” Olhei tipo “ãn?” para o celular vibrando sete horas no criado-mudo, sete horas da manhã num domingo!! Era Ana, tinha que ser!
“Que crime, me acordar agora!”, enviei. Meus olhos doíam.
“Crime nada! Bora no shopping, tô passando ai. Agora!” – Ana.
“Ai, não sei se quero ir para essa droga! Não combina com minha cara Bahhhh” – Eu.
“Vai tomar teu banho!” – Ana.
“Tudo bem, mamãe, vem logo para cá!” – Eu.
Fui me arrastando até o banheiro, escovei meu dente, troquei de roupa. Lembrei do Augusto, own, tão fofo! Fui comer meu cereal, minha barriga me brigou. Empurrei aquela tigela fazendo cara de nojo.
— Olá, filho! E ai falou como foi sua noite de babá? — mamãe riu.
— Para minha primeira vez foi ótima — ri, pegando um copo. — aprendi legal com a vovó e o tio Cristiano. — comecei a encher meu copo com água.
— Vai aonde todo arrumado?
— Ao shopping. Ana me acordou tipo uma da manhã, só que não, para ir ao shopping!! — falei estupefato.
— Vai se divertir, tá certo. — Sorrindo e mordendo uma torrada, sentada numa cadeira da lateral esquerda.
— Cadê o papai? — perguntei.
— Foi ao club.
— “Bored” — A campainha apitou. Fui até a porta. — Amiga! — falei abrindo-a.
— Fala mano! — falou ela me abraçando.
— Bora aqui na cozinha. — Voltei para à cozinha — Mãe! Necessito de din-din. — Sorri.
— Bom dia, Dona Amélia.
— Bom dia, amorzinho.
— Mãe, não ilude, fala logo no superlativíssimo absoluto. — Levei um tapa na bunda de Ana.
— Aqui. Deixa de ser chato com a menina! — Ela puxou quinhentos reais. — E escolhe uma fantasia que preste!
— Ãn? Como a Sra sabe?
— Diretoria da escola noite e dia.
— Eu hein, tô ficando com medo da Sra! Espiã agora é? Bora logo, Ana.
— Tchau, Dona Amélia.
— Tchau, filha.
— Bora pegar um táxi lindo — rimos. — E ai, já sabe qual vai ser a fantasia? — perguntei.
— Não. — Olhamos para o carro de Augusto.
— Devias pensar em algo meio que tipo Focalicia. — A gente riu e ela me bateu. — Acho que vou de Nazaré Tedesco com um ventilador na mão — Abri-me no riso.
— Ui, vingativo.
— Sempre.
— Bora logo que daqui a pouco o shopping fecha.
— Teu rabo! — Rimos.
— Tô meio doida hoje. — Estávamos na rua da casa de Augusto, ele tava saindo de lá com óculos de sol.
— Tô ven... — pausei. Fingi amarrar os sapatos. — Perai. — Queria me fazer de difícil.
— Ei, Henrique! — Ele gritou.
— Olha teu namorado vindo ai. — Sussurrou Ana.
— Para sua chata! — No meu intimo estava pipocando de felicidade. — Ele não é meu namorado!
— Vou jogar meu ventilador em ti — falei me levantando, ela riu.
— Aonde vocês vão? — Augusto perguntou.
— Ao shopping. — falei, Ana começou a mexer no celular.
— Eu posso levar vocês. — falou.
— Não precisa, nós vamos pegar táxi. — falou Ana ainda com os olhos no celular.
— Vocês ou tu? — falou ele. Ana caiu com a cara no chão.
— O teu porre ainda não passou?! Que grosseiro! — falei.
— Desculpa — falou ele.
— Tudo bem. — falou ela tirando os olhos do telefone.
— Venham comigo. Ok?
— Bom, eu tenho que ir ali então vou pegar um táxi. Beijos. A gente se encontra lá! — falou ela correndo.
— Ana!! — Ela já estava longe.
Tivemos que voltar para frente de casa, onde estava seu carro. Mas enquanto isso conversamos:
— Tás vendo o que tu fez! Levou minha amiga para longe de mim!
— Passas muito tempo com ela! Tens que botar nessa cabecinha que tu é só meu!
— Ai, eu vou baldear em cima de ti, tás muito enjoativo! Eu hein! — Ele desativou o alarme. Entrou, entrei no banco de trás.
— Ei, ei o que estás fazendo ai? — falou ele olhando para trás. Tirou os óculos. — Pode passar para cá para frente!
— Não enche!
— Bora eu gosto estar perto de ti.
— Tudo bem. — Fui para frente.
— Obrigado — Ele ligou o carro. — Obrigado também por cuidar de mim ontem. Sério que tu gosta do meu peito e da coruja? — falou ele rindo
— Claro, por que não gostaria? São gostosos. São... — fingir pensar — Pegáveis, yummi... — Minha língua manifestou sua opinião.
Sorrimos.
— Uou, gostei! — falou ele rindo.
— É, eu sei. — O carro estava rápido. — Diminui a velocidade! Nem tô com pressa.
— Para que está indo ao shopping?
— Para comprar/ajudar Ana a comprar uma fantasia ridícula...
— Qual vais usar?
— Nazaré Tedesco. — Ele riu — Tu vais ser o taxista Gilmar — Eu ri para trás como a Nazaré Tedesco.
—Por quê?
— Ela matou ele na banheira — ri.
— Nossa, me deu até medo. — falou ele com os olhos arregalados. — Eu queria te agradecer por ontem. Nossa... — Ele fez uma curva, ele estava pegando o caminho mais longo. — nunca ninguém tinha feito aquilo comigo. Eu vou te fazer uma surpresa
— Não precisa — Soltei um risinho. — Foi um bom é... foi um bom momento, agradável.
. — Mesmo estando meio embaçado vou guardar aquelas nossas lembranças para sempre.
— Mesmo que fiques com a Julia, Jeca, Jéssica sabe-se lá que diabos se chama.
— Cara, tenho necessidades, não adianta ficares nisso. — falou ele olhando para o outro lado da via. — Tu não queres ficar comigo então... Ela quer... Mas se tu quisesse ficar comigo, tu me terias assim. — Ele estalou os dedos. — Sim, ficaram comigo para sempre.
— Tchau. — Chegamos, estávamos em frente ao shopping. Soltei meu sinto. — Obrigado.
Ia lhe dar um beijo no rosto. Ele virou e foi na boca, logicamente, rolou um beijo bem lento. Toquei bem onde ficava minha tatuagem. Ele sorriu no meio do beijo. Bateram na janela. Terminamos com três selinhos. Ele baixou-a.
— Oi — disse ao guarda.
— Não pode estacionar aqui. — disse o velho guarda.
— É, bom dia. Tudo bem, ele só veio me deixar aqui. — Olhei para o guarda e depois para Augusto. — Tchau, Augusto.
— Tchau. — falou ele coçando a cabeça, pareceu-me aborrecido. Sai do carro.
Segui com o guarda até a entrada do shopping, saquei meu celular e comecei a ligar para Ana, a lisa, vivia sem créditos.
(Na linha)
— Alô! Em que andar tás?
— No primeiro, vendo uns sapatos. — disse ela.
“Não, esse não, tá feio.” Falou ela para, com certeza, para uma vendedora.
A ligação caiu.
— Mal-educada. — pensei que ela tivesse desligado.
Fui até a outra entrada, onde ficam as sapatarias, ela estava logo na frente. Vi com um par de sapatos com os saltos enormes. Tinha um laço enorme e coberto por lantejoulas douradas.
Chegou uma mensagem.
“E ai, já posso me considerar namorando?”. Olhei, não respondi.
“Ficastes linda.” Enviei para ela estava com o se olhando no espelho. Estava com um vestido branco florido e aqueles sapatos que se completavam e ficavam perfeitos. Ela olhou a mensagem e olhou através do vidro da loja. Entrei.
— Sério, migo?
— Claro!
— Vocês teriam sapatos para enfermagem?? Todo branco de cadarço e macio, por favor.
— Ah, sim claro. — falou uma moça com um rabo de cavalo. — Acho que temos um no estoque.
— Como assim? — Me olhou Ana.
— Vais saber o porquê.
— Tudo bem. Que detalhista... — disse ela olhando os outros ao redor — Macio, branco e com cadarço — falou me imitando numa voz meio fina de mais.
— Será que vai ter bebida lá? — perguntei.
— Por quê? Quer tomar uma que desce redonda?
— Aqui está. — disse a menina do rabo de cavalo.
— São trinta e sete! Perfeitos! — exclamei quando vi aquelas maciosidades. — Pode embrulhar, por favor?
— Claro que sim. — A vendedora disse.
Eu e Ana pagamos os pares de sapatos, saímos da loja.
— Migo, cê tem alguma coisa com aquele cara? — Falou caminhando até a escada rolante.
— Claro que não.
— Tá de brincadeira com a minha cara?
— Dãh, não
— Ok... Então vais mesmo para a festa de Halloween?
— É uma tradição norte-americana totalmente dispensável, é ridícula!
— Tá, mas vais?
— Acho que vou me vestir de enfermeiro sangrento. ‘Slá’, só acho que seria legal — Ri.
— Enfermeiro? — Ergueu a sobrancelha.
— É! Lindo, não? — Fiz expressão de pensativo.
Ficamos no shopping até de noite quando estávamos comendo pão de queijo com um copo de chocolate fervente na Casa do Enroladinho, fica à entrada do shopping. Mamãe me ligou me mandando voltar para casa.
— Amiga, foi ótimo esse dia, olha como estou acabado. Amanhã de mão não me ligue, pois, estarei no meu sono de beleza. Dei um beijo em sua testa e Tiago entrou no shopping.
— Tchau, Tiago
— Mas já?
— Já. — Falei com três sacolas em meus braços.
Cheguei em casa exausto, já sabia por o que esperar. Olhei para o sofá mamãe e papai, eles conversavam com Augusto.
— Sério, filho, que bom. Mas você pensa em assumir a empresa de seu pai?
— Não, não. Mas tenho minhas ações já na empresa.
— Filho! — disse mamãe ao me olhar em pé.
— Ei, vim agradecer aos teus pais por ter deixado me levar em casa ontem. — falou com um sorriso safado.
— E eu fiquei muito lisonjeado e gostei muito do bolo, meu favorito! — Olhei para a mesa e era verdade um bolo gelado de chocolate com glacê.
— Ora, mas quem não gosta de bolo de chocolate? — falou ele simpático.
— Bom sendo assim vou para ao meu quarto. Boa noite a todos, tchau. — subi as escadas.
“Vá lá! Vá lá!” sussurram meus pais para Augusto.
Eu estava quente, deitei-me na cama fresquinha. Logo Augusto subiu com um Playstation 3 ao seu lado.
— Bora jogar? — Colocou na prateleira de vidro onde ficava meu WII.
— Odeio videogames! — Ele carregou meu WII até a escrivaninha mínima.
— Tua mãe me disse que tens um WII. — Veio até perto de mim.
— É, mas eu só gosto de jogar às vezes! — Revirei os olhos.
— Bora!! Por favor! Vou dormir aqui contigo hoje, viu? — Estava de barriga para cima e com as pernas para fora da cama.
— Nossa, não sabia que papai tava tão a perigo de perder a empresa. Para vender o próprio filho, meu Deus! — Girei-me, ficando de barriga para baixo.
— Se tivesse a venda eu compraria. — disse ele sentando e tocando na minha coxa.
— E eu me mataria! Fecha aquela janela, a cortina também, por favor? Ah, e liga o split, por favorrrrrr?
— Tudo bem!
Fui ao banheiro trocar de roupa e escovar meus dentes. Quando sai ele já estava de cueca jogando Bulletstorm. O jogo era nojento e cheio de sangue e “headshot”.
— Quer jogar? — disse ele.
— Tu sabes que não! E nem dá!
— Tá bem informado, hein? — Ele beijou minhas pernas.
— Só sei das coisas. Pareces um crianção!
— Só que eu dou a mamadeira
— Que engraçado — fingi rir. — A porta do quarto se abriu.
— Tudo bem?
— Aham. — Eu disse. Fui até minha cama.
— Tudo ótimo. — falou ele sorrindo e atirando em algum tipo de bicho anormal.
— Bom. Boa noite. — Não respondi e me deitei me cobrindo, ainda olhando para a parte em que Augusto e papai estavam.
— Boa! — falou Augusto.
Ouvimos papai caminhar até o final do corredor e escutamos o fechar da porta. Augusto levantou-se, fechou a tranca. Ele estava extremamente gostoso com aquela cueca boxer branca da Lupo. Virei-me. Ele foi até o banheiro.
— Posso usar tua escova? — falou ele balançando-a entre dedos.
— Claro... — me virei — que não! — Ele deu a volta e no banheiro
— Por que não? — Ele pulou na cama, começou a fazer-me cócegas. Eu não consegui controlar o riso.
— Para! — falei rindo. — Seu bobo! — Ele se aproximou do meu rosto e nos beijamos. Mas eu pausei. — Tô cansado.
— Tudo bem — falou ele. Virei-me para o lado. Ele estava tentando encaixar minha cintura na dele. Ele já estava pronto para...
— Para Guto! — falei rindo.
— Gostei, né, amor? — Ai mesmo que ele se enroscou em mim. Beijando meu pescoço. A porta começou a ser arranhada.
— É o Deco. Abre lá? — Ele se desfez do abraço, rapidamente, e suspirou. — Por favor, por favor? — falei choramingando.
—Tá, tá. — Ele foi resistente abrir a porta
Deco entrou e subi na cama ficando no lugar dele. Quando ele travou a porta de novo e se virou.
— Ê rapá, o que que isso? — Ele olhou para o Deco que se escondeu em mim. Eu peguei Deco abracei e beijei sua cabeça.
— É meu menino! Rum, não mexe com ele!
— Nada disso — disse Augusto.
Quando ele fez menção de retirar Deco de perto de mim. Deco começou a mostrar seus dentes, eu comecei a rir.
— Tira ele daí, amor! — falou assustado. Eu já nem reclamava mais de ele me chamar de amor. — Vamos, quero me deitar.
— Ah, mas tá tão bom... — falei sorrindo e analisando seu corpo esguio e bonito.
— Se tu tirar ele daí vais poder fazer outras coisas além de olhar. — Ele continuava pronto.
— Não sei, não. — eu ri. — Sai Deco. — Deco saiu.
Augusto se deitou ao meu lado. Eu me aconcheguei ao seu lado abraçando-o. Ele sorriu e beijou meus cabelos.
— Sabe eu me lembro direitinho como eu te conheci — Eu disse. — Tavas assim mesmo — Ri.
— Eu fiquei morrendo de tesão por ti. — falou ele.
— Tá bom, vamos dormir.
Senti-me tão amado, seguro, protegido, ‘slá’... Realmente estava gostando dele. Ele exalava seu cheiro de dominador pelo quarto. Dormi sentido-oDesculpem-me pela demora!! Meu PC tá com problemas e só gosto de escrever nele. Então não será minha culpa se eu não postar, mas já estou resolvendo o problema. Se tiver algum erro me desculpem, pois eu estava tentando escrever antes que meu PC desligasse. E ainda haverá muita água para rolar.
Beijos!!