Coração Indeciso - Capítulo XXIII

Um conto erótico de Arantes, Henrique.
Categoria: Homossexual
Contém 1665 palavras
Data: 06/01/2014 17:17:57
Última revisão: 15/03/2014 22:06:39

Acordei suspirando borboletas, em cima de seu peito. Ele estava todo esparramado. Quem poderia imaginar que aquela carinha tão linda poderia ser de um safadão? Sei lá eu acho que ele deveria fazer isso com todos, deveria ser seu dom — confundir.

Ele se espreguiçou, ele havia acordado. Nossa, por mais que não fosse meu namorado e eu quisesse me fazer de difícil, dava uma vontade imensa de ficar o dia inteiro ali com ele. Lembrei-me dele na varanda do seu apartamento. Tão cínico com relação a sua listinha de paquera. De impulso empurrei-o.

— Au! Que foi?

— Cínico!

— Por quê? — perguntou ele rindo.

— Porque sim! — Me levantei, rindo. Cobri-o com o cobertor até a cabeça.

— Agora quero entender! — disse ele saindo debaixo do lençol. Ficou deitado com o sorriso solto.

Fui até minha escrivaninha, peguei meu computador. Sentei-me na poltrona em cima de minha perna dobrada.

— Esse teu sorriso já diz tudo! — falei ainda rindo. — Típico brasileiro de Zé carioca: Malandro, preguiçoso, esperto. — Eu ri desviando meus olhos do monitor para ele na cama, agora deitado de bruços. — Vais me dizer que não? — Ele riu.

— Vai dizer que não gosta disso!? — disse ele ficando de pé.

— Ai depende... — falei com um enorme sorriso.

— Depende do que? — falou com o rosto perto de mim.

— Da potência. — falei rindo, fechando e empurrando-o junto com o computador.

— Ah, é? Tá duvidando de mim? — Ele me empurrou em cima da cama e abriu minhas.

— Tô. — falei rindo. Ele veio em cima de mim e começou a fazer cócegas em mim. Depois fingiu que me penetrava, eu o senti!!! Ele me fez rir tanto que eu gritei muito alto. Tentei me controlar tapando minha boca.

— Ai para seu caralho! — ri mais. — Quer me matar é? Quase me mijo de rir! — falei.

— E agora sentiu legal? — Ele riu tentando me beijar. Empurrei-o para o lado. A porta se abriu e Bruno entrou.

— Que orgia legal — falou ele pegando o volume por cima da bermuda.

— Arrrrrr, sério — Me levantei. — Vou pegar alguma coisa para gente comer, tá bem, Augusto?

— Eu também quero, viu? — falou Bruno se sentando na poltrona.

— Hein? Cadê o Guto? — falou augusto.

— Não sei, meu Deus!, cadê ele? — Fiz cara de assustado. E sai do quarto.

“Pra que eu fui beber água e deixar a porta aberta!?”, pensei. Grrr!! Às vezes à noite me dá muita sede de noite. E nessas idas o Deco sempre desce comigo.Fui à cozinha e peguei uma garrafa de Coca-cola Zero; fatias de queijo e presunto.

— Oi, meu lindo! Não fala mais não? — falou Cida da sala.

— Cida, minha gata linda cheirosa magnífica!!! — Dei um cheiro em seu pescoço.

Subi com a bandeja em mãos.

Bruno e Augusto estavam jogando “Pro Evolution Soccer 2012”. Sei lá... Eles estavam felizes? Que ótimo, mas tchau! Que eles juntaram as piores coisas para mim!

— Está aqui. Se vocês quiserem venham pegar. — falei deixando a bandeja em cima da escrivaninha — Vou para a varanda. — Peguei meu Harry Potter e as Relíquias da Morte, meu copo de coca e meu sanduíche.

— Ai, credo tu ainda lê livro de criança! — falou ele rindo.

— Melhor ser criança do que virar um babaca como tu! Rá! — Fui para a varanda.

Só ouvia Augusto rindo... A varanda estava um Deus nos acuda; muito, muito quente! Então peguei minhas coisas coloquei no balanço de ferro e arrastei-o para o lado em que não batia sol. Logo depois d’eu ler as primeiras páginas e ler “A Ascensão do Lorde das Trevas”, Bruno aparece. Nem desvio os olhos do livro, mas já havia perdido a concentração.

— Teu namorado tá te traindo... — falou ele.

Bruno se sentou ao meu lado. Abaixei o livro e olhei para o lado. Quando eu ia falar com Bruno... Nem podia acreditar! Ai, meu Deus, Ricardo estava na varanda! Bruno escutou a escola de samba que se formara em meu peito. Na minha cabeça vinha Paula Toller cantando em minha cabeça. Bruno se levantou com raiva, o refrigerante emborcou, molhando-o. Soltou um “Porra!” ele saiu dando de encontro com Augusto que estava adentrando na varanda.

“Sorte que virou tudo nele.”, pensei.

Acho que Augusto deveria estar falando com uma de suas quengas ao celular. Não me importava mesmo... Ou sim? Acho que deveria ficar só em beijinhos mesmo e parar por ai, mas do jeito que Augusto era irreverente, duvidava que por ele ficasse somente nisto.

Augusto quis assumir uma pose que não era dele, a de meu “dono”, a duvida voltou, ou sim, ele era? Eu o ignorei, ele tinha as coisas dele e eu tinha as minhas. Participávamos tipo de uma amizade colorida, sem a parte do sexo, só que mais ou menos.

Sempre que eu pensava em Ricardo ou via-o escutava em meu “cérebropod” as músicas do Kid Abelha... Sei lá, era instantâneo.

Augusto encostou-se ao peitoril da varanda, olhava para mim. Eu já estava com o rosto afundado no livro, mas olhando pelo canto do olho para o corpo perfeito de Ricardo, uma perfeição, para mim, olhei-o nos mínimos, grandes, detalhes. Grandão, fortão, tudo ‘ão’. Enquanto o Augusto, o Augusto era o Augusto! Mas Ricardo me despertava algo selvagem. Sei lá, às vezes eu gostava de um exagero... Mil e um retratos, montagens e essas coisas minha e dele no meu computador. Ricardo saiu da varanda.

Fuzilei Augusto com meus olhos. Ele riu. Entrei em meio ao ar frio no quarto. Bruno estava seminu, só de cueca cinza. Mostrava seu corpo e musculoso. Me olhou.

— E ai, não sou melhor? — falou ele se contraindo todo.

— Melhor do que o que? Me explica. — falei.

— Agora virou homem foi?

— Tás louco? Eu sempre brinco com o Augusto. Só isso.

— Rá, sei. — falou Bruno. Augusto riu. Augusto voltara para o videogame.

— É, eu gosto muito de brincar. — disse Augusto, rindo, do carpete. Joguei meu sansão, que estava na prateleira ao meu lado, na cabeça dele.

— Para de graça, Augusto! — eu disse.

—Ai — Augusto e o coelho soltaram, cada um, um tipo de barulho. Bruno ficou rindo, se sentou ao lado de Augusto. — Doeu.

— E era para doer! — resmunguei. Me deitei na cama gelada e desarrumada. — Égua, só fala merda!

— Vish, tá usando todas as palavras do cérebro dele. — Bruno falou rindo. Levantei minha cabeça uns cinco centímetros da cama e fiz cara de nojo para ele.

— Meu Deus! — fingi estar surpreso. — Ele sabe falar cérebro. Um Milagre! Me acordem qualquer coisa.

—Ei, não dorme!! — disse Augusto se levantado. — Ai não tem graça. — chamei ele para mais perto de mim.

Disse em seu ouvido : — Babaca — Fechei meus olhos.

— Não faz assim.

— Não me beija. — sussurrei. — Ei, Bruno, deixa de ser enrustido e vem beijar teu irmão.

Tipo só olha quem tava falando em ser enrustido...

— Eu não, chama a Vanessa. — falou Bruno, rindo, do videogame.

“Outra puta.”, pensei.

— Não me dou com putas. Vai tu que vive com as rameiras! — falei rindo.

— Ei, porra, tu nem conhece a Vanessa! —falou ele vestindo a calça.

— Nem quero! — falei dando de ombros.

— Tchau. — falou ele. — Depois tu leva meu videogame lá para mim.

— Ei, a gente tava brincando, Augusto! — falou Bruno, mas Augusto já estava longe.

— RÁ — Dei um gritão — TÔ POUCO ME FERRANDO.

— Cara, não sabia que ele ia ficar assim. — disse Bruno. Desligando o videogame.

— Que foi Henrique? — gritou Cida do andar de baixo.

— Nada! —Gritei.

— Tu vai pedir desculpas para ele?

— Não! Claro que não. — Me levantei. Peguei meu computador em cima da poltrona. — Dificilmente, faço isso. Tava brincando... — Sorri malvado.

— Bom já vou. — disse Bruno se levantado.

— Quem é essa Vanessa? — perguntei me endireitando na cama. E me cobrindo com o edredom. — Menino cobre isso! — Olhei para ele, havia uma protuberância enorme na cueca. Joguei um travesseiro nele. Desviei o olhar, me cobrindo.

— E ai, gostou? — falou ele fazendo pose.

— Para, não quero mais brincar! — eu disse

— Mas quem disse que eu quero brincar de gato e rato? Quero brincar de pega-pega. — falou ele levantando as sobrancelhas.

— Tu é um ridículo, vai te cobrir! — falei.

— Vanessa é a noiva dele. — falou. — Mas em outro assunto, eu não te mando cobrir esse tesão. — Ele apertou minha bunda. — Porque é ótimo! Imagina a nossa combinação? — piscou.

— Agora chega, Bruno! Vai para tua casa. — Sentei-me na cama.

— Ah, se lembrou da secretária, foi? — falou ele se sentando na poltrona. Apertou o volume todo, sentado todo “aberto”. Quiçá ele notara que eu não gostara da noticia e queria me distrair.

— Era para eu ter te expulsado! — falei rindo. — Mas é sério que ele é noivo. — falei querendo lagrimar.

— É sim — falou ele. Mas logo tentou desviar o assunto. — Eu sei que tu gosta de mim. — rebateu.

— Claro que não. — falei voltando às cobertas.

— Então por que tu retribui meus olhares? — falou ele se vestindo.

— Retribuo nada! Vai embora, Bruno tás ficando chato!

— Tá, tô indo, mas eu sei das coisas. — E quando ele ia saindo — E de noite a gente vai se ver mesmo.

“Tu que pensa.”, pensei me embrulhando. E coloquei uma música para tocar no me celular. Começou a tocar “Doce Vampiro – Rita Lee”. O cheiro de Augusto estava lá.

Quer dizer que o único cara que realmente tinha um “relacionamento”. Era realmente um safado! Ah! Que imbecil sou!?

E quando acordei já era finalzinho da tarde quando acordei, não tinha nenhuma mensagem de Augusto em meu telefone. Tudo bem eu vou me afastar que nem da última vez.

“E se ele voltar bêbado me procurando ainda vou dar mais whisky para ele entrar logo em coma alcoólico!”. “Ele que fique com as orgias dele! Ele é tão AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH”, pensei gritando dentro de mim. Não queria ir para festa nenhuma! Desliguei meu telefone e cai num sono gostoso e bom. Daqueles que se pode curtir a calma, pois, nada aconteceE ai, vocês agora? ^.^ KKKKKKKKK

AHHHHHHHHHHH! Tive um treco com vocês! Muito obrigado por comentarem. E esse conto foi meio curtinho, pois o outro será um gigantão. Será que eu consigo?>.< Beijão. Só digo mais: Emocionadíssimo com ocês KKKKKKKKKKKK’ Ç.Ç

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