Aline, Ana, Nanda e Claudia chegaram juntas. Rapidamente o Fê se vestiu e nós descemos para recepcioná-las. Ficamos conversando até o resto da galera chegar.
Todos estavam lá por volta das três e meia. Sempre alguém se atrasava, era impressionante. Comecei a falar do show e da banda.
- Bom gente, não nego que foi espetacular fazer aquela apresentação. Me senti muito bem em cima do palco encenando algo. É muito bom. No entanto, não sei se quero continuar com isso. É uma responsabilidade enorme.
- Também acho que seja uma grande responsabilidade. – Disse a Aline. – Mas eu quero continuar. Sempre quis fazer algo do gênero e agora que estou tendo a oportunidade não vou jogar fora.
- Olha gente, eu sou da seguinte opinião: foi bom, foi maravilhoso subir ao palco e cantar, ainda mais ganhando em primeiro lugar – Disse o Felipe. – Mas sinceramente, eu não quero continuar com isso não. Vai mudar toda a minha rotina. É muita responsabilidade pra um garoto de dezesseis anos. Eu não quero.
- Bom, eu concordo em gênero, número e grau com a Aline – Disse a Claudia. – Amei fazer aquilo e quero continuar.
- Eu to com o Léo, to em cima do muro – Disse a Jaque.
- Bom, eu quero continuar. Não tenho nada a perder, pelo contrario! – Disse o Igor.
- Eu to fora. – Disse o Fernando.
Olhei pra ele e fiz uma cara de surpresa, afinal ele tinha dito que ainda não sabia. Mas decisão era decisão.
- To dentro – Disse a Ana.
- Não quero continuar – Disse a Bruna.
- Eu ainda não sei. – Falou o Dani.
- Eu não sei também – Disse o Thiago.
- To fora – Disse a Nanda.
- Gente, vamos organizar. Quem não quer continuar senta lá naquele ultimo sofá que ta vazio. Por favor, só pra mim ter uma noção.
A Bruna, o Felipe, o Fernando e a Nanda se levantaram e sentaram no sofá que estava vazio.
- Muito bem. Quem quer continuar senta no chão.
Aline, Ana, Claudia e Igor sentaram no chão, ainda tinham mais cinco pessoas a decidir.
- Bom, Léo, Dani, Thi, Jaque em dúvida... O que fazemos com vocês?
A gente riu.
- Bom Aline, como o time feminino já ta completo eu saio fora.
- Tem certeza?
- Absoluta. – Disse a Jaque.
- Bom, então agora tem três homens em cima do muro. Tinha que ser homem mesmo viu! – Disse a Aline dando risada.
- Faltam dois meninos – Disse o Igor.
Olhei pro Dani e ele olhou pra mim ao mesmo tempo. Era impressionante como a gente tinha conexão de pensamentos...
- E aí perguntei pra ele?
- Não faço ideia!
- Nem eu.
Ficamos nos entreolhando por algum tempo, e como se algo nos dissesse para falarmos sim nos dissemos juntos:
- To dentro!
- Caraça. – Disse a Aline – E você Thi?
- Acho que to fora né – Falou ele – Mas pensando bem é melhor assim mesmo. Não quero participar não.
- Se você quer assim. Ótimo, banda formada. Aline, Ana, Claudia, Daniel, Leonardo e Igor.
- Agora temos que decidir quem será quem. Já que tem duas Anahís e dois Ponchos.
- Ah mas isso é fácil. Só ver com quem fica parecido mais. Mas no seu caso Léo, é indiscutível – Disse a Ana. – Você é o Poncho e não tem jeito de mudar. Ta quase igual a ele, muito parecido.
- Ui, quem me dera! Só em sonho e olhe lá.
Todos riram. Mas é verdade Léo, ta bem parecido mesmo – Disse o Fê.
- Assim vou ficar me sentindo gente. Eu parecido com o Poncho, ate parece – Dei risada.
- Enfim, mas então Igor você vai ter que virar o Chris tudo bem?
- De boa.
- Agora quanto a gente... Ana, você ta a cara dela também, Claudia, se importa de virar a May?
- Não, não de boa.
- Perfeito. Problemas resolvidos. Agora precisamos de um nome pra banda.
- Puts, a parte mais difícil – Disse o Dani.
- Ah, mas a gente tem que pensar né. – Disse a Aline. – Vamos ver, que tal Live RBD?
- Não, muito comum.
- RBD forever.
- Credo que feio.
- Hum... – Disse eu – Que tal “Yo si soy Rebelde”.
- Desse eu gostei – Disse a Ana.
- Perfeito – Disse a Claudia.
- Por mim ta bom – Disse o Igor.
- Amei – Disse o Dani.
- Então fechou. – Disse a Aline. – Nasce agora o grupo “Yo si soy Rebelde”.
Ficou decidido que a Aline ia ligar pro tio dela no outro dia para dar a noticia da banda. Quem não quis participar foi embora da casa do Fê e quem decidiu tocar o projeto ficou para dar uns últimos retoques nas informações.
- Tudo vai ficar decidido com o Carlos – Disse a Aline.
- Isso é verdade, é melhor a gente ver tudo com ele. – Falou a Ana.
- Concordo – Disse o Dani.
- Então não adianta ficarmos aqui nos martirizando, ele que é o patrocinador ele que vai decidir. – Disse eu. – Melhor a gente ir embora então.
- Isso. Amanha eu ligo pra vocês e passo o que ele decidiu ok? – Falou a Aline. – Agora vamos embora. Beijos a todos e tchau.
Todos foram embora na frente inclusive o Dani. Ele nem me esperou. Achei aquilo muito esquisito, mas não dei tanta atenção. Eu fui o ultimo a deixar o recinto, mas antes que pudesse sair o Fê pegou em meu braço e me fez parar.
- Vamos terminar o que começamos Léo... – Ele deu um sorriso bem safado.
- O quê? – Me fiz de desentendido.
- Ah, você sabe o que é – Disse ele pegando no pau por cima da bermuda, deixando-o marcado sob a roupa.
Olhei discretamente e sorri.
- Nós não começamos nada e eu tenho que ir embora. Boa tarde Fernando. – E dizendo isso eu saí da casa dele.
O Fê deu risada e disse:
- Se você quer assim Léo, assim vai ser. Até mais cara. – E dizendo isso ele fechou a porta. Não entendi o que ele quis dizer mas também não dei atenção.
Desci a rua da casa dele e peguei o caminho para a minha casa. Pensei em passar no Dani, mas resolvi não fazer isso. Durante todo o dia ele tinha sido estranho comigo, nem tinha me dado atenção direito, então não balancei a casaca dele e fui direto pra minha casa.
A noite chegou rapidamente e eu não aguentava mais de tanta ansiedade em ver o Daniel. Não entendendo o porque daquela situação resolvi mandar uma mensagem pra ele dizendo mais ou menos isso: “Dani, hoje senti você meio distante de mim, aconteceu alguma coisa? Quero te ver meu amor, to com saudades e preciso de você comigo. Te amo. Beijo do seu s2”
Fiquei esperando a resposta mas ela não veio. Pensei em ligar mas já que ele estava se fazendo de difícil eu pagaria com a mesma moeda, tinha certeza que uma hora ele iria atrás.
Jantei e fui pra internet. Quando entrei no MSN vi que ele estava on-line, mas assim que a notificação que eu tinha entrado foi enviada aos amigos ele saiu, ou me bloqueou. O que estava acontecendo?
Esperei mais ou menos meia hora para ver se ele voltava, mas não aconteceu nada. Resolvi então sair da internet e deixar a água rolar. Algo aconteceu, mas eu não sabia o que na verdade. Enfim, sai desliguei o computador e fui me deitar. O Lucas não estava e eu nem vi quando ele chegou. Em menos de cinco minutos eu adormeci.
Na manha seguinte não tiveram muitas mudanças. Antes mesmo da hora do almoço a Aline me ligou informando que tinha marcado uma reunião com o Carlos para a semana seguinte e que seria em um local comercial que ela não me disse onde era. Fiquei muito contente em ver que estava dando certo, mas ao mesmo tempo preocupado com o que estava para acontecer.
Já estava angustiado em não receber noticias do Daniel, então dei o braço a torcer e liguei para ele. Liguei mais de seis vezes no celular e ele não me atendeu. Resolvi tentar no telefone fixo, mas quem atendeu foi a tia Elvira:
- Alô? – Disse ela.
- Alô, tia Elvira? É o Léo...
- Oi Léo, tudo bem?
- Tudo sim e a senhora?
- Tudo ótimo graças a Deus.
- Que bom. Tia, o Dani está?
- Está sim, vou chamá-lo, só um momento.
- Obrigado.
Fiquei esperando mais de cinco minutos. Mas enfim ele atendeu.
- Alô?
- Oi! Finalmente me atendeu.
- O que você quer?
- Nossa! Não quero nada, só saber noticias suas!
- Não sou o Willian Bonner para dar noticias.
- Nossa Daniel, o que aconteceu com você?
Me deu muita vontade de chorar.
- Comigo nada, estou ótimo. Se era só isso que você queria saber você já sabe. Tenha uma boa noite.
- Mas...
- E ah, antes que eu me esqueça, não me liga mais. Adeus.
E dizendo isso ele desligou...
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