A CASA DOS SONHOS– PARTE 3
O Tay e o Luke podiam ser meios convencidos e safados, mas eu gostava deles. Se bem que o Luke estava muito estranho quando eu o vi pela primeira vez e agora... Olhei para o Luke e ele me olhava de longe. Sorri para ele que retribuiu mandando um beijinho com á sua boca. Quando estava já de tardezinha, Sarah e eu fizemos uma fogueira na praia e todo mundo se sentou em volta para comer os lanches que havíamos trazido, afinal estávamos com muita fome.
- Cedo ou tarde, á comida vai acabar. – Disse Will. – E vamos ter que voltar naquela casa demoníaca de novo para buscar mais.
- Relaxa Will. – Disse Sarah. – A gente dá um jeito.
Will parecia tinha mais medo daquele lugar do que á gente. Ficamos alguns minutos em silêncio, todos comendo e olhando um para a cara do outro, até que Lara resolveu falar.
- Sabe, eu nunca tive muitos amigos ou amigas. – Ela disse. – Vocês são os primeiros que eu consigo ficar perto por bastante tempo sem ser esculachada.
- Esculachada por quê? – Perguntou Gisele que estava sentada do lado dela.
- Pela minha preferência sexual. – Ela respondeu de cabeça baixa. – Sempre gostei de garotas. Eu lembro das risadas, das zombaria do pessoal do meu colégio.
Gisele abraçou Lara. Will parou de devorar um pacote de salgadinhos e mostrou uma tatuagem que tinha em seu braço. Era um coração com as letras W e G dentro.
- Eu lembro que meu namorado Gabriel que fez essa tatuagem um dia antes de eu vir para cá. Eu queria poder voltar e abraçá-lo, queria beijá-lo e dizer que eu o amo. – Ele disse deixando rolar uma lagrima pelo rosto. – Eu sinto falta dele. Sinto falta de todos que eu conhecia.
- E eu já transei com um garoto de 12 anos pouco antes de eu vir parar nesse lugar. – Disse Gean de cabeça baixa e eu percebi que ele estava com os olhos cheios de lágrimas. – Eu estava bêbado e o garoto não parava de me olhar. Mais tarde o garoto disse que eu era gostoso e eu fiquei excitado e fiz ele tirar a roupa na marra e então eu transei com ele. O garoto pedia para que eu parasse, mas eu continuava. Aquele foi meu maior pecado e eu estou pagando por ele agora.
- Eu não consigo me lembrar de nada. – Eu disse. – Eu não lembro se eu tinha família, se ao menos eu tinha algo antes de vir para cá. Eu não lembro nada e isso me tortura á cada minuto que eu estou aqui.
- Eu também. – Disse Luke. – Eu lembro apenas de sorrisos e vozes, mas não lembro de rostos. Eu lembro de um garoto me beijando e dizendo que me ama, mas eu não vejo o rosto dele.
- Já que todo mundo tirou o momento para contar segredos e revelações... – Disse Sarah. – Eu até gostaria de ficar aqui, nessa praia. Eu gosto da companhia de todos vocês.
- Por que gostaria de ficar aqui? – Perguntou Tay.
- Minha mãe morreu quando eu nasci e meu pai morreu quando eu tinha oito anos. – Ela disse de cabeça baixa. – Eu então fui morar com minha tia, mas a única vida que eu tenho lá é a de trabalho duro. Eu queria poder sair daqui sim, mas depois queria poder ter á liberdade. Queria poder fazer o que quiser, poder ser o que quiser e poder ir aonde quiser.
- Eu sempre sonhei em poder ir para fora da terra. – Disse Gisele sorrindo e depois deixando uma lagrima rolar pelo rosto. – Poder conhecer as estrelas e o espaço. Um sonho impossível... Eu queria também poder dar um último abraço nas pessoas que eu amo. Minha mãe... Meu pai, minha irmã e no meu namorado. Eu sei que eles estão me procurando... E queria que eles pudessem me encontrar...
Todos estavam de cabeça baixa. Todo mundo ali tinha vida, sendo boa ou ruim e nós iríamos lutar para poder sair dali vivos. A vida que a gente tinha, não deixaríamos acabar ali.
- E você Tay? – Perguntou Sarah para ele que parecia meio triste.
- Eu não tenho nada de importante para dizer. – Ele disse com um olhar caído.
- Fale qualquer coisa. – Disse Gisele. – Vamos ouvir.
- Tudo bem. Eu lembro da única paixão que eu conhecia, era o demônio. – Disse ele começando á chorar. – Eu amava um garoto, eu sonhava com ele. Ele era lindo. Ele era o garoto mais doce que eu já havia conhecido nessa terra. Eu tinha 16 anos e ele tinha 17. O problema era que eu só o conhecia pela internet e então ele disse um dia que queria me ver. Tudo bem Max, eu disse á ele pelo o bate papo. Ele me disse para encontrá-lo no dia seguinte em uma praça no centro da cidade e assim eu fiz. Eu fiquei mais apaixonado por vê-lo ali no dia seguinte, vestindo uma roupa bonita e em pé me esperando. Ele me levou á um lugar estranho para que á gente pudesse se beijar. Foi ai que ele disse que ajudava o pai dele á matar garotos jovens para poder vender seus órgãos e quando ouvi isso eu tentei fugir, mas ele me agarrou e enfiou uma faca na minha perna. – Disse Tay mostrando a cicatriz do corte em sua perna. - Eu cai no chão e minha visão escureceu. E só lembro que eu acordei no hospital. Minha mãe disse que fui encontrado na rua, mas até hoje não sei por que aquele garoto não me matou.
- Que horror. – Disse Gisele. – E assim diz ditado, nem todo príncipe é encantado.
- Verdade. – Disse Luke parecendo que algo o incomodava.
Depois das nossas conversas em volta da fogueira, cada um foi para sua barraca para dormir. Mas antes que eu pudesse adormecer, ouvi passos se aproximando da minha barraca e então me virei e vi uma sombra do lado de fora.
- Psiu. Ei Peter. – Resmungou Tay do lado de fora da barraca.
Eu abri o zíper da entrada da barraca e ele entrou. Ele deu um sorrisinho meio sem jeito e depois fechou o zíper.
- O que foi? – Perguntei.
- Sabe, eu não queria ficar sozinho... – Ele resmungou. – Queria saber se posso ficar aqui.
- Está com medo? – Perguntei rindo.
- Não eu... – Ele disse parecendo estar com vergonha, mas eu sabia que ele só queria um beijo meu.
Eu o puxei e o beijei de uma vez. Fiquei acariciando as costas dele enquanto a gente se beijava. Levantei á camiseta dele á tirei. Ele tinha um corpo normal de um garoto de dezoito anos. Comecei á acariciar o corpo dele e depois dei uma lambida rápida nos peitinhos dele. Ele riu e depois me prensou contra o chão e começou á me dar selinhos no pescoço e depois ele deu um beijinho no meu pênis por cima do calção que já estava ficando mais duro. Ficamos alguns minutos no agarra-agarra e depois ele resolveu voltar para á barraca dele, antes que alguém o visse ali. Depois que ele se foi, eu sorri e fechei o zíper da barraca. Até que foi bom quando o Tay me prensou contra o chão. Ele era um pouco safado eu admito, mas ele era fofo também. Deite de lado e fiquei pensado no que havia acabado de rolar, até que então adormeci.
De manhã, acordei com o Luke batendo na minha barraca. Ele parecia desesperado. Eu abri o zíper para que ele pudesse dizer o que queria.
- Peter... – Ele resmungou. – É o Will.
- O que tem ele? – Perguntei estranhando á cara de pavor que ele estava me lançando.
- Ele desapareceu. – Luke respondeu e saiu correndo para o lado direito.
Sai da minha barraca e vi que Sarah, Gean e Gisele estavam em frente á barraca do Will que estava aberta. Corri até lá enquanto Luke acordava os outros. Quando me aproximei da barraca dele eu comecei á ficar apavorado ao ver que o chão estava todo cheio de sangue e que havia um rastro saindo da barraca dele e indo até á floresta. Gisele me abraçou.
- Ele foi arrastado para a floresta. – Disse Gean analisando os rastros deixados na areia e o sangue que havia manchado alguns grãos de areia.
Olhei para onde o rastro ia. Então me soltei dos braços de Gisele e corri para dentro da floresta seguindo o rastro. O pessoal gritaram para eu voltar mas eu não estava ligando se tinha alguém ali, eu precisava encontrar o nosso amigo. Os rastros terminaram perto de uma árvore com um tronco enorme. Olhei com medo para cima e gritei caindo de joelhos no chão. Will estava pendurado com uma corda no seu pescoço num tronco da árvore. Eu gritei o mais alto que eu podia. Outra vida inocente tirada de uma pessoa que tinha á vida inteira pela frente. Comecei á chorar e quando o pessoal chegaram ao local, eu podia ouvir que alguns começaram á chorar. Will desejava mais que todo mundo sair daquele inferno e olha como acabou. Foi um trabalho enorme tira-lo da árvore. Will estava com um corte enorme em sua barriga e que parecia ter sido costurado por alguém. Gean verificou o corpo dele e achou um pequeno envelope branco enfiado no bolso da calça dele. O envelope parecia manchado de sangue, mas mesmo assim Gean abriu e começou á ler.
- Ninguém está seguro, ninguém irá fugir e não há nenhum lugar em que eu não possa ver vocês. Atenciosamente, o seu querido amigo sonhador. – Leu Gean e depois amassou á carta e jogou com força no chão.
- O meu deus. – Disse Sarah parecendo que estava passando mal.
- Aparece! Aparece seu desgraçado! – Gritou Gean. – Aparece pra gente matar você! Inferno!
Gean pegou uma pedra média que estava no chão e atiro em uma árvore. Ele parecia muito nervoso e com muita raiva. Ele se virou para á gente.
- Até quando vamos ficar aqui sem fazer nada! – Ele exclamou. – A gente não pode ficar sentado e conversando enquanto esse desgraçado mata a gente um por um!
- E você quer que á gente faça o que? – Perguntou Luke. – Que a gente saia correndo chamando por pela ilha? É isso?
Gean pareceu pensativo por alguns segundos.
- Até que não é uma má idéia. – Disse ele. – Se a gente for atrás dele e matá-lo.
- Você ficou louco? – Perguntou Tay parecendo um pouco nervoso também. – Se fizermos isso, vamos todos morrer mais rápido! Pois saiba que eu quero fugir da morte e não ir de encontro á ela e dizer para que ela me poupe.
- Então você tem uma idéia melhor tigrão? – Perguntou Gean encarando Tay. – Então vamos voltar para á praia e brincar na água e fingir que nada aconteceu. Vamos ignorar essas mortes em vão. Ignorem e a gente vai ser os próximos. Já chega! Se ninguém vai comigo matar esse desgraçado, pois então eu vou sozinho.
- Você não pode ir sozinho. – Eu disse. – Eu vou ajudar.
- Eu também. – Disse Luke.
Olhei para o resto do grupo e eles balançaram á cabeça em sentido negativo.
- Qual é pessoal. – Eu disse. – Vamos todos juntos acabar com esse sonhador idiota. Vamos fazer esse ser o último sonho dele.
- Sinto muito Peter... – Disse Tay. – Eu não vou.
- Eu também vou ficar. – Disse Lara.
- Então eu também não vou. – Eu disse. – Eu só irei se todos forem. A gente precisa ficar todos juntos e pegar esse desgraçado quando ele vir.
Olhei para o Luke e para o Gean que parecia já estar mais calmo.
- Vamos ficar. – Eu disse para eles. – A gente precisa bolar um plano para pegar esse assassino e vou precisar da ajuda de todos.
- Que plano? – Perguntou Sarah.
- Vamos destruir esse sonhador de um jeito bem agradável. – Eu disse sorrindo. – Vamos fazer ele se arrepender de ter feito tudo isso coma gente e vamos fazê-lo se arrepender por ter matado o Will e a Sheila!
- Tudo bem... – Disse Sarah. – Estou com você. Diga qual é o plano.
- Ok, vou precisar da ajuda de todo mundo. – Eu disse encarando cada um ali. – E vamos ter que voltar á casa dos sonhos.
- Tudo bem. – Disse Gean. – Estou contigo.
- Nós também. – Disse Lara e Gisele.
- Você tem á minha ajuda. – Disse Luke.
Todo mundo encarou o Tay que parecia com medo.
- Há tudo bem eu vou com vocês. – Ele disse. – Mas se eu morrer vai ser culpa de vocêsψ---CONTINUA---ψWont Power - Produções™ apresenta em parceria com Eduardo Sampaio e a Casa dos Contos ©, o mais novo conto alucinante da CDC. Quem vai se sair dessa?
Atenção: As partes continuativas podem ser postadas dentre 1 á 15 dias. Pedimos desculpas pelos erros de ortografia e gramaticais.
ψ EXTRAS ψPerguntas para os leitores que quiserem responder nos comentários. Suas respostas podem ser muito importantes para que possamos aprimorar nossos contos.
1- Qual o melhor conto já publicado pela Wont Power™?
2- O que precisamos melhorar em nossos contos?
3- Diga o que devemos acrescentar ou tirar em nossos contos.
4- Qual foi o conto que você menos gostou?
5- Qual sua opinião sobre os personagens e roteiros dos contos da Wont Power™?
Deixaremos claro que comentários de xingamentos e de ofensas por diversão serão removidos. ObrigadoA ESCOLHA: O conto A ESCOLHA 2°TEMPORADA, não foi concluída como muitos queria. Deixo aqui uma pequena parte para aqueles que são fãs do Ronny, do Felipe, Do Alex e do jovem Cristian.
RONNY
Meu garoto estava ficando maior. Cristian já estava com 17 anos e o Alex estava cuidando bem dele. Eu estava agora na sala de estar olhando pela janela os dois pombinhos namorando na beirada da piscina. Já fazia quase um ano que os dois estavam namorando. Felipe se sentou ao meu lado e me deu um selinho no pescoço e depois encarou o Alex e o Cristian namorando.
Felipe: Quando é que o Alex vai ter coragem de pedir ele em casamento?
Eu ri baixinho.
Eu: Por que não pergunta para ele?
Vi o Alex dar um beijo no Cristian. Sorri. Pelo menos o Alex não iria mais dar em cima de mim e o mais legal era que o Cristian iria ficar famoso em breve. Alex criou uma música e ganhou um prêmio de melhor música do ano. Ele foi chamado para fazer o seu primeiro videoclipe na VEVO e ele disse que só topava se o Cristian fizesse o vídeo com ele. Enfim... Eu estava feliz, meu garoto estava feliz e isso era o que importava. Se bem que eu não estaria feliz sem o Felipe. Então por isso vou beijá-lo bem intensamente agora