Primeiramente: Gente eu analisei todo nosso conto e concertei algumas coisas, mas consegui acompanhar a história. Prometo que irei tentar ser mais claro e tal. O conto passado e uma continuação do XXIII. Qualquer coisa, peço-lhes entrem em contato comigo, será um prazer interagir mais com meus leitores. faleautor@gmail.com
Sinceramente me desculpem por toda essa demora. É que realmente o tempo está voltando a ficar meio corrido. Que o tempo demore mais #PLMDDS
Beijões imensos a todos!! ;) E espero que consigam acompanhar .
Ass.: LetrasAcordei e logo fui arrumar-me, logicamente, primeiro que Ana. Que dormia feito um gordão depois de uma hiper promoção no McDonald’s.
Quem diria que um dia que tinha começado tão bem, se não fosse Ana, iria terminar de uma maneira tão ruim? Eu já não estava aguentando esta sociedade tão ridícula, mentirosa, falsa. Desde quinze anos aprendendo de uma maneira tão cruel o que é a vida.
Augusto fez me lembrar daquela falsa da Drica, será que ele fazia que nem aqueles cafajestes dos filmes que falavam sobre aqueles caras que mantinham duas casa, escondendo o anel de uma para a outra não ver?
Como eu pude me esquecer daquele lastimável episódio na cozinha que ele se enfurecera só por que eu não quis...? Fiquei com nojo dele. Como pude me esquecer? Ah, mas ele sabia ser bem sedutor, ele te tratava como a pessoa mais importante do mundo. Agora estava carente e ferido com saudade daquelas caricias que não me pertenciam. Mais uma vez eu estava “fera ferida”.
— Credo, já acordado? Tô com uma dor de cabeça dos caramba.
— Tentando aproveitar essa droga de vida. — falei arrumando minhas coisas na mochila.
— Para de ser dramático. — Ela olhou no relógio. — Meu Deus, que cedo! Tu és um louco. Por que fazes isso?
— Já disse: tento aproveitar o dia só isso. — Sentando na beira da cama. — Ai, amiga tô tão deprê, já tava acostumado com aquele safado — falei choroso.
— Já te disse para ficar com Bruno, tu não quer! — disse ela.
— Para Ana, tô de cabeça quente e tu ainda vem com isso!
—Vem cá amigo, bora faltar!!!
— Não, não. — falei atordoado. — Já está no final do ano, depois dessa semana já vamos fazer as provas e ficar de férias.
— Ah!! Estraga prazeres. — Ana disse, se jogando na cama.
— Putz, valeu. — Eu disse.
— Meu Deus, falando gíria! Quem te viu quem te vê Damiãozinho. — falou ela me abraçando.
— Tu nem de ressaca tá!
— Já me acostumei. — disse ela.
— Vai tomar teu banho. — disse a ela. — Já são seis horas!
— Tudo bem. — disse ela. — Me empresta uma roupa da tua irmã?
— Tá! — falei me levantando. — Vou lá.
— Bom dia, mãe. — disse à mamãe que estava no corredor, de toalha. — Mãe, posso pegar uma roupa da Tetê para Ana? Por que essa indecência, de toalha por ai?
— Ah, minha roupa tava suja e vou ter que pegar outra! — me respondeu. — Pega! Mas cuidado, é da sua irmã!
— Tá, mãe! — falei indo ao quarto de Tetê perto do quarto de meus pais. Escolhi uma blusa Sommer Petit Brand roxa, um jeans azul e um all xadrez.
No meu quarto só a cabeça entoalhada de Ana de olhando de um lado para o outro pela fresta entre a porta e o batente.
— Ai, tá lindinho! — falou ela agarrando as roupas e voltando a se enfornar no banheiro.
— De nada, viu? E pega a meia que tu quiser — falei, agarrando minha mochila e colocando-a em meus ombros. — Tô te esperando lá em baixo.
— Tá! — gritou ela do banheiro.
Sentei na escada. Não queria encarar meus pais, ai eu queria sumir. Cocei minha sobrancelha... “Sim, eu farei! Irei para longe de toda essa droga! Vou pedir ajuda para vovó! Não, ela não irá me ajudar”, pensei. “Mas eu o farei!”.
— Vamos? — disse Ana. — A gente tem que passar na minha casa para pegar minhas coisa, tudo bem?
— Então, bora de táxi que papai não irá querer nos levar. — eu disse, me levantando e batendo a possível poeira que pousara sobre minha calça.
— Eu disse que era para gente falta! — disse Ana. — Será que vão me deixar entrar sem o uniforme?
— Nem vem Ana! — disse descendo a escada. — Quando chegares à tua casa tu veste a blusa, pronto!
— Tá!! — falou ela jogando o cabelo para o lado.
— Mãe, a Ana tem que passar na casa dela para pegar as coisas dela, então vamos de táxi. Tchau!— Não esperei oposição alguma, peguei logo o caminho da rua. — Bora Ana — falei puxando-a.
— Tudo bem, vai com Deus! — ouvi mamãe gritar.
— Ai, credo parece que vai tirar o pai da forca. — falou Ana toda molenga.
— Não, não mesmo, meu pai tá todo cagão lendo jornal — eu disse. Ela riu. Eu não estava nem um pouco com vontade de rir, quase chorando. — Amiga, tô muito chateado.
— Por causa daquele babaca? — disse ela.
— É, é... Acho que eu tava me apaixonando.
— Amigo, isso é ruim... Muito ruim... — disse ela.
— Eu sei... — disse suspirando. — Mas. Olha não conta para ninguém! De outra forma nunca mais olha na minha cara — falei olhando para ela.
— Claro, né!
— Te lembra daquele dia no cinema? — Ela assentiu — Pois então nós beijamo-nos e, ah, sei lá, até hoje me lembro daqueles momentos que eu passei com ele. E o pior é me lembrar que ele sempre dizia “Eu te amo” e todas as suas variantes!!
— Own, que fofis. — falou ela.
— Fofis uma porra, horrível, isso sim! Isso que tá me martirizando. Abraça-me, amiga. — Abraçamo-nos como doidos no meio da rua. — Eu vou ficar estudando para valer para esta prova. — Eu disse ficamos num meio abraço.
— Vai ser objetiva, não é? — falou ela.
— Graças a Deus. — Saímos do condomínio. — Mas, e ai, o Tiago?
— Eu já te disse! — Ela se virou para mim. — Ele é só capa, ô! — deu um peteleco em meu cocuruto.
— E tu ainda ficaste com raiva de mim. No dia do cinema. — Eu soltei um riso fraco que logo se desfez. Acenei para um táxi, logo este parou. — Bom dia, nossa que sorte. Geralmente eu fico horas aqui. — disse entrando no táxi.
— Ah, eu não sabia. — disse ela.
— É assim mesmo. — disse o taxista gorducho. — Aonde?
— Rua dos Salamandra. — disse Ana, antes de mim.
— Tudo bem — disse o taxista gorducho.
— Então vais atrás do teu Felipe. — perguntei-a.
— Meu sonho é reencontrá-lo.
— Hm... safadenha — Nós rimos.
Chegamos e perguntei para o taxista se ele podia esperar ela ir lá em cima pegar a mochila dela e ele aceitou. Ela foi bem rápida. Voltou com a mochila e uniformizada me entregou a blusa e fomos para a escola, a casa da Ana era muito perto. Somando as “três” viagens deu uns cinquenta reais a corrida.
Chegamos e tinha poucas pessoas na escola. Sentamo-nos num banco perto da entrada.
— Tava doido para falar! — falei. — Mas tava com vergonha do taxista.
— Mano, ele nem te conhece!
— Mas sabe onde eu moro.
— Putz, tu mora num dos últimos blocos!
— Rá! Mas eu sou o ún... — tentei dizer
— Nananinanão — disse Ana — Tem mais três! O Bruno, Vinicius e Claudio.
— Tá, mas sei lá. Vai que ele tem uma câmera escondida e me filmasse quando eu falava. — Nós rimos — Tá, eu sei... Exagerei.
— He-he-he — riu pausadamente — Bem que tu sabe. — disse Ana vermelha.
— Me ajuda a esquecer dele Ana!! — disse para ela.
— Ah! — disse ela pegando o telefone. — Putz, no meu não pega, me dá ai o teu! — entreguei-o para ela — Olha só esses gatinhos!!
— Meu Deus! Quem são?? — Era uma boyband.
— OneDirection, ele venceram um show de talentos, não são gostosos? — disse ela para toca o clip de “What Makes You Beautiful”
— Não todos, mas eu gostei do primeiro que apareceu. Me deixou #QueroTeDar — Nós rimos. — É sério. Hahahahhaha.
— Também achei que ele é o mais gatinho — falou rindo.
— Bora fazer o seguinte tu fica com ele de dia e eu de noite — falei rindo. — Só não passa HPV para ele ahahhahahahahaha.
— Teu rabo — ela riu. A campa bateu.
— Ah, não!! Não quero ter aula amiga. Me salva!! — falei abraçando ela.
Era aula da professora Dandara passou um milhão de questões entediantes e mais uma redação sobre a pobreza no Brasil. Ela foi passando mais durante as três aulas dela!
— Tá bom professora! — falei choramingando. Na mesma hora bateu a campa.
— Viu? Mágica. Puf — falou ela rindo.
“Puf, vai ser minha mão na tua cara!”, pensei. Eu tava meio que com um tipo de Temperamento explosivo.
— Tchau — falei para ela.
Procurei Ana, mas não a encontrei. Encontrei Priscila.
— Ei, Pri, cadê a Ana? — perguntei-a.
— Ela passou mal, foi para a casa dela. Saiu ainda’gora.
— Mentira! — falei chateado. — Tá tudo bem. Tchau. Estava caminhando para onde tinha a macieira. E digitando uma mensagem para Ana.
“Olhem, ele é ‘viado’” falou Matheus olhando para mim. Ele amava me encarar e ainda me chamava de gay? Filhodaputa, odiava chamar esse palavrão, mas ele acabou intitulado. Rá!
“Como ele é estranho...” disse Antonio um menino forte, tem o cabelo baixo, forte é tipo o “Ricardo”, o pegador da escola...
Chegando perto da macieira, eu estava chorando.
— Ei? — falou Tiago me chamando. —Tudo bem?
— Não, tudo péssimo! — Sentei em cima da muretinha da macieira. Limpei meus olhos.
— Por quê? Ei, senta aqui. Vamos conversar. — Ele não era nada afeminado, nem “educado”...
— Não sei se devo.
— Vamos — ele deu tapinhas ao lado da mesa de cimento, que ele deveria estar acostumado a sentar.
— Tudo bem. — disse me sentando lá.
— O que foi que houve?
— Nada, é besteira. — falei. Desviei de assunto. — Não devia te dizer, mas a Ana me disse uma coisa sobre ti.
— Sobre mim o que? — disse ele se virando para mim, fazendo seu jeans arrastar.
— Não devia te contar.
— Vai conta-me.
— Tá, tu já sabe mesmo — falei rindo — Não fica com raiva dela tá? Ela me disse que tu é “totalmente” gay.
— Não, é que ela não entende!! Tenho uma preferência mais acentuada para garotos, mas já fiquei com m(i)ninas sim.
— A Ana é doida. — falei apoiando meu queixo no meu braço que estava em cima da minha perna.
— Vós já ficastes com algum cara?
— Já — respondi.
— Quer ficar comigo? — falou ele.
— Não sei... — respondi. — Tu tás meio que com a Ana.
— Não, nada a ver...
A campa bateu.
— Não te preocupas que não irei nada dizer para ninguém. — falei.
— Tudo bem — ele fez sinal para eu me aproximar. — Todo mundo sabe que eu sou bi.
— Ah, legal — falei sem graça.
— Pensa, ai.
— Tudo bem...
As aulas estavam bem trabalhosas: grupos, atividades, solo... Tudo estava muito chato e depressivo e para piorar estava sem a Ana, mas eu ficava conversando com João, Esther, Pedro, Cléo e com as outras meninas.
— Vocês viram aquele novo grupo? — perguntou Fernanda.
— Qual o Inglês? — Dimitria.
— A música deles é legal. — falei.
— Eu amei. — falou Esther.
— Eles são gostosos mesmo, isso sim. — disse Barbara.
— Ah, lá vem a Barbara, A EXPERIENTE. — disse João.
— Só por que eu tava comentando sobre a camisinha de neon.
— Já pensou tipo numa festa? — Todos rimos quando João disse isso
— Ei, vocês ! — disse Bernardo. — Isso é trabalho.
Todo estavam se aguentando para não rir. Foi o melhor momento daquele dia...
— Nossa daqui a pouco nós já vamos estar na faculdade... Em que curso vocês vão tentar? — perguntei. Tentando iniciar uma conversa tímida.
— Não sei, mas a Barbara vai entrar no mercado de camisiologia.
— Para João! — falei rindo.
— Eu vou fazer advocacia. — disseram Barbara e Fernanda. — Credo! — se entreolharam e se calaram com os olhos demonstrando surpresa.
— Eu acho que fotografia. — disse Esther.
— Ah, a tua cara — disse a ela.
— Um pouco. — disse João — Vou ganhar na Mega da Virada. Só digo isso. — as risadas se manifestaram. Mas as coisas boas sempre acabam... Fui para casa e fiquei triste. Era horrível estar sozinho... Chamei a Ana. A campainha tocou. Era Bruno.
— E ai? — disse ele. Ele estava de regata, bermuda e com óculos escuros; ele segurava livros. O que era minha meta para esquecer todas aquelas besteiras.
— Oi-i — disse surpreso. — O que faz aqui?
— A Ana me ‘mandô’
— Ah, não.
Ela tava querendo me deixar pior? Bruno não se parecia nada com Augusto, mas eles eram irmãos.
— Vai me convidar para entrar?
— Claro, entra. — disse saindo do caminho dele. — Colabora, tudo bem?
— Por quê?
— Nada, só colabora, o.k? — falei. Ele tirou os óculos.
— Tudo bem. — disse Bruno.
— Queres alguma coisa? — perguntei.
— Um daqueles biscoitinhos. — respondeu.
— Monteiro Lopes?
— Acho que é.
— Tudo bem, vou ver se tem...
— Vou logo abrir o livro aqui. — disse ele.
(Na cozinha)
— Cida, tem Monteiro Lopes?
— Não. Por quê?
— Nada. Tem algum tipo de quitute?
— Tem um pouco de mousse do almoço ai.
— Tudo bem, ele deve gostar. — Peguei uma tacinha e coloquei mousse para ele. — Gostas? — falei levantando a taça.
— De que é?
— Maracujá com biscoito champagne.
— Hm... Tá com uma cara ótima!
— Qual foi a matéria que escolhestes? Biologia?
— É, é meio difícil. — Eu ri olhando ele coçar a cabeça.
Passamos a tarde toda estudando e quando terminamos, ele segurou minha mão.
— Isso a Ana não me pediu. — Ele tentou me beijar.
— Para, para! — Disse mantendo-o longe.
— Eu quero!
— Mas eu não!
Papai entrou e disse: — E ai, campeão? — disse para Bruno
— Tudo numa boa. E com o Sr, sr chefão?
— Numa nice — falou ele rindo.
Papai estava feliz só de ver Bruno e, parecia que o dia dele tinha sido daqueles... Acho que nem ligava pelo que ele provocou daquele dia.
— Até campeão — falou ele subindo a escada.
— Até. — falou ele.
— Ãn? O que foi isso?
— Teu pai também torce pelo Santos.
— Ah, é... — Papai nunca tinha me tratado assim. Ainda mais num dia estressante. — Mas já tá tarde e quero dormir.
— Posso vim estudar todo dia?
— Tá, tudo bem. Sem gracinhas, viu?
— Tchau — ele me abraçou e apertou minha bunda.
— Gracioso. — falei dando um sorriso antipático.
Abri a porta e ele saiu. O carro da mamãe estacionou na frente de casa. Tava falando no telefone.
— Ele tá aqui. Espera. — Estendeu o telefone para mim. — Olha é para ti.
Balancei a cabeça negativamente. “Toma” mimicou mamãe.
(Telefone)
— Alô.
— Ei, não desliga! — Me senti tentado e apertei o botão de desligar, sem mamãe ver.
— Ah, mentira? Sério, nossa que legal. Quando tu vens aqui? Não,não essa semana vou estudar... É eu te aviso quando der, o.k? Tá beijo, tchau. — fingi.
—Ele mandou um beijo enorme para a Sra — disse para mamãe. Entrei em casa.
— Ah, ele é um amor. — disse mamãe. Ela foi à cozinha.
— Ele é um babaca, o papai nem gosta dele. Só fingi gostar. — falei. — Me dá água mãe?
— Ah, mas eu gosto. O que aquele garoto tava fazendo aqui? — disse enchendo um copo d’água para mim.
— Estudando. — disse de cabeça baixa.
— Tu não odeia ele? — Abrindo a geladeira.
— Odiar é uma palavra muito forte: eu tenho uma queda terrivelmente negativa. — eu ri.
— Henrique, Henrique... — Mamãe meneou a cabeça e riu.
— Ah, ele é legal. Mas o papai gosta dele. — Começamos a subir a escada.
— Eu não. Tem cara de mau-caráter. E vai pegar teus livros, não quero essas coisas jogadas pela casa!
— Um pouco. Aff, mãe! — desci e fui pegar os livros.
A campainha tocou, abri e era Augusto. Tomei um susto, ele foi esmurrado por alguma coisa.
— Fala comigo, por favor! — Fiquei calado.
— Ela foi um modo de papai me considerar homem. — falou ele.
Escrevi num papel: “Então não se envolve com ninguém babaca!” Ele olhou o bilhete. Subi os degraus. Ele subiu com o bilhete na mão.
— Ei, Henrique, não seja criança! — falei. Tentei trancar a porta, mas ele não deixou. Joguei os livros em cima da cama. Fui para meu lugar favorito na casa e me sentei no balanço.
— Esquece tudo aquilo que “nós vivemos” — Fiz aspas — e deixa em paz!— eu disse.
— Tá vendo isso? — Apontou para os baques. — Foi teu incrível amigo que acabou de sair daqui.
— Mereces coisa muito pior por causa disso. — Retrunquei.
— Se tu quiseres eu termino com todas.
— ME POLPE — falei deixando as lágrimas rolarem.
— É sério — disse limpando minhas lágrimas.
— Por que eu deveria acreditar em ti? — perguntei olhando.
— Porque eu não tô somente na tua imaginação. — Tocou minha mão. Puxei. — Tu quer viver nessa mentira fantasiosa? — Perguntou-me.
— Melhor do que servir de besta.
— No teu ponto de vista, não é mesmo? Porque para mim, tu está servindo de besta para o bombadão daí da frente.
Fiquei calado.
— Viu como eu tenho razão? — falou
— Tu não tem razão de nada! Tu és um ser desprezível! Dás-me nojo. — falei olhando para ele. — Tu não pode simplesmente me esquecer? Engravidar tua noiva e ter uma linda família de putaquepariu a quatro? E finalmente serias feliz. — falei com sorriso irônico.
— Henrique, tu é uma criança mesmo! Putz, nem sei por que insisto nisso.
— Justamente, agora me entendeste! “Não sei o porquê de insistir nisto.” — imitei-o.
— Não foi o que eu quis dizer, tá distorcendo minhas palavras.
— Tu acabaste de dizer!
— Tá, mas não foi por querer!
— Ah, isso eu, sinceramente, não quero saber! — falei.
— Tem lembra como estávamos felizes ontem de manhã, antes de aquele desgraçado chegar?
— Cala a boca. Ele é um cafajeste, mas um cafajeste que assume as coisas que ele faz!
— Eu acabo com tudo, juro! Lembra dos nossos momentos juntos... — falou ele tentando me tocar.
— Por que não acabastes com “tudo” antes de vim falar comigo? — “Strike um”, pensei. — Te lembras daquele dia na cozinha?
— Porque eu não queria botar tudo a perder. — falou. — Que dia?
— Que a gente se beijou na cozinha! — falei estressado
— Ã, o que tem a ver?
— Até hoje eu te odeio por causa daquela droga daquele “nosso momento” — falei ironicamente. Strike um milhão (U.U)
— Mas e aquele dia do cinema? Disto tu não te lembra, né? — falou ele.
— O dia em que eu levei uma cintada que me deixou todo ardido? Eu não quero mais, sinceramente. Eu não quero mais!
— Me dá uma segunda chance, por favor? — falou beijando meu pescoço. — Faço tudo melhorar, juro.
— Não, infelizmente é minha última palavra. Para de jurar coisas que não podes prometer.
— Mas, às vezes se precisa de uma segunda chance para reconhecer o que se tem.
— Vou pensar, mas me deixa pensar, tenho que dormir. Já são oito horas, tenho que dormir!
— Nós sabemos que tu não dorme esse horário.
— Como estou estudando durmo, sim!
— Tudo bem de qualquer forma, tenho que ir.
— Tchau. — disse a ele.
— Qual é o teu novo número? — perguntou-me antes de ir para o quarto.
— Não te importa.
— Tudo bem, mas se tu quiser. Tu sabe meu número e se tu quiser me visitar sabe qual é meu prédio. Meu apartamento é o quinhentos e cinco, quinto andar.
— Espera sentado. — disse a ele que colocava o óculos.
— Ah — falou ele voltando.
— Que? — perguntei.
— Te amo. — falou.
— Legal. — falei virando meu rosto olhando para rua.
Depois que eu vi o carro dele saindo. Eu pulei direto na cama para ligar para Ana. Que ainda estava tomando efervescente. Contei tudo para ela e traumatizei com ela! (hahahahaha) “Tu mando o Brunoooooooooooo! Como assim periguete?”
— Sei não amigo, essa história está muito confusa... — falou ela.
— Também acho, mas amanhã tu vem aqui... Nem que eu te chicotei que nem os egípcios fizeram com os israelitas. #EuBiblico.
— Tá, tá nem que eu esteja botando os bofes para fora. Eu vou.
— Bofes, faça-me rir — disse rindo.
— Puts — disse Ana
— Aff, sua chata. Vai!
— Te amo, bulldog.
Desliguei e fui tomar meu banho para ler Harry Potter. Mesmo lendo Harry Potter, sempre me vinha pensamentos de que me deixavam triste. Minha cabeça caiu para o lado, dormi lendo.