Sempre imaginei que aos 18 anos eu teria o meu carro, a minha casa, um namorado legal e seria completamente independente dos meus pais. Hoje sei que tudo não passava de um sonho adolescente. Sonho comum para garotas que levam uma vida tranquila sem muita preocupação com trabalho e muito menos despesas.
Meus pais eram separados há algum tempo e, por incrível que pareça, possuíam uma relação amigável. Ambos já haviam se casado novamente e eu, como filha única, perambulava entre a casa de um e de outro. Isso porque minha relação com meus pais e seus respectivos parceiros era excelente, nada para reclamar.
Nessa época eu tinha a pele livre de manchas e usava meus cabelos castanhos naturais. Com 1,69 de altura e aproximadamente 56 kg, modéstia parte arrancava muitos olhares por onde passava. Diziam-me que o meu olhar era atraente, pois meus olhos azuis carregavam consigo grandes mistérios.
Foi no verão de 2010 que tudo começou. Tinha acabado de entrar em férias quando comecei a visitar mais frequentemente meu pai. Embora tivesse casado, meu pai levava uma vida tranquila com sua esposa. Nos fins de semana, seus amigos os visitavam para rir um pouco. Lembro-me que um deles já beirava os 60 anos e me prometia casa, comida e roupa lavada. Eu achava aquilo muito engraçado, porque, embora estivesse solteira na época, meus planos era namorar alguém com seus vinte e poucos anos.
Eu sentia que naquele verão, algo diferente iria acontecer e eu não estava errada. Afinal, desde os 15 anos, quando tinha começado a namorar, não havia passado nem sequer um dia das férias sem estar comprometida com alguém.
Era uma sexta-feira quando decidi visitar o meu pai. Como de costume, lá estava ele, sentado na varanda com seus amigos rindo de alguma coisa engraçada dita por um dos seus amigos ou até mesmo por ele próprio. Vi que alguma coisa estava diferente até perceber que a casa ao lado, abandonada por anos, abrigava uma família que vinha de outra cidade em busca de melhores condições de emprego.
Me questionei por muitos dias como aquelas pessoas tinham conseguido deixar o local tão bonito naquele curto período de tempo que tiveram para fazer aquilo. A vizinhança comentava que o casal trouxera seus dois filhos já casados para morarem junto a eles.
Nas primeiras semanas, trocava com Dona Almira algumas palavras de gentileza. Nada mais que isso. Já Seu Carlos era um senhor muito simpático, que gostava de uma boa piada e estava sempre disposto a ajudar com a limpeza da calçada. Em relação ao casal filhos, eu sabia apenas que tinham aproximadamente 25 anos e eram casados, o que não era de estranhar uma vez que chegava nas sextas-feiras pela noite e voltava para a casa de minha mãe nos finais dos domingos.
A vizinhança acreditava que eu passava horas na academia, porque minhas pernas e minha barriga eram bem definidas. O fato é que eu apenas gostava de caminhar e caminhava bastante. Nos sábados eu ia até o final da Avenida principal da cidade e voltava. Devia totalizar uns 10 km o percurso, o suficiente para exigir que eu utilizasse roupas atléticas.
Lembro-me como se fosse ontem do segundo sábado de fevereiro deste ano. Estava voltando da caminhada quando avistei próximo à entrada da minha casa um homem de arrepiar. Ele tinha os cabelos e a pele morena e devia ter 1,75 de altura e um pouco mais de 80 kg. Seu rosto e seu corpo eram de causar inveja outros homens. Seus olhos eram escuros e ele deixava sempre a barba por fazer. Naquele momento, me deliguei do mundo e passei a apenas analisar aquele Deus grego o qual eu me aproximava a cada passo.
Já estava na porta de casa paralisada por aquele momento quando ouvi uma mulher gritar:
“ – Amor, já terminou de cortar a grama?”
Ele gentilmente respondeu:
“ – Estou quase terminando por aqui.”
Mais tarde descobri que aquele homem escultural era na realidade genro de Seu Carlos e Dona Almira. Na hora o descartei da chance de paquera. Sempre achei errado me envolver com homens comprometidos e conseguia facilmente me livrar do desejo de paquerá-los.
Mas dessa vez era diferente, eu repetia mentalmente a cena da primeira vez que o vi em quase todos os momentos em que ficava em silencio. Antes de dormir, durante o almoço, durante as minhas caminhadas, enfim, sempre. Não acreditava ser possível desejá-lo tanto tendo o visto apenas uma vez e sem nunca termos trocado nem sequer um “Bom dia”. Aquele homem se conectava comigo de uma forma que eu nunca saberei explicar. Um relacionamento com ele iria contra todos os meus princípios.
Com o passar dos dias os novos vizinhos iam se adaptando ao local e aos vizinhos. Meu pai em particular já recebia Seu Carlos diariamente em sua casa para conversarem sobre o tempo e sobre política. Eu achava aquilo tudo muito chato até Pedro, o Deus grego, começar a participar dessas conversas.
No início eu ficava apenas de longe, observando disfarçadamente com os livros de John Green que costumava ler. A cada fim de semana, Pedro ia com mais frequência e por mais tempo na varanda lá da casa de meu pai e eu ia me aproximando cada vez mais do local até que um dia fui inserida na conversa. Seu Carlos discutia com meu pai a importância da confiança em um relacionamento.
“ – Antigamente as mulheres confiavam mais em seus maridos”, afirmou seu Carlos.
“ – Antigamente as mulheres também ficavam só em casa e não presenciavam as cenas que outras mulheres de hoje em dia, sem vergonhas, costumam fazer”, respondeu meu pai.
“ – Nossa, e você não gosta disso?”, indagou Seu Carlos.
“ – Ah, mas eu adoro”, afirmou meu pai. Seu Carlos riu tanto que chegou a ficar vermelho. Não esperava aquela resposta.
Em meio aos risos, Seu Carlos questiona-me:
“ – E você Bárbara? O que acha?”
“ – Nunca parei para pensar, mas acredito que as mulheres se libertaram da preocupação para com a sociedade”, respondi.
Naquele momento me peguei observando os lábios de Pedro e notei a reciprocidade dos nossos olhares. Eu sentia uma sensação estranha, aquele olhar me intimidava. Não porque eu tinha medo, mas porque me prendia e de alguma forma parecia que ele conseguia desvendar os mistérios que eu carregava em meu olhar.
Aquele homem, antes de mais nada, me despertava muito desafio. E eu sempre adorei enfrentá-los. Muitas vezes me sentia culpada por desejar tanto Pedro. Coisa minha, mas que estava me comovendo tanto que eu passei a sonhar com Pedro. Nos sonhos ele sempre aparecia sorrindo e sempre me surpreendia com palavras e às vezes surgiam situações em que nossas mãos se tocavam e aquilo era, acima de tudo, tão real que me fazia acordar ao sentir o seu toque.
Era mais um sábado e eu estava voltando minha caminhada matinal. Faltavam cerca de cinco quarteirões para chegar em casa quando fui surpreendida por Pedro.
“ – Bom dia, Babi”, disse Pedro acompanhado de um sorriso meigo e sacana que me deixava maluca.
“ – B-bom dia, Pedro”, respondi com o coração acelerado.
“ – Queria ter essa disposição para caminhar todos os sábados”, continuou ele. Mas como ele sabia da minha rotina? Ele estava me cuidando?
“ – Com o tempo a gente acostuma. Quem sabe você não vem me fazer companhia no próximo sábado”, provoquei-o.
“ – Por mim, fazíamos uma caminhada agora mesmo, mas tenho que levar essas compras para minha esposa”, respondeu Pedro. Naquele momento duas sensações se manifestaram em mim. Primeiro porque ele havia mostrado interesse em caminhar comigo e depois meu mundo desabou ao lembrar que ele era casado. Foi então que respondi:
“ – Ah, claro. Às vezes me esqueço que você é genro de Seu Carlos”, completei.
Voltei para casa acompanhada de Pedro. Conversávamos sobre trabalho quando cheguei na porta da casa de meu pai.
Recordando aquela conversa, não encontrava a explicação para a minha atitude. O que eu estava pensando quando provoquei Pedro com minhas palavras? Eu não era assim e não me conformava com tal situação.
Algumas semanas se passaram e eu tentei evitar Pedro o máximo que pude para aprisionar os meus desejos. Foi quando estava em uma festa noturna e o avistei.
Fiquei paralisada por alguns instantes olhando-o, vindo em minha direção. Seu olhar também era todo meu, o que me seduzia ainda mais. Pedro usava roupas joviais. Talvez para esconder os seus 27 anos. O fato era que conseguia ficar mais bonito do que já era e, se não o conhecesse, acreditaria que o mesmo tinha uns 22 anos.
“ – UAU! Nunca pensei que você conseguisse ficar mais linda do que já é todos os dias”, comentou ele perto do meu ouvido quando veio me cumprimentar.
“ – Assim você vai me deixar constrangida”, cochichei ao seu ouvido.
Nossos sorrisos demonstravam que o desejo era recíproco. Até que o fechei idealizando que sua esposa, Laura, pudesse estar na festa. Ele deve ter notado devido a sua pergunta:
“ – O que aconteceu? Parece que viu algo desagradável”, afirmou Pedro.
“ – Apenas me questionei onde está Laura”, disse com medo de que aquilo poderia nos causar problemas.
“ – Laura foi resolver alguns problemas no banco da cidade em que deixamos para trás. Ficará por lá durante essa semana”, respondeu-me ele.
A sensação foi de alívio, mas Laura já havia feito alguns contatos na cidade e sempre há alguém para ver e comentar sobre a vida alheia, ainda mais se tratando de um homem casado em uma festa.
A amiga que me acompanhava me chamou e ao me virar de costas para Pedro, o mesmo pegou minha mão impedindo que eu fosse ao encontro de minha amiga.
“ – Eu queria muito conversar com você, tranquilamente, longe de todas essas pessoas. Vou estar te esperando daqui a 20 minutos no meu carro, que você já conhece e está no estacionamento ao lado”, Pedro falou baixinho em meu ouvido.
“ – Não sei se devo”, respondi.
“ – Também não sabia até o dia em que não parei mais de pensar em você”, afirmou Pedro, virando-se em direção à saída da festa.
Suas palavras me comoveram e, embora eu soubesse que não era correto ir ao seu encontro e, mesmo ciente de todos os riscos, algo me dava forças para ir em frente e terminar aquela noite em uma conversa com Pedro.
Expliquei à minha amiga que não estava me sentindo bem e havia chamado um táxi para ir embora. Ela quis ir comigo, mas a aconselhei a aproveitar mais a festa e a deixar-me ir para casa sozinha. Prometi enviar-lhe uma mensagem de texto para ela quando chegasse em casa.
Saí da festa e fui em direção ao estacionamento mencionado por Pedro. E depois de andar um pouco, avistei Pedro encostado em seu carro, com os braços cruzados à minha espera e, ao me ver, deu um sorriso que iluminou a escuridão que tomava aquele estacionamento.
“ – Eu sabia que você viria”, disse Pedro.
“ – Eu não tinha certeza”, respondi quando caímos em gargalhadas.
Pedro estava manobrando o carro eu imaginava onde tudo aquilo ia dar. Estava incomodada com o fato de estar sentada no lugar de sua esposa e ao mesmo tempo com a autoestima renovada depois dos elogios daquele Deus grego.
Não sabia onde Pedro me levaria, mas estranhamente eu confiava nele. Foi quando estacionamos o carro próximo a uma lagoa que ficava linda quando iluminada pela Lua Cheia. Pedro apagou o motor e comentou:
“ – Nunca tinha parado aqui. Sempre passo de manhã quando vou trabalhar, mas nada mais que isso”.
“ – É uma das paisagens mais bonitas daqui”, continuei.
“ – Desde que você esteja nela, eu concordo”, completou Pedro com um olhar sensível ao tocar a minha mão.
“ – Com você aqui, esse lugar vira o paraíso”, respondi alisando sua nuca e tocando parte de seus cabelos.
Pedro curvou-se em minha direção ao encontro de meus lábios. Eu encurtei a distância indo em sua direção. Suas mãos percorriam os meus e minhas costas e eu já estava totalmente entregue àquele momento quando nossos narizes e depois nossos lábios se encontraram.
Seu beijo era doce e quente ao mesmo tempo. Nossas mãos moviam-se delicadamente sobre os nossos corpos causando arrepios nos dois. Passei a beijar sua orelha, depois sua nuca, seu pescoço,...
“ – A desejo desde o primeiro dia em que a vi, você me deixa louco – gemeu ele – quero te dar muito prazer essa noite”.
“ – Shh, – toquei com o dedo indicador em seus lábios – apenas curta o momento e sinta esse prazer”.
A pressão em nossos beijos começou a aumentar e os nossos toques ficavam mais firmes, o desejo ia crescendo. Pedro me puxou de modo que fiquei em seu colo. Posicionando meu bumbum em cima de seu pênis, pude sentir sua ereção ao sentar. Minhas pernas se cruzavam e o prendiam junto a mim. Pedro estava ofegante, beijava-me firme e passou a acariciar meus seios por cima do vestido.
“ – Se quer mamá-los, cuide bem deles. São poucas as pessoas que eu permito tocá-los”, respondi baixinho em seu ouvido já com a respiração ofegante.
Pedro não precisou responder nada, apenas me olhou com ternura e afastou as alças de meu vestido e roçou sua barba em meio peito e dirigiu-se aos meus seios. Não eram fartos, mas eram firmes e seu formato era bem redondo. Pedro sabia o que estava fazendo, sabia como me tocar. Era experiente no assunto e a cada toque eu sentia pulsos elétricos pelo meu corpo.
Antes que ele caísse de boca em meus seios, queria sentir mais sua pele. Afastei-me tirando-lhe a camiseta que lhe dava um tom mais jovial. Pedro não era musculoso, mas seu corpo era definido. Não havia nada fora do lugar e, talvez por isso, o encontro de nossas peles foi desconcertante. Meus seios em contato com seus mamilos me deixou maluca de tesão.
Pedro notava isso e não mediu esforços ao mamar em meus seios. Começou devagar com uma mão em cada seio. Seus dedos polegar e indicador serviram de pinças para acariciar os meus mamilos que já estavam durinhos. Aos poucos foi aproximando sua boca aos seios e finalmente o abocanhou. Chupava e lambia com vontade, parecia um bebê faminto. A cada estalo das chupadas, meu sexo ia ficando mais úmido.
“ – AII, QUE GOSTOSO”, gemi alto.
“ – Você ainda não viu nada”, respondeu Pedro.
Suas palavras me deixaram com mais tesão ainda. Imagina o que aquele homem faria com o que eu ainda tinha a lhe oferecer? Nesse momento comecei a roçar meu sexo contra o seu na mesma sintonia em que chupada meus seios. Percebendo a situação, Pedro investiu ainda mais nas chupadas e acelerou. Rebolava rapidamente e aumentava gradativamente a pressão em cima de sua pica, quando ouvimos vozes se aproximando.
Continua...