Sou George Brighdown, 18 anos, branco, 1,72m de altura. Corpo atlético que adquiri durante os anos de ensino médio, onde fiz parte do time de football da escola, cabelos lisos e um pouco compridos na altura do rosto, penteado em franja. E eu mal sabia o rumo que a minha vida teria nos próximos dias.
Fazia algumas horas que havia deixado o terminal rodoviário de Middletown, interior do estado de Nova Iorque. Na minha cabeça ainda figurava algumas lembranças do que me fez deixar a cidade um mês após ter completado o ensino médio da Middletown High School.
Assim que desembarquei no terminal de Nova Iorque ainda meio perdido do que faria naquela cidade enorme. Andei um pouco e logo me deparei com uma cidade completamente diferente, eram 21h da noite, mas tudo estava a pleno vapor por aquelas ruas. Caminhei dois quarteirões até chegar na Times Square, ainda fascinado com todas aquelas luzes e letreiros digitais, mas já era noite e eu precisava procurar um local para ficar, andei meio perdido até encontrar uma banca de revistas e comprei um jornal, sentei-me na calçada e comecei a procurar pensões na parte de classificados. Até que achei uma pequena Bridge Seal B&B, próximo a ponte do Brooklyn, caminhei mais um pouco até o Grand Central Terminal e apanhei um ônibus a caminho.
A medida que saía da Ilha de Manhattan percebia que as ruas iam ficando cada vez mais desertas, saltei no local onde meu GPS me indicava e fui caminhando por uma rua a procura da pensão. No caminho percebi que não era uma região muito bem freqüentada da cidade, encontrei pelo caminho um grupo de Niggas (Negros do gueto), que fumavam em um beco ao lado da entrada de uma farmácia. Eram 22:47 da noite e eu não fazia ideia se estava ou não no lugar correto. Ainda desconfiado resolvi perguntar a um dos homens que estavam no local.
- Boa noite senhor! Estou procurando pela Bridge Seal, sabe informar onde fica?
O rapaz me olhou com um tanto de desdém, mas logo me respondeu.
- Fica logo na esquina.
Agradeci e saí o mais rápido, seus amigos já não me olhavam com uma boa expressão. Logo vi a pequena placa na frente de uma porta de madeira pequena, indicando o local. Entrei numa pequena sala onde uma atendente estava sentava atrás de um balcão assistindo o noticiário. Ao me ver ela rapidamente tirou o pé do balcão e se levantou.
- Bridge Seal, boa noite! Em que posso ajudar?
- É... eu queria um quarto, por favor.
- São 35 dólares a diária, pagamento antecipado.
Paguei o valor e ela me deu uma chave do quarto de número 18, caminhei até uma escada, ainda observando o local, era tudo escuro, o piso de madeira já rangia com os passos, no entanto parecia ser tudo muito limpo.
Ao chegar no quarto estava demasiadamente cansado, apenas tirei a roupa, tomei um banho e me joguei na cama.
