Coração Indeciso - Capítulo XXVI

Um conto erótico de Arantes, Henrique.
Categoria: Homossexual
Contém 2200 palavras
Data: 11/01/2014 03:52:23

Raios saiam de varinha, eram direcionados contra as minhas costas. Logo, aparateiAcordei ofegante, levantei meu rosto e balancei minha cabeça. Meu Deus, que sonho louco! O livro estava em meu rosto, agora eu estava de bruços e babando em cima do livro. Logo me recompus. Que coisa...

“Eu tava no casamento do Gui e da Fleur? E transei com Krum? Como assim? Apesar do Krum ser um gato hahahahahaha. Foi só um sonho que se baseou no livro, apenas, Que louco!”,pensei.

Fui beber um copo d’água. Eu deveria ter perdido os setenta por cento de água que eu deveria ter em meu corpo. Minha cabeça estava “pré-acordada”. Meio tonto, fui à cozinha. Liguei meu computador. Coloquei o copo no criado-mudo, junto com o livro, limpei a boca com as costas da minha mão.

— Por isso que ele não perguntava meu Facebook! Ah! Ele me traiu? — falei, socando o colchão. Meu pé bateu no copo, que teve um voo pesado para o chão. “Meu Deus, ainda três horas?”, pensei, olhando para o relógio no canto da tela do computador.

Segundo o perfil dele, ele também tinha estudado Colégio Católico Francisca Augusta de Jesus. Tinha entrado em 1989 –Tinha ser formado como médico em 2005, terminou especialização em 2010.

O aniversário dele tava perto, dia quatorze. Ele era meio velhinho para mim... Ia fazer vinte e sete!!! Me lembrei que eu pensara que ele tinha vinte um “Putz... Um babaca mesmo... Será que eu faço alguma coisa? Do que será que ele gosta??” , pensei. Eu estava ficando empolgado.

Momento calculando com Macaulay Culkin (hahaha). Não que eu ligasse para a idade, se ama alguém aproveite! Ele era doze anos mais velho que eu ... Ele era mais velho que o Bruno dez anos. “Nussa” e ele ainda levou porrada. #Toma. Hahahahahahahahaha.

Peguei-me planejando o que iria fazer para ele durante toda aquele vestígio de noite. Uma vontade incontrolável de ligar para ele queria me dominar tipo homem aranha vermelho e o preto... Eu olhei para o celular.

“Ligo”, pensei e digitei os números.

“Nãooooooo”, apaguei.

Fui caminhando até o lado de fora do quarto. Sentei no meu balanço, parece que eu o sentia ali. Tentando me convencer a ficar com ele e dizendo “te amos”. Comecei a rir, o carinho que eu tinha por ele estava voltando a se manifestar...

Será que ele merecia? Ele me deixava todo engambelado. Ele sempre com suas promessas shakespearianas, que me confundiam. Será que ele me escolheu como uma vítima por que sou “meio” novo, e eu só tornei o jogo dele mais interessante? Que doente.

“Ah, meu Deus lá tô eu pensando besteira!”, pensei.

Balançando-me no balanço, olhei pelo canto do olho para o celular que estava do meu lado. “Ah, vem cá” falei agarrando-o. Comecei a digitar. Chamou três vezes. “Será que ele iria atender?”, pensei.

— Alô — atendeu uma mulher com voz de sono.

— Quem é? Me dá isso daqui. — falou alguém ao fundo do outro lado um pouco mais atrasado. — Alô? — Agora a voz era nítida e era uma voz esperada, Augusto... Pulei do balanço.

— A resposta é não. — falei com uma voz definitiva, frágil e abalada, meneei minha cabeça e com os olhos vidrado voei o telefone para o meio da pista.

“Não, eu não vou estragar a vida de ninguém... Coitada dessa garota... Ela que se toque como eu me toquei.”, pensei. Voltei ao balanço e me encolhi. Concentrei meus olhos na casa ao lado. Sem razão... Na cor salmão. Na casa em frente Ricardo deveria estar igualmente acompanhado.

“Ele vem me procurar. Se duvidar, agora mesmo.”, pensei, pensando em Augusto. “Não ele teria que enganar a ‘pobrezinha’ da noiva dele.”. Imaginar ele fodendo-a me deu mais raiva. Ele deveria ser do tipo de homem nojento que só quer saber de transar. Daqueles que só é bom para se distrair.

“Onde tá o Deco? Por que eu fiz aquilo com meu celular?” perguntei a mim mesmo. “Pelo amor de Deus ele não vale isso!”. Desci e fui pegar meu chip em meio daquele findar de sereno. Depois fui fazer carinho no Deco.

Tava querendo abraçar alguém. Fiquei lá com meu melhor amigo do mundo, Dequinho... Ele queria se deitar, um preguiçoso, mas eu o abraçava... “Tu tem que ser meu amigo! Ai, ai!” falei rindo. Ele fazia tipo “Hum, tá enchendo meu saco” hahahahahahahaha.

Cinco e meia me arrumando. Eu tava com toda a animação para dizer “Pai e mamãe, vou ficar com a vovó até as provas acabarem.” E depois de todo aquele papo entediante. Eu iria pegar meu táxi, com muito prazer, e ir para a casa da vovó. Eu já tinha tudo planejado.

Arrumei a mesa peguei o jornal na porta. Fiquei esperando o papai e mamãe descer. A Cida entrou:

— Nossa, quem tá querendo tirar meu emprego? — falou ela beijando minha cabeça e deixando o pão em cima da mesa.

— Não deixaria isso acontecer, tu sabes, né linda? — pisquei para ela que tava indo para o quartinho, de empregada, deixar suas coisas lá.

— Menino — falou ela levantando uma carcaça do lixo da área —, isso é teu, não?

— É. — respondi.

— Entendi. — disse ela olhando para mesa.

— É, é isso mesmo. — disse a ela.

— Henrique, Henrique... Por que isso?... — perguntou-me.

— Estresse, sabe? — falei deitando a cabeça na mesa. O cansaço estava me derrubando de novo.

— Meu menino, não deve ficar assim! — disse ela se sentando à mesa.

— Bom dia. — falaram mamãe e papai cheios de sorrisos.

— Bom dia. — respondemos eu e Cida. Cida se levantou e terminou de passar o pano na mesa.

— Que foi amor? — perguntou mamãe.

— Nada, é que eu tô com dor de cabeça. Muito, muito forte mesmo. — respondi.

— Então não vá à escola, filho — falou papai.

É, tinha acontecido àquela coisa sim... hahahahahahaha......

— Pai e mãe, posso pedir três coisas? — perguntei. — Simples — Me adiantei.

— Tudo bem. — disse papai lendo o jornal. Mamãe me olhou desconfiada.

— Quero um celular novo. — disse.

— Por que, Henrique? — perguntou mamãe fazendo uma expressão mais seria.

— É quase novo! — disse o papai.

— Pai, eu tenho ela faz três anos! — falei surpreso com aquele absurdo. — E o meu telefone explodiu. — Segurando o máximo possível o riso.

— Como assim? — perguntaram os meus pais.

— Ele ficou assim. — mostrei a carcaça.

— Isso não foi uma explosão. — falou papai. — Eu comprei esse celular esse ano Henrique.

— Tá, foi um erro meu! — admiti — Mas ele começou a soltar fumaça na minha mão ai taquei ele na parede foi isso. — disse escondendo meu rosto com os braços na mesa.

— É verdade, Henrique? — disse mamãe me olhando séria.

— É, e já não é o primeiro caso. — eu disse tentando parecer o mais verdadeiro possível.

— Tá, compra com o cartão. — disse ele. — Mas não tem mais celular esse ano, viu?

— Tudo bem. — disse.

— E segundo: Posso ir para a casa da vovó, ficar um tempo lá? — perguntei encostando de novo minha cabeça na mesa.

— Por quê? — perguntaram papai e mamãe. Papai por trás do jornal e mamãe me olhando.

— Porque a vovó me chamou! — respondi rabugento. — Por que tanta pergunta? —perguntei.

— Porque Augusto me indicou um psicólogo para você está lhe achando muito confuso— [Piadinha do autor: Até os leitores estão hushahsauhuas ~~batumdis~~] falou mamãe tocando meu braço. — Vou ligar para a mamãe — disse mamãe indo pegar o telefone dela.

— Aonde você vai, Henrique? — perguntou papai.

— Na sala, pegar meu livro. — menti.

— Hum... — respondeu ele. Corri para o telefone fixo ao mesmo tempo em que ela subiu a escada. Digitei rápido.

(Na linha)

— Vó? Vó?

— Quem é? Tereza é você?

— Não, vó, é o Henrique.

— Que foi meu filho? — falou ela.

— Tô indo para ai. Qualquer coisa se a mamãe lhe ligar. Diga que me convidou para ir para ai. O.K? — falei.

— Tá. Venha.

Na hora que eu desliguei o telefone. Mamãe começou a descer a escada. Cheguei na cozinha.

“Ufa, ‘The flash’ ”, pensei.

— Estranho — falou ela olhando para a tela do seu Sony Ericsson Xperia Arc. —, não está pegando. Esses telefones não, eu não sei para que tanta complicação. — disse ela olhando para o telefone.

— Também acho. — disse papai. — Telefone deveria ser só para ligar e pronto.

— Para vocês. — eu disse.

— Então, espertinho, liga para tua avó aqui! — disse mamãe me dando o celular. Liguei. E ela se levantou para falar com a vovó.

— E, a segunda coisa que eu quero pedir. É que não forcem mais com os filhos dos Padilhas, o.k? Por mais lucrativo que seja. Eu não quero mais. Viram o que “o médico” — tentei parecer irônico — falou para a mamãe? — Papai pareceu ser meio indiferente.

— Tudo bem, mas então, deixe de ser assim. E continuara a ganhar muito comigo. — disse ele.

— Assim como? — perguntei olhando para ele.

— Criador de boatos — disse ele meio rústico. Comendo uma torrada e tomando seu último gole de café. Limpou a boca e se levantou — Bom tenho que ir para uma reunião. Se você está passando mal nãová para a escola. Vá para a casa da sua vó e não apronte!

— Tudo bem! — disse. — Vou trocar de roupa e chamar um táxi.

— Tudo bem, deixe que eu compre o celular novo para você. Qual o nome?

— Iphone 4 — disse.

— O mesmo? — disse ele rindo.

— É, apesar de ser uma bomba, no literal. — Nós rimos. — É um ótimo celular.

— Tudo bem. — disse ele pegando sua pasta. — Ê, ah, filho, eu sei que você é uma ótima pessoa. Isso é uma fase. — disse ele. Ele sabia que não.

— Obrigado, pai. — eu disse. Também sabia que ele era uma ótima pessoa quando não estava bêbado, nem estressado. Mas dinheiro era seu ponto fraco, como da maioria. Às vezes até meu ponto fraco!

— Tchau, filho — disse mamãe — sua vó está lhe esperando. Quando chegar lá me ligue!

— Tá — respondi.

Fui ligar para o táxi. Troquei de blusa e peguei roupa para três semanas apesar de precisar somente para uma semana.

O táxi chegou. Foi passando ruas do condomínio, aquela rua sempre teria meus olhares mais atentos. Alguém tinha chegado de viagem na casa do Bruno. Estava um monte de malas e um casal abraçando o Bruno, opsO Augusto me viu. A merda do carro era película! Droga, droga, droga triplamente, quadruplamente, infinitamente droga! Virei meu rosto.

— Corre moço! Pelo amor de Deus! — Passamos rápido pelo portão.

Vi a sombra de uma Moto Guzzi California 1400.

“Que diabos aquele capeta quer comigo!!”, pensei.

— Moço não deixa aquela moto alcançar-nos! Por favor lhe dou cem reais a mais! — Nem precisei dizer mais nada o Siena correu feito bala.

Augusto sumiu do campo de visão. Pegou a outra entrada para fechar o carro, droga!

— Moço diminui! Eu vou me esconder aqui qualquer coisa o Sr diz que eu desci lá atrás!

— Tudo bem. Mas não me mete em encrenca garoto! — falou ele meio preocupado.

— Tudo bem. — Abaixei o banco e entrei na mala com a mochila. Foi dito e feito Augusto fez exatamente aquilo que eu previra. Dava para ver segurando o capacete debaixo do braço. Bateu no vidro

— Fala — disse o motorista.

— Tu tava com um garoto aqui no carro? — perguntou Augusto.

— Ele desceu lá atrás. Quando viu que tu tava seguindo. — respondeu o motorista.

— Tá, valeu — falou ele.

O carro voltou a andar.

— Já posso sair? — perguntei.

— Espera mais um pouco — disse o motorista. — Já sai, mas devagar e agachado.

— O.K — Me deitei no banco traseiro.

— Desculpa perguntar, mas quem era este? — perguntou o taxista.

— Ah, é um psicopata que tá me perseguindo. — Segurei o riso. — Meu pai tinha um negocio com ele e agora ele tá fazendo isso.

— Você não quer ir na policia?

— Não, não obrigado. Só para o meu destino mesmo. — a conversa se encerrou ali. Em cinco minutos cheguei na casa de vovó.

— Cinquenta, deu a corrida. Não precisa aqueles cem não, mocinho. — disse o taxista.

— Tudo bem. — disse entregando a nota para ele. — Bom dia.

— Bom dia. — ele disse.

Sai do carro. Fui com a mochila em minhas costas até o portão. Tinha um porteiro, sem ser o Roberval, na guarita. Mais uma vez a burocracia!!

— Bom dia, a minha avó mora no 402. Dona Francisca.

— Espere um momento. — ele interfonou. — Pode subir

Subi as escadas, apitei na campainha.

— Meu bebê!!!!!!!!!!! — gritou a vovó ao me ver.

— Mãezinha. — abracei-a.

— A Amélia me disse que você está passando não está passando muito bem, venha se deitar!

— Só tô com dor de cabeça! — falei sendo empurrado. — Vó, sra me empresta um telefone rapidinho?

— Importa venha se deitar! Já falei com a Amélia. Repouso para você com dorflexzinho. Não vai lhe custar nada ficar deitadinho!

— Me empreste seu celular?

— Tudo bem. — ela puxou o telefone da bata dela. Troquei de chip e quando eu liguei uma erupção de sms da Ana:

“Teu motoqueiro tá aqui na escola.”; “Por que não veio? Tava te esperando!”;

Respondi : “Depois te ligo vou dormir um pouco, Qualquer coisa diz para ele que estou em Goiânia”.

“Tudo bem. Mas tu não tá, né?” ela enviou outra rápida mensagem. Deixei-a na duvida. Remédios sempre me deixavam com sono, dormiBom gente o próximo conto será a continuação desse dia então fiquem ligados qualquer momento posso postar :D Beijos ;* Com surpresas :) Qualquer coisa será um prazer falar com meus leitores: faleautor@gmail.com

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