Aos poucos eu terminei o banho dele. Ele ainda continuava excitado e nem estava com vergonha. Eu resolvi relaxar também. O que poderia acontecer? Afinal éramos irmãos, o sangue falava mais alto. Pelo menos para mim.
Desliguei o chuveiro e empurrei a cadeira dele pra próximo da porta. Peguei uma toalha de banho seca e comecei a secar a pele dele. Comecei pelos cabelos e fui descendo. Rosto, pescoço, ombros, peitoral, barriga, coxas... até que cheguei no pênis. Peguei nele e de propósito apertei. Olhei pra ele e ele mordeu os lábios, tirei minha mão do membro dele e continuei secando-o.
Já seco comecei a tirar os sacos plásticos dele. Comecei pelo braço, depois fui pra coxa e por fim no tornozelo. Ele ainda continuava excitado. Aquilo estava me deixando nervoso.
- Mano, amolece isso! – disse.
- Não é fácil sabe. Faz tempo que ele não brinca.
- Ah e eu vou ter que ficar vendo isso? – sorri pra ele.
- Ninguém esta obrigando você a olhar. – disse ele rindo baixinho.
- É mas eu tenho que fazer tudo, automaticamente eu tenho que olhar né mano!
- Fala a verdade... Você tá olhando porque quer!
- Aff... Nem comento nada. Espera ae que eu vou pegar sua roupa que eu esqueci de trazer.
- É, de toda forma eu não tenho como sair, mesmo que eu quisesse.
A gente riu e eu sai. Peguei uma roupa limpa pra ele e voltei para o banheiro. E ele continuava excitado.
- Pronto. Voltei.
- Amém!
- Nem demorei tá?
- Eu sei – disse sorrindo – Só to brincando com você.
- Eu sei – sorri também.
Abaixei a tampa do sanitário e coloquei-o sentado lá. Sequei a cadeira de rodas e depois coloquei ele de volta para poder vesti-lo.
Aproximei-me dele. Comecei a vesti-lo bem devagar. Aproveitando o momento ao máximo. Ajoelhei-me na frente dele e comecei a colocar a cueca. Quando chegou na coxa eu parei. Olhei para o rosto dele e dei um sorriso safado.
- Agora eu não vou ver mais! Uhul!
- Mas você pode ver quando quiser – disse ele zombando de mim.
- Não, obrigado!
A gente riu e eu coloquei a cueca nele. O membro sumiu embaixo do pano, me deixando de certa forma mais aliviado. Vesti a bermuda dele e depois por ultimo a camiseta.
- Pronto senhor.
- Até que não é difícil né?
- Não muito.
- Gostou de me ver peladinho?
- Não! – disse sorrindo.
- Sei! Agora por favor me desce na sala pra mim poder jantar e ver outros ares sem ser quarto corredor e banheiro!
- Você manda!
Comecei a empurrar ele pelo corredor e parei na frente da escada.
- Mãe – gritei. – Vem aqui!
- Que foi menino? O que aconteceu?
- Nada não! Me ajuda a descer ele pelas escadas?
- Ah. – disse ela subindo. – Vamos lá.
Ela pegou nas rodas dianteiras da cadeira e eu nas traseiras. Levantamo-lo no ar e descemos as escadas pousando-o na sala.
- Lucas vou cortar carboidratos pra você meu filho! Que pesado!
- Mais uma! Eu não to gordo! Vocês que são fracos! – disse ele fechando a cara.
Eu e minha mãe caímos na gargalhada. Ela foi pegar a janta dele e ele ficou vendo televisão. Enquanto fiquei livre dele subi e liguei para o meu namorado.
- Alô? – disse ele.
- Oi meu amor, tudo bem?
- Oi meu lindo, tudo sim e você?
- Tudo bem também. O que está fazendo?
- Ah... Conversando com a Aline que está aqui.
- Sério? O que ela está fazendo aí?
- Veio me dizer quem ficou no seu lugar na banda.
- E quem ficou?
- Adivinha?
- Fernando?
- O próprio!
- Não acredito!
- Pois é!
- Abre bem o seus olhinhos viu?
- É eu sei! Eu sei, nem precisa terminar a frase!
- Ah, que bom que você sabe!
- E você ta fazendo o que?
- Nada. Aproveitei que o Lucas tá la embaixo jantando e dei uma escapulida pra te ligar.
- Hum. E como ele ta?
- Muito bem. Melhor impossível.
- Por que diz isso?
- Ah, porque ele já tá todo animadinho. Zoando e tudo mais.
- Hum sim!
- Então tá amor, era só isso mesmo. Só liguei pra dar um oi e dizer que te amo.
- Ah que bonitinho! Eu também amo você!
De fundo eu escutei a Aline dizendo “Ai que lindoooo”.
- Manda beijo pra doida tá?
- Léo manda beijo – disse o Dani pra Aline. – Ela manda outro.
- Thank you. Ai meu anjo, to com tanta saudade. Precisamos nos ver.
- Eu também estou. Mas fica difícil com você de babá do Lu né?
- Mas eu dou um jeito amor. Nem que seja quando ele estiver dormindo eu der uma escapadinha aí na sua casa.
- Oba! Adorei!
A gente riu.
- O que fez hoje – perguntou ele.
- Cuidei do baby – disse rindo. – Acabei de dar banho nele. Agora tá jantando.
- Banho? Não gosto disso.
- Ai começou. Relaxa.
- Só fico mais tranqüilo porque vocês são irmãos. Mas é estranho.
- É, eu sei. Eu que o diga. Mas fica tranqüilo.
- OK. Você sabe o que está fazendo, mas de toda forma cuidado. Irmãos também sentem tesão.
- É né – disse pensando no pau do Lucas durinho na minha frente – Mas esquece isso.
- Beleza.
- Amor, vou desligar. Meus créditos estão acabando.
- Tudo bem. Eu e a Aline vamos jantar agora.
- Ta OK. Se cuida meu príncipe.
- Você também. Não esquece que eu amo você.
- Eu também amo você.
- Boa noite, dorme com os anjinhos e fica com Deus.
- Você também. Comporte-se.
- Eu sempre me comporto.
- Aham, sei.
- Beijo amor.
- Outro.
E desligamos.
Desci pra sala. O Lucas já tinha terminado de jantar. Agora era a minha vez. Jantei assistindo televisão. E depois ficamos lá papeando com minha mãe.
- Não dói nada não filho? – quis saber ela.
- Não mãe. De vez em quando dói a coxa. Mas é bem esporádico.
- Hum. Ainda bem que não dói. Se não ia ser ruim.
- É né.
- Mãe, cadê a Gi?
- Na casa de uma amiga.
- Ah tá.
A campainha tocou. Minha mãe foi atender e quando eu vi quem era meu queixo caiu.
- Não acredito! Vó! Vô! Outra vó! Outro vô – disse surpreso.
- Não podíamos deixar de vir ver o nosso neto mais velho né? – disse meu vô Gui.
- Ai coitadinho – disse minha vó Flor – Preso numa cadeira de rodas.
- Oi avós e avôs – disse ele abrindo o maior sorriso.
Todos cumprimentaram ele e a mim. Ficamos lá papeando na sala até que meu pai chegou.
- Pai? Mãe? O que fazem aqui? Vocês também? – disse olhando pros meus avós maternos.
- Viemos ver o nosso neto filho – disse minha vó.
- E é claro, você também – disse meu vô indo abraçar ele.
Eles se abraçaram e depois meu pai deu um beijo na testa da minha avó e cumprimentou meus avós maternos.
Depois dele chegar eles foram jantar e eu resolvi subir o Lu pro quarto porque ele já estava se cansando.
Pedi pro meu pai me ajudar e desta vez foi bem mais fácil. Ele colocou o Lucas no colo dele como se o menino fosse uma noiva e levou ele pro quarto, eu apenas levei a cadeira de rodas. Depositou ele na cama e disse:
- Ta pesadinho viu!
- Ah não! Isso é um complô contra a minha pessoa! Você é a terceira pessoa que diz isso! Eu vou fazer jejum agora!
Meu pai riu tanto que chega ficou vermelho.
- Como você é besta Lucas. – disse fazendo cafuné nele – Agora da licença que eu vou ficar com seus avos.
- Vai lá pai – disse. – Vou pra internet tá?
- Ta bom filho. Juízo os dois.
- Pode deixar – dissemos eu e o Lucas.
Quando ele saiu eu fechei a porta.
- Entra no meu orkut e vê quantos recados eu tenho – disse o Lucas.
- Ta.
Entrei no perfil dele e li todos os recados. Minha sorte foi que ele pediu pra mim não responder pois tinham muitos! Só coloquei um “Ausente por tempo indeterminado” no lugar do nome dele e saí.
Entrei no MSN e no meu orkut. Alguns amigos estavam on-line, mas ninguém de interessante. Respondi meus scraps do orkut e saí da internet afinal não tinha anda de legal pra fazer nela. Me deitei e liguei a televisão.
Ficamos assistindo TV até tarde. Depois eu tive que levá-lo no banheiro pra ele fazer xixi. Ele fez e nos voltamos. Já estávamos deitados e com a luz apagada quando ele disse:
- Léo, preciso conversar com você.
Pensei: “Ih, é agora”.
- Pode falar mano, estou ouvindo.
- Lembra que aquele dia na praça eu disse que tava passando por um momento difícil?
- Lembro sim.
- Então mano, queria falar sobre isso com você.
- Pode falar Lu!
- Então, eu acho que eu sou bissexual.
- Como assim? – disse eu surpreso.
- Sabe o que é, é que eu to sentindo tesão por homem. E também estou com vontade de experimentar.
- Nossa! Você bissexual? Nunca imaginei isso!
- Nem eu! Mas eu ainda não tenho certeza!
- Sei. Mas me diz mais. Ta com vontade de experimentar com quem? Eu conheço?
- Conhece sim!
- Sério? Quem é?
- Você!
Comecei a tossir que nem uma pessoa com tuberculose.
- Como é que é?
- Você mano! Você mexe comigo!
- Lucas, você ta doido? Eu sou seu irmão!
- Eu sei! Mas o tesão fala mais alto!
- Você ta louco!
- Eu sei. Mas eu não consigo me controlar! Não é minha culpa!
- Não acredito no que eu estou ouvindo mano!
- E nem eu no que estou falando. Mas precisava te contar. Se não eu ia enlouquecer.
- Nossa. Mas isso não pode! Experimenta com outro!
- Com quem?
- Qualquer um menos eu!
- Por que não você?
- Porque nós somos irmãos!
- Só por isso?
- Sim. Por que mais?
- Não tem ninguém na parada?
- Não. Bom, sim mas isso não vem ao caso.
- Claro que vem. Quem é?
- Pra que você quer saber?
- Nossa! Desculpa não pergunto mais.
- Desculpa mano. É que é uma longa história.
- Me conta, eu não to com sono.
- Quer mesmo saber?
- Se você confiar em mim pra contar eu quero sim.
- Claro que eu confio né Lu? Espera, vou juntar a minha cama na sua pra falar baixo pra ninguém ouvir.
Levantei, acendi a luz e juntei as duas camas em uma que nem eu fiz na praia com o Dani. Apaguei a luz e me deitei.
- Preparado? A historia é bem longa
- Manda ver.
Comecei a contar. Durante todo o momento ele não falou nada. Quando terminei tudo ele disse:
- Uau!
- Espero que não me julgue e nem me denuncie.
- Julgar? Nunca, você não é o primeiro e nem será o ultimo! Denunciar você? Jamais! Quando você se sentir preparado você conta, se você quiser!
- Obrigado! Eu sabia que você não ia contar!
- Claro que não.
- Valeu mano!
- Não me agradeça. Não é nada. Eu que agradeço por você ter me contado!
- Que isso, eu já estava pensando em fazer isso mesmo.
- Que bom! Quer dizer então que o Dani é meu cunhado?
- É sim!
- Que bonitinho! Fico feliz mano! Ele é lindo! E você também, formam um casal bonito!
- Obrigado!
- Mas então mano, eu to confuso ainda. Sei que você é meu irmão, mas não consigo deixar de sentir muito tesão por você!
- Quando isso começou?
- Pra ser sincero, tem uns dois meses já.
- Como começou?
- Do nada. Te vi saindo do banho e comecei a me interessar pelo seu corpo, comecei a ver como você é gostoso e tudo mais.
- Nossa!
- Pois é.
- Eu te entendo. Mas Lu, tem duas coisas que bloqueiam. Primeiro nosso sangue! Segundo eu namoro né... Não quero nem vou traí-lo!
- Eu te entendo. Mas de certa forma é bom não rolar nada, eu não sei se me sentiria bem.
- Você acha que quer fazer o que? Se rolasse é claro.
- Ah, primeiramente beijo. Se bem que me desculpa, mas eu acho nojento.
- Relaxa, eu também achava. Mas depois acostuma. É muito bom!
- Sério?
- Opa!
- Melhor que mulher?
- Muito!
- Por quê?
- Ah, porque tipo, homem tem mais pegada. Sabe fazer as coisas. Não tem nojo de nada, ao contrario de mulher.
- Saquei.
- Mas você só quer beijar?
- Não. Tenho vontade de ser chupado também.
- Hum. Só?
- Acho que sim.
- E de transar não sente vontade?
- Ah, curiosidade. Vontade não.
- E você tem curiosidade de que? De ser ativo ou passivo?
- Que é isso?
- Isso o quê?
- Ativo ou passivo?
- Ah – disse começando a rir. – Ativo é quando você faz. E passivo é quando você recebe!
- Hum entendi. Falando o português correto. Ativo é quando você mete, e passivo é quando você dá?
- Exato – disse eu rindo.
- Ah tá. Posso te fazer uma pergunta?
- Claro.
- Você é o que?
- Os dois mano.
- Os dois?
- Sim.
- E ser passivo é bom?
- Depende do que você diz com bom.
- Tipo é melhor do que comer?
- Bom, depende do ponto de vista.
- Qual você prefere?
- Na verdade eu acho os dois bom.
- Por quê?
- Porque os dois dão prazer.
- Dar o cu da prazer?
- Sim.
- Nossa! Não sabia.
- Mas depende, tem que saber fazer direitinho.
- Não dói mano?
- Sim. No começo dói muito. Mas depois é muito bom.
- Ai que difícil de entender. É complicado isso.
- Por quê?
- É muita informação ao mesmo tempo.
- Ah tá.
- E como é comer?
- Normal.
- Como assim normal?
- Você já comeu bunda de mulher?
- Já.
- É a mesma coisa.
- Ah tá.
- Delícia...
Ele riu baixinho.
- E chupar?
- O que tem?
- É bom?
- Muito bom!
- Qual o gosto?
- Nenhum. De pele.
- Ah tá. E ser chupado?
- É divino! Muito melhor do que mulher mano!
- Sério? Por quê?
- Porque a pegada é mais forte. E homem não tem frescura. Mulher tem nojo de chupar a gente, homem não.
- Ah tá.
- Só de pensar me dá vontade!
- Em mim já deu. Meu pau tá explodindo aqui.
- O meu também!
A gente riu.
- Agora eu vou ter que experimentar mano!
- Serio?
- Serio!
- Espero que você não se arrependa! Eu acho gostoso!
- Hum! Mas com quem que eu vou experimentar?
- Isso eu não sei.
- Você tem algum amigo que curta?
- Acho que só o Dani mesmo. Mas ele já tem dono.
- Ai que fofo.
- Pois é.
A gente riu baixinho.
- Agora eu preciso de sua ajuda mano. – disse o Lucas.
- Que ajuda?
- Preciso experimentar!
- Vou tentar mano! Vou tentar arranjar alguém pra você. Mas porque você não pega alguém de balada GLS?
- Nem rola mano. Já pensei nisso, mas sei lá. Quero que seja alguém que eu conheça.
- Mas você conhece alguém pra poder experimentar?
- É, não!
- Então complicou né!
- É, mas quem sabe um dia eu experimente.
- A esperança é a última que morre irmãozinho!
A gente riu de novo.
- Mas ainda acho estranho!
- O que você acha estranho?
- Toda esta situação. Nunca me imaginei assim, dizendo e querendo ficar com homem. E ainda mais com meu irmão!
- Na vida da gente tudo é uma caixinha de surpresa. Eu nunca me imaginei gay, mas sou e me aceitei.
- É!
- E se você também for mano você tem que se aceitar do jeito que você é. Você não escolheu, mas você tem que aceitar. Não adianta ficar lutando contra isso e se escondendo atrás de uma mulher.
- Nossa que profundo!
- Mas é verdade mano! Eu aprendi em pouco tempo a não ter preconceito e a saber respeitar as diferenças. E é assim que tem que ser!
- Verdade! Mano que horas são?
- Deixa eu ver – peguei meu celular e vi a hora – É uma e meia da manha.
- Nossa já?
- Quando se conversa a hora voa!
- Verdade. Mas eu não estou com sono. E continuo com a barraca armada.
Eu ri.
- Você não existe mesmo.
- Opa, existo sim! Olha eu aqui ó!
Eu ri de novo.
- Você é demais mano. Mas segura a barra, faz o bicho ficar relaxado.
- Não dá! Faz tempo que eu não faço nada.
- Quanto tempo?
- Que eu não transo? Tem uns três meses.
- Caralho! Eu aguentei bastante tempo até ter a minha primeira vez com o Daniel.
- Sério?
- Aham! A gente começou a namorar em agosto, e só transamos em dezembro.
- Nossa mano! Já vai fazer um ano que vocês tão juntos!
- Nossa! É mesmo! Eu nem tinha me lembrado!
- Que coisa feia! Esquecendo aniversario de namoro!!!
- Ah normal né. – disse rindo – Mas por que você ta tanto tempo sem transar?
- Porque não aparece ninguém que valha a pena!
- Ah ta! Mas você não se alivia sozinho não?
- Quando eu pudia sim, mas agora não posso né!
- Ah entendo!
- Só se você me aliviar.
- Mano! Já falei que não posso!
- Ah mas só uma punheta não vai fazer mal né mano!
- Vai sim!
- Por quê?
- Porque eu tenho medo de passar da punheta.
- Não passa não!
- E como você tem tanta certeza?
- Intuição.
- Sei. Sua intuição sempre falha!
- Ai credo!
- É verdade. Uma vez quando a gente morava la no interior ainda, a gente tava andando numa trilha e você disse: “vamos pela direita, minha intuição diz que é por aqui”, e era pela esquerda!
- Nossa, você ainda lembra disso?
- Claro que lembro! Até parece que vou esquecer né?
- Eu hein! To vendo que você só esquece aniversário de namoro mesmo! – ele disse rindo baixinho.
- Vai se ferrar seu mane! Eu não esqueci, apenas não me lembrei!
- Ou seja, você esqueceu!
- Não esqueci, só fugiu da memória! Nem me toquei que a gente tá em agosto!
- Pois é irmãozinho, daqui a vinte e sete dias é seu aniversário!
- Uhul! Dezoito aninhos! O que você vai me dar de presente?
- Te garanto que não é um carro!
- Ah, só porque eu estava esperando!
- Pois espere sentado!
- Nossa, muito obrigado viu!
- De nada. E outra. Você nem tem carta.
- Mas vou tirar!
- Quero só ver.
- Pois espere e verá.
- Quando você e o Daniel fazem aniversario?
- No dia quinze.
- Eita, daqui duas semanas!
- É.
- Vão fazer o quê?
- Não sei ainda.
- Ah tá.
- Nesse dia você vai ter que me liberar.
- Ah não, não troco o meu enfermeiro particular por nada.
- Que honra. Mas nesse dia sinto muito. Você vai ter que trocar!
- Mas você vai me dar banho né?
- Só se for de manha!
- Pode ser. Não quero que outra pessoa veja o meu dote.
Eu gargalhei. Me contive pra não rir alto, tive que tampar a risada com o travesseiro.
- Vai dizer que ele não é grande? – disse ele.
- É, dá pra brincar.
- Dá pra brincar? Quanto mede o seu?
- Não sei, nunca medi.
- Pois eu aposto que não é maior que o meu!
- Sabe que eu não sei mano – disse eu rindo.
- Quer apostar que o meu é maior?
- Não, vai que eu perco.
- É né bonitão, tá com medo né?
- Medo nada, é que eu não tenho dinheiro mesmo. – disse rindo.
- Não precisa pagar com dinheiro.
- É, esse é o meu medo. Nem mano, não quero apostar!
- Haha! O meu é maior, o meu é maior!
- Pronto! Vai bancar o jegue agora!
Dessa vez quem riu foi ele.
- Posso te fazer uma pergunta? – disse ele ainda rindo.
- Faça.
- Quanto mede o do Daniel.
- Boa pergunta. Também não sei, mas é bom!
Ele riu mais ainda.
- Viciado!
- Opa, quando você experimentar também vai viciar.
- É tão bom assim?
- Muito!
- Hum, quero experimentar!
- Ai que lindo! Dois irmãos homo!
- Nem fala! Se o pai souber ele enfarta duplamente.
- Né! Por isso que eu nem contei. E nem vou.
- Você quem sabe!
- Se você estivesse no meu lugar, bom de certa forma você também esta no meu barco, enfim se você descobrir que você é gay ou bissexual, que seja, você conta pra eles?
- Nem fodendo!
- Eu sabia!
- Nem rola! O pai morre do coração e a mãe morre de desgosto. Ainda mais com dois filhos.
- É eu sei.
- Mas deve dar a maior vontade de falar.
- Dá sim. É foda você ir na casa do namorado e mentir dizendo que vai em algum amigo ou no shopping. Não gosto, mas é o jeito.
- Eu imagino. Mas vem cá, como vocês fazem pra transar?
- Na casa dele maninho.
- E a tia dele?
- Ah, eu acho que ela sabe. Mas ela é de boa. A gente fica no quarto e tranca a porta e manda bala.
- Eita! Que adrenalina!
- Muita!
- E os barulhos?
- Gemidos?
- É.
- Ah, a gente evita. Geme bem baixinho no ouvido do outro e só.
- Ai, eu amo gemido no ouvido, ficou louco!
- Eu também.
- Mano, minha cueca vai furar aqui!
Eu rachei de tanto rir.
- A minha também mano!
- Se eu te pedir uma coisa você faz?
- Depende. O que é?
- Deixa eu pegar no seu pau?
- Ui!
Momento de silencio.
- Não sei mano!
- Por quê?
- Sei lá!
- Deixa, só quero ver como é.
- Mas, como se seu braço ta engessado?
- Com a mão esquerda.
- Vou pensar no seu caso.
- Você ta me matando Leonardo!
- Nem to fazendo nada!
- Magina que não. Fazendo doce, só pra me provocar!
- Eu? – disse com a voz bem cínica – Imagina mano! Eu seria incapaz de fazer isso!
A gente riu.
- Mano é serio poxa! Só um pouco!
- Hum... Não sei não Lu!
- Vai, só uma vez, prometo!
- Ta bom vai! Mas só uma vez!
- OK.
- Me dá sua mão.
Ele me deu a mão esquerda que estava suada e gelada.
- Ta nervoso mano? – perguntei.
- Um pouco.
- Relaxa!
- OK.
Peguei a mão dele e trouxe até o meu short, colocando-a sobre meu pau que estava implorando pra gozar.
Ele apertou de leve e logo tirou.
- Satisfeito?
- Não!
- Não?
- Quero colocar a mão nele, e não no seu short!
- Ui!
- Deixa?
- Deixo.
Não me fiz de rogado. Coloquei meu pau pra fora do short e coloquei a mão dele em cima.
Ele a principio não fez nada, apenas ficou com a mão em cima dele, aos poucos começou a apertar e a movimentar ele pra cima e pra baixo, antes que eu começasse a gostar da brincadeira eu tirei a mão dele e guardei o meu amigo.
- Pronto! Gostou?
- Sim! É diferente!
- Como assim diferente?
- É diferente, a sensação é gostosa, dá um tesão a mais.
- Hum, já começou gostando!
Ele riu.
- Como tá duro mano – ele disse.
- Pois é! Você o deixou assim.
- Precisamos fazer ele abaixar o fogo né?
- Precisamos ir dormir isso sim!
- Ah não! Agora que tá ficando bom?!
- Exatamente senhor Lucas! Exatamente!
- E o meu? Como fica o meu?
- Deixa ele quieto que ele adormece.
- Ah, mas assim não tem graça né?
- Tem sim! Vai dormir Lucas, já tá bem tarde!
- Ah mano!
- Vamos! Fecha os olhos e dorme!
- Aff! Você é um chato!
- Só estou preservando você e a mim!
- Como assim?
- Já disse Lucas. Nos somos irmãos! Se criarmos uma relação é incesto, isso é pecado!
- Ai! Não tinha pensado nisso!
- Viu seu pamonha! Não é que eu não queira, se depender de mim até deixo, mas é o sangue sabe! E eu namoro!
- Melhor parar então. Desculpa.
- Não precisa se desculpar. Eu te entendo. É tudo novo pra você, você ta confuso, é normal!
- É, é tudo novo! Mas você me ajuda né?
- Claro que sim!
- Valeu mano!
- Não agradeça!
- Agradeço sim, foi muito bom falar com você!
- Digo o mesmo.
- Acho que a gente nunca se deu tão bem como hoje né?
- Verdade!
- Léo, vou dormir. Boa noite meu mano!
- Boa noite maninho!
- Dorme bem tá?
- Você também.
- Sonha com meu pau. – disse ele rindo.
- Não, sonha você com o meu!
A gente riu.
- Boa noite Léo.
- Boa noite Lucas.
Me virei pro outro lado, custei a dormir, demorou muito tempo, mas adormeci
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