No outro dia acordei com o Lucas me cutucando. Peguei meu celular que sempre fica em baixo do travesseiro e olhei as horas. Quase meio dia! Acordei, levantei, fui ao banheiro fazer minhas necessidades fisiológicas e escovei meus dentes. Quando voltei levantei ele e coloquei-o na cadeira de rodas. Levei-o ao banheiro e coloquei ele pra fazer as necessidades dele. Saí para deixá-lo mais a vontade e só voltei quando ele pediu.
Ainda com ele sentado na cadeira escovei os seus dentes. Ele não conseguia mexer o ombro direito ainda, então escovei para ele. Quando terminei, ele disse:
- Me dá banho?
- Já?
- To suado e com calor...
- Então tá né. Espera, vou trazer os sacos de lixo pra cobrir seus gessos. Não me demoro.
- Tudo bem.
Desci até a cozinha e encontrei todos almoçando.
- Nossa filho, até que fim você levantou! – disse minha mãe.
- Isso é hora de ficar dormindo menino? – disse minha avó Flor com um sorriso nos lábios.
- Oi galera! Mal pelo horário. É que o Lucas e eu ficamos conversando até tarde ontem a noite, aí já viu né?
- Essa juventude que fica dormindo e acordando tarde – disse minha vó Maria.
Todos riram.
- Mãe, onde estão os sacos de lixo?
- Para que você quer saco de lixo Léo? – quis saber meu avô Gui.
- Ah vô, eu vou dar banho no Lucas.
- É você que dá banho nele Léo? – perguntou meu avô Joaquim.
- Sim. Ele tem vergonha. Aí como a gente é irmão ele não sente vergonha de mim.
- Ah que bobagem – disse minha avó Maria.
- Pois é Dona Maria, pois é – disse minha mãe. – Eu já disse que eu mesma posso fazer isso, mas ele não quer.
- Mãe, não começa ta? Gente é decisão dele. Respeitem. E eu faço isso numa boa!
- Bom, se ele quer assim... – disse minha avó Flor.
- Onde estão os sacos de lixo mãe? Pra cobrir os gessos.
- No varal lá na lavanderia.
- Ah ta bom. Eu vou pegar. Licença gente.
Eu fui até a lavanderia e peguei os sacos de lixo e subi de vez pro banheiro, sem fazer pitt stop.
Entrei, tranquei a porta e ele foi logo dizendo:
- Isso por que você não ia demorar!
- Desculpa. Os avós estão almoçando e ficaram enchendo de pergunta.
- Até sei quais.
- Exatamente.
- Não gosto dessa insistência!
- Nem eu.
- É. Qualquer hora eu vou explodir.
- Relaxa.
- Impossível. Mas eu vou tentar.
- Faça isso.
Fui até onde ele estava e comecei a tirar a roupa dele. Primeiro a camiseta, depois o short e por fim a cueca. Nem mesmo tinha terminado de tirar a cueca e o pinto dele já criou vida. Ficou completamente excitado.
- De novo?
- É involuntário – disse ele ficando vermelho que nem um tomate. – Desculpa.
- Não precisa se desculpar. Eu entendo que é falta.
Ele sorriu.
- Enquanto ficar na cama sem fazer nada ele vai ficar assim mano – disse ele ainda sorrindo. – Ainda mais com você mexendo nele todo dia...
- Mas eu mexo porque preciso.
- Eu sei. Não to falando nada.
- Hum.
- Mas tudo bem, eu vou tentar fazer ele se acalmar.
- E como você vai fazer isso?
- Não sei, mas vou!
- Eu hein.
O pau dele estava explodindo de tanto tesão, mas eu infelizmente não podia ajudá-lo, não era correto com o meu namorado. E se ele soubesse disso ele morreria de ciúmes. E eu não queria isso.
Comecei a enrolar o braço, a coxa e o pé dele. Uma vez tudo enrolado eu o levei pra de baixo do chuveiro e fiz basicamente as mesmas coisas do dia anterior. Comecei ensaboando o cabelo, depois fui descendo.
Quando cheguei na parte dos países baixos eu tive que me controlar. O pau dele estava muito duro. E o meu também começou a dar sinal de vida. Me agachei na frente dele e comecei a limpá-lo. Peguei nele com força e lavei a cabecinha. Depois o corpo e por fim as bolas. Passei sabonete na bunda e no resto e me levantei para enxaguá-lo.
Sequei primeiramente a cadeira e depois o corpo dele. Dessa vez não o vesti no banheiro, mas sim no quarto. Enrolei a toalha na cintura dele e rapidamente levei-o para o nosso quarto. Ao entrar tranquei a porta com chave.
- Me deita mano.
- Por quê?
- Minha coxa e meu pé tão doendo!
- Ai meu Deus – disse eu ficando preocupado. – Será que eu machuquei você?
- Não se preocupa não. Já tava doendo hoje cedo.
- Ai, mas mesmo assim!
Eu fui até ele e deitei-o na cama com muito cuidado. Tirei a toalha da cintura e peguei uma roupa para poder vesti-lo.
Aproximei-me de seu corpo e comecei a colocar a cueca. Levantei o pé engessado e ele deu um grito.
- Ai, desculpa – disse entrando em pânico.
- Ta doendo demais!
- O que eu faço?
- Pega um remédio pra mim.
- Ta. Não demoro.
- Fecha a porta.
Sai correndo pra cozinha, meus avos ainda estavam almoçando.
- Saiam gente, por favor, respeitem a vontade dele.
- É melhor deixá-los a sós minha filha – disse a minha vó Flor. – Eles sabem o que estão fazendo.
- Tá eu saio! Mas já que você quer só o Léo Lucas, pede pra ele tudo agora! Ajuda minha você não tem mais!
- MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA! SAAAAAIAM DAQUI!
Minha mãe fez cara de indignação e todos saíram.
- Você foi longe demais!
- Longe demais foi ela. Entrar no meu quarto sem bater e me deixar nessa situação! Ainda bem que tinha a toalha pra mim me proteger né?
- Eu sei. Ela é muito intolerante!
- Se é!
- Toma, trouxe o seu remédio.
Fui até a cabeceira da cama dele e coloquei o remédio em sua boca, em seguida fiz ele beber o copo d’água e desci para poder colocá-lo na pia.
- Viu o que você fez? – disse minha mãe pra mim ao ver-me.
- Eu? – disse arregalando os olhos.
- É você! Você me colocou contra ele!
- Mas eu não fiz nada mãe! – disse olhando pra ela.
- Ivone chega! – disse meu avô. – Quem está passando dos limites é você minha filha!
- Até o senhor contra mim pai?
- Não estou contra você. Só estou lhe alertando! Você está colocando a culpa no Léo sem ele ser culpado.
- Quem pediu pra o Léo ajudar foi o Lucas Ivone – disse a minha avó paterna.
Ela ficou vermelha, não sei se de raiva ou de vergonha.
- E outra coisa Ivone – disse o meu avô paterno – Se o Lucas tem vergonha de você, e de outras pessoas, você não tem que ficar insistindo.
- Verdade – disse meu outro avô – Minha filha, o Lucas está numa idade difícil. É natural que não queira se mostrar pra você. Você é mãe dele. E ele se sente mais a vontade com homem. No caso com o Léo que é quase da mesma idade.
Ela ficou calada.
- Não insiste mais nisso mãe. – disse eu. – Deixa que eu me viro com ele. Qualquer coisa que acontecer eu aviso você. Não se preocupa que eu dou conta do recado. É só pra banho essas coisas. Relaxa e vê se não fica com essa cara. Ele tem as razões dele, e você tem que respeitar!
- Ta, ta! Eu não falo mais nada. – disse ela com raiva.
- Me deem licença de novo, vou ver como ele está e já volto pra almoçar e pegar a comida dele.
Subi as escadas correndo e a primeira coisa que fiz foi contar pra ele o que aconteceu. Ele quase morreu de tanto rir.
- Já acordou? Finalmente, demorou hein – disse com um sorriso de orelha a orelha.
- Só ouvir a verdade mano. Mas agora, deixa eu tentar te vestir. Colocar pelo menos uma cueca. Vai ficar pelado o dia inteiro? Não dá né!
Ele sorriu e eu me aproximei. Bem devagar eu levantei o pé dele. Ele fez uma careta de dor, rapidamente passei o pé engessado por dentro da cueca e repousei-o no colchão. Fiz o mesmo procedimento quando chegou na coxa, mas ele deu um grito alto, então resolvi parar.
Tentei colocar a cueca sem levantar a coxa, mas foi impossível. Ele tinha que forçar os braços para poder erguer o quadril, mas como estava com os dois braços impossibilitados de fazer força, o jeito foi deixá-lo nu.
- Vai ter que ficar assim até a dor passar.
- É o jeito – disse ele com uma careta.
- Ta doendo muito?
- Um bocado.
- Se não passar a gente vai no medico ta bom?
- Não mesmo! Vai ter que passar!
- Espero. Vou pegar o almoço. Já volto.
- Fecha a porta.
- Eu sei.
Sai, fechei a porta e desci pra pegar o almoço pra mim e pra ele.
- Como ele tá? – quis saber minha avó que estava sentada no sofá com os demais.
- Ta com a coxa doendo. Nem consegui vestir ele. Dei o remédio. Caso não passe a dor eu vou dar um jeito de colocar pelo menos a cueca nele e levar ele no medico.
- Não é melhor fazer isso agora Léo? – disse minha outra avó.
- Melhor esperar um pouco vó. Acabei de dar o remédio, demora pra fazer efeito.
- Isso é verdade. Se não passar até a noite a gente leva ele.
- Isso. Licença, vou pegar comida pra mim e pra ele.
- Ta bom meu filho – disse meu vô paterno.
- Como esse menino é educado! – disse meu vô Gui. – Sempre que sai pede licença... É um doce!
- Verdade! Dá até gosto – disse minha avó Flor.
Fiquei sem graça e fui pra cozinha. Peguei primeiramente a comida dele. Coloquei em uma bandeja e levei pra ele.
- Consegue comer sozinho? – disse eu.
- Consigo sim. – respondeu.
- Perfeito. Vou pegar meu prato.
Desci de novo e peguei meu prato. Subi e almoçamos juntos. Foi estranho porque ele estava nu, mas mesmo assim fiquei fazendo companhia pra ele. Comer sozinho é muito triste.
Após nós dois termos terminado o almoço eu desci e levei as bandejas com os pratos pra pia. Subi novamente e cobri ele com um lençol. Não dava pra ficar vendo ele peladão né.
Ficamos a tarde toda papeando. Quando deu umas cinco e meia eu tentei vestir ele de novo, e consegui. Coloquei bem devagar a cueca e depois uma camiseta. Deixei-o assim mesmo. A dor tinha passado, mas resolvi não arriscar. Vai que ela voltava!
As nove a gente jantou. Com custo levei ele pro banheiro. Fez xixi, escovei os dentes dele e voltamos. Deitei-o na cama e entrei no MSN. Fiquei por lá até a meia noite. Fiquei falando com o Daniel. Colocamos as fofocas em dia.
Acabei contando de toda a conversa que eu tinha tido com o Lucas na noite anterior, eu não gostava de mentir pra ele e abri toda a situação.
Ele ficou completamente chocado e abismado. Ficou até que enciumado, mas eu disse que era meu irmão e que eu já tinha dado um basta na situação. Só assim ele ficou mais tranqüilo e deixou a historia de lado.
Quando ele começou a ficar com sono se desconectou e eu fiz o mesmo. Deitei na minha cama, que ainda continuava encostada na cama do Lucas. Assim que me deitei ele foi logo perguntando:
- Era o Dani no MSN não era?
- Era sim.
- Percebi.
- Ah é, é?
- Sim. Pelo tanto que você ria e digitava.
- Ah. – disse rindo baixinho. -
- Você gosta dele de verdade?
- Muito! Sem comparações nem precedentes.
- Que legal.
- É. Eu nunca senti nada parecido por alguém antes.
- Que lindo mano!
- Você ta gostando de alguém?
- Não. To de boas.
- Ah ta.
- Mas bem que eu queria e preferiria estar afim de alguém assim que nem você esta.
- É tão bom!
- É verdade – disse ele suspirando.
- Mas logo você acha sua cara metade.
- Será?
- Com certeza.
- Como você tem tanta certeza assim?
- Primeiro, você é lindo – disse. – Segundo, você é muito fofo. Terceiro, você é gostoso.
- Ui!
- Quarto e ultimo, todos nos temos nossa cara metade. Um dia, mais cedo ou mais tarde, você vai acabar encontrando ela.
- Espero que não demore muito.
- Não vai demorar. É só você ir atrás dela. Ou dele.
Ele riu.
- Será que é ele?
- Não sei. Vai depender do que você sentir quando provar.
- Verdade. Por isso quero provar logo.
- É eu imagino. Você ta que nem eu quando fiquei a fim do Dani. Não parava de pensar em experimentar.
- Sério?
- Sim, sim. Eu era inexperiente assim que nem você é. E estava louco de desejo, de tesão por ele.
- Ui que delicia!
- Safado!
- Eu?
- Não, o vô Gui!
- Nossa Léo! Vou contar pro vô Gui que você chamou ele de safado!
Eu rachei de tanto rir.
- Claro que é você o safado né?
- Mas eu nem fiz nada!
- Mas ta doidinho pra fazer né?
- Muito! Você não sabe o quanto!
- Eu sei. Oh se sei!
Ele riu e eu também.
- Ta excitado? – quis saber ele.
- Pra que quer saber?
- Por que sim.
- Isso é muito intimo sabia!
- Jura é? Se você não fala eu não iria descobrir!
- Mane.
- Mas você esta ou não está?
- Sim. Eu estou.
- Hum que gostoso!
- E você?
- Eu o quê?
- Está ou não está?
- Hein?
Eu não sabia se ele era sonso por natureza ou se ele se fazia pra me irritar.
- Ta de pau duro ou não ta cacete?
- Ah tá. Estou sim, estou sim. – disse rindo.
- Safado.
- Eu?
- De novo! Claro que é né!
- Por quê?
- Porque é.
- Isso não é resposta.
- É sim.
- Seu bobo. To quase explodindo de tanto tesão. Eu preciso aliviar mano.
- Tadinho! Quer que eu contrate uma garota de programa pra você mano?
Ele riu muito.
- Não, não. Muito obrigado. Não quero morrer de AIDS.
Dessa vez eu que ri.
- Mano, preciso gozar! Se não eu vou enlouquecer! – disse o Lucas com voz de desespero.
- Ai mano! Ta subindo pelas paredes hein!
- A essa altura eu já subi um prédio de dois mil andares.
Ri de novo.
- Mas eu não posso fazer nada mano! – disse baixinho.
- Bate uma pra mim?
- Queeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee?
- Bate uma pra mim?
- Você bebeu foi?
- Não, Léo, eu preciso muito! Me ajuda!
- Ai não posso!!! E o Daniel como fica?
- É só uma punheta!
- Explica você pra ele então!
- Explico sim. Se duvidar ainda peço pra ele bater pra mim.
- Aí ele perde o namorado!
- Ai como você é bobo! Mano é só uma punheta! Nada alem disto!
- Nem pensar! Pega sua mão esquerda e bate você bem devagarzinho pra não doer o ombro.
- Maldade você viu! Pura maldade.
- Eu não! To prezando pelo meu namoro.
- Sei!
- De verdade...
- Ahaam. Acredito.
Suspirei fundo.
- Mano o que você quer que eu faça?
- Que me satisfaça. Só tocando uma pra mim.
- Não dá mano! Desculpa!
- Tudo bem Léo. Não posso obrigá-lo né?
- Pois é mano. Assim você me complica. Eu quero fazer isso, mas fico com remorso do meu namorado né!
- É, te entendo. Deixa pra lá. Quando eu puder eu soco uma.
Quando ele disse aquilo eu fiquei morrendo de dó. A primeira reação que tive foi de abraçar ele. E assim fiz.
Ele não pode retribuir o abraço por causa dos braços, mas colocou a cabeça no meu ombro e beijou a minha bochecha.
Não dissemos mais nada aquela noite. Apenas um simples boa noite. Adormecemos e novamente so acordei no outro dia com ele me cutucando.
- Que foi? – disse sonolento.
- Me leva no banheiro? Preciso fazer xixi!
- Ah tá.
Com muito custo eu me levantei. Trouxe a cadeira dele até a cama e o sentei.
- Se doer avisa.
- Ta.
Ele colocou os pés pra fora da cama e se sentou. Ele apoiou o pé sem gesso no chão e passou a o braço esquerdo pelo meu pescoço. Sentou na cadeira e ergueu os pés. Ainda sonolento levei-o ao banheiro e esperei até ele fazer xixi.
Meus olhos ardiam de sono, mas ele parecia bem acordado. Escovei primeiramente meus dentes, e depois os dele.
- Melhor já tomar banho – disse ele.
- Tudo bem. Vou pegar os sacos, já volto.
Desci, todos já estavam de pé. Dei um singelo bom dia e peguei tudo que eu precisava e voltei para dar banho no Lucas.
Ainda era nove da manha. Muito cedo para quem tinha ido dormir quase três da madrugada, mas mesmo assim resolvi ficar de pé.
- Léo?
- Hã? – disse eu de olhos fechados, sentado no chão do banheiro tentando colocar o saco no pé dele.
- Acorda mano! Você tá dormindo sentado!
- Não to nada – disse balançando a cabeça freneticamente.
- Ta sim!
- Num to.
- Melhor voltar pra cama mano. Mais tarde eu tomo banho.
- Que nada mano – disse me ajoelhando. – Vou dar banho em você agora.
- Se você diz.
Eu bocejei.
- Por que não toma um também? Assim você acorda.
- Boa ideia. Farei isso assim que terminar o seu.
- Podíamos tomar juntos. Assim você pelo menos não fica molhado a toa né?
- Safado!
Ele sorriu.
- Não é má ideia. – disse ele.
- Não vou tomar. Se não eu fico alucinado.
- Ah, eu não ligo maninho – ele deu um sorriso mais que safado.
- Mas eu ligo!
- Vamos mano, não tem nada demais nisso.
Olhei meio que incrédulo pro rosto dele, fiz uma cara de não concordar, mas mesmo assim aceitei.
Onde eu estava com a cabeça em aceitar tomar banho com ele? Só estando realmente grogue de sono.
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