Primeiramente, pessoal. Muito obrigado pelos comentários, continuo este conto por vocês! Demorou mais saiu. Acompanhem, comentem e dêem nota!ContinuaçãoEu não sabia o que responder, pois me subiu um frio na barriga e um calor no rosto. Tinha medo do que vinha, não sabia o que esperar. Matheus, cabisbaixo, quebrou o silêncio.
- Não é nada legal o que eu vou falar, mas... Quando você tava dormindo, em casa, antes da gente vir pra cá.. – Ele parou por um momento e passou a mão na testa, preocupado.
- Fala logo. – Eu disse, meio trêmulo.
- Ah.. Gui, eu vi a foto no seu celular.
Meus olhos se encheram d’água, e um silêncio pairou naquele quarto de hotel. Matheus olhava fixamente para mim, com uma seriedade que me doía o coração. Eu não sabia o que dizer, temia as consequências disso. Afinal, porque raios eu tinha tirado a foto do meu melhor amigo, de cueca, numa cama. O que ele estaria pensando disso? Eu não sabia o que dizer, estava sem chão. Ficamos naquele silêncio cortante por longos minutos.
- Por favor, me explica porque.. Eu não entendi. Guilherme, porque tirou aquela foto de mim? – Sua expressão mudou totalmente, para um Matheus que eu não conhecia. Não via mais meu amigo carinhoso e apaixonante, mas alguém magoado e com raiva.
- Desculpa. Eu não sei o que falar, desculpa. – Cai no choro, e me virei para o lado. Matheus levantou e saiu do quarto, batendo a porta e me deixando sem resposta, sem saber o que ia acontecer.
Passei a noite em claro, pensando no que faria, como faria. O que seria de mim por todos aqueles dias, convivendo com Matheus e seus pais, e me sentindo um impostor, um traidor. Fiquei até as 4 horas da manhã olhando para o teto daquele quarto, lágrimas corriam. Quando a porta se abriu. Matheus entrou, foi até minha cama e ficou me olhando, de pé. Sério.
- Math, deixa eu explicar. Eu sou um idiota! Você pode me odiar, você tem razão. Eu sou um babaca. Eu to apaixonado por você! Desde que eu te conheci, aconteceu alguma coisa. Ninguém foi assim comigo, nunca. Você mexe comigo, você é lindo, gentil... Ah, eu sou ridículo. Por favor, não pensa nada ruim de mim.
Matheus me interrompeu, e respondeu gritando, sua expressão era assustadora.
- VOCÊ É VIADO! Eu confiava em você, seu filho da puta. – Lágrimas começaram a cair de seus olhos verdes – VIADO! Some daqui, Guilherme. Eu não quero mais ver a sua cara. O que você ia fazer com essa merda de foto? SAI DAQUI, VAI EMBORA.
Me assustei com o seu tom de voz, ele me fuzilava com os olhos e eu não sabia como agir. Juntei rápido as minhas coisas em minha mala de mão, enquanto ouvia Matheus resmungar coisas como “eu não acredito”. Peguei meus documentos, minha passagem e algum dinheiro que minha mãe havia me dado.
Eu não sabia mais o que fazer, fui me movendo em direção até a porta, soluçando. Olhei para Matheus como se fosse a ultima vez, ele era tão bonito. E apesar da minha paixão platônica, era meu amigo. Meu melhor amigo. Era perfeito, um homem. E eu havia perdido-o totalmente. Suspirei, e disse, mirando seus olhos marejados:
- Desculpa Matheus.
Fechei a porta e fui andando sem rumo pelo grande corredor daquele hotel. Parei por um momento, e me sentei no chão, encostado na parede. As lágrimas corriam. Eu pensava o porque fiz aquilo, e como podia ter pensado que algum dia, Matheus seria meu. Pensava em como iria embora, se tinha direito para o taxi, se conseguiria remarcar a passagem, se conseguiria olhar para Matheus novamente, se conseguiria conviver com aquela culpa. Me levantei, e cheguei a frente do elevador, quando ouvi uma porta se abrir, e passos leves em direção ao elevador, mas não dei atenção.
Algo tocou a minha mão, eu me virei e era Matheus. Ele ainda me olhava com ódio, e eu, olhava para baixo. Ele virou as costas, respirou fundo. E num impulso, o vi se virar e vir com a mão de encontro ao meu rosto, mas parou na metade do caminho. Eu estava assustado, ele quase havia de dado um tapa. Olhei Matheus em seus olhos, e ele olhava para mim. Em um momento, seus olhos se tornaram gentis novamente. Sua mão se abaixou devagar. Ele me olhava, e limpou meu rosto. Olhou fundo nos meus olhos, e foi chegando mais perto. Senti seu cheiro, seu calor, sua pele. Suas mãos grandes seguravam meu rosto, e seus olhos verdes invadiam minha mente.
Ficamos assim por um momento, eu estava anestesiado, não sabia ao certo o que se passava conosco. Quando derrepente, fechei meus olhos e me senti envolvido pelos lábios quentes e deliciosos de Matheus. Ele me beijara. Sua boca era macia e saborosa, sua língua entrelaçava com a minha e aquela sensação era maravilhosa. Aquele era o meu primeiro beijo real, com um homem. Matheus era meu primeiro homem! Suas mãos em meu rosto me passavam sensação de segurança, e submissão. Eu me arrepiava com o movimento de seu corpo alto vindo de encontro ao meu. Nosso beijo durou minutos maravilhosos. No susto, me afastei. Ele me olhava, também parecia não saber o que aconteceu. Segurava a ponta dos meus dedos com sua mão, eu tremia.
- Matheus, eu.. to apaixonado por você! – Eu disse, por impulso.
Ele me abraçou, seus braços fortes me agarraram. Ele me levantou, me apertava e disse em meu ouvido:
- Acho que eu também me apaixonei por vocêContinuaLink da parte 6, pessoal. http://www.casadoscontos.com.br/texto/Comenta aí!
Ah, e continuo com o email leo_skycleaner@hotmail.com, e respondendo todos. Valeu, pessoal!