Changes 4 - Novas Preocupações

Um conto erótico de Renan Oliveira
Categoria: Homossexual
Contém 430 palavras
Data: 13/01/2014 19:24:37
Última revisão: 13/01/2014 19:28:56

Depois daquele incidente na cama com o Pedro, não consegui mais dormir. Estava morrendo de vergonha, com vontade de desaparecer, fugir daquela casa pela madrugada e nunca mais ver a cara de ninguém.

Eu me excitara além da conta com a brincadeira do meu melhor amigo. Tinha sentido prazer e tesão com um homem. De certa que ele também estava com o cacete duro esfregando libidinosamente em mim, mas aquilo deveria ser apenas uma marota brincadeira de adolescentes, uma troça juvenil entre dois amigos. Não era para eu me aproveitar daquela situação e ficar de pau duro também, era para eu ter relutado e lutado bravamente pela dignidade da minha masculinidade.

Agora o meu melhor amigo estava achando que eu era gay. Ele nunca mais se sentiria a vontade comigo, nunca mais teria liberdade de brincar comigo, de trocar de roupa perto de mim, de usar o banheiro juntos, de dormirmos na mesma cama, toda a nossa intimidade já era. Porque eu era um filho da mãe que sentia tesão por ele.

Mas seria eu realmente gay? A despeito das menininhas que eu já havia beijado, eu sempre me sentia intimidado e/ou atraído pelos homens. Era um complexo que eu nunca havia conseguido superar completamente.

Eu era diferente, nunca havia sido como os outros meninos. Mas também era diferente daqueles outros colegas que todos achavam que eram gays. Eu não era afeminado, nem gostava de tentar emular uma menina. Mas com a puberdade, as minhas fantasias mais sexuais sempre giravam em torno dos meus colegas e dos homens que eu conhecia.

Sempre me envolvi emocionalmente e idealisticamente com garotas, mas quando a fantasia e excitação pegavam mesmo, eu sempre me via imaginando fodendo com os meus colegas. E aquilo vinha de uma forma tão natural para mim, eu não tentava evitar aqueles pensamentos, mas os recebia espontaneamente.

Deixava fluir a imaginação, as mãos alcançavam o meu pau, e o gozo era certo. Mas nunca havia imaginado que isso realmente aconteceria, eu com um homem.

Bem, eu só tinha 14 anos, aquilo podia ser temporário, uma fase, mas no fundo, eu duvidava... a quem eu estava tentando enganar? A mim mesmo? E como em uma epifania a conclusão chegou certeira em minha mente, na mesma intensidade de um gancho de direita: eu era gay, gostava de homens, queria trepar alucinadamente com um. Especificamente com o meu melhor amigo, deitado logo acima de mim.

Mas a verdade é que não podemos ter tudo que almejamos. Então me contive, ainda atordoado e confuso pelos meus pensamentos inquietantes, e foi muito difícil dormir.

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