Carolina era uma garota muito bonita. 5 anos mais nova que eu e no auge de seus 18 anos, sua beleza sempre foi notável entre todos, sejam eles parentes, amigos e até mesmo os desconhecidos que a fitavam quando desfilava. Pudera, pois dificilmente encontrávamos morenas com um corpo tão delineado, coxas grossas e olhar penetrante na cidadezinha que morávamos, de Pariquera-Açu (entre São Paulo e Curitiba).
A relação com a minha irmã sempre foi muito complicada. Fomos criados com tudo do bom e do melhor, e mesmo quando a maré se revoltava, nossos pais sempre nos proporcionavam o mínimo para nos sentirmos confortáveis diante de qualquer situação. Esta atitude era boa até certo ponto, pois provocou um certo comodismo entre nós ressaltando a condição de "mimados" entre todos aqueles que nos rodeavam...
Sempre fui um garoto magro. Alto, mas muito magro. Com 1,90 cm de altura e pouco menos de 90 kg, tinha um diferencial imbatível em relação aos outros garotos: o carisma. Sempre digo que com a simpatia conquistamos muito, até aqueles que nos reprovam num dado momento, posteriormente se rendem aos encantos de uma boa conversa.
Nossa infância foi maravilhosa. Brincávamos muito e sempre que possível, viajávamos para outras localidades. Nossos pais eram muito inteligentes e sempre buscavam conhecer as histórias de cada lugar para nos contarem com detalhes durante cada jornada. Nunca notei distinção entre mim e a minha irmã, nossos pais sempre nos tratavam com equidade, mas brigávamos muito para ter toda a atenção, ser o "queridinho" da família. Birras, planos maquiavélicos e muitas brigas ocorreram até a nossa adolescência, quando optamos por nos ignorar, ao invés de conflitar.
Porém, o tempo passa. Carolina foi se tornando uma adolescente incrível, e comecei a conviver com os anseios e desejos dos garotos que estavam por perto. Até Pedro, meu melhor amigo, começou a olhar para a minha irmã com outros olhos. Todo esse assédio, mesmo que indireto, acabava me atingindo de alguma forma. Hoje, aprendi que o diálogo é a melhor forma para resolver qualquer tipo de problema. Como não sabia lidar com essa agonia (ciume, melhor dizendo), preferia brigar com Carolina e deixá-la estressada. Nunca fui de dar abraços ou beijinhos, inclusive em datas comemorativas. Sempre a pentelhava, e quando notava determinado assédio, dava algum jeito para irritá-la e estragar seu dia de alguma forma.
Com essa relação conturbada, ao fazer 18 anos Carolina mudou-se para o Canadá, onde foi fazer intercâmbio. Achei ótimo, pois notei que nossa relação estava extremamente desgastada e eu só amadureci o suficiente quando a vi entrar no avião e partir.
Foram os 6 meses mais longos da minha vida. Não sentia falta, mas culpa por tê-la pentelhado durante todo o tempo por imaturidade. Porém, a data de retorno estava próxima. Fomos ao aeroporto buscá-la e, ao vê-la, mal pude conter meu espanto:
- Ca..ca...Carolina?
- Sim, Carlos. Quem mais poderia ser?
- Eu sei, desculpe. É que você está tão diferente...
- Ihh, já vai me zuar, Carlos? Achei que tivesse mudado!
Deu as costas e dirigiu-se ao carro. Não conseguia compreender meus sentimentos, mas estava confuso. Sentia uma enorme felicidade em vê-la, porém não estava conseguindo tipificar meus pensamentos. Entrei no carro e ao sentar, Carolina olhou para mim e mostrou a língua, como nunca fizera antes. Deu um sorriso e me abraçou, dizendo:
- Irmãozinho, sabe que estava com saudade de você? É um chato de galocha, mas sei que você me ama!
Após terminar a frase, beijou-me a maçã do rosto. Um calafrio percorreu meu corpo e não pude esconder a palidez. Ela riu, mas notei algo diferente em seu olhar...me fitava, como se imaginasse que algo poderia acontecer, e que não poderíamos controlar. Mas o quê? O que era isso que estava sentindo? Não sabia explicar...apenas estava me confundindo com aqueles pensamentos e me deixando levar pelas emoções, que estavam a flor da pele.
Logo que chegamos em casa, fui até meu quarto deitar e entender melhor o que estava se passando. Como não conseguia me concentrar, fui até a cozinha beber água e me deparei com um caderno velho, que estava caído ao lado da mala de Carolina. Abaixei-me e ao pegá-lo, o caderno foi aberto em uma página aleatória e deparei-me com a seguinte mensagem: "Não foi desta vez que você me pediu desculpas ou me abraçou. Mas te entendo, irmão. Como conseguiria entender meus meus sentimentos por você? Talvez eu tenha que aguentar teus tormentos para aprender a odiar e nunca mais sentir isso, esse 'gostar' que me consome cada vez ".
Fiquei pasmo. Coloquei o caderno em cima da mala e fui até o quarto da minha irmã, que estava descansando após a longa viagem que realizou.
Logo ao entrar, notei que Carolina estava olhando para o teto, como se estivesse pensando em algo.
- Pensando em algo?
- Nada demais, só estou esperando o sono aparecer. E você, acordado até agora?
- Sim, durmo tarde todos os dias.
- Hmm...entendi. E as namoradas, muitas no pedaço?
- Ah, de vez em quando sempre é bom rsrs...e você?
- Só estudei. Tive muitas cantadas, mas acho que não apareceu alguém realmente interessante a quem pudesse me entregar...
- Gostei, Carol. Você tem razão...
Um silêncio se apoderou da nossa conversa, quando tive um rompante e decidi pedir desculpas a ela:
- Carolina, desculpe. Por todas as vezes que te atormentei, eu era um moleque e não sabia lidar com a nossa relação.
- Carlos, não se preocupe. Éramos crianças, e irmãos têm disto mesmo, não é?
- Sim, talvez. E o que você sente por mim, os irmãos sentem também?
Carolina arregalou os olhos. Parecia não acreditar no que acabara de ouvir. Sua respiração ficou ruidosa, quando novamente decidi falar:
- Olha Carol, ao lado da sua mala tinha um caderno, fui pegá-lo e sem querer vi algumas coisas que estavam escritas. Não se sinta culpada, por favor, mas preciso entender tudo isso, estou meio confuso.
- Carlos...nem sei o que dizer. Desde que você brigou aquele dia comigo na escola, percebi que ao mesmo tempo você corria atrás dos meninos que ficavam conversando comigo. Senti-me protegida como nunca e notei que você sempre fazia isso. Comecei a considerá-lo um herói. Rude e grosso, mas meu protetor. Dos namorados e ficantes que tive, nenhum tomou partido como você tomava. Acho que isto fez com que eu cultivasse algo por você que talvez não devesse exis...
Não resisti. Beijei-a como nunca havia feito em outra mulher, e ao movimentar minha língua por toda a extensão de sua boca e lábios, percebia que ela se entregava ao beijo ainda mais. Era inevitável pensar que tudo aquilo era uma loucura, mas a emoção era algo ainda maior. Seu corpo cedeu e caímos na cama, beijando-nos e ambos tentando entender a essência de tudo em cada estalo provocado pelo encontro dos nossos lábios.
Carolina estava entregue. Na verdade, ela sempre esteve, mas demorei a perceber. A cada beijo, percebia que seu corpo estava totalmente dominado por espasmos involuntários, de quem estava realmente fadada a cair em qualquer tipo de tentação àquela noite.
Devagar, posicionei-me em cima dela e comecei a beijar seu pescoço. Carolina arfava, como se nunca houvesse se entregado a um homem antes. Com cuidado, deslizava meus dedos em seu rosto e a beijava lentamente, como se tivéssemos todo o tempo do mundo para nos dar a oportunidade de nos amarmos incondicionalmente.
No entanto, meu corpo começou a ter reações espontâneas. A cada beijo, nossos corpos se entrelaçavam mais, e aquela bermuda que me vestia, estava totalmente encharcada na região do Pênis. Consequentemente, Carolina se via na mesma situação, pois notei que meu joelho estava molhado de se esfregar em sua intimidade.
Decidi ir além. Com cuidado, tirei a minha bermuda e deixei que meu pênis balançasse em sua frente. Com firmeza, segurou meu mastro pela base e começou a punhetar os 20 cm que estavam à sua disposição. Quase que simultaneamente, passava o dedo delicadamente por toda a extensão de sua vagina, deslizando o dedo sempre que possível para o seu interior.
Após alguns minutos de carícias, entendemos que poderíamos mais. Carolina estava totalmente louca de tesão, e meu pênis já não estava satisfeito com o carinho manual, precisava de mais. Calmamente, afastei sua calcinha e coloquei meu mastro, ereto e viril, na entrada da sua intimidade. Beijei-a novamente e entrei em seu mundo, como se agora nada mais pudesse nos aborrecer.
A cada estocada, Carolina gemia. Não de dor, mas de um prazer incalculável. Socava, socava e Carolina pedia mais, como se o ritmo ideal fosse aquele em que eu conseguisse repetir o movimento no menor espaço de tempo possível. Carolina tremia de tesão, até que segurou minha cabeça com cuidado e disse ao pé do ouvido:
- Goza, quero ver o quanto você guardou para mim durante todo esse tempo. Goza, vai? Goza, Goza...
- Carol...
- Para sua irmã, Carlos. Me enche, goza...
Não resisti e inundei Carolina, como nunca havia gozado antes. Meu pênis pulsava mais e mais, como se tivesse entendido a ordem dada pela minha irmãzinha. Estávamos totalmente exaustos, deitados na cama que exalava suor. Carolina olhou em meus olhos e perguntou:
- E agora?
- Vou continuar te pentelhando. Deu certo até aqui e não posso perder o cargo de herói...
- Aff...você não tem jeito mesmo!
E dormimos. Finalmente, entendi o que se passava. Que, na verdade, não precisava entender algo...apenas compreender que algumas coisas simplesmente acontecem. E espero que nossa relação não seja perfeita, mas compreensível para vivermos intensamente aquilo que o momento nos oferece.
Espero que tenham gostado. Peço desculpas por algum erro, foi o primeiro conto que escrevi. Sugestões para escritordoprazer@bol.com.br!
Beijos e abraços!