Eduardo me deixou em casa, estava me sentindo um príncipe, infelizmente ele não pode ficar ainda tinha alguns deveres para fazer e se ficasse comigo apenas iria atrapalhar. Fui direto para o meu quarto, tomei um banho e acabei dormindo.
Acordei antes de o relógio despertar, estava feliz, pulei da cama me arrumei estava frio acabei colocando uma calça jeans uma blusa azul e um suéter vermelho escuro para ir para a escola. Me deparei com Rafael na entrada.
Eu- Rafael está tudo bem?
Rafael- Está. – disse assustado.
Eu- Parece que não queria me encontrar. – começando a rir de sua expressão de susto.
Rafael- Não é nada disso, apenas me pegou de surpresa.
Eu- Entendi, vai entrar ou ficar ai parado esperando mais alguém te assustar?.
Rafael- Estou esperando alguém.
Eu- Então a gente se vê na sala.
Rafael estava estranho, nunca tinha visto ele tão desligado, parecia estar em outra dimensão. Caminhei até a sala, meu lugar e fiquei esperando Eduardo entrar.
Eduardo- Bom dia Daniel. – com um sorriso que derreteu meu coração.
Eu- Bom dia.
Eduardo- Você viu o Rafael hoje? – disse começando a rir.
Eu- Vi, quando o cumprimentei quase teve um ataque.
Eduardo- Aconteceu o mesmo comigo. Isso não é normal.
Eu- Ele está esperando alguém, queria saber quem é.
Eduardo- É simples vamos dar uma de espiões e ver quem é. – pegando na minha mão.
Concordei balançando a cabeça, fomos juntos para a entrada, Rafael estava de longe ainda esperando, ansioso, parecia que tinha matado alguém e estava esperando a polícia, até Izaki chegar, lá estava a pessoa que Rafael estava esperando, mas Izaki não ficou muito tempo, quase que passou direto por Rafael, e veio em nossa direção, usando calça jeans escura, blusa marrom com muitos detalhes e um sobretudo preto.
Izaki- Bom dia. – disse com um sorriso, coisa que não é normal.
Eu- Bom dia Izaki.
Eduardo- Está de bom humor hoje?
Izaki parou olhou para Eduardo tirando os óculos.
Izaki- Tenho motivos para não estar, sou rico, jovem e bonito. – deu um passo- E estou usando Armani da última estação. - e continuou seu caminho.
Eduardo- Típico dele.
Eu- O que é Armani? – estava perdido.
Eduardo- Um design.
Rafael veio em nossa direção, dava para sentir seu ódio.
Eu- Tem certeza que está bem?
Eduardo- Realmente não parece bem.
Rafael- Estou, apenas perco a paciência com seu amigo.
Eduardo- Izaki? Já te disse para não dar bola pra ele.
Rafael- Fácil falar, não foi você – e simplesmente parou de falar- Vamos para sala.
Fomos para a sala, Rafael parecia que iria matar um, entramos e esperamos o professor chegar, assistimos a aula, ajudei Eduardo com a matéria, ele sempre que podia me dava um selinho. Fomos para nossa mesa no intervalo, Izaki entrou no refeitório e logo foi abordado pelo mesmo menino de antes.
Eduardo- Daniel relaxa Izaki não é o tipo de pessoa que se machuca, ele sempre é o que machuca.
Eu- Certo, mas fico preocupado com ele.
Raquel- Depois do que eu vi ontem eu não duvido mais dele. – disse rindo.
Eduardo- Daniel vamos à biblioteca, quero pegar um livro para estudar história.
Eu- Vamos. - já levantando.
Eduardo segurou minha mão o caminho inteiro até a biblioteca, chegamos e fui me enfiando entre as estantes, já sabia a onde estava o livro que ele queria.
Eduardo- Você é muito nerd, o ano mal começou e você já sabe a onde o livro está.
Eu- Já o peguei, mas foi o ano passado.
Eduardo- Isso que é esforço. – começou a passar a mão na minha cintura- Nota máxima. – deslizando a mão sobre minha calça
Eu- Aqui alguém pode ver a gente. – já estava ofegante.
Eduardo- Ninguém vem na biblioteca nessa época.
Eu- Me senti ofendido.
Eduardo- Você é especial. – me virando.
Eduardo me colocou contra os livros, começou a me beijar, acariciando meu peito, suas mãos estavam frias.
Eduardo- Você está quente. – disse em um tom sexy.
Não lutei mais para parar, comecei a invadir sua roupa, passando a mão pelas suas costas descendo até encontrar sua bundinha, fiquei apertando ela, macia redondinha e quente. Eduardo começou a descer o zíper da minha calça, seus beijos estavam mais gostosos, com mais paixão, segurou meu pau com força, nesse momento sua mão já estava quente, aos poucos foi acariciando, mexendo os dedos, envolvendo meu pênis. Não tirei a mão da onde estava, mantive ali apertando a parte do corpo dele que eu mais amava.
Eduardo- O que você quer fazer? – parando de me beijar.
Eu- Qualquer coisa, não me importa o que seja apenas que seja com você.
Eduardo ficou vermelho, me abraçou.
Eduardo- Você me faz ficar envergonhado, só você me faz ficar assim.
Fiquei sem palavras, aquela não foi a primeira vez que ele demonstrava aquele lado, mas foi a que eu mais gostei, estava fofo, queria apenas ficar abraçado a ele, infelizmente logo acabou quando escutamos o bibliotecário se aproximar para nos dizer que o intervalo havia acabado, pegamos o livro e fomos registrar. Voltamos para a sala, Eduardo ficou me encarando a aula inteira com um sorriso tímido no rosto. Ao acabar a aula fui surpreendido por Rafael.
Rafael- Daniel você sabe o endereço do Izaki?
Eu- Não, mas porque você quer?
Eduardo- Também fiquei curioso. – entrando na conversa.
Rafael- Queria falar com ele.
Eduardo- A gente podia ir lá, todo mundo, faz tempo que eu não vejo a Elisa, você vai gostar dela Daniel.
Eu- Sempre me perguntei como é a casa do Izaki.
Eduardo- Ele provavelmente já deve ter ido embora, vou ligar pra ele. – disse saindo de perto.
Eu- O que você quer falar com ele Rafael?
Rafael- Nada de importante, é sobre o time de tênis.
Eduardo- Ele disse que podemos ir depois das três da tarde, ele vai estudar e depois a gente pode ir pra lá.
Eu- Podemos almoçar lá em casa, depois a gente estuda um pouco e vamos pra lá.
Eduardo- Perfeito. – me beijando no rosto.
Eu- Pode ser Rafael?
Rafael- Pode, vou ligar em casa.
Minha mãe preparou o melhor almoço, passamos as horas estudando geografia, pois Rafael não se dava bem com a matéria, e fomos para a casa do Izaki. Chegando lá era mais do que eu esperava, toda tradicional, detalhada, decorada no estilo vitoriano, a governanta nos recebeu com um grande sorriso, feliz por ver Eduardo, logo Izaki desce as escadas e atrás dele vem uma pessoa.
Izaki- Fiquem a vontade.
Eduardo- Quem é esse?
Izaki- Thiago, ele é da nossa escola, do terceiro ano e estava me ensinando química.
Eu- Pensei que eu iria te ajudar?
Thiago- Eu que pedi para ajudá-lo.
Izaki- Me obrigou séria a palavra certa. – completando a frase do Thiago
Eduardo- Você é o garoto que estava implicando com ele no refeitório?
Thiago- Eu mesmo, me senti mal pelo que fiz e queria me redimir.
Izaki- Ok, o que vocês querem? - mudando o assunto.
Eduardo- Nada, apenas passar a tarde com meu antigo amigo.
Izaki- Olá Rafael, se não conversar ninguém irá adivinhar que você está aqui.
Rafael- Olá.
Thiago- Melhor eu ir indo, amanhã a gente se encontra.
Izaki- Se não tiver nada para fazer pode ficar, pelo que eu estou vendo eles querem apenas encher o meu saco.
Thiago- Sério. – abrindo um sorriso.
Izaki- Vocês estão com fome?
Eu- Um pouco.
Eduardo- Estou.
Thiago- É como.
Izaki guiou todos para a cozinha, e começou a preparar a mesa, Eduardo já estava familiarizado com a cozinha e começou a ajudá-lo, piscamos e a mesa já estava arrumada, os dois se davam tão bem juntos, sempre entendiam o que um queria apenas com um olhar, fiquei com uma ponta de inveja ao ver aquilo.
Izaki- Acho que é isso, podemos comer. – me olhando e rindo.
Eu- O que foi Izaki?
Eduardo- Tenha medo mesmo, ele quer alguma coisa. – disse rindo.
Izaki- Não quero nada não Daniel, pode ficar tranqüilo.
Thiago- Há quanto tempo vocês se conhecem?
Eduardo- Eu conheço o Izaki desde os meus 6 anos, e o Daniel a um ano. – disse me olhando.
Izaki- Conheço o Daniel a pouco tempo, menos de um mês, mas já considero ele mais amigo que o Eduardo.
Thiago- Legal, vocês parecem bem unidos.
Eu- Rafael converse você não é tão calado assim. – disse sussurrando.
Eduardo- Também tem o Rafael, ele é bem legal, apesar de estar calado ele é bem divertido.
Izaki- Verdade. – mudando o tom de divertido para sarcástico.
Rafael- Estou com um pouco de dor de cabeça, desculpem meu mau humor.
Izaki- Vamos na bainheiro- disse levantando da mesa- pego um remédio.
Rafael se levantou e os dois saíram da cozinha.
Thiago- Sei que pode ser indelicado o que eu vou perguntar, mas vocês são namorados?
Eduardo- Somos, desde o ano passado.
Eu- Já está quase dando um ano que a gente se conheceu? O tempo passa rápido.
Thiago- Passa mesmo. – disse rindo- mais uma coisa Eduardo.
Eduardo- Pode perguntar não me importo.
Thiago- Sobre o Izaki, qual é a dele? De pessoas, do que ele gosta. – perguntou meio embaraçado.
Eu- Você gosta do Izaki? – realmente pego de surpresa.
Eduardo- Sério, você gosta de homens? – tão surpreso quanto eu.
Thiago- Tipo – parando e respirando fundo- acho ele diferente, ainda não sei se gosto dele.
Eduardo- Então Thiago, Izaki sempre foi um mistério, ele nunca deu atenção para nada nem para ninguém, e nunca me falou nada sobre o que ele gosta. Desculpa mesmo, mas não posso te dar nenhuma resposta certa.
Thiago- Entendi.
Eu- Eu nunca iria desconfiar de você, não tem cara, na verdade tem cara de machão.
Thiago- Eu tento manter assim.
Eduardo- Os dois morreram no bainheiro? - mudando o assunto.
Thiago- Estão demorando mesmo.
Eduardo- Vou lá ver se está tudo bem.
Eduardo saiu da cozinha.
Thiago- Vocês ficam bem juntos.
Eu- Valei – estava envergonhado- gosto muito dele, me faz sentir especial.
Thiago- Foi exatamente isso que eu senti pelo Izaki, ele foi a primeira pessoa a me enfrentar.
Eu- Conversa com ele, Izaki gosta de gente sincera, ele da medo algumas horas, mas ele é bem divertido.
Thiago- Vou criar coragem.
Não esperava por aquilo, um dos meninos mais masculinos da escola estava gostando do Izaki o que eu realmente entendi ao pensar mais um pouco. Eduardo voltou com Izaki e com Rafael.
Eu- Está tudo bem?
Izaki- Seu amigo deu trabalho, ele não pode com muitos remédios.
Rafael- É verdade.
Eduardo- Então, o que vamos fazer, ver um filme, jogar, o que será.
Thiago- Por mim tanto faz, estou de penetra.
Eu- Nem está, você é de boa Thiago.
Izaki- Podemos ver um filme, tenho uns de terror, uns de comédia.
Eduardo- Vamos ver a coletânea do exorcista que você tem, sempre ficou de ver comigo. – com cara de pedinte.
Izaki- Pode ser todos concordam?
Todos acabaram concordando, Izaki mais uma vez guiou todos para o seu quarto, gigante parecido com o do Eduardo, só que mais aconchegante, sentamos todos no sofá que tinha na frente da TV, Izaki sentou no chão para não deixar o sofá tão apertado, logo o Thiago sentou ao seu lado, era claro que ele estava tentando se aproximar do Izaki, o filme começou acabei agarrando o Eduardo e ficando assim durante o primeiro filme.
Eduardo- Para o próximo!- como se estivesse descobrindo uma terra nova.
Izaki- Alguém está empolgado.
Eduardo ficou meio envergonhado e acabou tentando se esconder em mim, me abraçou forte e me deu um selinho.
Izaki- Vou lá na cozinha pegar alguma coisa para comer antes do próximo filme.
Thiago- Eu te ajudo.
Os dois saíram do quarto.
Eu- Rafael porque está tão calado?
Rafael- Não é nada, apenas dor de cabeça mesmo, vou lá pegar um copo de água de ajudar os dois, vou ficar de vela aqui. –levantando.
Eduardo- Você é um gênio.
Eduardo começou a me beijar, a passar a mão sobre meu corpo, seus lábios estavam quentes exatamente como o seu corpo, ficamos daquele jeito até Rafael entrar no quarto.
Rafael- Vou embora, não estou passando bem.
Eduardo- Quer que a gente te acompanhe até em casa?
Rafael- Já liguei para o motorista, pode ficar tranqüilo acho que é apenas febre, amanhã estou melhor. –disse saindo do quarto.
Pouco tempo depois Izaki e Thiago entram no quarto.
Thiago- Ele está bem?
Eu- Apenas passando mal, disse que não é nada de sério.
Izaki- Não o entendi, vou ver se está tudo bem. Podem ir vendo o filme.
Eduardo colocou o filme, dessa vez Thiago estava sentado no sofá conosco. Izaki se juntou nós e apenas moveu os ombros o que dizia que não havia entendido nada.
