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Capítulo Um
CONHECENDO O OUTRO LADO
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Lembra no começo quando eu tinha uma paixão secreta por meu chefe e eu tinha meAdo de me apaixonar por ele? Eu tinha medo que ele descobrisse que eu estava afim dele? Bom, o mundo dá voltas não? Meu chefe estava pelado fumando seu cigarro. Eu estava sentado em seu colo enchendo seu rosto e sua boca de beijos. Eu tinha acabo de dizer a ele como eu o amava.
Tinha acabado de dizer ao meu chefe hétero que eu era apaixonado por ele. Eu precisava ter um novo rumo em minha vida. Precisava encontrar alguém que pudesse corresponder aos meus sentimentos, afinal Adam deixou bem claro que tudo o que vou ter dele tão ereções e jatos de porra.
Depois do incrível sexo que nós tivemos continuamos a trabalhar a noite toda. Só terminamos quando faltava vinte minutos para as nove da manhã.
- finalmente – falei me levantando e me espreguiçando.
- estou louco para ir pra casa – falou Adam – vou cair na minha cama e não vou levantar tão cedo de lá.
- eu também – falei.
- eu vou arrumar tudo e nós já vamos, eu te deixo em casa.
- não precisa Adam eu vou de ônibus, vai para casa para descansar.
- não posso fazer isso eu te deixo na porta.
- nem pensar a minha casa é contramão da sua, pode ir tranquilo. Talvez eu pegue até o metrô.
- tem certeza?
- sim, toda a certeza possível.
- tudo bem então, fica como combinamos, você está de folga na segunda.
- ok – falei pegando minha mochila.
- Mike, eu gostei do que fizemos, mas espero que não confunda seus sentimentos – falou Adam.
- não se preocupe, foi só sexo – falei rindo.
- tudo bem – falou ele dando um sorriso – até segunda.
Apertei o botão do elevador e fiquei esperando ele descer. Eu coloquei maus fones de ouvido e uma música bem alta, para me manter acordado até chegar em casa. O elevador chegou eu entrei e logo as portas se fecharam. Ele desceu andar por andar e eu batia o pé no chão de acordo com a música.
O elevador então parou no 10º andar e as portas se abriram e um homem de terno preto entrou no elevador. Eu dei um passo para o lado e ele ficou do outro lado do elevador.
Olhei para o lado e ele falava alguma coisa comigo e eu tirei os fones.
- perdão... falou alguma coisa?
- sabe, você pode ficar surdo ouvindo música muito alta com os fones. – falou ele.
- desculpa, às vezes eu me esqueço disso sem contar que fiquei acordado a noite toda trabalhando e preciso que algo me desperte se não eu vou dormir em pé.
- foi mal, não é da minha conta. Às vezes eu sou intrometido – falou ele com um sorriso de lado.
Ele tinha um sorriso bonito, usava barba, mas uma barba elegante e bem feita.
- não tem problema – falei tirando os fones por completo e pausando a música – eu não me importo quando homens tão bonitos como você me observam. Pra falar a verdade isso aumenta o meu ego.
Ele deu um sorriso quando disse isso
- quer dizer que sou bonito?
- me desculpa se eu estiver te ofendendo, a maioria dos caras héteros recebem o elogio de um gay como uma ofensa.
- e quem disse que eu sou um cara hetero? – falou ele com um sorriso de lado. A porta do elevador se abriu no térreo.
Eu dei uma risada.
Nós saímos andando do elevador um do lado do outro. Eu confesso que tenho o passo largo e ando muito rápido, mas diminui meu ritmo para andar ao lado dele.
- você trabalha a noite? – perguntou ele.
- não, eu tive que fazer hora extra para meu chefe.
- você deve estar cansado – falou ele quando nós saímos do prédio e paramos na frente do prédio, pois ali nós nos separaríamos.
- muito – falei – e saber que ainda tenho uma longa viagem até em casa...
- sabe, eu não me importaria se por acaso você resolvesse ir descansar na minha casa... na minha cama... de preferencia deitado ao meu lado.
Dei uma risada.
- me desculpa, eu não estou rindo de deboche, mas nesses últimos meses eu desenvolvi uma regra.
- qual? – perguntou ele.
- eu não saio com pessoas que tenham entrado por essa porta. – falei rindo e olhando para trás.
- mas eu não entrei por essa porta, foi pelo subsolo.
- você entendeu – falei rindo – espera um pouco... Se seu carro está no subsolo, então porque você desceu no térreo?
- eu não queria que nossa conversa acabasse no elevador – falou ele com a cara séria tentando disfarçar um sorriso.
- mas você nem chegou a apertar o botão quando entrou.
- já ouviu falar em amor a primeira vista?
Eu também dei um sorriso e tentei disfarçar.
- então, será que você vai quebrar a regra? – perguntou ele.
- depende – falei.
- do que?
- você trabalha aqui? – perguntei.
- não.
- você estava no 10º andar, lá é um dos cinco andares que não são da empresa. O 3º, 10º, 12º 15º e 17º, e são alugados para terceiros.
- sim – falou ele sorrindo – eu fui ao dentista.
- dá pra ver – falei vendo os dentes dele brancos. – estão todos bem limpinhos.
- se não estiver acreditando pode também fazer o teste do sabor é só me dar um beijo – falou ele.
- não obrigado, eu acredito.
- e então, eu me aplico a sua regra?
- sim, minha regra é bem especifica, se você entra por essa porta... por qualquer uma das entradas você não tem chance comigo.
- é uma pena eu estava realmente disposto a ser seu travesseiro hoje.
Eu dei um sorriso.
- quer saber? – falou ele – eu acabei de criar uma regra, se você rir de algo que eu disse você é obrigado a me dar uma chance. – falou ele rindo.
- então eu acho que não tenho escolha – falei.
- não tem mesmo – falou ele com um sorriso.
- só que eu tenho uma condição.
- qual? – perguntou ele
- eu sei que 98% dos relacionamentos gays começam com o sexo, todos os meus relacionamentos se iniciaram com aquela tensão sexual, aquele desejo ardente que sempre acaba na cama. Se você quiser mesmo sair eu aceito, mas não espere que...
- de acordo – falou ele me interrompendo. – e como eu posso entrar em contato com você?
- vou te passar meu telefone, me dá seu celular – falei estendendo a mão.
Ele então me entregou o celular e eu anotei meu telefone.
- está salvo com meu nome, Mickey.
- Mickey, será que você pode me entregar o seu telefone para que eu salve o meu número?
- claro – falei entregando o meu.
Ele pegou o meu celular e digitou o número.
- meu nome é Roman – falou ele entregando meu celular.
- ok Roman, nós nos falamos pelo celular então.
- tudo bem – falou ele esticando a mão e eu apertei.
- foi bom te conhecer – falou ele com um sorriso – só uma pergunta, se por acaso você não tivesse criado a regra de “sem sexo no primeiro encontro”, será que nós iriamos para cama?
- provavelmente – falei sorrindo – só que não iriamos fazer sexo, eu iria dormir porque eu estou muito cansado. – falei rindo.
- tudo bem – falou ele. – agora eu vou entrar porque meu carro está realmente no estacionamento odo subsolo.
- tudo bem – falei rindo – até mais.
- até – falou ele sinalizando com a mão e entrando na empresa.
Me virei e coloquei outra vez os fones de ouvido. Afinal não tinha sido tão ruim ter ficado até mais tarde no trabalho, eu tinha conhecido outra pessoa e o mais engraçado é que isso só acontece quando saímos da rotina.
Decidi ir para casa de metrô. No sábado de manhã o metrô era vazio, eu descia mais longe de casa, mas em compensação a vista era mais bonita e graciosa. E é isso o que importa na nossa vida, não é atingir a meta, mas seguir o caminho mais agradável até ela.
Segunda-feira foi a minha folga. Mesmo Adam tendo passado uma pegadinha em Fritz e ele achar que eu namoro um tal de Brian ele continuava ligando. Ele não tinha um pingo de vergonha na cara.
- o que eu fui arrumar pra minha cabeça – falei me levantando na terça-feira vendo três ligações não atendidas de Fritz e em seguida uma mensagem de texto desejando boa noite. – eu tinha que ter aceitado o convite dele e agora eu estou preso a um cara que não sai do meu pé.
- bom dia – falou meu pai entrando no quarto.
- bom dia pai – falei me levantando e esticando meus braços.
Ele me entregou uma caneca com leite quente.
- obrigado – falei pegando a caneca e dando um gole do leite.
- vou te esperar lá em baixo, vou te levar no trabalho hoje.
- ok – falei terminando de tomar o leite e indo para o banheiro.
Logo após do banho e os dentes estarem escovados eu desci as escadas já pronto. Uma vantagem que eu tinha quando meu pai me levava para o trabalho é que eu já ia com a camisa de botão e a roupa social. Não precisava ir com outra.
- vamos? – perguntei chegando ao fim da escada.
- claro – falou meu pai. – vou pegar as chaves. Meu pai também estava pronto para ir ao trabalho.
Nós entramos no carro e seguimos viagem.
- pai, semana que vem é aniversário da morte da mamãe – falei.
- eu sei – falou ele sem olhar pra mim.
- nós vamos ao cemitério?
- vamos – falou ele.
- de manhã ou de tarde?
- será que dá pra parar de falar nisso?
- pai, eu preciso saber, como eu vou avisar o Adam?
- você sabe que eu detesto falar sobre isso, acabou com o meu dia – falou ele.
- e você acha que eu amo falar sobre isso? Que é o assunto que eu mais gosto de falar? – falei irritado.
Nós seguimos o resto da viagem em silêncio até que finalmente chegamos à porta do meu trabalho.
- até mais tarde – falei saindo do carro.
Sai e fui andando.
- Mike, vem aqui – falou ele. Eu dei a volta no carro e ele me deu um beijo no rosto. – até mais tarde filho – falou ele.
Ele então partiu com o carro.
Fui direto para o 20º andar. Adam ainda não tinha chegado. Kenn tinha ficado no meu lugar no meu dia de folga porque ele mudava tudo de lugar na recepção até a tela do computador ele virava, ele sabia que eu odiasse que mudasse minhas coisas de lugar, tudo bem, ele precisa mudar, mas coloque de volta. Eu voltei tudo para o lugar, os papéis bagunçados, a cadeira mais alta, a tela do computador mais baixa. Parecia que ele fazia isso para me irritar.
Ao contrário do que acontecia o primeiro a chegar não foi Adam, foi Fritz.
- bom dia – falou Fritz.
- bom dia – falei sem dar muita moral.
- e então? A noite foi boa com o Brian?
- teria sido melhor se você não tivesse ligado – falei.
- o que? Eu atrapalhei a noite de vocês? – perguntou ele sarcástico.
- pra falar a verdade não, nós tivemos um sexo maravilhoso, graças a você é claro porque brigamos e você sabe muito bem que não existe sexo melhor do que o de reconciliação. Pena que Brian foi o cara de uma noite só, quem dera nós namorássemos.
- me respeita – falou Fritz.
- porque? Você não me respeita me ligando todos os dias como se ainda tivéssemos algo.
- eu sou seu chefe.
- pois você não age como um há muito tempo, eu sou seu funcionário e não temos mais nada um com o outro e você age como se ainda tivéssemos, isso sim é desrespeito.
O elevador chegou ao andar.
- bom dia – falou Adam saindo do elevador.
- bom dia – falei.
- bom dia Adam – falou Fritz.
- senti sua falta ontem Mike, por mais que Kenn seja eficiente eu já estou acostumado com você.
- senti sua falta também – falei – a falta de todos na verdade.
Adam então entrou na sala dele.
- então... tipo assim... eu preciso trabalhar, será que posso?
- pode – falou Fritz.
- posso te perguntar uma coisa Fritz?
- pode – falou ele.
- como Kenn se sente em relação a isso? Você não respeita ele? Vocês dois estão juntos e você dá em cima de mim descaradamente.
- ele sofre porque quer. – falou Fritz.
- como assim?
- eu já falei e repito para ele todos os dias, eu só amei um homem até hoje, e é você. Eu já deixei bem claro que nosso relacionamento não vai sair do sexo.
- eu já te disse que nem em um milhão de anos eu vou te perdoar?
- será? Todo esse tempo que estamos separados e você ainda não teve um relacionamento instável, sinal de que você tem esperanças.
- então é essa a ideia que você tem? Eu não ter namorado ninguém depois de você significa que eu não tiro você da minha cabeça?
- basicamente.
- eu não quero alimentar esperanças você está me esperando porque quer, eu vou deixar bem claro: eu não tive relacionamentos depois você porque eu sinto algo por você eu não sinto nada por você Fritz.
Nesse momento Vanessa, Steve e Gray chegaram ao andar.
- bom dia – falou Vanessa vindo até mim me cumprimentando com um beijo no rosto.
- bom dia – falou Gray e Steve para Fritz.
- bom dia – respondeu Fritz.
- bom eu já vou indo, beijo – falou Fritz entrando no elevador.
Eu não respondi nada e apenas voltei ao trabalho.
Quando o elevador partiu Vanessa logo perguntou.
- vocês estão juntos?
- você está de sacanagem né? Esse cara não me deixa em paz Vanessa.
- ele é um psicopata – falou Gray. – eu contei para vocês o que ele fez no restaurante ele agiu como se tivesse algo com Mike isso com o “namorado” Kenn do lado dele.
- eu não sei mais o que fazer para ele me deixar em paz.
- é só arrumar outra pessoa. – falou Vanessa – logo ele larga do seu pé.
Logo o elevador chegou e Xavier saiu dele.
- bom dia – falou Xavier e todos nós respondemos.
Adam logo abriu a porta e chamou todos para dentro para uma reunião. Até a hora do almoço eu fiquei pensando no que Vanessa e Fritz tinham me dito e eles estavam certos, eu nunca iria superar Fritz enquanto não tivesse um relacionamento sério.
Eu andava pensando muito no homem que tinha conhecido no sábado e por alguma razão ele não saia mais da minha cabeça naquela manhã depois que lembrei dele.
- quer saber? – falei para mim mesmo. – eu vou ligar para ele.
Na hora do almoço antes de ir almoçar eu me sentei no banco da praça que ficava perto da empresa. Eu respirei fundo e procurei o nome dele na agenda e coloquei em chamada.
O telefone chamou várias vezes até cair a ligação.
- tudo bem – falei – vou tentar mais uma vez, as vezes ele tivesse me passado um número falso, uma forma de me dar um fora elegante.
Antes que eu terminasse de falar o meu telefone vibrou na minha mão me assustando. Era Roman. Eu então atendi.
- Roman? Tudo bem?
- estou sim e você Mickey?
- estou ótimo.
- então, eu estava pensando, se você quiser, nós poderíamos sair essa semana.
- com muito prazer – falou ele rindo – qual dia você pode?
- pra falar a verdade estou livre o resto da semana.
- pode ser sábado?
- pode sim. onde?
- eu vou te levar em um restaurante indiano.
- pode ser, eu nunca fui antes. Me passa o endereço que eu te encontro lá.
- nem pensar Mickey, eu sou um homem a moda antiga, eu pego você na sua casa.
- isso me faz a garota – falei rindo.
- claro que não – falou ele rindo – é que eu gosto de demonstrar o quanto estou interessado, estou disposto a te buscar.
- tudo bem – falei.
Eu passei o endereço para ele.
- tudo bem então – falou Roman – eu te pego ás 19:00 no sábado.
- tudo bem – falei – só vou te avisando que moro com meu pai e ele é um homem muito, digamos, ciumento.
- não tem problema – falou Roman – estou disposto a conquista-lo antes de conquistar você. – falou Roman.
- você está no caminho certo – falei.
- é bom saber – falou ele.
- tudo bem, vou te esperar no sábado – falei.
- fico no aguardo.
- Roman...
- o que?
- posso te ligar até lá? Para nós conversarmos?
- pode sim.
- ok então.
- um abraço e um beijo Mickey.
- para você também Roman.
Eu falei desligando o celular. Eu então fui almoçar. Eu estava pronto para partir para outra, mas eu não queria passar outra vez o que eu passei com Fritz, traição, brigas... eu queria que tudo fosse de outra maneira, e dessa vez eu estava otimista.
Estava quase no fim do expediente, era sexta-feira e finalmente tinha chegado o fim de semana. Eu não estava tão ansioso assim por causa do descanso, mas pelo meu encontro com Roman.
Pouco antes do fim do expediente todos os sócios e Kenn chegaram porque haveria uma reunião após ás 18h00min com todos. Adam saiu pela porta.
- todos estão aqui? Podem vir.
- eu também vou participar dessa reunião? – perguntei.
- não, nós vamos falar sobre o caso de Nova York e como você sabe é confidencial. – falou Adam.
- tudo bem então – falei.
- vejo você na segunda – falou Xavier.
- até – falei me despedindo de todos.
- até segunda – falou Fritz.
- até – falei sem olhar pra ele.
Eu peguei minha mochila e entrei no elevador com o destino sendo minha casa. Logo que cheguei em casa meu pai estava sentado assistindo televisão com um copo de uísque na mão. Eu dei uma olhada e disfarcei.
- boa noite – falei.
- boa noite – falou meu pai – não precisa se preocupar eu vou beber só esse copo.
- tudo bem – falei me sentando ao lado dele.
- pode ir, eu não estou mentindo.
- eu sei. – falei. – o senhor está bebendo por causa da data que se aproxima?
- não vou nem te responder – falou meu pai.
- tudo bem – falei me levantando – eu vou lá em cima tomar o banho, o senhor faz o jantar ou eu faço?
- vamos pedir comida fora.
- não precisa, eu faço.
- ok – falou meu pai.
Subi as escadas tomei um banho, logo que desci preparei o jantar e depois de comermos nós dois arrumamos a cozinha e enquanto eu lavava a louça e meu pai enxugava eu resolvi falar sobre o encontro que eu teria.
- pai amanhã eu vou sair à noite.
- com o Denny?
- não, digamos que é um encontro.
- como assim digamos que é um encontro? Tipo, é um encontro só que vocês vão só tranzar?
- pai! – falei envergonhado – isso é coisa de falar para seu filho?
- não precisa ter vergonha. – falou meu pai – eu já fui jovem eu sei como é.
- por favor, pior do que falar sobre eu transar é falar sobre você.
- desculpa. – falou meu pai rindo – mas pode ir tranquilo – falou meu pai.
- pai na verdade não é só um encontro casual, eu conheci um homem semana passada e nós marcamos um jantar para nos conhecer.
- ai sim eu vou ter que interferir.
porque?
- eu fico preocupado com você conhecendo homens.
- não se preocupa pai se por acaso acontecer algo, um relacionamento não vai ser tão rápido como foi com Fritz.
- espero que sim, porque você viu no que deu apressar as coisas com ele.
- sim. Eu não quero mais brigas por bobagens e traições e eu deixei bem claro para ele.
- como é o nome dele?
- é Roman.
- ele trabalha com você?
- deus me livre, eu quero distancia dos homens daquele lugar. – falei terminando de lavar o último copo – eu o conheci lá na empresa, mas na verdade ele estava indo ao dentista.
- tudo bem então, mas tome cuidado para não cair em uma furada porque se outro homem te fizer sofrer e te tratar como Fritz te tratou, eu já vou chegar dando voadora.
- se você for bater em todos os homens que me fizeram sofrer no amor você vai ficar a vida toda procurando.
- mas falando sério – falou meu pai – eu torço para que dê certo, você precisa encontrar um homem que te dê valor. Você merece.
- acho que mereço – falei enxugando as mãos.
- e se tudo der certo eu gostaria de conhecê-lo.
- pode conhecê-lo amanhã porque ele vai vir me buscar.
- que droga, eu não sei se tenho munição para arma.
- engraçadinho – falei dando um beijo no rosto dele – eu vou me deitar.
- boa noite – falou ele.
Fui me deitar ansioso pelo dia que viria.