A História de Nós Três - 06x16 - "Traumas"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1671 palavras
Data: 01/02/2014 03:09:12

Balancei a cabeça negativamente. Fui até o carro ajudar o Márcio. Ele acordou e subimos a colina. Os policiais perguntaram sobre Ryan. Eu disse que não sabia. Eles foram olhar e um guarda gritou.

- Ele caiu. Está ali. Nossa!

Policiais entraram no hospital com alto falantes e anunciaram. "Atenção. Os bandidos foram abatidos. Peço que vocês continuem no lugar onde estão e espere que a ajuda está a caminho".

- Deus espero que estejam bem... por favor Deus. - pediu minha mãe.

No hospital, Vinicius, Priscila e Carlos, correram para a sala de Mauricio. A cena não poderia ser pior: meu esposo jogado no chão, coberto de sangue e completamente pelado. Minha irmã fechou a porta da sala e não conteve as lágrimas. Vinicius pegou no rosto dele que se assustou.

- Calma. Sou eu Vinicius. Acabou.

- Eu... eu... – disse Carlos se afastando e encostando a mão na parede.

- Vinicius... eu... ninguém... ninguém pode saber. – disse meu esposo antes de perder a consciência.

- O que vamos fazer? - perguntou Priscila.

- Vamos para a sala de cirurgia. Alguém vai ficar do lado de fora. Enquanto os outros dois fazem os curativos. - disse Carlos.

- Ele vai precisar mais do que curativos. - falou Vinicius ao olhar o bumbum de Mauricio.

- Vocês fazem isso. Eu pego a maca. - decidiu Priscila ao sair da sala e fechar a porta.

Fernando chegou na frente do hospital e encontrou meus parentes. Ela abraçou minha mãe e perguntou como estavam todos.

- Eu não sei. - respondeu minha mãe.

- Gente. O Osvaldo estava de plantão. Estava tão preocupada. Descobri que esses bandidos que causaram a explosão para tirar o prisioneiro internado no hospital.

Ezequias saiu da lixeira, ajudou meus filhos e caminhou vagarosamente pelas escadarias. Ele viu um vulto e parou. Eles continuaram e deram de cara com um policial.

- Só estão vocês aqui? - perguntou o homem.

- Sim. - respondeu DJ. - Tio Ezequias. - ele disse puxando a blusa do jovem.

- Só estamos nós aqui na escadaria. - disse Ezequias em choque.

- Venham.

Eleonora e Luiz praticamente pularam de alegria quando viram seu filho saindo pela porta do hospital. Ele correu com meus filhos que abraçaram meus pais. Luiz chorou, abraçou e beijou Ezequias.

- Fiquei tão preocupado. Meu filho me perdoa. Me perdoa. - disse Ezequias.

- Pai. Que bom ouvir isso. Fiquei com tanto medo de morrer e não poder falar que te amo. Me perdoa se te magoei.

- Meu filho. Meu filho querido. - falou minha Eleonora.

- Mãe.

- DJ meu querido onde estão seus irmãos? Teus pais? - questionou meu pai o segurando no colo.

- Vô não sei. Fiquei numa lixeira com o tio Ezequias.

- Mas, você está machucado? - perguntou Judith chorando.

- Não.

- Vovó... eu fiz xixi na lixeira. - falou Pablo.

- Foi meu filho. - disse minha mãe o beijando.

Em seguida saiu Phelip com Patrick. Que foram abraçados por todos. Ele olhou para o lado e viu Ezequias. Meu irmão pegou na nuca de Ezequias e tascou um beijo no seu namorado.

- Phelip? O Osvaldo? - perguntou Fernanda.

- Não o vi. - ele balançou a cabeça negativamente.

- Deus.

- Não se preocupa. - falou meu irmão o abraçando.

- Mãe, pai. A Priscila? O Pedro?

- Meu filho... um bandido levou o Pedro e o Márcio embora. Ficamos aqui, pois, a policia não nos deixou seguir o carro. - falou meu pai.

- Deus. Estamos de mãos atadas?

- Sim. - confessou meu pai.

Dra. Alexis acompanhava a busca com os policiais. Ao menos 14 pessoas morreram no ataque. Graças a Deus ninguém próximo a nós. Osvaldo estava tremendo, ele nunca pensou em passar por esse tipo de situação.

- Tia. Eu preciso ir lá fora. Por favor.

- Tudo bem meu filho. Pode ir. Então, Tenente? Como precisamos agir? Eu digo... as medidas legais?

Luciana desceu com dificuldade do teto do hospital. Depois pegou o Paulinho e foi guiada por um policial.

- Espera. Tem um homem no banheiro. Acho que ele está morto. - disse Luciana.

- Não se preocupa. Vamos tirar vocês daqui. - ele falou sorrindo.

Calados estávamos e ficamos, eu e Márcio, um ao lado do outro. Meu corpo doida em todo lugar, encostei a cabeça no encosto do carro e tudo passou como um raio. Naquele momento percebi que não queria chorar, o Mauricio tomava conta dos meus pensamentos.

- Quem era esse homem? - perguntei quebrando o silêncio.

- Era meu namorado. Na prisão ele me protegia. - disse Márcio sem olhar para mim.

- Ele estuprou o Mauricio.

- Sinto muito. Eu pensei que íamos fugir. Mas, a situação fugiu do controle.

- Você teve a chance de atirar em mim. Porém matou seu namorado por minha causa.

- Eu te fiz sofrer Pedro. Nada no mundo faria passar essa dor. Eu mereço... mereço tudo de ruim na minha vida.

- Também não precisa exagerar. - falei notando que já estava no hospital.

Sai correndo. Nem reparei para as milhares de pessoas fora do hospital. Entrei sentindo que não havia mais problema. Ao passar pelo quarto de Luciana sinto uma pancada na minha cabeça e apago. Acordo e vejo um homem em minha frente.

- Doeu né?! - ele perguntou terminando de colocar algo no meu peito.

- Como... o que?!

- Tú me nocauteou cara. Matou meus amigos... eu ouvi o pessoal comentando depois que eu acordei.

- O que é isso. - falei tentando me levantar.

- É uma surpresa que estava guardado para um dos reféns, mas você acabou contemplado. Você é a minha chance de sair desse hospital.

O bandido colocou no meu peito um colete com uma bomba. Ele me levantou e colocou uma arma na minha cabeça.

- Anda!!! - ele disse me batendo.

- Espera... pensa no que você está fazendo.

- Vai se fuder!!!

- Pedro?! - perguntou Márcio.

- Márcio... saí daqui é uma bomba! - gritei levando um tapa do bandido.

- Cala a boca. Ei... cadê o Ryan?

- Ele... ele... morreu...

- Como assim? Deus... vocês... vocês mataram ele.

- Ele se matou cara.

- Mentiroso!!! - ele gritou dando vários tiros, mas nenhum pegou no Márcio que correu e se escondeu.

O tiroteio chamou a atenção da Policia. Eles entraram e perceberam o que estava acontecendo.

- Se vocês pensarem eu atirar esse hospital vai aos ares!!! - ele gritou me levando para a escada.

Percebi que havia um controle remoto no bolso do bandido. Ele parecia fora de si. Subimos até o quarto andar do hospital.

- Você se meteu num beco sem saída.

- Eu mato você. Mato todos aqui!!! - ele gritou.

Ele deixou a arma cair e quando juntou joguei o homem no chão peguei o controle. No desespero corri como um maluco, mas ele me alcançou. Começamos a brigar de forma violenta, graças a minha fisioterapia estava mais forte e não arreguei. Afinal, a vida de todos corria risco. Ele me derrubou no chão e começou a socar minha barriga. Reuni forças e dei um chute que tirou sangue dele. Rastejando consegui pegar o controle remoto, quando levanto do chão ele se joga em cima de mim e atravessamos uma janela de vidro. Com o barulho todos olham para cima.

- Mãe... é... é o Pedro. - gritou Phelip.

dei

- O que está acontecendo? - questionou meu pai.

- Ele está brigando com um homem. - falou Fernanda.

- Policial... faça algo. - pediu minha mãe.

- Tem um refém brigando com um presidiário no quarto andar. Temos algum atirador? - perguntou o policial na rádio.

- Sim. Atiradores no prédio em frente. - respondeu o homem no rádio.

- Senhora. Pelas informações existe uma bomba no peito do rapaz. Não podemos atirar de qualquer forma. - disse o policial.

Na sala de operação, Mauricio foi sedado e o viraram de bruços. Vinicius ficou horrorizado ao ver o estado que Ryan deixou o anus do meu esposo.

- Gente... ele... vai precisar de uns 10 pontos.

- Porque fizeram isso com ele? - perguntou Priscila passando a mão na cabeça dele. - Tem muito sangue.

- Tranquei a porta. Podemos operar em paz. Ninguém vai saber disso meu irmão. - falou Carlos pegando uma seringa. - Ele foi violentado... por um presidiário... vou coletar o sangue... e.... e...

- Tudo bem. Não precisa falar. - disse Vinicius preparando o material.

Na laje do hospital a minha situação também não era das melhores. Parecíamos dois animais atracados um ao outro. Estava cansado, mas não podia desistir. Ele pegou uma pedra e tacou na minha cabeça. Na segunda tentativa, o Márcio se joga em cima dele e os dois voam pelo ar. Corro e consigo segurar a mão do Márcio, porém uma lasca de vidro atravessou o meu braço e o peso dele forçava o objeto a entrar mais na minha pele. A dor era indescritível.

- Solta. Ele está segurando no meu pé! - gritou o Márcio até que ouvimos um tiro e o peso diminuiu.

- Me puxa! - ele gritou.

- AAAAAAHHHHHHHHH!!!! - gritei o levantando.

- Vem!!! Vamos!!! - ele disse me levantando.

- Quando atravessamos de volta para dentro do hospital, os policiais já estavam no quarto. Eles tiraram o Márcio de perto de mim e um homem vestindo roupa do esquadrão anti-bombas entrou no quarto. Ele analisou o artefato do colete e cortou com uma faca.

- Vou tirar devagar.

- Eu... - falei me segurando para não desabar.

Com todo o cuidado eles tiraram a bomba e uma equipe do hospital correu para me ajudar. Estava em choque.

- Pedro?! Pedro?! - disse Doutora Alexis.

- Hummmm.... - falei transtornado.

- Escuta, eu sei que passou por um trauma grande, mas precisa me responder. - ela disse tirando minha blusa. - Onde está doendo?

- Meu... meu... - falei chorando. - Meu braço.

- Onde mais? - perguntou outro médico. - Pedro. Precisamos te ajudar. Estamos aqui pra te ajudar.

- Minha... minha... minha coste... costela. Aqui. - falei tentando ser forte, mas desabando.

- Ele deve ter fraturado.

- Eu... eu.... eu....

Meus olhos estavam diferentes, a Dra. Alexis percebeu. Ela segurou o choro e manteve-se forte.

- Estamos aqui pra cuidar de você. Você faz parte da família do hospital. Precisa nos ajudar. - ela disse levantando meu braço e analisando o corte.

Eu não conseguia ouvir quase nada, meu estomago estava se revirando e minha cabeça pensava em mil coisas. Não era adepto da violência, mas em menos de 24 horas fiz coisas terríveis para sobreviver. Coisas além do que eu pensava em ser capaz.

- Vai ficar tudo bem. - dizia uma voz distante de mim.

Mas, eu sabia que nada seria como antes. Tudo mudou a partir daquele momento. Tudo mudou.

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Comentários

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Show! O conto esta eletrizante! Fiquei preocupada com nosso casal 20. Como sera que o ataque de Ryan ao Mauricio vai afetar a vida deles?

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Já estamos em abril e você não apareceu para postar um capitulo. Vooooltaaa!!

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Menino volta,dá sinal de vida por favor não desaparece, diz pelo menos se tá tudo bm com você?

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Toma no cu. Valeu a pena esperar esse tempo todo. Perfeito.<3

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Muito tenso, torço pro Pedro superar essa barra.

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Espero que o Pedro seja forte e deixe seus traumas um pouco de lado para ajudar o Mauricio já que agora ele vai precisar muito dele.

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